Depois do Fim escrita por Laisperandei


Capítulo 1
Depois do Fim (Capítulo único)


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa é uma fic que eu escrevi a um bom tempo, quando ainda estava na época da falta de inspiração, e só agora resolvi postar.
Espero realmente que vocês gostem (e deixem coments ).
Com carinho, Laís.



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    A guerra havia acabado a menos de dois dias. A Toca encontrava-se silenciosa, embora no jardim em frente a pequena e torta casa o sol brilhasse e os pássaros cantassem. Os moradores da casa estavam cada um em seus respectivos quartos. Uma hora ou outra, quando saíam e se encontravam nos corredores, trocavam sorrisos sinceros de alívio e olhares de profundo pesar.

    Mesmo que a sensação de perda permanecesse no peito de todos, a consciência de cada um advertia-os, dizendo que nada havia sido em vão.

 

    Mas naquele exato momento, qualquer alma que passasse pela sala daquela casa, passaria despercebida, pois a garota de cabelos ruivos e compridos não estava com vontade nenhuma de deixar de lado o ombro do garoto de cabelos negros e rebeldes que a abraçava com tanto carinho. Ela então sentiu que lágrimas vinham-lhe aos olhos, e deixou-se ser abraçada mais forte pelo garoto ao seu lado... Pelo homem ao seu lado. Estava feliz, embora sentisse um grande vazio em seu peito. Acabara de perder um irmão. "Um grande irmão" pensou. Todos lutaram com garra naquela guerra, pois todos tinham o mesmo objetivo:

    - Paz... - sussurrou ela, e então, virando-se para o, novamente namorado, pergunta - É o que nós vamos ter agora, não é?

    - Sem dúvidas - respondeu ele, beijando de leve os lábios da ruiva, que voltava a aconchegar-se em seus braços.

 

    Alguns andares acima, um Ron com aparência desolada ensaiava uma batida na porta do quarto da irmã mais nova, sabendo exatamente quem se encontrava lá dentro. Bateu, então, esperando uma resposta. Resposta essa que demorou mais do que ele esperava, mas então, a porta se abriu e revelou Hermione, com os olhos vermelhos e inchados, sorrindo amavelmente para Ron. Eles ainda não tinham conversado sobre o grande (e belo) incidente que aconteceu na Sala Precisa, a menos de dois dias atrás. Ron sabia que tempo agora é o que não ia faltar para eles, mas ainda não estava pronto para tocar no assunto, e sabia que ela também não.

    - Oi - falou Ron, sorrindo-lhe tristemente.

    - Precisa de alguma coisa? - perguntou a garota, no mesmo tom amável que havia usado com ele nesses últimos dias.

    - Eu queria saber se eu poderia ficar um pouco com você... - perguntou Ron, muito vermelho, liberando uma lágrima pelo canto do olho, que nem fez questão de limpar.

    Hermione nada respondeu, somente deu um passo para trás, deixando o garoto entrar. Ele, então se sentou na cama da irmã, colando as costas no encosto da mesma. Abaixou a cabeça e fechou os olhos. Sentiu o colchão mover-se quando Hermione sentou-se ao seu lado, no pouco espaço que sobrava na cama. Ele então deixou que lágrimas molhassem o seu rosto alvo e cheio de sardas. Deixando-se ser abraçado pela garota ao seu lado, ele viu do que realmente precisava: Colo. Hermione. Sentiu-a passar carinhosamente as mãos em seus cabelos, fazendo-o sentir-se amado, querido... Em um rápido movimento, ele jogou seus braços em volta da cintura de Hermione, que chorava abertamente agora. Ele precisava daquela proximidade. ELES precisavam.

    - Eu te amo - a declaração, mesmo abafada pelo abraço apertado, chegou aos ouvidos de Hermione. Assim, ela colocou as mãos nos ombros de Ron, o obrigando a afastar-se e, olhando fundo em seus olhos e tentando transmitir toda a segurança de seu ser para o dele, ela respondeu:

    - Eu também te amo.

    Ron, ainda chorando, abriu um pequeno sorriso e voltou a se esconder nos braços de Hermione. Ela sabia que Ron estava mal desse jeito pela perda do irmão e dos entes queridos. Ela também ficara abalada, mas continuaria ali e lhe daria todo o apoio possível.

 

    Assim que Molly Weasley desceu de seu quarto e ia em direção à cozinha, notou que Harry e Ginny já haviam adormecido no sofá da sala. Pensou em acordá-los, mas concluiu que depois de tanto esforço, eles mereciam descanso. Todos precisavam. Realmente, nada havia sido em vão.


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