Christmas: The Magic of Love escrita por Ciin Smoak


Capítulo 1
Surprises


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente, estou aqui com mais uma fic Olicity pra vocês. A ideia me surgiu devido ao mes em que estamos, proximos as festas de natal e ano novo e pensei por que nao colocar um pouco da magia dessas festas na vida do nosso casal?
Espero que gostem dessa singela historia e lembrem-se...
OLICITY É VIDA!



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24 de dezembro

Natal..

Essa data tão maravilhosa, esperada por todos durante todo o ano...Bom, todos, menos eu!

Isso significava que pela primeira vez eu passaria o natal sem ela, minha mãe, Donna Smoak, ela havia morrido a 10 meses atrás em um acidente de carro. Nós costumávamos passar o natal entre comida, risos e comedias românticas. Mas agora, eu não a tinha, esse seria o natal mais triste da história.

Meu nome é Felicity Smoak, tenho 26 anos e sou formada em T.I, trabalho nas indústrias Queen e no momento estou em minha sala olhando as pessoas indo e vindo preparando a empresa pra festa de Natal, já tinham me chamado tantas vezes, mas eu simplesmente não queria estar no meio de tanta gente e ser obrigada a sorrir.

Suspirei e peguei minha bolsa, estava na hora de ir pra casa. Estava quase na porta da empresa quando escutei alguém me chamando.

“Felicity, hey!”

Olhei pra trás e me deparei com um Barry totalmente esbaforido.

“Oi Barry, algum problema?”

“Não, só queria perguntar se você não vai mesmo passar o natal na empresa conosco, se você não quiser ficar aqui, eu e Caitlin podemos ir pra outro lugar com você.”

Sorri pra Barry, ele e Caitlin eram namorados há algum tempo e eram meus melhores amigos desde que me mudei de Vegas para Starling. Eu via nos olhos dele o quanto ele queria que eu não passasse o natal sozinha, então optei por mentir. Entenda, eu não gostava de mentir, mas eu não queria estragar o natal deles.

“Não precisa se preocupar comigo, eu não vou passar o natal sozinha, uma antiga amiga de Vegas está na cidade e como nós duas não estamos em clima de natal, combinamos de ver um filme, fazer algo sabe. Pode ficar despreocupado ok?”

Ele me olhou por um tempo, como quem queria descobrir se eu estava realmente falando a verdade. Fiz a minha melhor cara de feliz. Por fim, ele pareceu acreditar, sorriu e me abraçou.

“Bom, se é assim, tudo bem então, feliz natal loirinha.”

Dito isso ele saiu sorridente, e eu segui o meu caminho, nem preciso dizer que demorei uma eternidade pra chegar em casa ne? O transito estava horrível devido ao fato de ser véspera de natal.

Tomei um banho, coloquei um moletom folgado e uma calça preta, me deitei no sofá e me pus a encarar o teto, pensando e pensando, imaginando o que eu e minha mãe estaríamos fazendo agora, provavelmente estaríamos brigando pra decidir qual filme veríamos primeiro. Senti uma lagrima escorrer pela minha bochecha e me levantei. Olhei no relógio e eram 23:30.

Nossa, quanto tempo eu fiquei perdida nas minhas lembranças?

Olhei pras paredes do apartamento e elas pareceram me sufocar, de repente eu me sentia desconfortável, queria sair dali. Lembrei de um conselho que minha mãe me dava desde que eu era pequena.

“Quando as coisas ficarem difíceis e você não conseguir respirar, saia sem rumo e o destino vai te levar pro lugar certo meu amor”.

 Nem pensei duas vezes, calcei um tênis e sai de casa o mais rápido possível, ignorei o carro, eu precisava andar, talvez a noite fria ajudasse a tirar as lembranças da minha cabeça. Caminhei até o parque e me sentei em um dos bancos que ficava de frente pro lago, fiquei o admirando.

As pessoas não costumavam vir muito aqui nessa época, afinal o lago estava congelado e elas alegavam que não havia beleza ali, sem o Sol iluminando tudo e as crianças correndo pra la e pra ca, mas eu não pensava assim. Tinha algo de belo naquilo, no contraste entre o Sol e o gelo, eu gostava da sensação, de olhar e sentir que tudo mudava, nada era definitivo. Sorri um sorriso triste ao me lembrar das palavras de uma das amigas da minha mãe no dia do enterro dela.

“Nada é eterno querida, nem a alegria e nem a tristeza. Seu coração dói agora, mas você não ficará triste pra sempre.”

Fui tirada dos meus devaneios por uma musica natalina em algum lugar perto dali, olhei no relógio e vi que era meia noite em ponto.

“Feliz Natal Felicity.”

Aquilo era o melhor que eu conseguiria essa noite, estava preparada pra ir embora, quando percebi alguém se sentando ao meu lado, alheio ao fato de ter outra pessoa no banco. Decidi ignorar o estranho e voltar pra casa, mas parei quando vi de quem se tratava.

“Senhor Queen?”

Ele me olhou intrigado e depois deu um sorriso de canto.

“Senhor Queen era o meu pai.”

“Sim, mas ele morreu, quer dizer, ele se afogou, mas você não, o quer dizer que você poder vir aqui, sentar nesse banco e me ver tagarelar, mas eu vou parar em 3,2,1...”

Graças a Deus eu consegui calar a minha boca, eu não estava acreditando que essa minha boca sem filtro tinha decidido atacar logo agora, na frente de Oliver Queen.

“Você é engraçada senhorita?”

“Felicity. Felicity Smoak.”

“É um nome bonito Felicity. Pode me chamar de Oliver.”

“Ok, Oliver.”

Dei um sorriso sem graça, ele estava me encarando e eu já estava vermelha.

“Me desculpe perguntar, mas já nos conhecemos?”

“Ah, de vista, você já deve ter me visto pelos corredores da Q.C. Eu trabalho no setor de T.I.”

“Como eu não me lembro de você?”

Eu ri, ele parecia indignado consigo mesmo, então tratei de tentar tranquiliza-lo.

“Você é muito ocupado, não tem tempo pra ficar decorando os rostos de todos os seus funcionários.”

“Mesmo assim, eu deveria ter decorado o seu.”

Sorri de canto, eu estava realmente embaraçada, então decidi mudar de assunto.

“Bom, você não deveria estar sei la, na festa da sua empresa?”

“Na verdade não, quem organizou tudo foi a minha mãe, confesso que não estou em clima de festividade, desde que eu voltei da ilha, parece que não consigo mais ver diversão em coisas desse tipo. Mas e você? Por que não está na festa da empresa?”

“Bom, minha mãe morreu a um tempo, desde então digamos que eu também não consigo mais ver diversão em coisas desse tipo.”

Ele sorriu triste pra mim e vi que ele entendia, afinal ele também havia perdido o pai. Conversamos por horas, sobre tudo e sobre nada, as vezes só ficávamos em silencio apreciando a companhia um do outro. Eu realmente não acreditava no que estava acontecendo.

Deus, eu estava realmente conversando banalidades com Oliver Queen, meu chefe super gato, e parecia que nos conhecíamos a anos, e não a horas.

Quando dei por mim, já eram quase 4:00 hrs da manha. Pisquei assustada, como o tempo havia passado tão rápido? Olhei pra Oliver que agora tinha adotado uma postura relaxada, não exibia mais aquela aparência triste de antes. Eu não estava diferente, pela primeira vez em meses meus sorrisos eram reais.

“Bom, Oliver, tenho que ir, já está realmente tarde, obrigada pela conversa agradável, você fez a minha noite não ser um completo desastre.”

Sorri pra ele e me levantei, ele fez o mesmo.

“Bom, tenho que agradecer pelo mesmo motivo, e tenho que ir também, preciso voltar pra empresa, uma hora dessas Thea já deve estar dando um chilique daqueles.”

Dito isso ele tomou uma atitude inesperada. Ele me abraçou, eu demorei alguns segundos pra acordar e retribuir o abraço, de algum modo eu me senti extremamente confortável nos braços dele. Senti ele se abaixando pra sussurrar em meu ouvido.

“Feliz natal Felicity Smoak, você é notável!”

Me afastei dele e o encarei corada.

“Feliz natal Oliver Queen, obrigada por notar.”

Dito isso, me afastei a pessoas leves rumo a minha casa. É, esse natal foi melhor do que eu esperava.

Cheguei em casa e estranhamente meu coração estava acelerado, eu tinha um sorriso fácil no rosto, e pela primeira vez em muito tempo eu me sentia feliz. Deitei em minha cama e adormeci quase que imediatamente, naquele noite seguindo todos os clichês possíveis, eu sonhei com um certo par de olhos azuis.

31 de dezembro

Hoje era véspera de ano novo, ultimo dia do ano. Sorri, olhando pro vestido em minha cama, ele era longo, bege, com as costas feitas de tule e a frente com varias pedrarias que lembravam pequenos cristais. Mais uma vez a Q.C daria uma festa e dessa vez eu teria que ir, pois não era uma festa somente para os funcionários, era uma festa que contaria com vários empresários importantes e a família Queen queria que todos os funcionários da empresa estivessem presentes para mostrar a todos o quanto éramos unidos.

Meio ridículo eu sei, mas fazer o que? Eu não iria contrariar quem paga o meu salario.

Eu tentava de todas as formas acreditar que esse era o único motivo pra me fazer ir nessa festa, mas não, no fundo eu sabia a verdade. Eu queria vê-lo, mesmo que de longe.

Oliver Queen

O cara que vem povoando os meus sonhos nos últimos dias, sim, eu sou uma maldita idiota que parecia estar se apaixonando pelo chefe. Eu sei que é idiotice, afinal eu só havia falado com ele uma única vez e ele provavelmente nem lembrava mais de mim, mas eu não podia evitar que o coração disparasse a cada vez que eu me lembrava dele.

Ri da minha idiotice, eu sabia que ele nunca sentiria nada por mim, sabia que isso estaria fadado a só existir em circunstâncias totalmente platônicas, mas eu não mandava em meus pensamentos e muito menos em meu coração. Imaginei minha mãe rolando no chão de tanto rir aonde ela estivesse, afinal ela sempre disse que eu ainda acabaria me apaixonando e que seria ela a encontrar o cara perfeito pra mim.

“Poxa mãe, não podia ter mandado alguém mais, sei la, acessível?

Decidi parar com os devaneios e começar a me arrumar, não faria nenhuma super produção, eu sempre gostei de simplicidade.

Quando terminei tudo e me olhei no espelho, constatei que estava bonita, de uma forma natural.

Chegando na empresa me deparei com uma decoração luxuosa em tons de branco e dourado, as pessoas sorriam e conversavam umas com as outras. Assim que avistei Barry e Caitlin me aproximei deles.

“Olha só quem deu o ar da graça.”

“Para Barry, você está linda Fe!”

“Obrigada Cait, e como está o bebe?”

“Chutando sem parar, parece um jogador de futebol.”

“Esse é o meninão do papai.”

Sorri para a harmonia dos dois, eu me esqueci de falar, Caitlin está gravida de sete meses e meio, desde que ela e Barry descobriram, a felicidade dos dois parece que vai explodir a qualquer momento.

“Huuuuum, não olhe agora Fe, mas o Senhor Queen não para de encarar você.”

Eu me virei rapidamente pra trás, escutando os protestos de Barry de “Eu falei pra não olhar”, e no mesmo instante meu olhar se encontrou como dele, ele sorriu e acenou pra mim, eu dei um leve aceno acompanhado de um pequeno sorriso e me voltei pros meus amigos que me olhavam totalmente confusos.

“Eu vou a bar e volto daqui a pouco ok?”

Saí apressada dali, não queria ter que explicar pra eles agora de onde eu conhecia Oliver. Pedi uma taça de champagne e me sentei em um banco sorrindo, ele realmente lembrava de mim.

Olhei pro relógio que estava em cima do palco, faltavam 25 minutos pra meia noite.

“O que uma moça bonita faz bebendo sozinha?”

“Hey Oliver.”

Ele estava lindo, em um terno bege, totalmente impecável, e me encarava com um olhar cheio de algo que parecia ser carinho? Saudade?

Ok, circunstâncias platônicas Felicity, lembre-se disso.

“Você está linda.”

“Você também não esta nada mal senhor Queen”.

Sorri pra ele, que prontamente sorriu de volta, ele se aproximou mais um pouco e de repente estava perto demais.

“Eu pensei em te procurar no seu apartamento, mas achei que pegar o seu endereço no RH da empresa poderia parecer desrespeitoso.”

“Ta, mas por que você queria me procurar Oliver? O que queria falar comigo? “

Oliver sorriu de canto e olhou no fundo dos meus olhos, nesse momento meu coração já estava pra lá de acelerado e eu nem me lembrava de como se respirava.

“Eu queria te ver, só isso, desfrutar um pouco mais dessa companhia adorável que me sentir tão bem na noite de natal.”

“Oliver, eu não estou entenden...”

“Ah Felicity, não é possível que só eu tenha sentido alguma coisa se revirar dentro de mim naquele dia. Sabe, eu sonhei com você, todos esses dias.”

Eu não estava acreditando naquilo, Oliver Queen estava na minha frente dizendo que tinha sonhado comigo? Oliver me encarava, provavelmente esperando que eu saísse do meu surto interno e dissesse alguma coisa, mas antes que eu conseguisse abrir a boca ele foi puxado por Thea alegando que ela precisava de ajuda para ver se estavam todos em seus postos, prontos para a queima de fogos.

Eu fiquei ali, parada igual uma estátua, ainda sem acreditar no que havia acontecido. Assim que sai do meu torpor eu me levantei aos tropeços e fui em direção a sacada do prédio. Deus, eu precisava de ar.

Não sei quanto tempo fiquei ali assimilando tudo o que havia escutado e pensando no que teria acontecido caso a irmã de Oliver não tivesse aparecido. Olhei pra trás e vi que o relógio marcava 23:59. Logo a contagem regressiva começaria, me virei novamente encarando a cidade, ficaria ali e veria a queima de fogos que prometia ser linda. Estava apenas observando o céu, quando senti mãos segurando minha cintura, estava pronta pra recuar quando senti aquele cheiro. Era o cheiro dele.

Senti Oliver se aproximando mais ainda de mim e me abraçando por trás, de repente sua boca estava colada em minha orelha, causando um arrepio imediato.

“Sabe, existe uma tradição antiga que diz que se você beijar alguém na virada do ano terá muito amor pelo resto dele e que se esse beijo for na pessoa amada, você ficara com ela pelo resto do ano.”

Me virei encontrando os seus olhos azuis e o seu riso fácil no rosto. Ele estava dizendo que queria me beijar pra ficar comigo o resto do ano?

“Oliver, o que você está querendo diz...”

Ele me interrompeu com um dedo em meus lábios me calando, eu estava perdida naqueles olhos. Logo, escutei as pessoas começando a contagem regressiva para o ano novo.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 ,1...

Nesse momento seu dedo foi substituído por seus lábios, no começo foi só um selinho, mas logo ele pediu passagem com a língua e eu concedi de bom grado, ele apertou a minha cintura e eu enlacei seu pescoço. Nossas línguas se encontrando fazia com que choques elétricos percorressem todo o meu corpo, definitivamente aquele era o melhor beijo da minha vida. Ao longe eu escutava o barulho dos fogos, mas eles não eram importantes agora.

A única coisa que importava era aquela boca macia sobre a minha me causando tantas sensações que eu nunca achei que teria. Logo o ar nos faltou e nos afastamos minimamente, encostando as testas um do outro. Nos olhamos e sorrimos, trocamos mais alguns beijos e quando enfim nos separamos tínhamos sorrisos bobos nos lábios que estavam vermelhos e inchados devido aos beijos.

“Bom, agora que eu te prendi a mim pelo resto do ano. O que acha de sair comigo?”

“Sim, não que eu tenha muita escolha né, afinal estamos presos um ao outro até o final do ano.”

“Até o final desse ano e de muitos outros. Poder ter certeza que irei renovar a tradição todos os anos, agora que te achei, não vou deixar você escapar de mim senhorita Smoak.”

“Isso é bom, pois eu não pretendo ir a lugar algum senhor Queen.”

Nos beijamos novamente e sorri em meio ao beijo ao pensar em Donna Smoak pulando de alegria lá em cima. Ela havia conseguido, havia me levado ao homem da minha vida.

É, no final de tudo eu não precisei fazer esforço para encontrar o amor, eu só precisei escutar o conselho da minha mãe.

Nos separamos e voltamos pra festa de mãos dadas, sorriamos como bobos, afinal tínhamos a certeza de que ficaríamos juntos e que esse futuro juntos nos reservava coisas maravilhosas...

The End!!!


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Notas finais do capítulo

E ai gente, o que acharam?
Comentários são sempre bem vindos, e não custa nada né, afinal ajuda a escritora a saber o que o publico acha do material produzido por ela...
Desde já, desejo um feliz natal e um próspero ano novo a todos vocês...
Até a próxima!
XoXo



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