Daydreaming escrita por Hayley_Ackles


Capítulo 14
A new member of family


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoal! Sentiram saudades? Nos vemos lá em baixo! Boa leitura!



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Abri meu celular para checar a hora. Já se passavam das 23h.

Pelo retrovisor pude ver os olhos atentos de Dean. Instintivamente olhei para meus dedos, ainda com os curativos. Retirei eles e pude ver os machucados. Um nó se formou em minha garganta, mas eu o engoli... Precisava enterrar minhas dores.

Olhei para casa e vi um vulto passando no jardim.

- Sam, você viu aquilo?! - Perguntei já pegando minha arma.

- Vi.

- O que era? - Dean se perguntou.

- Não sei, vamos ver agora. - Respondi abrindo a porta do carro.

Os Winchester me acompanharam. Corremos até os fundos da casa. Somente a luz do quarto da garota estava acesa, e a porta dos fundos havia sido arrombada.

Nos entreolhamos brevemente e então entramos na casa. Subimos as escadas de madeira tentando fazer o mínimo de barulho possível. Do corredor podíamos ver a porta do quarto, entreaberta. Ela estava conversando com alguém...

- Pará, Brad! Eu já te disse pra dar o fora daqui. Eu não quero! Sai! O que tem de errado com você? Escuta, você esta me machucando!

- Hey, larga ela! - Sam disse entrando no quarto, com arma em punho, acompanhado por nós.

Caroline estava sendo erguida, pelo pescoço, contra a parede.

De canto de olho o desconhecido nos encarou. Seus olhos ficaram negros como as trevas, e quando Sam se preparou para atirar o garoto começou a gritar e uma fumaça preta saiu de sua boca.

--

Caroline estava em choque.

Sentei-me no sofá ao lado dela, que pareceu nem perceber.

- Caroline, meu nome é Joan. - Falei cautelosa - Trabalho com... – Sam, disfarçadamente, me mostrou os distintivos falsos que ele e Dean estavam usando. - Taylor e Deric. Tenho algumas perguntar para fazer. Poderia responde-las, por favor?

- O-o que foi aquilo? Os olhos do meu namorado ficaram ne-negros e-e ele parecia estar possuído... – A garota gesticulava rapidamente tentando compreender a situação.

Peguei suas mãos e as coloquei em seu colo. Ainda segurando sua mão a olhei bem fundo em seus lindos olhos azuis, estranhamente, muito familiares.

- Vou responder depois que você responder as minhas perguntas.

Caroline assentiu com a cabeça.

- Tem mais alguém além de nós na casa?

- Não.

- Você tem pai, irmãos, avós, tios?

Antes de responder ela inspirou e soltou o ar em uma lufada, parecendo tentar se acalmar.

- Eu tenho pai e uma meia irmã. Minha mãe é filha única, e meus avós morreram quando era muito pequena, já por parte do meu pai não sei se tenho tios, mas uma vez ele me contou que os pais dele morreram muito cedo.

- E onde seu pai e sua irmã estão? – Continuei o interrogatório sendo observada pelos Winchester’s.

- Eu não tenho noticias do meu pai faz alguns meses. Ele viaja muito a trabalho e só vem pra casa quando dá, geralmente uma, duas, três vezes por mês, e minha irmã, Mackenzie, faz faculdade em Harvard. Porque está perguntando isso de novo se eles já perguntaram? – Lançou um olhar para os rapazes.

Ela havia me pegado. Fitei os Winchester’s com o olhar de “socorro!”.

- Bem é que... Somos novos – Sam começou, improvisando. – e ela é nossa supervisora. Faz parte do cargo dela refazer as perguntas que nós já fizemos pra saber se estamos trabalhando direito.

Ainda bem que tínhamos alguém que pensava!

Sam veio até mim e colocou uma mão em meu ombro.

- Agora deixa que eu assumo. – Disse já prevendo que a garota soltaria uma enxurrada de perguntas depois dessa.

--

Agora eu e Dean observávamos de longe Sam conversando pacientemente com a garota que estava com o semblante mais apavorado que antes.

- Acho que ele abriu o jogo com ela. – Disse à Dean.

- Hm. Já estava na hora de ela saber o que ela está enfrentando, precisaremos da ajuda dela se quisermos descobrir mais alguma coisa. Só a informação de que a mãe dela foi raptada por um demônio não é grande coisa.

Dean se virou e eu o imitei. Agora estávamos de frente para uma lareira cheia de porta retratos.

- Foi aqui que eu vi aquela foto com o cara parecido com o Joe. – Murmurou Dean. – Aqui. – Pegou um porta retrato e me entregou.

Assim que vi a foto, o quadro deslizou por minhas mãos caindo no chão, fazendo Sam e Caroline olharem pra mim.

O homem não parecia com o Joe, era ele! Como isso era possível?

- Joan, voce ta bem? - Dean perguntou colocando uma de suas mãos em meu ombro direito.

 O olhei por um minuto em silencio formulando a frase.

 - O homem da foto nao parece com o Joe. É ele!

Dean me olhou franzindo o cenho, refletido com um biquinho nos labios, como se fosse falar algo.

- Quem é Joe? - Caroline perguntou não entendendo nada.

- Então você quer dizer que... Que ela é filha do Joe? - Sam se pronunciou.

- Como você disse mesmo que era o nome do seu pai? - Perguntei pegando o quadro, agora com o vidro quebrado e indo até Sam e Caroline.

- Eu não disse. O nome dele é Joseph, Joseph Evan Collins.

- Ah, eu não acredito. - Dean suspirou.

- Caroline, você é... É minha sobrinha. - Disse não creendo nas minhas próprias palavras.

- O que? Como assim? Como posso acreditar em você se nem te conheço? – Interrogou alterada.

Pensei rápido e achei uma ótima alternativa.

- Ok então, me faça perguntas sobre o seu pai, coisas que ele gostava, que ele fazia, dizia... Coisas que somente uma pessoa que conhecia ele saberiam.

- Qual era a banda favorita dele? – Disparou.

- AC/DC.

- E a musica favorita dele?

- Thunderstruck.

- Qual eram os nomes dos pais dele?

- Jude e Howard.

- Que carro ele tinha?

- Ele tinha um Dodge Charger 1969 preto, que ele mesmo restaurou.

De repente as luzes da casa começaram a piscar e as portas dos armários começaram a bater descontroladamente. Vidros estouraram fazendo Dean, Sam e eu nos jogarmos no chão, tentando nos proteger.

Puxei Caroline pela mão tentando protege-la também, mas ela parecia estar em um tipo de transe.

Me assustando, Castiel apareceu e tocou a testa de Caroline fazendo-a desmaiar e tudo voltar ao normal.

- O que foi isso? – Perguntei lentamente, me pondo de pé.

- Eu vou explicar. – Castiel disse, como sempre calmo. – Vocês precisam saber que Caroline é uma bruxa.

- Tão nova e burra. – Dean comentou.

- Não esse tipo de bruxa, Dean. Ela é uma bruxa original.

- Uma oque? – Sam resmungou.

- Bem, são raras as pessoas que tem conhecimento das verdadeiras bruxas. Existem três tipos delas:...

- Ah que ótimo! – Dean debochou jogando os braços.

Castiel ignorou o comentário e continuou:

- Existem as verdadeiras bruxas, as de linhagem pura, que é o caso de Caroline; As bruxas legitimas das trevas, como aquelas que vocês enfrentaram uma vez; e as mulheres que praticam magia negra.

- Cass, você sabe porque levaram Natalie? – Sam questionou.

- Eles à levaram pensando que ela era Caroline.

- Demônios burros. – Murmurei.

- Mas eles já perceberam que ela não é a bruxa, e agora querem pegar a verdadeira bruxa. – Apontou Caroline com os olhos.

- Temos que ficar aqui e proteger a garota. – Dean se pronunciou.

- Você tem razão. – Concordou Sam.

- Cass, mas se ela é uma bruxa, como a mãe dela não é? E eu vou ter que matar minha própria sobrinha?

- Bruxas de linhagem pura tem um padrão. Somente as filhas mais novas adiquirem os poderes. E não, não irão ter que mata-la. Ela tem o livre arbitrio de escolher quem ela ira servir: A luz, ou as trevas.

Caroline se agitou no sofa, despertando.

- O que aconteceu? – Sentou-se passando as mãos pelos cabelos.

- Você desmaiou – Comecei a falar sentando-me ao lado dela -, bem pra falar a verdade foi o Castiel quem te apagou – Apontei para onde Cass estava, mas ele já havia sumido. – Castiel é um anjo, nosso amigo. Não deve se preocupar. – Tratei de exclarecer.

- Ah tá bom. – Falou com um tom de deboche.

- Caroline, eu preciso saber, porque logo que abrimos o jogo, não nos contou que você é uma bruxa?

- Uma o que? – Ela se chocou com a pergunta. – Eu não sou uma bruxa! – Nos fitou incrédula. – Vocês veem até a minha casa, fingem que são investigadores e ficam sabendo tudo sobre a minha vida – Disparou a falar. -, daí fico sabendo que ela é minha tia e que coisas paranormais horriveis, como demonios, são reais... Agora vocês me dizem que eu sou uma bruxa? Isso é o fim!

- Então, ô querida, como é que você explica as coisas estranhas que você faz? – Dean realmente a pegou.

A garota enrigeceu e estreitou os olhos, parecendo buscar uma resposta normal para aquilo.

- Olha, seja o que for, nós vamos entender. – Disse Sam lançando aquele olhar afetuoso.

- Eu não sei, tá legal! – Explodiu. – Eu não sei como eu faço isso! Eu só quero ser normal, e ter amigos... Parar de ser taxada de monstro... Ter minha mãe de volta... – Lágrimas rolaram por seu rosto.

Instintivamente a abracei afagando sua cabeça.

- Tudo vai ficar bem, tudo vai ficar bem. – Tentei conforma-la.

--

Como eu iria contar pra garota que o pai dela tinha morrido? Ela já tinha muita coisa ruim na cabeça dela.

E como iamos lidar com a irmã mais velha?

Passei as mãos pelo rosto cansada de pensar sobre isso.

Levantei-me do sofa e fui até a porta da frente. Levantei o tapete checando mais uma vez o pentagrama desenhado de baixo dele.

Subi as escadas e espiei pela porta entre aberta Caroline dormindo e seu quarto.

Haviamos colocado sal em todas as janelas e portas. Estavamos seguros.

Me dirigi até o quarto de hospedes, onde Sam, Dean e eu ficariamos.

Dean já estava dormindo, e Sam estava usando seu laptop.

- O que você tá fazendo? – Me aproximei coxixando.

- Ahn nada, só pesquisando. Estou sem sono. – Fechou o laptop.

- Desculpe por te-lo feito chorar aquele dia.

- Está tudo bem. – Sorriu.

- Então Sam, faz tempo que não temos uma conversa decente. – Sentei-me ao lado dele.

- Nem me fale. – Revirou os olhos sorrindo.

- Você está com fome?

- Hm... Um pouco.

--

- Onde você está me levando? – Sam indagou enquanto eu o puxava escada abaixo.

- Vamos cozinhar! Preciso manter meu cerebro ocupado pra parar de pensar besteira.

Abri a geladeira como se estivesse em casa. Vasculhei cada prateleira dela à porcura de não sei exatamente o que. Queijo. Peguei o pequeno pote e o deixei em cima da bancada. Assim como fiz com a geladeira, vasculhei todos os armários e acabei por achar um pacote de macarrão.

Pronto. Uma receita fácil e rápida de se fazer.

Enquanto o macarrão estava no forno, aproveitei para conversar mais com Sam. Descobri que ele não havia mudado tanto assim, ele simplismente havia crescido, amadurecido, porém continuava com os mesmos fundamentos. Demos boas risadas. Ele me contou várias histórias sobre os anos que ele esteve caçando com Dean. Como uma pessoa tão boa como ele pode ser receptáculo de uma aberração como Lúcifer?

- Em geral esses anos foram bons. Não é como a faculdade, mas... – Deu de ombros.

- E quanto a Jess, você ainda sente muita falta dela? – Perguntei dando uma golada no meu refrigerante.

- Sinto, às vezes eu até sonho com ela. Isso não é uma coisa que eu costumo a contar para as pessoas, mas quando eu sonho com ela, eu sempre sonho que ela esta lá, presa no teto, pegando fogo. É horrivel.

- Sinto muito.

- Vamos falar agora um pouco sobre você. Eu já te contei tudo sobre minha vida, até das coisas que eu não conto pro Dean! – Riu se recostando na cadeira.

- Ok, então vamos lá... Meu nome é Joan Evan Collins, tenho 23 anos, sou capricórniana...

- Não! É sério! – Protestou com ar de riso.

- Tá. Mas o que exatamente você quer saber?

- O que você tem feito esses anos em que não nos vimos?

- Nossa! Essa tá difícil. – Fiz uma pausa pensando no que falar primeiro. – Bom, nesses anos eu terminei a escola, que foi muito massacrante pra mim, porque você sabe, eu não tinha amigos, e se eu tinha era uma amiga só porque ela curtia coisas estranhas! Depois eu fiquei um ano caçando com o Joe, depois de insistir muito, afinal eu tinha que adquirir um pouco de prática. Quando voltamos eu comecei a trabalhar de garçonete em um restaurantezinho pra tentar arranjar grana pra fazer a faculdade de medicina que eu queria...

- Nossa! Então quer dizer que iamos ter uma médica? – Pareceu surpreso.

- É, por incrivél que pareça sim! Eu sei muito bem lidar com sangue e agulhas. – Sou grata por isso.

- E depois disso?

- Depois disso o Joe morreu, e vocês apareceram... E agora estou aqui! – Falei me apoiando na mesa. – Mas eu agradeço por vocês terem aparecido. Eu não sei o que eu faria sem vocês.

Impulsivamente abracei Sam, que pareceu se asssusar de começo, mas logo retribuiu.

Fomos nos afastando lentamente. Sam fitou bem fundo em meus olhos. Ficamos alguns segundos parados, imóveis, sem dar um piu, nos encarando.

A mão de Sam que antes estava em meu ombro, agora estava na minha nuca. Ele foi se aproximando devagar, com a boca entre aberta....

- Estou enterrompendo alguma coisa? – Dean entrou na cozinha limpando a garganta.

- Ahn, não! – Tratei de me explicar. - Nós só estavamos conversando e...

- Que cheiro é esse? – Dean mudou repentinamente de assunto.

- É macarrão com queijo. Acho que já está pronto! – Falei pegando a luva de forno e vestindo-a.

--

Deitada no sofá, com meus fones de ouvido, eu pensava em tudo o que havia acontecido até agora... E me perguntava mais ainda o que havia acontecido há alguns segundos. Que diabos foi aquilo? Sam ia mesmo me beijar? Mas porque? Eu queria aquele beijo? De quem eu gosto?

Minha cabeça estava prestes a explodir.

-  ( Continua... ) -


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Notas finais do capítulo

Oiii! Eu se não me matem! Fiquei muito tempo sem postar, mas agora voltei com a corda toda. Ah e como vocês devem ter percebido, esse cap. não tá betado, então se encontraram uns errinhos... Desculpa, mas a ansiedade de postar era tanta que nem deu tempo de enviar pra minha beta linda Lari_pink que me aguenta não sei como!... Então... O que acharam? Gostaram? Não gostaram? Amaram? Odiaram? Quero reviews!! Criticas, duvidas, sugestões... Qualquer coisa!AAAAAAAAHHHH Como eu senti saudade de vocês !! *--------*Beijãooo e até a próxima! XXXX



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