Flores De Maio escrita por Maitê Miasi


Capítulo 19
Minha Flor De Cristal




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Amo a vida, não por estar numa fase

de flores, mas sim pela sorte de ter

enfrentado alguns espinhos.

Espinhos esses que fizeram sangrar,

mas que apesar de tudo fez minha vida

florir. – Sentimentos de Sílvia

****

Enfim mais um dia, mais um dia comum, com tudo acontecendo de forma, aparentemente, normal, a ponto de se estranhar. O café da manhã seguiu silencioso, a única coisa que se ouvia era a respiração daqueles que ali estavam. Fernando, que acabara de chagar, fez questão de quebrar o silêncio que pairava no ar.

— Bom dia família! – Foi até sua mãe, tia e irmã de deu um beijos nelas. – Vocês estão muito calados hoje! – Se sentou abocanhando uma torrada. – Tô morrendo de fome.

— Fernando, você é engraçado. – Disse Aninha rindo.

— Fernandinho meu amor, olha os modos na mesa. – Fifi o repreendeu de forma doce.

— Fernando, quantas vezes eu já te disse que não quero que você passe a noite fora de casa com essas mulherzinhas?

— Primeiro mãe – bebe um gole de suco, encarando-a – eu sou maior de idade e faço o que eu quiser da minha vida, e segundo, eu não sou Maria, que você fala, e ela obedece.

Maria engoliu a seco o que mastigava, sem querer, seu irmão a fizera se sentir mal.

A conversa se cessou ali mesmo e o café voltou a ser silencioso.

****

— Maria, Maria! – Fernando corria na direção da irmã, que se preparava para entrar no carro. – Maria, eu preciso falar com você! – Ofegava.

— Fernando, eu preciso ir pra empresa, depois você fala comigo. – Tentou entrar no carro, mas Fernando não deixou.

— Não Maria, eu vou falar agora! – Fechou a porta do carro. – Me desculpa pelo o que eu te falei, eu não queria ter te magoado.

— Não precisa se desculpar Fernando, você não mentiu em nada do que disse.

— Maria – acariciou a sua face – não faz essa carinha, eu não gosto de te ver assim. Você é minha irmã, e eu te amo, apesar de sermos tão diferentes.

— Diferentes até demais. – Sorriu. – Eu queria ser como você Fernando, que faz o que quer e nunca se dá mal por isso.

— Não diga isso Maria! Eu é que queria ser como você. Você é inteligente, carinhosa, simpática, só precisa aprender a passar por cima da nossa mãe de vez enquando. – Sorriu.

— Vou seguir seu conselho. Agora deixa eu ir, senão vou me atrasar.

— Calma aí mocinha! Hoje você vai me dar a honra te levar ao trabalho!

— Sério?

— Claro que é sério! Vamos – deu a mão a ela – vamos no meu carro.

Maria se sentiu imensamente feliz com a atitude de seu irmão, e mais ainda por saber que, mesmo brigando às vezes, eles se gostavam. Eles foram rindo e brincando durante todo o caminho, e Maria já havia se esquecido do comentário de mais cedo.

— Chegamos! – Estacionou.

— Obrigado Fernando – retirou o cinto de segurança – devemos fazer isso mais vezes.

— Concordo, quando quiser, estarei a sua disposição! – Pegou sua mão e a beijou. – Maria, e o Estêvão?

— O que tem ele?

— Ele não está trabalhando aqui? Por que não veio com a gente?

— Ah Fernando, não sei, ele deve ter vindo com o motorista, ele ainda não dirige.

— Ah sim. Você gosta dele não é?

— O que?! – Arregalou os olhos.

— Maria, não se faça de boba, é nítido a forma que vocês se olham, e eu faço muito gosto sabia? O Sérgio não te merece.

— Ah Fernando, só você, tá vendo coisas onde não tem. O San Roman e eu somos somente amigos, só isso, tira essas besteiras da sua cabeça. – Saiu do carro.

— Tudo bem – saiu e ficou ao seu lado – mas tenho certeza que ele te faria mais feliz do que o babaca do Sérgio.

— Que cena linda! – Lívia se aproximou dos dois. – Pensei que nunca veria os irmãos Fernandez juntos, numa boa.

— Milagres acontecem! Bom, eu vou deixar os dois a sós, com licença.

— Não apareceu lá em casa ontem, estranhei.

— Lívia, eu queria mesmo falar com você, sobre nós.

— Sobre nós? – Se entusiasmou.

— Não Lívia, não se anime. Eu andei pensando um pouco, e cheguei numa conclusão – suspirou – eu acho melhor pararmos por aqui, não nos encontrarmos mais.

— O que? Mas por que Fernando? Foi alguma coisa que eu fiz?

— Não Lívia, você não fez nada, eu só acho que é melhor não irmos adiante com isso.

— Sem um por quê? Sem uma razão?

— Lívia, por favor, não torne as coisas piores.

— Maria tinha razão quando disse pra mim não me envolver com você, você é um canalha mesmo.

— Você sabia muito bem como eu sou antes de querer ficar comigo, disso não pode reclamar!

— Adeus Fernando!

Lívia o olhou com uma tristeza misturada com desprezo, ela sabia como Fernando era antes de se envolver com ele, mas tinha a ilusão que poderia muda-lo.

Ela entrou na empresa, e ele continuava olhando-a, não sabia explicar o porquê, mas seu coração doeu ao fazer aquilo. Talvez estaria brotando um sentimento dentro dele, além da atração física, mas ele não sabia como lidar com aquilo, de repente isso seja de família, bom, ainda bem que a vida sempre está disposta a nos ensinar de alguma forma, pena que sempre temos que fazer besteiras para aprender.

Laboratório de manipulação.

— Lívia, o que houve? Você tá quieta, não falou nada a manhã inteira.

— Não é nada Maria, só quero ficar na minha mesmo.

— Tem certeza? Não quer conversar? – Insistiu.

— Não Maria, não quero conversar, não quero desabafar, não quero nada, apenas me deixe quieta! – Foi um pouco grossa.

— Tudo bem – arregalou os olhos – mas sabe que se você precisar de alguma coisa, pode me ligar. Tô indo.

— Tudo bem. Até amanhã.

Maria saiu um pouco preocupada com Lívia, sabia que tinha acontecido algo para ela ter ficado daquela forma, ela não era assim, e Maria não gostava dessa versão de Lívia.

— San Roman? Posso entrar? – Botou a carinha na porta.

— Claro que sim Maria, nem precisa pedir. – Ela entrou.

— Como está essa papelada? – Ficou do seu lado.

— Você tinha razão, esses documentos são fáceis de entender.

— Eu te disse. Daqui a pouco você vai tá assinando documentos importantes, transações valiosas.

— Ah não, essa parte deixo pro Sérgio e pra você, não quero ser responsável pela quebra da empresa que Enrico construiu com tanto carinho.

— Hum, tô vendo que você já começou a vê-lo com bons olhos.

— Você que faz eu ver ele assim. – Se levantou, e ficou perto dela. – Eu queria te beijar agora.

— Nem pensar – se afastou – a qualquer hora pode entrar alguém aqui, e se acontecer isso, nosso nome estará na primeira página do jornal de amanhã “Maria Cristina Fernandez foi pega aos beijos com o herdeiro de Enrico Goulart, na própria empresa.”, seria um escândalo na certa, e sem contar com sites de fofoca, podemos evitar isso San Roman.

— Tudo bem, eu vou aguentar até chegar em casa.

— Hum, acha que é assim San Roman?

— Ah Fernandez, eu te quero, você me quer, isso não é mais segredo pra nenhum de nós dois.

— Pode ser que você tenha razão – pisca – e pare de me chamar de Fernandez. – Passou o indicador no nariz dele.

— Tudo bem Fernandez, ops, Maria. – Riu. – Hoje começo a ter aulas.

— Tô sabendo. E como você tá?

— Que nem a Aninha no primeiro dia de aula.

— Fica tranquilo, vai dar tudo certo. Bom, já vou indo, tenho que fazer umas coisas em casa.

— Mas já? – Olhou para o relógio. – Ainda não acabou seu expediente mocinha!

— Meu caro, eu estou indo pra casa pra trabalhar, ou você acha que aquela estufa só existe por puro capricho meu?

— Na verdade pensei que fosse sim.

— Mas não é, eu trabalho lá também. Agora deixa eu ir, o motorista tá me esperando.

— Maria – a puxa pela cintura – eu queria te tirar daqui, fugir contigo pra um lugar que ficássemos só nós dois.

— Também queria, mas a nossa realidade é outra. Agora acho melhor o senhor me soltar, antes que meu adorável marido entre aqui.

— Tudo bem. – A soltou.

— Faz o seguinte, me encontra hoje no apartamento da Lívia, vou pedir emprestado a ela.

— Sério? – Se anima.

— Sim. Eu não acredito que vou fazer isso, mas uma loucura de vez enquanto não faz mal – riu – eu digo ao Sérgio que vou pra casa dela fazer qualquer coisa, e você também inventa uma desculpa, assim a gente passa um tempo juntos.

— Eu não vejo a hora de te ter nos meus braços de novo Maria. – Tocou seu rosto com carinho.

— Eu também Estêvão. – Sorriu. – Eu preciso ir agora, estarei te esperando. – Piscou e saiu.

Maria saiu da empresa as pressas. Estava tão que feliz, que passou por sua cabeça não ser ela a Maria que conhecia, mas estava gostando desse seu novo jeito. Ela estava feliz também por ele, estava se saindo bem na empresa, como tinha que ser. Ela queria que ele entendesse logo como tudo funcionava, e assumisse de vez, pois não gostava da parte burocrática da empresa, e não gostava de Sérgio agindo sozinho nessa área. Bom, Enrico nunca lhe dissera nada sobre ele desviar dinheiro, mas não seria surpresa se ele fizesse isso agora, já que ela não era expert nesse assunto, e Estêvão estava começando a lidar com isso agora.

Quando chegou em casa, estava tudo muito silencioso. Ela supôs que Aninha estivesse em seu quarto fazendo lição de casa, e nem viu a sombra de sua mãe, que ótimo! Logo percebeu que sua tia preparava algo muito cheiroso para comer, e foi até ela.

— Oi tia! – Deu um beijo em seu rosto.

— Oi flor, já em casa?

— Eh, vim trabalhar um pouco na estufa. Tia – se sentou, e Fifi ficou de costas para ela, pois cozinhava algo – posso te perguntar uma coisa?

— Claro – respondeu ainda de costas – se eu souber responder.

— Como a gente sabe que está amando alguém?

Ela riu, e foi bastante audível sua risada.

— Não vai me dizer que essa pessoa é marido. – Foi até a bancada onde ela estava.

— Não, não é o Sérgio, é o Estêvão.

— Eu sabia Maria, mas só você não queria enxergar isso, tá mais que claro que você o ama.

— Como posso ter certeza que o amo?

— Você não notou nenhuma diferença em você mesma? Você tá sorridente, está se arrumando mais, fica mais tempo na sala conversando, é claro, quando ele está, e já tem ciúmes dele, pois isso ficou claro quando aquela menina esteve aqui.

— Ah tia, mas isso não quer dizer que o amo, ah sei lá... – Lhe faltou palavras.

— Sabe quando vai ter certeza que o ama? Quando você deixar de fazer algo que quer muito por ele, qualquer coisa que seja, aí você vai ter certeza que o ama, quando renunciar suas vontades por ele.

— Então quer dizer que não o amo?

— Não flor, não é isso. O amor é assim como as suas flores lá da estufa, primeiro ele é um botão, e vai desabrochando todos os dias, mas precisa ser cuidado com carinho. Eu sei que você já ama esse rapaz, eu sei porque te conheço, e vejo algo diferente em você, mas você só vai saber o quanto esse amor é forte quando vier as adversidades, porque nenhum sentimento é imune a problemas, e você vai ter que lutar por ele com todas suas forças, e em alguns momentos, até abrir mão desse amor.

Sua tia falava com tanta convicção, como se já tivesse vivido um amor intenso, mas não perguntou nada a ela sobre isso, mas com suas palavras, sentia que já amava Estêvão, ou se ainda não o amava, esse amor crescia dentro de si, como um bebê no ventre de sua mãe.

— E então, já tem uma resposta pra sua pergunta? – Ela perguntou depois de observar seu silêncio.

— Sim, já tenho. – Sorriu satisfeita.

— Então, me acompanha nesse brigadeiro?

— Claro que sim tia, não precisa me perguntar duas vezes!...

****

~ Estêvão ~

Eu disse a Aninha que iria beber com uns amigos do morro, ela acreditou, eu não gostava de mentir pra ela, mas não podia dizer que ia me encontrar às escondidas com Maria, por mais que elas se dessem bem, não podia arriscar.

Fui o primeiro a chegar, e quando entrei, vi um bilhete deixado por Lívia, escrito “Aproveitem a noite casal, ah, no meu quarto não tá, por favor.”, essa Lívia é o maior barato.

Lívia me deu carta branca pra deixar o lugar romântico pra gente, e eu ia aproveitar isso. Nunca fiz nada parecido, e com tanta pressa também, mas ficou tudo lindo, acho que ela vai gostar.

Não demorou muito pra que ela chegasse, e quando ela entrou, fiquei deslumbrado com tanta beleza, como uma mulher só conseguia ser tão bonita e gostosa?

Fui até a porta pra receber ela, mas quem me recebeu foi ela, com um beijo calmo e demorado, com direito a falta de ar, senti que hoje ela estava caliente.

— Tava ansioso pela tua chegada. – Coloquei uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

— Pois sua espera acabou, estou aqui. – Olhava ao redor.

~ Maria ~

Ao entrar no apartamento da Lívia, tive um pequeno susto, nunca vi aquele apartamento daquele jeito. As luzes estavam fracas, com algumas velas acesas espalhadas pela sala, com uma música suave no fundo, coisa de novela. Isso só podia ser coisa dele, Lívia não faria uma coisa dessas, ela não era romântica, não mesmo, mas já estava gostando disso.

— E então – me tirou dos meus pensamentos – gostou da decoração?

— Tá lindo Estêvão! – Me emocionei. – Tá tudo perfeito! – Estávamos de mãos dadas.

— Mas não acabou ainda. – Ele soltou minha mão, e foi até outro cômodo, trazendo algo em suas mãos, que estava pra trás. – Pra você!

Um buquê de flores!

Acho que em toda a minha vida nunca tinha ganhado um buquê de flores, logo eu, que sou apaixonada por eles.

— São lindas San Roman! – Disse cheirando aquelas belas rosas vermelhas.

— Eu queria te dar um buquê de flores de maio, ou flor de lótus, mas sabia que elas não são fáceis de achar?

— Eh, eu sei disso. – Sorri. Apesar de rosas não serem as minhas flores preferidas, eu tinha amado, de verdade. – Eu amei as flores, são lindas! – O beijei sorrido.

— Espera, ainda não acabou.

— Não?! O que você tá aprontando? – Coloquei as flores em cima do sofá.

— Como eu sei da sua paixão pela flor de lótus, eu resolvi te dar algo que você pudesse guardar pra sempre, e se lembrar de mim sempre que olhar.

— San Roman, não precisava se incomodar. – Se ele continuar falando, eu não vou resistir, e vou chorar.

— Deixa eu terminar morena. – Ele pegou uma caixinha de tamanho médio que estava em cima da mesa de centro, que eu nem tinha notado ali. – Comprei pra você, espero que você goste.

— O que é isso? – Ele estava com a mão estendida com a caixa na mão.

— Toma, abre.

Curiosidade era uma característica bastante predominante em mim. Sem demora, mas com cuidado, eu abri aquela caixinha, e vi algo tão, mais tão lindo, que foi impossível não deixar rolar uma lágrima de emoção.

— San Roman... É lindo!

— Você gostou?

— Como não gostar? Uma flor de lótus de cristal! O presente mais lindo que ganhei em toda minha vida! – Segurava aquele objeto delicado em minhas mãos.

— Logo que bati os olhos, lembrei de você.

— Eu amei meu amor – coloquei com cuidado em cima da mesa, e passei meus braços pelo seu pescoço – você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida San Roman, eu vou proteger esse cristal com a minha vida, e sempre que eu o olhar, vou me lembrar de como fui feliz com você. – O beijei, beijo misturado com as lágrimas que caiam dos meus olhos, não eram de tristeza, mas pela emoção de me sentir amada pela primeira vez.

****

~ Estêvão ~

Tudo indo bem, aliás, estar com ela em qualquer lugar que seja, era perfeito, mesmo que fosse num elevador.

Eu afastei um pouco seu rosto do meu, e sequei suas lágrimas, eu sabia que seu choro não era de tristeza, mas não queria vê-la chorando.

Novamente tomei seus lábios, e começamos um beijo avassalador. Eu a desejava de forma irracional, de forma incondicional. Eu já não respondia por mim, minhas mãos passeavam sobre seu corpo ainda coberto, minha boca percorria seu pescoço, e ela se contorcia quando dava pequenas mordidas em sua orelha, acho que descobri seu ponto fraco.

— Estêvão... – Sussurou no meu ouvido, já estava meio mole.

Eu já não aguentava mais as preliminares, por mais que quisesse que tudo fosse lindo, minha vontade de ama-la ali mesmo na sala crescia cada minuto que passava.

Cessei os beijos e carícias, e a olhei, sua respiração era rápida, assim como a minha. Fiquei admirando-a por um tempo, e ela ficou sem entender porque eu a olhava.

— Você é tão linda meu amor! – Disse depois de ficar olhando pra ela, e vi um sorriso lindo se formando em seus lábios.

A tomei em meus braços, ela ficou um pouco surpresa. Fui andando em direção ao quarto, o de hóspedes é claro, empurrei a porta com pé e entramos. Eu adorei a cara que ela fez quando viu tudo.

— Estêvão, você não fez isso! – Colocou a mão na boca.

— Pra você eu sou capaz de qualquer coisa meu amor!

Ela olhou admirada pelo quarto. O quarto estava cheio de rosas vermelhas por todo ele, e em cima da cama, um coração, escrito Te amo dentro. Havia algumas velas acesas pelo cômodo, assim como na sala, e no criado mudo, uma garrafa de vinho no gelo, e duas taças, o vinho preferido dela, dica de Lívia.

— Você não existe San Roman! – Me olhou sorrindo.

A puxei com pressão, e ela gostou, porque fez uma cara de menina sapeca, que tava doida pra ganhar umas palmadas, ah, eu vou amar dar essas palmadas, a se vou.

— Você gosta me puxar assim né?

— Gosto, e você sabe como eu chamo essa pegada?

— Como?

— Pressão do Estêvão.

— Eu não acredito que ouvi isso. – Riu. – Agora – apoiou as mãos no meu peito – vamos parar de falar, e vamos ao que interessa.

— Ah é? E o que interessa?

— Você não sabe?

— Não, você não quer refrescar minha memória?

— Com todo prazer.

Ah, essa Maria sabia como me deixar louco, louco por ela, louco de desejo. Nos beijamos loucamente, nos despimos com pressa, e logo estávamos somente com nossas roupas íntimas.

Ela foi me puxando em direção a cama, onde ela se jogou, e eu por cima dela. Arranquei seu sutiã, e me fiz dono daqueles par de seios deliciosos, aliás, não era só os seios que eram deliciosos, mas todo o conjunto.

~ Maria ~

Essa noite foi de emoções, desde de que coloquei os pés nesse apartamento, não sabia que além de tudo esse, esse homem era romântico, será que ele poderia me surpreender mais? Vida, entenda como um desafio!

Aquela sensação de sentir sua boca quente e carnuda pelo meu corpo era espetacular, esse homem era perfeito, e eu o queria só pra mim, na minha cama todas as noites, me amando, me fazendo sentir coisas que jamais pensei que existisse.

Não aguentava mais ficar só na vontade de senti-lo, precisava tê-lo dentro de mim pra ontem.

— San Roman, por favor, eu preciso de você em mim! – Disse quase sem conseguir falar.

— Não precisa pedir mais uma vez! – Fez aquela cara que eu amava.

Senti ele entrando com cuidado, como ele era gentil! Mas quando se aprofundou nas investidas, senti que meu corpo tivesse recebido uma anestesia, e estivesse em êxtase.

— Oh San Roman... Mais rápido por favor.

Ele segurou minha coxa esquerda, e aumentou suas investidas, eu não estava aguentando mais, aquilo era bom demais!

Trocamos as posições, e fizemos coisas que nunca tinha feito, e logo, sentiria que teria um orgasmo, minha palavra preferida desde que senti isso.

— San Roman, eu vou...

— Eu também meu amor...

Ele intensificou ainda mais, como se isso fosse possível, e logo chegamos ao ápice do prazer.

— Oh Maria...

— Estêvão...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Desfrutem!