Flores De Maio escrita por Maitê Miasi


Capítulo 16
Decidi Não Pensar Mais Em Nada




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O tempo é algo que não volta atrás.

Por isso plante seu jardim e decore

sua alma, ao invés de esperar que

alguém lhe traga flores. – Veronica

Shoffstall

****

Maria não acreditara nas palavras que lia, e menos ainda conseguiu conter um sorriso. As palavras eram palavras bem simples, mas as mesma a fizeram se sentir tão bem. No mesmo instante se lembrou do que sua do que sua tia havia lhe dito, sobre estar apaixonada por ele, e refletiu. Será que ele só estava suprindo sua carência, ou ela estaria mesmo apaixonada por ele? Maria não sabia lidar muito bem com seus sentimentos, por isso não discernia entre um e outro, a única coisa que tinha plena convicção, era que gostava de tudo aquilo.

— Maria? – Fifi batia na porta.

— Oi tia, entra.

— Como está seu humor hoje? – Sentou-se de frente para ela na cama.

Riu do comentário da tia.

— Há minutos atrás estava da mesma forma de ontem, mas agora estou melhor. Tia, minha mãe e o Sérgio vão jantar fora hoje?

— Sim. Os ouvi dizer que foram convidados para irem em algum restaurante, e aceitaram.

— Não sei por que esses dois vivem juntos, se eu fosse histérica, desconfiaria deles.

— Não diga besteiras Maria, ela é sua mãe! – A repreendeu.

— Tá, desculpa. Escuta, também fui convidada pra jantar fora hoje! – Segurava as mãos da tia, como se fossem duas amigas adolescentes.

— Hum – sorriu pícara – e quem foi que te convidou?

— Ele mesmo!

— E você vai né?

— Maria! – Aninha entrou no quarto e correu para os braços de Maria.

— Oi meu Amor! – Apertava Aninha. – Não sabia que tinha chegado da escola.

— Sim. Oi tia Fifi! – A abraçou.

— Oi minha linda!

— E como tá sendo na escola nova?

— É legal, mas as meninas de lá são muito metidas, eu preferia as meninas da outra escola, mas eu tô gostando de lá, e ando mais com os meninos, eles são mais legais. Ah, um monte de gente me chama de senhorita Goulart, por causa do Enrico, todo mundo já sabe que eu sou neta dele.

— Eh, seu avô era bastante conhecido. Fico feliz por estar gostando de lá. Agora, você vai tomar um banho e lanchar, sem bagunça hein senhorita Goulart. – Riu.

— Tá bom Maria. – Saiu do quarto correndo.

— Ela é um amor, e você a trata como se fosse sua filha.

— Eh, em pouco tempo de convívio me apeguei a ela, e eu não a vejo com outros olhos, senão como uma filha. – Sorriu.

— Bom, você não respondeu a minha pergunta, vai ou não vai aceitar o convite?...

****

— Quando você me convidou, eu pensei que fôssemos a um restaurante.

— Não, eu serei o cozinheiro essa noite.

Ambos caminhavam em direção à antiga casa de Estêvão.

— Sua amiguinha mora por aqui? – Se referiu a Babi.

— Logo ali na frente, mas não vamos falar dela. – Abriu a porta para que ela entrasse. – Pronto, seja bem vinda!

— Obrigada meu caro! – Eles entraram e ele fechou a porta.

Maria se sentia como uma verdadeira madame, pois, enquanto ele cozinhava algo com um cheiro espetacular, ela estava sentada o olhando, e conversavam enquanto ele dava uma de mestre cuca.

— Então quer dizer que você cozinha.

— E muito bem, modéstia parte. Eu que cozinhava pra minha vó e pra Aninha, e alguns anos nesse ramo, acabei me aperfeiçoando. – Ria convencido enquanto provava um tipo de molho. – E você, cozinha?

— Não, não sei fazer nem ovo cozido. – Riu.

— Sério Maria? Eu não posso acreditar nisso!

— Pois acredite. Eu cresci tendo o que queria de bandeja, e você acha mesmo que eu iria querer aprender, sabendo que sempre teria quem fizesse por mim?

— Eh, você tem razão.

Finalmente depois de poucos minutos, ele disse a frase que ela mais queria ouvir naquela noite: está pronto! Agora era hora de descobrir se o sabor estava tão bom quanto o cheiro.

— Hum – disse ao dar a primeira grafada – San Roman, isso tá muito bom!

— Gostou? – Sorriu.

— Adorei! Há muito tempo não como uma macarronada assim, tão apetitosa, simples, mas saborosa! Lá na mansão só comemos comidas...

— Estranhas! – A interrompeu rindo.

— Isso.

— A comida de lá não é tão ruim como eu pensei que era. Na TV parece pior.

— A gente acaba se acostumando. – Fez uma pausa. – Se você me dissesse que íamos jantar aqui, tinha trago um vinho pra acompanhar.

— Pra uma mulher, até que você bebe bem. – Brincou.

— Eu não bebo tanto assim, apenas socialmente.

— Todos os alcóolatras dizem isso.

— Que horror San Roman! Eu não sou alcóolatra, apenas aprecio um bom vinho. – Arqueou a sobrancelha sorrindo.

  — Tô brincando com você sua boba.

 Os dois riram daquilo feito duas crianças que não tem nenhum motivo específico para sorrir, apenas sorriem.

— E a sua tatuagem?

— O que tem ela?

— Quando vou ver?

— Você vai acabar me vencendo na insistência. – Riu. – Eu não vou te mostrar minha tatuagem, desiste dessa ideia.

— E por que não?

— Porque, pra você ver, eu teria que abaixar um pouco a minha calça, já que essa bendita tatuagem está muito perto da minha... – Hesitou. – Do meu bumbum.

— Eu ia adorar ver essa cena, você não imagina o quanto.

— Seu bobo!

Ela ria olhando para os lados, observando a casa.

— O que foi?

— Essa casa é bem pequenininha, mas tem um ar de família, e parece bem aconchegante.

— Minha vó fazia o possível pra deixar tudo em ordem, não é porque a gente era pobre, que a gente era sujo.

— Não tenho dúvidas disso.

— Ela tinha um enorme prazer em receber as pessoas aqui, ela fazia nossa vida difícil ser boa. – Sorria ao se lembrar de Catarina.

— É bonito o jeito com que fala dela, dá pra perceber o carinho, a estima que tinha por ela.

— É a mesma forma que você fala do Enrico.

— Eh... Eu iria gostar de conhecê-la.

— Ela também ia gostar de conhecer você.

— E sua esposa?

— A Adriana?

— Sim. Como ela era?

— A pessoa mais incrível deste mundo, e que me deu meu presente mais lindo!

— Com certeza ela marcou sua vida, e sempre vai estar com você. – Sorriu. – Você não se relacionou com mais ninguém depois dela?

— Não. Eu sou um homem a moda antiga Maria, não ficaria com uma mulher porque ela é bonita e atraente.

— E depois de quase dez anos você não encontrou uma mulher que valesse a pena?

— Bom, se você me perguntasse isso, como uma anônima, há semanas atrás, eu diria que não, mas hoje, a resposta não é a mesma. – Colocou sua mão sobre a dela.

— Eu... – Ficou nervosa. – Eu vou colocar os pratos na pia. – Se levantou indo em direção a pia.

“Por que eu perguntei isso meu Deus?” – Pensou.

— Maria – se colocou atrás dela – por que você ainda tenta fugir de mim? – A virou. – Eu já me envolvi demais com você, não dá mais pra esconder isso, eu não quero esconder isso. – Segurava seu queixo.

Ela fechou os olhos enquanto ele falava. Sabiam que o que sentiam um pelo outro não era certo, mas já era tarde demais, um sentimento já existia, e a possibilidade de escondê-lo, ou tentar apaga-lo era mínima, ou inexistente, e ficava cada vez mais difícil reprimir esse desejo.

Ele a beijou. Ela o beijou. Na verdade, eles se beijaram. Um beijo tão intenso como as ondas de um mar bravio, como um furacão que chega sem avisar, e faz o que quer, sem pedir permissão, assim foi aquele beijo. Por mais que ela tentasse mentir para si mesma, seus gestos a entregava, ele sentia que ela o desejava pela forma que ela o apertava contra si, pela vontade desesperadora de tê-lo em seus braços. Ele tinha certeza que ela já era sua refém, assim como ele se tornou o dela, ambos escravos daquele amor, e não queriam uma carta de alforria, ou que fossem livres, queriam continuar presos, obstinados a cumprir a sentença de se amarem.

O clima se tornava cada vez mais quente, enquanto ele passeava com sua boca pelo seu ombro, pescoço e orelha, sua mão percorria sua coxa, sentindo sua pele arrepiada pelo prazer, ouvindo pequenos gemidos tímidos da parte dela. Por ele, ele a fazia sua ali mesmo, e era isso que ele estava disposto a fazer, mas não ia fazer algo que ela não quisesse, e ela acabou voltando a si.

— Por favor San Roman – sua respiração era ofegante – é melhor irmos para casa, Sérgio e minha mãe já devem ter chegado.

****

Como combinado, Sérgio e Cecília haviam jantado com um grupo de amigos bem animados. Após um jantar cheio de risos e brincadeiras, Sérgio leva sua querida sogra para casa, e vai curtir, afinal, a noite é uma criança!

— Sérgio, esse apartamento é lindo, não mais lindo do que a mansão, mas ainda sim é lindo! – Disse Babi se jogando no sofá.

— Eu gosto dessa vida arregrada – caminhava até ela – gosto de luxo, e gosto que meus amigos usufruam disso comigo. – Deu a ela uma taça de champanhe.

— Brigada. – Pegou a bebida. – Então eu sou sua amiga?

— Claro que é! – Se sentou, e colocou sua taça na mesa de centro. – Olha, vê se você gosta. – Entregou a ela uma caixinha.

— O que é isso?

— Abre.

Ela abriu a caixinha que continha um lindo colar de pedras preciosas, algo que Babi nunca vira, e nunca tivera algo tão valioso em mãos.

— É lindo Sérgio!

— Eu comprei pra Maria, mas ela não gostou. – Mentiu.

— Sério? É divino! E é verdadeiro?

— Eu não compro nada falso Bárbara. Deixa eu colocar em você.

Ela virou de costas para ele e levantou suas madeixas louras para que ele colocasse o objeto em seu pescoço. Em seguida, ela foi até o espelho ver como estava.

— Nossa, essa Maria deve ter muito mau gosto pra não ter gostado desse colar. – Admirava a joia em seu pescoço.

— É seu.

— Como? – Se virou para ele.

— É seu. – Repetiu. – Você não gostou tanto? Agora te pertence.

— Não Sérgio, é muito caro, eu não posso aceitar! – Andou até o meio da sala.

— Babi – se aproximou dela – fica tranquila, é um presente meu, afinal, somos ou não somos amigos?

— Sim, mas... – Suspirou. – Esse colar deve ter custado o olho da cara, não, eu não posso aceitar Sérgio.

— OK, então ele vai ter que ficar guardado nas minhas coisas, sem valia nenhuma, porque eu não vou devolvê-lo. Tem certeza de que não quer? Ele ficou lindo em você, combinou com seu tom de pele.

Após alguns segundos pensando, Babi dá sua resposta.

— Tudo bem, eu vou aceitar, mas não quero que você me veja como uma aproveitadora.

— Claro que não Bárbara, eu jamais pensaria isso de você!

— Eu não sei como a Maria pode desperdiçar um partido como você.

— Eh, pena que ela não pensa como você. – Deu um sorriso de canto.

— Talvez ela não veja as coisas boas da vida – pausou – mas eu vejo.

Logo após dizer isso, Babi o beijou, surpreendendo-o, pois ele não esperava tal atitude da moça, mas gostou, já que seu plano desde o início era simplesmente leva-la para cama, e o primeiro passo havia dado certo.

— Me desculpa Sérgio – se afastou – eu não devia ter feito isso!

— Tudo bem, calma, isso não deveria ter acontecido, mas você não fez nada de mais.

— Ai que vergonha! – Colocou as mãos no rosto.

— Não precisa se envergonhar – segurou sua mão – nós somos adultos, livres, desimpedidos. Eu vou te levar pra casa.

— Não precisa. Eu vou entender se você não quiser olhar mais na minha cara.

— Não é pra tanto. Olha, pra você não ficar encabulada, que tal jantarmos juntos amanhã?

— Não sei.

— Está decidido, jantaremos juntos! Agora vamos!

****

Manhã seguinte.

Como sempre, após os beijos, Maria ficava sem graça com Estêvão, e não abriu a boca durante todo o café da manhã.

— Eu já vou, com licença. – Disse Sérgio se levantando.

— Pode me dar uma carona até a empresa? – Perguntou Maria.

— Daria com maior prazer meu amor, mas eu só vou pra empresa mais tarde, antes, vou ver uns compradores. – Deu um selinho nela e saiu.

— Maria, posso ir com você no carro? – Estêvão perguntou.

— Claro. – Respondeu indiferente.

Carro.

Durante os primeiros minutos dentro do carro, conduzido pelo motorista da família, foi um silêncio agoniante e sem graça, que Estêvão tratou de dissipa-lo.

— Por que todas as vezes que a gente se beija você fica assim? – A fitou.

— Por que? – Parou de olhar para a rua pela janela, e o olhou. – Você ainda me pergunta? Eu sempre critiquei pessoas infiéis a seus cônjuges, e hoje me encontro na mesma situação, você quer que eu fique como?

— Eu entendo, quer dizer, não muito, mas eu não consigo me conter quando tô perto de você, você tem um imã que me atrai, e eu sei que você sente o mesmo por mim.

— San Roman, entenda isso logo de uma vez, eu sou casada, e não quero continuar nesse joguinho, não quero continuar traindo meu marido que só vive pra mim. Estamos entendidos?

Dito isso, o motorista saiu do banco da frente e abriu a porta para que ela saísse. Os dois foram em direção à empresa, e o motorista, encostado no carro, os olhava.

—Eh senhora, a senhora não sabe da missa a metade... – Falou para si.

Mais tarde.

— Estêvão, o que faz aqui? – Perguntou Sérgio que acabara de chagar.

— Oi Sérgio – se virou para olha-lo – tava lendo esses papeis aqui, e vendo se entendo alguma coisa.

— Então você quer trabalhar aqui?

— A empresa não é minha?

— Eh, você tem a maioria das ações. Eu só quero saber se você vai entender como as coisas acontecem aqui dentro.

— Bom, eu sou muito bom em matemática, lido muito bem com números, quem sabe já não seja um bom começo.

— Pode ser. Já volto. – Saiu.

— San Roman? – Maria entrou.

— Oi Maria.

— Cadê o Sérgio?

— Acabou de sair daqui. Escuta Maria, você acha que eu consigo entender como funciona as coisas por aqui?

— Por que não? As coisas aqui são muito simples, justamente para não ter problemas com os funcionários.

— Você acha que eu me sairia bem na área administrativa?

— Bom, nessa área você tem que entender de matemática, um pouco de informática, e como funciona a empresa, mas você é capaz de tudo se quiser.

— Maria, o que faz aqui? – Sérgio voltou.

— Ah, oi Sérgio. Eu vim pegar a documentação daquela amostra de semana passada.

— Ah, claro, está aqui. – Pegou um papel em meio a vários.

— Bom – se virou para Estêvão – continua lendo, qualquer dúvida pergunte a mim, ou a Sérgio, espero que se saia bem. Com licença.

— Do que ela falava? – Se sentou de frente para o computador.

— Nada. – Continuou a sua leitura.

****

— ... Tá bom, tchau, te vejo mais tarde. – Desliga o celular.

— Com quem falava? – Perguntou Maria ao entrar no laboratório.

— Com um gato que eu vou sair mais tarde.

— Com o Fernando? – Estava de costas para ela.

— Sim.

— Lívia – respirou fundo – tem certeza do que você tá fazendo? – Foi até ela.

— Maria, eu gosto dele, poderia dizer até que o amo, e ele não é esse canalha, que você pensa.

— Tudo bem, eu vou confiar em você, ou melhor, nele, mas se ele te machucar, vai se ver comigo.

Elas sorriram e se abraçaram.

Mais tarde.

— Tia, cadê o Fernando? – Perguntou ao entrar jogando sua bolsa no sofá, estava nervosa.

— Tá na piscina com uma amiga, por que?

Maria deixou a tia falando sozinha, e foi até seu irmão.

— Fernando, quero falar com você! – Interrompeu a conversa dele com sua amiga, os dois estavam bem íntimos.

— Maria, você não está vendo que eu tô ocupado? –Se irritou com a atitude da irmã.

— Querida – falava com a amiga – vocês continuam essa conversa outra hora, agora eu preciso falar com meu irmão. Até mais!

A amiga de Fernando juntou suas coisas e saiu super sem graça.

— Você tá louca?

— Eu só vou dizer uma coisa Fernando, eu não sei o que você quer com a Lívia, mas se você a fizer sofrer, vai ganhar uma inimiga, ouviu bem! – Saiu bufando.

— Deixa de ser chata, sua velha! – Gritou.

****

Como Maria havia saído mais cedo do trabalho para falar com Fernando, passou o restante do dia livre a estufa, apenas vendo o tempo passar, e pensando que, desde que Enrico se foi, se foi com ele sua idoneidade.

Ela percebeu que já escurecia pelos vidros da estufa, então subiu para se aprontar para o jantar. Sérgio também já estava em casa, pois ouvia o barulho do chuveiro aberto no banheiro do seu quarto, e viu seu celular em cima da cama, e por acaso, tinha acabado de chegar uma mensagem.

— Sérgio – o chamava – chegou uma mensagem no seu celular!

Não obteve resposta da parte dele. Ela pegou o celular, não achou que estivesse fazendo nada de mais, afinal, era seu marido. Ao ler a mensagem, se arrependeu amargamente, se sentiu sendo feita de boba há tempos.

Não esqueci do nosso bj de ontem... Amei o colar que vc me deu, e vou usar ele hj a noite pra vc, espero ansiosamente pelo jantar. Bjs...

Sua vontade era de pegar aquele maldito celular e jogar para bem longe de si, e bater na cara dele, até descontar toda sua raiva, e ainda não seria suficiente, mas respirou fundo, não queria bancar a histérica.

— Oi amor, não sabia que estava aqui. – Saiu do closet arrumado.

— Tá bonito, vai sair?

— Vou, vou jantar com aqueles compradores do qual falei de manhã.

— Posso ir com você?

— Ah Maria, melhor não, só vai ter homens lá, e você não vai se sentir a vontade. – Disfarçou.

— Ah, tudo bem então.

 — Não vai ficar chateada?
— Não, pode ir tranquilo.

— Então já estou indo, não me espere pra dormir tá. – Beijou sua testa e saiu.

Quando ele fechou a porta, ela ainda manteve o controle. Foi até a janela e o viu saindo com o carro. Naquele momento deu uma crise de choro nela, mas não era tristeza, era ódio, raiva, não queria mais ver aquele desgraçado, infeliz na sua frente, mas não fizera nada do que pudesse se arrepender depois, ao invés disso, pensou em fazer algo que há muito tempo desejara, e era a deixa perfeita para isso, já que Sérgio mostrou a ela que ela não lhe devia respeito, já que ele também não soube o que era isso.

— Alô, San Roman?

— Oi Maria, fala.

— Tá ocupado?

— Não, por que?

— Pode vir no meu quarto daqui há uma hora?

— Tá, mas aconteceu alguma coisa?

— Não faça perguntas, só venha...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs gostem, e não me matem, hahaha... Me perdoem se acharem erros ortográficos, eu revisei, mas nunca se sabe, desfrutem!!!



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