I Will Survive escrita por Iphegenia


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridinhos!
Se você está lendo isso significa que é uma das pessoas que fazem os meus dias mais felizes ao acompanhar minha humilde ficzinha. Obrigada ♥
Boa leitura!



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Como em todas as outras noites, Regina sonhou com momentos que viveu com a esposa. Daquela vez foi a viagem que fizeram para Hvar, uma ilha localizada na costa da Dalmácia, na Croácia.

 

— É o lugar mais lindo que eu já vi. - Luna observava o mar através da janela do quarto onde estavam hospedadas, em uma das pequenas vilas que haviam na ilha.

Regina aproximou-se devagar e abraçou a esposa pelas costas, repousando o queixo em seu ombro.

— É a companhia mais linda que eu já tive.

 

Regina passou horas apegada às memórias que o sonho acarretou. Quando a manhã chegou ao fim, abanou a cabeça afastando as lembranças e caminhou até o Granny’s com a filha. O percurso demorou mais do que o esperado, uma vez que Júlia insistiu em caminhar, em alguns momentos, com suas pequenas pernas. Os olhares que recebeu pelo caminho eram diversos. Algumas pessoas a encaravam com raiva, outras lhe sorriam, com certo receio, é fato, mas compreensível considerando quem ela era.

Quando chegou ao restaurante, Henry já esperava por ela e estava acompanhado de Emma.

— Parece que agora a rainha se atrasa. - Emma brincou com Regina enquanto fazia bolinhas com guardanapos.

— Uma certa princesa achou que era um bom dia para caminhar. - Regina cutucou a barriga da filha fazendo-lhe cócegas e Henry afastou-se para que Regina sentasse ao seu lado com a filha no colo. - Já pediram?

— Estávamos te esperando. - Henry lhe entregou o cardápio.

— Eu disse que poderíamos ter feito os pedidos sem você. É a salada de sempre. Granny sabe qual é. - Emma atirou uma das bolinhas de papel em Regina.

— Parece que alguém ficou tanto tempo sem conversar comigo que se esqueceu que não somos amigas. - A rainha pegou todas as bolinhas que estavam na mesa e jogou-as na loira.

— É que você parece mais acessível agora. - Tirou uma das bolinhas que haviam grudado em seu cabelo e jogou novamente em Regina – Estou testando sua paciência.

— Ela continua pouca. - Regina usou o sarcasmo tão característico e Emma sorriu ao enxergar a antiga Regina a sua frente.

Os quatro almoçaram entre conversas e brincadeiras. Emma podia perceber que os sorrisos de Regina eram uma tentativa de mostrar para a filha que estava tudo bem, mesmo que não estivesse. Apesar dos lábios mostrarem uma coisa, os olhos de Regina expunham toda sua dor. Emma perdeu-se neles algumas vezes, impressionada com a intensidade dos sentimentos que moravam ali. Quando ela conheceu Regina, anos atrás, essa foi uma das características da morena que mais a marcou: o fato de como os seus olhos gritam a verdade que está em seu coração. A sheriff sentia o peito arder com a dor que enxergava, sentia também um imenso orgulho da morena pela força que ela demonstrava ter em um momento como esse, e orgulho por dividir um filho com uma mulher como aquela.

Após o almoço, Henry insistiu para irem até a praça onde havia o único lago da cidade. Ele estava empolgado com a irmã e em como ela estava se abrindo para ele. Nem Emma nem Regina tinhveram coragem de atrapalhar aquela interação, então caminharam até lá, onde Henry levou Júlia para perto do lago e logo estavam brincando e correndo atrás dos patinhos.

— Parece que já vi essa cena antes. - Emma falou sem tirar os olhos dos dois. - Nós duas sentadas em um banco enquanto eles brincam.

— Parece que foi hoje cedo. - Regina suspirou fechando os olhos e sentindo a brisa bagunçar seu cabelo.

— Quando minha mãe ofereceu fazer qualquer coisa que pudesse ajudar a enfrentar isso, saiba que eu estava inclusa também. - Emma observou o movimento que os fios escuros da morena faziam no vento. - Qualquer coisa mesmo. Não hesite em falar comigo. Eu quero ajudar.

— Você já está ajudando. - Regina abriu os olhos e observou os filhos brincarem. - Isso já ajuda.

— As pessoas estão bem empolgadas com sua volta.

— Interesseiros. - Regina cuspiu as palavras e encarou as orbes verdes da loira. - Eles acham que eu estou aqui para ajudá-los a proteger a cidade, por isso ainda não me atacaram.

— E você está? Está aqui para ajudar a salvar a cidade?

— Não foi para isso que vim, que fique claro. - A rainha voltou a encarar os filhos. - Aliás, por que a cidade não está escondida pela barreira?

— Gold está mantendo a cidade protegida de portais por enquanto, para evitar o tal rei, mas ele não tem magia suficiente para fazer as duas coisas.

— E por que você não cria a barreira?

— Eu não sei fazer isso. - Emma abaixou os olhos envergonhada. Sempre se sentia menor quando percebia-se tão magicamente limitada, especialmente na frente de Regina.

— Eu vou criá-la mais tarde.

— Obrigada. - Regina abriu um pequeno e breve sorriso em resposta e se manteve atenta aos movimento de Júlia, preocupada com a proximidade em que ela estava da margem do rio. Emma acompanhou o seu olhar. - Henry está de olho nela.

— Ele cresceu, né? E eu perdi isso.

— Eu sinto muito.

— Não sinta. Eu mereci o exílio.

Regina levantou-se e foi até os filhos, afastou Júlia da borda e sentou-se ao lado de Henry, que mantinha um pato em seu colo e lhe fazia carinho. Emma ficou observando a interação do trio por tempo suficiente para concluir que aquela era a visão mais encantadora que tinha em muito tempo. De todas as famílias, aquela era a mais bonita e sentiu imensa vontade de estar incluída, então, foi até eles e sentou-se ao lado de Regina. Quando um patinho passou perto, ela o pegou e Júlia correu para o seu colo para acarinhar o animal.

Quando o sol começou a se despedir, Regina levantou-se e estendeu a mão para a loira:

— Quer aprender a construir uma barreira protetora ou não?

 

***

 

— Eu estou levando o celular, qualquer coisa que acontecer você pode me ligar. Às vezes ela pode te estranhar e começar a chorar, então pode me ligar que eu venho correndo…

— Regina, eu ligo, okay? - Snow interrompeu o discurso repetido da ex-madrasta tirando Júlia de seu colo e caminhando com a menina até a cozinha onde já preparava o jantar. - Tem alguma coisa que ela não come? Alguma alergia?

— Intolerância a maracujá.

— Eu não darei maracujá, então. Já podem ir. - Acenou para a filha que estava ao lado da rainha para que saíssem. - Vou estar mais segura quando a barreira for ativada.

— Você tem o meu número, né?

— Regina, sai logo daqui.

A rainha desceu as escadas resmungando até parar diante do fusca amarelo de Emma.

— Isso ainda anda? - Emma não respondeu, apenas soltou a gargalhada que estava prendendo desde o momento em que entraram no apartamento. - O que foi?

— Você não vai parar de reclamar? - A sheriff abriu a porta para que Regina entrasse. - Não acaba esse estoque?

— Tenho um vocabulário elaborado. - Regina deu de ombros e passou a mão pelo banco conferindo se estava limpo, fez uma careta desgostosa e sentou-se puxando a porta. - Qual é a do amarelo?

Emma deu a volta e entrou batendo a porta algumas vezes para conseguir fechar. Regina bufou diante disso.

— Nem pense em voltar a reclamar. - Emma levantou um dedo na direção de Regina – Ele é lindo e cheiroso e eu não vou trocá-lo.

— Ele não é cheiroso.

— É sim.

Regina riu do bico emburrado que Emma fez e levantou os braços em rendição.

— Okay. Ele é cheiroso. - Emma tentava dar partida no carro quando arregalou os olhos e encarou a rainha. - O que foi dessa vez?

— Você se rendeu? Está realmente mudada.

O trajeto foi feito em silêncio e Regina foi econômica ao explicar o que Emma precisava fazer na fronteira. Ficou satisfeita ao ver o progresso que a loira havia tido naqueles anos, eram poucos, mas, ainda assim, eram impressionantes para alguém que não recebeu treinamento. Após a barreira criada, Regina sentou-se próxima a linha da cidade e encarou a estrada a sua frente.

— Quando foi que começou a sentar no chão com tanta frequência? - Emma perguntou sentado–se ao seu lado.

— Se você ficar impressionada com tudo que eu faço que a madame prefeita não fazia, isso vai lhe custar todo o tempo em que estivermos juntas. - Regina tirou um tablete de chocolate do bolso do casaco. - Aceita?

— Você pretende parar de me surpreender? - Emma pegou o tablete e o partiu ao meio, entregando uma parte para Regina.

— Eu sempre me sentei no chão. Quando Henry era pequeno, passávamos a maior parte do tempo sentados no jardim ou na sala, brincando. Quando eu era criança meus vestidos eram os mais encardidos do reino, eu tenho certeza disso. - Regina deu uma risada que foi a primeira sincera desde que chegou em Storybrooke.

— O que te fez mudar?

— Minha mãe sempre me criticava, dizia que ninguém me levaria a sério com os comportamentos que eu tinha. Não só esse, acho que todos, para ser sincera. - Lambeu a ponta dos dedos sujos de chocolate. - Quando me casei, os súditos não eram exatamente súditos a mim. Sempre me comparavam com a antiga rainha. E-v-a. - Não escondeu o escárnio ao pronunciar o nome. - Ela era linda, uma dama perfeita, enquanto eu não passava de uma “moleca”. - Sinalizou as aspas com os dedos. - Então eu entendi que só me respeitariam se eu mudasse. Acho que isso ficou embutido em mim por muito tempo. Quando eu perdi as memórias ao atravessar a fronteira, recuperei algumas coisas da minha essência.

— O que meu avô dizia?

Regina encarou Emma com o cenho franzido para logo suspirar em compreensão.

— Às vezes me esqueço que você é neta dele.

— Às vezes me esqueço que você casou com ele. - Emma ofereceu os próprios dedos para Regina lamber em provocação ao ato da morena.

— Sai. - Regina riu empurrando a mão da loira. - Leopold nunca falou a respeito. Acho que ele não se importava.

— Mas então você se tornou a mulher mais elegante que eu conheço. - Regina pegou a embalagem do chocolate e a lambeu também. Emma a roubou fazendo Regina resmungar. - Você é uma rainha, seja um pouco mais refinada.

— Você é uma princesa e nem por isso deixa de ser um ogro. - Regina recuperou a embalagem, mas já não havia chocolate, então ela a atirou no colo de Emma.

— Eu senti falta disso. - A sheriff deitou-se encarando as estrelas.

— De que?

— De conversar com você. Mesmo que a gente só brigasse, pelo menos era algo. As pessoas aqui são muito mornas.

— E eu sou quente? - Regina deitou-se também.

— Isso é você quem está falando.

A morena acertou uma cotovelada na costela de Emma reprovando aqueles pensamentos.

— Eu não estava falando disso.

— Eu sei.

Emma devolveu a cotovelada e permaneceram conversando e se implicando, foi então que a sheriff percebeu que há anos não sentia-se tão viva quanto naquele momento. Se deu conta de que os últimos anos haviam passado como um borrão sem graça, e que a simples presença de Regina já tornava tudo mais interessante. Ela gostou daquela versão mais leve da rainha. Havia gostado, também, de saber que não era algo criado pela perda da memória, mas sim a recuperação de suas características originais. Embora considerasse, claro, a influência das experiências da morena fora dali, os amigos, a esposa, a filha, e tudo que a rodeou nos últimos cinco anos.

— Como você está lidando com tudo que aconteceu? - Emma sentiu Regina enrijecer ao seu lado. - Eu sei que você está sendo forte pela sua filha, mas você já confiou em mim para desabafar uma vez, podemos fazer isso de novo.

Regina levou alguns minutos pensando sobre. Ela nunca foi de falar abertamente sobre seus sentimentos, mas aquilo era muito para ela guardar. Sentia falta dos amigos que fez nos últimos anos. Quando decidiu ir para Storybrooke, estava ciente de que estava fugindo: fugindo do cheiro da esposa, do calor dela que ainda estava na cama, de suas roupas e seus objetos e seu gosto para decoração. Estava fugindo do silêncio que era a sua casa e sua vida sem o bom humor de Luna. Mas também estava afastando aqueles que amava, que se importavam com ela e que dariam o colo que precisava para suportar a perda. Regina sabia que não poderia enfrentar aquilo sozinha, se lembrava bem de como foi lidar com a morte de Daniel sem ter onde se apoiar e isso a destruiu. Mas agora ela tinha alguém que precisava dela inteira, tinha uma filha totalmente dependente e não podia arriscar perder o controle, então puxou o ar lentamente e compartilhou sua dor.

— Eu sinto vontade de desistir. Quando ela morreu em meus braços no alto de uma colina, eu quis me jogar de lá e morrer junto. Quando eu atravessei uma rua e vi um carro na minha direção, eu não me apressei, ao contrário, eu caminhei ainda mais lentamente na esperança de que ele me atingisse. Quando estava vindo para Storybrooke, inúmeras foram as vezes em que eu estive tentada a jogar o carro para fora da estrada e acabar com a dor. - Emma não precisou olhar para a morena para saber que ela estava chorando. - Mas eu não fiz... porque Júlia merece a chance de viver e é só por ela que continuo de pé. Luna sacrificou sua saúde pela nossa filha e eu prometi honrar isso. Acontece que por pior que eu tenha imaginado que seria, não chegou nem perto do que realmente é.

— Você não está sozinha. Sabe disso, não sabe? - Emma buscou a mão de Regina e entrelaçou seus dedos.

— Isso – Regina ergueu as mãos unidas tentando um tom brincalhão sem muito sucesso – é o seu modo de oferecer uma amizade?

— Pensei que já fossemos amigas. - Emma sentou-se e forçou um biquinho que Regina julgou ser idêntico ao de Henry.

— Não mesmo, querida. Mas eu vou considerar isso.

Regina soltou-se da loira e secou suas lágrimas, se levantou e caminhou até estar ao lado do carro.

— Vai abrir a porta dessa lata velha para mim?

 

***

 

— A Pequena Sereia era a filha caçula do Rei Tritão. Desde muito jovem ela guardava a estátua de um príncipe que havia encontrado em um navio que naufragou… - Regina contava a história e pensava no quanto tudo aquilo era ridículo, uma vez que ela sabia a verdade. Imaginou qual seria a reação da filha se lhe contasse que deixou a sereia muda. Imaginou, também, qual seria a reação da esposa se soubesse quem ela era de verdade. Sentiu o peito se apertar ao pensar que deixou Luna morrer sem saber disso, a dúvida sobre o que fazer a consumiu dia após dia desde que se lembrou de tudo, mas quando estava com a esposa, tudo aquilo parecia tão distante, como se fosse uma vida passada ou algo que aconteceu com outra pessoa, pois com a esposa e com a filha, ela era apenas Regina e a vida que tinham, o sentimento que compartilhavam, era a única coisa que realmente importava. - […] Ariel então se atirou no mar assim que o primeiro raio de sol cruzou o céu e seu desejo se realizou: a Pequena Sereia virou espuma branca no mar.

A essa altura Júlia já estava dormindo e Regina a ajeitou na cama para que conseguisse se levantar. Já estava na cidade há quatro dias e poucas foram as vezes em que saiu de casa, ela queria evitar os olhares e comentários de todos, assim como a expectativa de que ela faria algo a respeito daqueles que queriam tomar Storybrooke. Então, era durante a noite que ela saía para o jardim e sentava-se embaixo de sua macieira para respirar ar fresco.

Perdida em pensamentos, Regina foi despertada com o celular vibrando em seu colo.

— Espero que tenha um motivo muito bom para ligar a essa hora.

— É bom falar com você também, Regina. - Emma respondeu à provocação do outro lado da linha. - Sim, eu tenho um ótimo motivo. Eu meio que fiz um limpa no seu estoque de bebidas quando você foi embora, mas guardei uma garrafa da sua favorita...

— Você me roubou? - Regina a cortou.

— Qual é, Regina?! Só ouviu isso? Estou te dizendo que tenho sidra e estou disposta dividir. - Emma bufou e Regina sorriu imaginando a expressão da loira naquele momento.

— Júlia está dormindo, eu não posso ir agora.

— Não por isso. Eu vou até você.

Regina hesitou considerando se queria mesmo uma companhia.

— Tudo bem. Estou no jardim.

— Estarei aí em menos de quinze minutos.

Fiel ao tempo combinado, Emma chegou carregando uma garrafa da sidra feita pela própria rainha e duas taças. Antes mesmo de cumprimentarem-se, Emma derramou o conteúdo da garrafa nas taças e estendeu para Regina brindar.

— À vida! - Emma ofereceu.

— Às amizades improváveis.

Emma se sentou de frente para Regina colocando a garrafa entre elas. Correu os olhos pelo corpo da morena que usava apenas uma calça jeans preta e uma blusa de seda, também preta, com alças finas.

— Depois do jeans vem o que?

— Como?

— Depois do jeans, qual a próxima novidade?

— Eu já disse para você parar com isso. - Regina pegou a garrafa e completou sua taça.

— E se eu não parar?

— Eu vou riscar aquele caixão amarelo motorizado.

Emma ergueu as sobrancelhas e aproximou-se mais de Regina, deixando os rostos há centímetros de distância.

— Você não seria capaz.

— Ah, eu seria. - Regina arrastou-se para o lado, aumentando a distância entre as duas, e bebericou a sidra. - E eu achando que as que comprava eram gostosas. Luna precisava provar isso. Ela odiava maçã. - A morena soltou o ar pelo nariz em meio a uma risada triste e bebeu todo o conteúdo da taça em um único gole.

A euforia que Emma sentia quando chegou ali, diminuiu um pouco ao ouvir o nome da esposa de Regina. Ela havia ficado surpresa quando descobriu que Regina havia se casado com uma mulher. Não que nunca tivesse passado por sua cabeça que a morena sentia atração por mulheres, mas após conhecer a história da rainha e tudo que ela fez em nome de Daniel - e se em décadas ela não havia se interessado por ninguém -, ela amar novamente era algo que Emma não conseguia imaginar.

A sheriff fixou os olhos na morena, que encarava o fundo da taça, também pensativa, e tentou imaginar como uma mulher precisava ser para conquistar o coração de uma rainha. Desejou ter tido a oportunidade de conhecer Luna e talvez até ter perguntado sobra a história delas. Ela queria saber o que Luna fez para que Regina a amasse e, pensando nisso e no que conhecia da morena, Emma obteve facilmente a resposta. De todos os sentimentos que via em Regina, nenhum era do tipo que nasceu com o tempo. A morena odiava, desejava, enojava e explodia em um estalar de dedos, portanto devia era assim que o amor funcionava para ela. Deduzindo que Luna precisou simplesmente ser ela mesma para que Regina se encantasse, Emma se pegou imaginando o que Regina pensava sobre ela e no que ela, Luna e Daniel eram tão diferentes para Regina amasse os dois e a detestasse de cara. Emma estava provando o gosto da inveja.

— Estou pensando em falar com Rumple. Saber o que ele pensa sobre toda essa história do rei invasor.

— Seria legal da sua parte. Talvez você consiga entender o que ele fala.

— Como assim? - Percebendo que a sheriff ainda estava um pouco distante, Regina bateu sua taça contra a dela, agora ganhando a atenção da loira por completo.

— Você sabe, ele fala por enigmas.

— O problema é que todas as vezes em que falei com Rumple, alguma coisa deu errado na minha vida. - Regina passou as mãos pelos cabelos e se levantou entregando a taça para Emma com uma mão e usando a outra para limpar a calça.

— Já vai entrar? - A sheriff imitou os movimentos da rainha.

— Preciso conferir se Júlia está bem. Obrigada pela noite, Swan.


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Notas finais do capítulo

É aquilo, amores... Espero que tenham gostado. Comentários, críticas construtivas e ideias são sembre muito bem vindas.
Beijos ♥