(...)Eu enrolei meus braços nas minhas pernas pra me manter aquecida.

"Com frio de novo?", Jacob perguntou colocando o braço ao redor do meu ombro antes que eu pudesse responder.

"Você não?"

Ele balançou a cabeça.

"Você deve estar com febre ou alguma coisa assim", eu rosnei.

Estava congelando. Eu toquei meus dedos na testa dele e a cabeça dele estava quente.

"Nossa, Jake - você está fervendo!"

"Eu me sinto bem". Ele levantou os ombros. "Absolutamente normal".

Eu fiz uma careta e toquei a testa dele de novo. A pele dele queimou embaixo dos meus dedos.

"Suas mãos são como gelo", ele reclamou.

"Talvez seja eu", eu admiti.

(...)

Eu dirigí Mike com o carro dele, enquanto Jacob nos seguia atrás prame levar pra casa. Jacob estava quieto no caminho de volta pra minha casa, e eu me perguntei se ele estava pensando nas mesmas coisas que eu estava. Talvez ele estivesse mudando de idéia.

"Eu me convidaria pra entrar, já que voltamos cedo", ele disse enquanto estacionava ao lado da minha caminhonete. "Mas eu acho que você pode estar certa sobre a febre. Eu estou começando a me sentir um pouco... estranho".

"Ah não, não você também! Você quer que eu te leve até em casa?"

"Não", ele balançou a cabeça, as sobrancelhas se juntando. "Eu ainda não estou me sentindo mal. Só... errado. Se eu precisar, eu paro".

"Você me liga assim que chegar?", eu perguntei ansiosamente.

"Claro, claro", ele fez uma careta, olhando em frente para a escuridão e mordendo o lábio.

Eu abri minha porta pra sair, mas ele segurou meu punho levemente e me segurou lá. Eu reparei de novo como a pele quente dele ficava na minha.

"O que é, Jake?", eu perguntei.

"Há algo que eu quero te dizer, Bella... mas eu acho que vai parecer meio meloso".

Eu suspirei. Isso ia ser que nem no cinema. "Vá em frente".

"É só que, eu sei que você provavelmente está muito infeliz. Eu, talvez isso não ajude em nada, mas eu quero que você saiba que eu vou estar sempre aqui. Eu nunca vou te decepcionar - eu prometo que você pode sempre contar comigo. Uau, isso parece meloso. Mas você sabe disso, não sabe? Que eu nunca, jamais machucaria você?"

"É, Jake, eu sei disso. E eu já estou contando com você, provavelmente mais do que você sabe".

Um sorriso se abriu no rosto dele do jeito como um nascer do sol nasce entre as nuvens, e eu queria cortar minha língua. Nenhuma das palavras que eu disse era mentira, mas eu devia ter mentido. A verdade era errada, ia machucar ele. Eu ia decepcioná-lo.

Um olhar estranho apareceu no rosto dele. "Eu realmente acho melhor eu ir pra casa agora", ele disse.

Eu saí rapidamente.

"Me liga!" eu gritei enquanto ele ia embora.

Eu olhei ele ir, e ele pelo menos parecia ter o controle do carro. Eu olhei para a rua vazia depois que ele já tinha ido embora, me sentindo um pouco doente também, mas não era nada físico. (...)

Jake não ligou.

O tempo foi passando e algumas coisas foram acontecendo. Liguei para Billy, mas ele disse que o jeke não poderia atender. Voltei para minha rotina, acordar com meus gritos, não falar durante a aula, não sair nos finais de semana, nada. A única coisa que ainda mudara foi o sonho, um sonho diferente que eu não conhecia.

Fui percebendo que eu estava mudando, se fosse uma mudança razoável, como o cabelo crescer, por exemplo, eu tenho certeza que eu nunca teria percebido, mas era algo rápido, eu estava crescendo em uma velocidade extraordinária, não sabia o que estava acontecendo comigo...

Charlie também estava começando a estanhar essa situação, mas não falava nada, com medo de me chatear, eu acho.

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Andava pela floresta, sentia que alguém me seguia, me sentia estranha, como se alguma coisa estivesse crescendo dentro de mim, começo a correr em desespero, em um momento sinto muita dor, como de algo explodisse de dentro de mim, e outra vez acordo gritando.

Depois de me acalmar me levanto e vou comer alguma coisa, Charlie havia saído para trabalhar na investigação sobre os ataques de ursos, era sábado e eu não teria que ir a escola, não iria a casa do jeke, já tinha descoberto que ele não me queria mais por perto, então não o faria aceitar minha companhia.

Decidi terminar aquela trilha que estava fazendo com jeke, não teria o que fazer o dia todo e eu queria muito chegar aquela clareira.

Me vesti e fui de picape até o final da estrada.

Depois disso, comecei a seguir na direção em que paramos, quase não tropecei, alem de ter crescido e criado corpo, minha coordenação motora anda melhorando consideravelmente nesses tempos.

Continuei andando até encontrar uma parte entre as arvores bem luminosa, me animei e fui naquela direção o mais rápido o possível, o que também me assuntou, já que foi bem mais rápido do que esperava, quando cheguei depois das arvores pode ver, era a mesma clareira, estava exatamente igual, o que me deixou extremamente triste e decepcionada, pode sentir aquela dor no peito tão familiar, não a dor que senti com a ida dele, nem com o desaparecimento do Jacob, era a dor dos meus sonhos, já não era só uma dor emocional, e sim física também.

Senti um cheiro diferente, um cheiro doce que fazia arder minhas narinas. Me virei e encontrei Laurent me observando de maneira curiosa, como se estivesse se perguntando alguma coisa.

- ola Laurent - falei e depois percebi que não estava sentindo medo, mesmo ele sendo um vampiro que provavelmente iria me matar, não sentia medo algum, só aquela maldita dor insuportável que me torturava. – há quanto tempo, - continuei falando.

- oh, Bella, que surpresa lhe ver aqui, pensava que você não estava mais morando por aqui, parece que os Cullens não está mãos aqui, você não era o bichinho de estimação deles ou algo assim? – falou ele com um sorrio no rosto. E a dor insuportável no meu peito continuava crescendo, sentia que iria explodir.

- bem, eles se mudaram, não sei para onde foram, acabou que eu fiquei... – não estava com vontade de contar como ele me abandonou, queria simplesmente sair daquele lugar e pensar em como acabar com aquela dor.

- nossa, pensava que você e o Edward eram inseparáveis ou algo assim... – ele falou pensativo. – ago em você mudou, seu cheiro esta diferente, não está tão apetitoso como era antes... – queria falar que o dele também estava as mil maravilhas, mas e toquei que essa não era eu, eu não responderia a u vampiro que poderia me matar a qualquer momento, o que está acontecendo comigo?

- bem, me desculpe, mas eu tenho que ir, - falei me virando devagar pela dor.

- ah, por quê? Agora que estávamos a conversar coisas mais interessantes... – ele falou se aproximando rapidamente de mim. Nesse momento aconteceu, a bamba relógio que estava dentro de mim estourou, senti como se todos os ossos de meu corpo estivessem se quebrando e remendando varias vezes.

Em um momento, parou, parou tudo, era como se o mundo tivesse parado de girar, mas logo depois desse segundo, tudo voltou ao quase normal, as únicas diferenças eram que tudo estava muito mais rápido, o Laurent estava com uma cara de espanto, por três lobos gigantescos que estavam olhando de mim para Laurent, e eu estava sob quatro imensas patas peludas.