Palavras de amor escrita por BruPotter


Capítulo 17
Capítulo 17




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Pov Cebola

— E o vencedor é...

E nessa hora o tempo parou para mim...

Parecia que tinham apertado o botão pause do filme da minha vida. Exagerei né, eu sei, mas o meu único pensamento era...

E se eu perdesse...todos que me ajudaram ficariam furiosos por causa disso...e a Maga, o Cas e a Mô...será que ficariam decepcionados?

Porém saio de meus pensamentos pela voz da diretora.

— Cebola Menezes!!!

Vários gritos se formaram depois disso...e eu? Bom, eu estou totalmente pasmo.

— Você ganhou!!- Magali, Cascão e Mônica gritaram em sincronia.

Os três me deram um abraço em grupo no qual não consegui retribuir por ainda processa o acontecido...

Tipo...eu ganhei...ganhei mesmo...e não consigo acreditar...

— Venha ao palanque falar umas palavras senhor Menezes!

Saio do meu estupor com um pequeno empurrão de Cascão.

— Vai lá, presidente. 

Dou um sorriso sem dentes para meus amigos e vou subir de novo para o palanque.

— Oi novamente- Eu peguei o microfone.- nem sei por onde começar pois a verdade é que eu não esperava por isso...

Inspiro o ar e depois o solto para tentar não parecer tenso.

— Ver que votaram em mim para a vaga de presidente é uma honra. Prometo que farei o possível e talvez até o impossível para orgulhar os que votaram em mim....

Uma salva de palmas começa e eu desço e vou para perto de meus amigos.

— Alguém me belisca por favor- Eu pedi e estendi meu braço.

— Por que isso?- Mônica perguntou.

— Por que eu acho que estou sonhando- Eu respondi.

— Acredite Cebola, isso é totalmente real- Magali falou com um sorriso.

— Parabéns careca.

Dou um outro sorriso e depois mais um abraço em grupo.

— Muito bem, sei que estão animados mas agora está na hora de todos irmos para casa- A diretora falou;

Todos saímos da escola e fomos para nossas casas.

Peguei minha chave, abro a porta e grito.

— Cheguei família querida!!

— Olá Cebola.

— Lúcia, o que faz aqui?- Eu perguntei.

— Estou ajudando seu pai com uns problemas em um projeto do trabalho- Ela respondeu.

 — E se você esta aqui então a Dori também tá?

— Sim.

Estico minha cabeça e vejo Dorinha sentada no sofá e com a tevê ligada.

— Oi Dori- Eu a cumprimentei e dei um beijo em sua bochecha.

— Vejo que alguém chegou da escola animado- Ela disse, se virando para me encarar.

— Estou mesmo.

— Por que?

— Espera, vamos até meus pais para contar o por que de minha animação.

— Ok.

Dorinha se levanta do sofá, estendo meu braço e a mesmo o segura.

Vamos até a cozinha onde vejo meu pai, minha mãe e Lúcia.

— Bem vindo ao lar filhote.

— Como foi a escola?- Minha mãe perguntou.

— Boa- Eu respondi.- e tenho novidades.

— Quais são?

— Sou o mais novo presidente do grêmio estudantil do colégio!!

— Parabéns filhote!!

— Que incrível meu pimpolho!!

— Ótima notícia.

Os dois se levantam das cadeiras e me dão um abraço.

— Estamos orgulhosos de você- Os dois falaram juntos.

— Obrigado- Eu agradeci.

Me soltei do abraço e volto com Dorinha para a sala.

— O que você estava assistindo antes de eu chegar?- Eu perguntei enquanto a ajudava a se sentar no sofá.

— O Demolidor- Ela respondeu.

— Gosto desse filme- Eu comentei.- o Murdock é um personagem bem maneiro.

— Sim, mas é raro passar esse filme mas quando acontece eu sempre vejo...me imagino no lugar dele...sair, sentir a vida com meus outros sentidos, fazer a diferença...

— Você pode fazer isso Dori- Eu falei e segurei sua mão.- é só falar com sua mãe pra ela te deixar mais livre.

— Sabe que minha mãe surtaria se eu falasse isso- Dorinha me lembrou.- ela só quer me proteger.

— Mas...

— Vamos esquecer isso, por favor.

— Ok.

Ficamos assistindo televisão até meu pai e Lúcia virem pra sala.

— Continuamos o projeto semana que vem- Ouvi meu pai falar.

— Certo- Ela concordou.- vamos filha.

Dorinha e eu nos levantamos do sofá.

— Foi bom te rever- Dorinha falou.

— Também.

Dorinha me abraça e eu retribuo.

— Pensa sobre o que eu falei, tá- Eu sussurrei em seu ouvido.

— Pensarei- Ela sussurrou também.

Desfazemos o abraço e vejo as duas saírem da minha casa.

Deslio a televisão, almoço com minha família, subo as escadas e vou pro meu quarto. Tomo um banho, troco de roupa, fico jogando vídeo game e depois vou pra cama e durmo.

Foi uma semana agitada...

...Dia seguinte...

O despertador toca, bato com força pra desliga-lo, me levanto da cama, entro no banheiro, faço minha higiene, vou até o armário e troco de roupa.

Desço as escadas e vou para cozinha tomar meu café da manhã.

— Bom dia- Cumprimentei minha família.

Ficamos conversando um pouco e depois me levanto da mesa.

— Cebola, pode levar sua irmã pra escola?- Meu pai perguntou.

— Eu adoraria mas tenho que ir rápido.

— Poxa...

— Amanhã eu te levo- Eu falei para Maria.

— Promete?- Ela estendeu o dedinho.

— Prometo- Eu entrelacei meu dedo com o dela.

Peguei minha mochila, sai pela porta da cozinha e corri para a escola.

— Calma aí apressado!- Magali me parou.

— Desculpa, achei que estava atrasado.

— Quase que chega- Mônica falou.- mas ainda falta dez minutos pro sinal tocar.

— Certo.

Ficamos conversando e dez minutos depois o sinal toca.

— Vamos.

Entramos na escola mas por algum motivo o Cascão não para de ficar na minha frente.

— Perímetro seguro senhor- Cascão falou para mim.- nenhum sinal de ameaça, pode prosseguir.

— Qual a sua?- Eu perguntei.

— Sou seu guarda costa pessoal.

— Cascão, eu sou presidente do grêmio não dos Estados Unidos- Eu falei.- então para.

— Poxa, você adora cortar meu barato- Ele se fingiu de triste.- você é mau...

— Fazer o que- Mônica se intrometeu.- você tem que aprender o que a palavra limite significa.

— Ai, outra pessoa má- Cascão fez um beiço- ajuda aqui Magali.

— Não, eu tô curtindo assistir sua ruína- Magali brincou.

— Traição, por que estão contra mim?

Nós damos risadas e quando íamos pra sala escutamos uma voz.

— Senhor Menezes.

Me viro e vejo a diretora.

— Sim, diretora Jenna- Eu vou para perto dela.

— Venha comigo- Ela pediu.

— Tô encrencado?

— Não- Ela negou.- por causa da agitação de ontem eu me esqueci de te mostrar o grêmio do colégio.

— Ah, mas como fica minhas aulas?

— Já falei com o seu professor.

— Tudo bem- Eu concordei.- nos vemos!

— Tchau!- Os três se despediram.

Subo as escadas com a diretora e entramos numa sala espaçosa.

— E este é o grêmio que você comandará até a próxima eleição.- Diretora falou.

— Uau...

— Tenho que resolver umas coisas, consegue prosseguir sem mim?- Ela perguntou.

— Sim, pode ir.

A diretora sai da sala e eu fico olhando pelo lugar até que ouço uma voz.

— Droga!

Sigo o som e entro numa outra sala com uma grande mesa e vários papéis espalhados e alguns no chão.

Me abaixo pra pegar uns papéis e depôs os coloco na mesa. - Deixou cair.

— Obrigada.- A garota agradeceu.- Cebola, não é?

— Sim- Eu confirmei.

— Prazer, sou Ana- Ela estendeu a mão.- mas todos me chamam de Aninha.

— Prazer- Eu apertei sua mão.

— Franja me falou muito bem de você enquanto rolava as eleições.- Aninha comentou.

— Verdade?

— Sim, fiquei super contente quando você ganhou e não o ridículo do Toni.

— Como ele era no cargo?

— Terrível, sempre que alguém pedia ajuda ele falava: "vou ver se dou um jeito"- Aninha disse.- mas nunca resolvia nada.

— Que babaca.

— É, mas sorte que sou a vice-presidente e sempre fazia algo pra ajudar- Ela falou.- mesmo que fosse pequena.

— Deve ter sido difícil.

— Sim, ouvi falar de que o grêmio do nosso colégio era o melhor antes do Toni assumir o cargo.

— Vou dar um jeito pra arrumar os buracos que ele deixou.

— Se você cumprir o que falou no seu discurso eu boto fé.

— Não disse aquilo tudo da boca pra fora.

Aninha me dá um sorriso e depois se senta na cadeira.

— Esses papéis estão mal arrumados.- Eu falei.

— Mal arrumado é apelido.- Ela disse.- isso está uma grande bagunça!

— Também é obra do Toni?

— Sim, ele devia ver esses papéis com os problemas dos alunos e organizar mas nunca fez isso...- Ela suspirou.

— E sobra pra você arrumar.

— É...

Ouvi o sinal tocar e me levanto rapidamente.

— Já vai?

— Desculpa...foi no piloto automático...

— Se quiser ir pra aula tudo bem.- Ela me encarou.- eu arrumo isso sozinha.

— Mesmo?

— Sim, já estou acostumada.

Pego minha mochila mas quando ia sair eu paro...

Seria maldade fazer isso...

Me viro, coloco minha mochila no chão e me sento na cadeira.

— Não vai pra aula?- Ela perguntou.

— Eu pego a matéria com os meus amigos.- Eu respondi, e peguei uns papéis.- agora minha prioridade é te ajudar ajeitar essa bagunça.

— Você é diferente- Ela disse.

— E é bom?

— Sim- Ela confirmou.- com você na presidência vai trazer o grêmio aos antigos tempos de glória.

Dou um sorriso a ela e começamos a arrumar os papéis.

Pov Mônica

Chego em casa e grito.

— Cheguei!

— Onde estava?- Meu pai perguntou.

— Na escola- Eu respondi.- hoje era o dia que contavam os votos pra ver quem seria o novo presidente do grêmio.

— Ah, desculpe.

— Tudo bem.

— E quem ganhou?

— O Cebola.

— É seu namorado?

— Não!- Eu indaguei.- somos só amigos e eu não quero saber de namoro nunca mais.

— Certo.

— Vou pro meu quarto.

Subo as escadas mas quando ia pro meu quarto ouço um barulho vindo no de meu irmão.

Vou até seu quarto, abro a porta e pergunto.

— Se machucou?

— Não- Ele negou.- só deixei cair essas peças...

— Quer ajuda pra catar?

— Quero...

Vou até meu irmão e o ajudo a catar as peças caídas. -

Por que as deixou cair?

— É...

— Matt...

— Tava fazendo um novo projeto- Ele colocou as peças numa caixa média.

— Que projeto?

— Isso- Ele me mostrou um pequeno objeto de metal.- uma mini câmera de vigilância móvel.

— Pra que isso?

— Segurança nunca é demais.- Matheus falou.- coloco numa parede e ela perambula pelas outras e grava tudo que estiver acontecendo e salva em um disco no seu laptop.

— Por que no meu?

— Eu não tenho um laptop.

— Certo- Eu concordei.- mas acho meio desconfortável ter isso na parede do meu quarto.

— Eu coloquei um dispositivo de camuflagem- Ele disse.- e também é silencioso, não vai perceber nada.

— Acho melhor fazer essa mini câmera não perambular pelos quartos ou banheiros- Eu o aconselhei.

— Vou ajeitar depois...

Ok, isso está ficando estranho...

— O que houve Matt?

— Hã?

— Desde que entrei aqui você me parece tristinho.- Eu falei.

— Não estou triste.

— Mentira, eu te conheço.

— É sério.

— Se não é tristeza o que é?

— Cansaço- Ele respondeu.- deveres de casa e outras coisas da escola.

— Tudo bem- Eu concordei. Mas na verdade não engoli o que ele disse.- se precisar de ajuda é só chamar.

Dei um beijo em sua testa, saio de seu quarto e vou para o meu.

Vou pro banheiro, tomo uma ducha rápida, saio, coloco um pijama e fico lendo um livro até anoitecer e depois desabo na cama. .

..Dia seguinte...

O despertador toca, o desligo rapidamente, me levanto da cama, vou para o armário e coloco uma roupa.

Desço as escadas, vou pra cozinha e me sento.

— Cadê a co...Suzana?

— Teve que sair. 

 Ótimo, pela primeira vez vou ter um café da manhã em paz.

— Como está indo no trabalho pai?- Eu puxei um assunto.

— Bem...

E então pela primeira vez meu café foi cheio de conversas, piadas e outras coisas.

Se a cobra não estivesse na minha vida isso poderia ser todo o dia...

— Estou indo.- Eu disse, e dei um beijo no rosto de meu pai.- tchau papai.

— Tchau princesa.

— Tchau pestinha- Eu brinquei com meu irmão.

— Tchau Mônica- Ele me deu um sorriso forçado.

Me levanto, pego minha bolsa e saio pela porta da cozinha.

Certo, o que fizeram com meu irmãozinho?

Vamos recapitular os fatos...

Número um: ontem ele estava com uma carinha triste e mentiu dizendo que era cansaço.

Número dois: na conversa e piadas ele não participou só ficou calado e observando.

 E número três: eu o chamei de pestinha só de brincadeira e ele não me chamou de Moniquita, coisa que ele sempre faz.

Tem alguma coisa rolando...e eu vou descobrir...

Chego na escola e fico conversando com meus amigos.

O sinal bate e entramos na escola, porém Cebola se separou de nós para conhecer o grêmio.

— Sortudo- Cascão falou, enquanto se sentava.- queria não poder participar da aula. -

Você pode fazer isso- Eu falei.- mas vai ter que aguentar meu sermão e ter que repor a aula que perdeu de propósito comigo.

— O que você escolhe?- Magali entrou na minha.

— Mudei de ideia- Cascão falou.- aula é sempre importante.

Magali e eu demos risadas baixas e depois o professor de sociologia entra.

Enquanto o professor explicava a matéria a porta se abre.

— Com licença professor Danilo, tenho um recado...

— Claro, pode dar- Danilo permitiu.

— A penha e a treinadora estão chamando todos que estiverem no time de torcida para uma reunião de emergência no campo- Isa falou e saiu da sala.

Por isso a Penha, Amanda e a Carmem não estão...

— Bom essa é minha deixa- Eu guardei meu material.

— Você não precisa ir- Cascão e Magali falaram juntos.

— Preciso sim- Eu discordei.- mesmo sendo a mesma coisa todo ano eu sou a única garota que consegue manter a Penha e a Amanda um pouco na linha.

— E a treinadora?

— Ela não vai estar o tempo todo nos vigiando.

— Boa sorte- Os dois falaram.

— Vou precisar.

Saio da sala, entro no vestiário, tiro meus óculos, troco pelas minhas lentes, coloco meu uniforme e vou pro campo.

— Desculpa a demora.

— Tudo bem, já pra perto das outras- Marcela pediu.

— Sim treinadora.

Me junto às garotas do time, que agora vendo está bem menor do que antes...

— Bom, vocês já devem ter reparado que nosso time está em menor quantidade.- A treinadora falou.

— Sim!!

— É que umas meninas se machucaram e outras decidiram sair do grupo...

— Mas o campeonato estadual está quase chegando!!- Penha indagou.- como vamos fazer a coreografia com poucos integrantes?

— Por isso quero que entreguem esses panfletos para quem tiver interesse em substituir as garotas ou entrar no time.- Ela disse, enquanto entregava os papéis.

— Mas elas não vão saber os passos!

— Temos tempo para as garotas aprenderem- Eu me intrometi.- ou prefere ficar sem participar.

— Tem razão- Ela concordou. Mas sei que por dentro a penha está com vontade de falar um monte de coisas.

— Bom, era só isso, já está quase na hora do intervalo- Marcela falou.- dispensadas!

A treinadora vai embora mas antes de a seguir penha grita.

— Ainda não acabou, vamos treinar!

— Mas sem as outras não tem jeito- Uma garota falou.

— Quem liga, formação!!

Então treinamos a coreografia de sempre, mas com a falta de meninas ficou um desastre.

— Esquece, acabou o treino!!

Me alongo um pouco mas quando ia embora...

— Você fica...

Sabia que era questão de tempo pra ela falar algo, só estava esperando a oportunidade.

— Sim, vossa capitã- Eu ironizei.

— Escuta aqui Monilixo, ninguém se intromete na conversa sobre o time- Ela chegou bem perto de mim.- eu sou a capitã!

— Você só é capitã por que sabotou as que queriam essa vaga- Eu a enfrentei.- qualquer uma delas seria bem melhor!

— Continue assim que eu te tiro do time.

— Me tira- A desafiei.- ficaria feliz e como a madame falou uma vez, eu sou a melhor dançarina

— ...

— Vejo que alguém se calou.

Quando ia sair do campo Penha retoma a voz.

— Não tão rápido.

Bufei de irritação e me virei.

— O que?

Penha vai até a arquibancada, pega uns rolos e me entrega.

— Quero que coloque esses cartazes pela escola pra que todos fiquem sabendo do torneio- Ela mandou.

— Mas isso vai levar muito tempo sem ajuda.- Eu disse, incrédula

— Se vira- Penha falou.- pode ir.

Mas quando ia sair do campo Penha coloca o pé e me faz tropeçar e derrubar os cartazes.

— Ops, parece que você derrubou- Ela me deu um sorriso de escárnio.

— Sua...

— Cate tudo.- Ela mandou outra vez.

Umas meninas do time vinham em minha direção mas Penha se intromete.

— Ninguém vai ajudá-la!!

— ...

— Vamos embora.

As meninas me dão um olhar de desculpas e saem do campo.

— Babaca- Eu pensei.

Me abaixo para pegar os cartazes mas vejo Carmen se abaixando e me ajudando.

— Aqui- Ela me entregou o cartaz

— Obrigada...

— Quer ajuda?- Ela perguntou.

— A penha disse explicitamente que ninguém pode me ajudar.- Eu a lembrei.

— Ela não está aqui- Carmem disse.- e o que os olhos não veem o coração não sente.

Dou uma risadinha pequena mas depois fico séria.

— Tudo bem se quiser ajudar.- Eu disse, enquanto me levantava.- mas vai ser por sua conta em risco.

— Não ligo.- Carmen disse enquanto me levantava.

— Espera, vou mandar mensagem pros meus amigos.

— Ok.

Com certa dificuldade pego meu celular e mando uma mensagem pro Cascão.

— Vou demorar pra ir ao refeitório- Mônica

— Ainda tá no treino?- Cascão

— Não, a vaca prenha me mandou colar cartazes pela escola como vingança só porque eu a enfrentei na frente do time.- Mônica

— Que barra- Cascão

— Eu sei, mas se eu não conseguir guarda pelo menos um sanduíche- Mônica

— Pode deixar- Cascão

— Você é o máximo!- Mônica

— Melhores amigos servem pra isso- Cascão

— Bjs- Mônica

— Bjs- Cascão

Bloquei meu celular e o guardo no bolso da saia.

— Vamos

Entramos na escola e ficamos colocando os cartazes nas paredes.

— Então...o que acha da ideia da treinadora?- Carmem puxou assunto.

Ok, isso está estranho...

— O que está acontecendo?- Eu perguntei.- está me ajudando e agora tentando puxar assunto.

— Nesses últimos dias tenho dado um tempo pra ficar sozinha e repensar minhas atitudes- Ela respondeu.- não percebeu?

— Eu tava ajudando o meu amigo com a eleição- Eu falei.- desculpe.

— Tudo bem.

Parando pra reparar a Carmem me parece diferente mesmo. Antes ela usava roupas caras, agora está usando roupas mais simples e menos extravagantes.

E seu cabelos antes longo e cacheado está curto e encaracolado.

— Gostei do seu novo visual- Eu a elogiei.- está mais bonita desse jeito.

— Brigada- Ela agradeceu.- achei que uma mudança me faria...

Sem querer Carmem tropeça mas eu a seguro.

— Te peguei!

— Obrigada.- Ela agradeceu de novo.

— Espera, deixou cair uma coisa.

Me abaixo e pego o objeto.

— Não sabia que gostava de revistas em quadrinhos dos vingadores- Eu disse ao ver a capa.

— É- Ela pegou a revista.- leio desde os onze.

— Impressionante.

— Mas não conta pra ninguém.

— Por que?

— É meu segredo.

— Por que?

— Não quero que saibam disso- Ela contou.- todos zombariam de mim...

— Se quiser mesmo mudar o primeiro passo não são roupas ou cabelo- Eu disse.

— E qual é?

— O primeiro passo é ser verdadeira consigo mesma- Eu coloquei a mão em seu ombro.- e não ter medo de mostrar para todos.

— É, acho que você tem razão- Carmem concordou.

— Vem- Eu abri meus braços.- sei que você quer.

Carmem me dá um abraço apertado.

— Somos amigas agora, né?- Ela perguntou.

— Somos sim.

Desfazemos o abraço.

— Tenho que ir- Eu falei.- meus amigos estão esperando por mim.

— Tudo bem.

— Tchau- Me despedi.

— Tchau.

Fui para o refeitório e me sento na mesa com meus amigos.

— Ainda tenho tempo?- Eu perguntei.

— Ainda falta uns quinze ou dez minutos pra acabar o intervalo.- Magali respondeu.

— E como prometido eu peguei um sanduíche para a senhorita- Cascão me passou o lanche.

— Você é o melhor- Eu dei um pequeno abraço em meu amigo.

— E eu peguei um suco de laranja pra você- Cebola falou.

— Não precisava.

— Achei que você iria querer algo pra beber.- Ele me passou o suco.

— Obrigada- Eu dei um abraço e depois um beijinho em sua bochecha.

— De nada...- Ele agradeceu e abaixou a cabeça.

Esquisito...

— Shippo...- Magali murmurou.

— Falou algo maga?

— Não!- Ela negou e segurou uma risada.

— Que isso!- Cascão entrou na onda dela.

— Malucos...- Eu pensei.

Pov Magali

Ficamos conversando durante os minutos que faltavam e depois o sinal toca.

— Vamos, agora é educação física- Cebola falou, enquanto se levantava.- que saco.

— Olhe pelo lado bom- Cascão tentou o animar.- pelo menos você está indo bem no futebol.

— Pode ser- Cebola falou.- mas sorte que não sou parte do time.

— Você poderia, é só se inscrever.

— Tô fora- Ele disse.- tenho que ajeitar os buracos que o Toni deixou no grêmio. Vai ser uma longa jornada.

— Você vai conseguir- Eu o encorajei.

— Valeu.

— Mas tem um lado bom pra mim.

— E qual seria?

— Não vou precisar treinar a coreografia e finalmente poderei jogar vôlei!- Mônica disse animada.

Vamos para o ginásio.

— Aqui nos separamos.

— Nos vemos no pátio.

— Tchau!- Eu e Mônica nos despedimos.

— Vamos nessa meninas!- A treinadora falou.- quero quinze agachamentos!

Começamos a fazer todos os exercícios que Marcela pediu.

— Muito bem- Ela nos elogiou.- vou escolher os times para jogarmos vôlei e aí terminamos.

Marcela divide os times e ficamos jogando até o fim da aula.

— Até a próxima meninas!

Fomos até o vestiário, tomo uma ducha e vejo se estava sozinha.

— Ótimo...barra limpa- Eu pensei.

Saio do vestiário, pego meu celular em minha mochila, coloco uma música e começo a dançar.

— Uau!

Me assusto com a voz, me viro e vejo que era Mônica.

— Quer me matar de susto?- Eu perguntei, enquanto desligava a música.

— Foi mal- Ela se desculpou.- mas eu digo e repito, isso é incrível.

— Obrigada- Eu agradeci.- mas achei que fosse outra pessoa.

— Já disse desculpa.

— Ok- Eu falei.- mas por que está aqui?

— Só agora percebi que ainda estava com o uniforme de líder de torcida.- Ela falou.- então voltei pra me trocar e te vi aqui.

— Por que sempre que eu resolvo dançar você aparece?

— Deve ser o destino querendo te falar algo.

— Como...

— Umas meninas do time resolveram sair e a treinadora vai fazer audições para novas dançarina- Ela falou.

— Onde quer chegar?

— Por que você não faz o teste?

— O que!!


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