Daydreaming escrita por Hayley_Ackles


Capítulo 11
What if?


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo quero agradecer a Lari_pink por ter me ajudado, ter sido uma ótima amiga, e também uma ótima beta.
(Sim, apartir de hoje os cáps vão ser betados!)
Boa leitura!



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Caroline PDV.

Querido Diário,

Essa é a primeira vez que eu estou o usando desde que o ganhei, há sete anos. Ao contrário do que minha mãe pensava, eu nunca vi uma razão para que eu escrevesse em você tudo o que se passa comigo. Na verdade, eu acho que tenho uma vida razoavelmente normal. Bom, até então achava...

Isso mudou quando eu tinha doze anos, mas mesmo assim nunca escrevi. Tinha medo de que alguém o pegasse, e o pior de tudo, o lesse. Até hoje tenho esse medo, mas que se dane, resolvi enfrentá-lo, afinal praticamente todas as pessoas sabem que as coisas que acontecem são culpa minha. Pelo menos a maioria delas acredita que sim. Inclusive teve um dia que os crentes da igreja vieram aqui em casa e disseram á minha mãe que eu estava com o demônio no corpo, e queriam me exorcizar. Isso foi bem estranho.

Todos me acham estranha. Até me sinto "Carrie, a estranha" às vezes, mas minha mãe sempre me diz que não devo ligar, que eu sou normal, e que apenas tenho um dom especial que ninguém mais tem. Diferente da mãe da Carrie - a garota do filme - minha mãe não é religiosa-fanática. Ela é católica, e é claro, eu também sou.

Todo dia, eu acordo, e rezo para que Deus tire essa maldição de mim. E ao final de cada dia eu tenho a mesma decepção. Mas continuo tendo fé de que uma hora, mais nenhuma pessoa vai morrer por minhas mãos, pois eu não faço por mal, aliás, eu não sei nem exatamente o que faço.

A verdade é que eu tenho medo de mim mesma, pois eu não sei o que sou capaz de fazer, e principalmente, não sei o porquê sou capaz de fazer.

Ass: Carol.

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Joan PDV

- Bom dia, baby boy! - Sorri dando um tapinha na bunda de Sam, que estava parado na frente da porta do banheiro bloqueando minha passagem. Ele pareceu surpreso com meu ato.

- É. Parece que alguém acordou de bom humor hoje. - Dean comentou enquanto arrumava a sua mala.

- Que foi, Dean? Agora eu não posso mais ficar de bom humor quando estou perto de você?

- Não, é só que você não tem demonstrado esse bom humor esses dias.

- Claro! Perto de você quem é que consegue ficar de bom humor? – Bom, isso era mentira. Sorri fazendo uma pausa na porta do banheiro, e finalmente entrando. Fechei a porta, a qual NÃO havia trinco, e fui fazer xixi. Ótimo, agora só falta alguém entrar e me pegar fazendo xixi. Que cena linda! Ironizei.

Lavei meu rosto, e prendi meu cabelo fazendo um rabo-de-cavalo. Droga, esqueci minha bolsa lá fora. Rapidamente fui até o quarto, a peguei e corri de volta ao banheiro. Comecei a escovar os dentes, enquanto decidia que roupa escolheria usar. 

( Link da roupa: http://lh4.ggpht.com/_TjcVieus7aA/TTSlMpqdICI/AAAAAAAAAMw/xJiuPQPhYkY/s400/joan%20roupa.jpg  ).

Peguei minha mala e vasculhei os bolsos de fora procurando um rímel, um lápis de olho, o que quer que fosse pra poder dar um "up" no visual. Um pouco de maquiagem, às vezes fazia bem! Por fim achei um blush, um lápis preto, um rímel e um batom rosa discreto.

- Bem melhor agora! - Disse a mim mesma quando terminei de me maquiar.

Peguei minha mala, que já estava organizada, e saí do banheiro.

- E então Dean, pronto para nossa viagem de volta? - Sabia que ele devia estar se borrando de medo de pegar um avião novamente. Em resposta, ele sorriu sem humor. Viu, o que eu disse sobre o bom humor dele?

- Ok Joan, você está pronta? - Sam perguntou.

- Eu nasci pronta, Sammy! - Sorri.

Não sei por que, mas eu estava feliz. Sentia como se alguma coisa boa fosse acontecer.

Dean pareceu surpreso quando chamei Sam de Sammy e ele não ligou.

- Sam, que horas o vôo sai? - Queria saber, porque meu estomago estava roncando!

- Nove e quarenta e cinco. – Ele respondeu e eu peguei meu celular no bolso da calça pra checar que horas eram. No relógio marcavam exatas nove horas.

- Dá tempo de passarmos em alguma lanchonete pra comer alguma coisa? Estou morta de fome.

- Eu também estou. - Dean disse.

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Caroline PDV

- Mãe? Mãe, você viu o meu casaco? - Gritei descendo as escadas indo procurar minha mãe.

- Mãe? - Novamente chamei não a encontrando.

Fui até a cozinha e havia uma panela no fogo, a torneira estava aberta, e a porta que ia até o quintal dos fundos também. Caminhei calmamente até a pia com a intenção de desligar a torneira, mas algo me chamou atenção: o chão estava manchado de sangue, como se alguém houvesse sido arrastado enquanto sangrava, fazendo uma trilha até a porta que estava aberta. Aquilo me deixou em pânico.

Rapidamente fechei a torneira, e corri até o quintal chamando por minha mãe histericamente. A trilha de sangue acabava na cerca, onde o quintal terminava...

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Joan PDV

Já estávamos dentro do avião, e novamente, como era de se esperar, Dean estava tendo um ataque de pânico. Ao meu lado esquerdo Sam estava sentado calmo, enquanto uma aeromoça lhe dava um saquinho de amendoim e uma coca. Do meu lado direito estava Dean, prestes a ter um ataque, enquanto uma vovozinha o fitava sorrindo.

- Não tenha medo, filho. - A vovó disse. - Quando você for ver, já estará em terra firme novamente. - Dean assentiu sorrindo. Ri com a situação. Até uma velha senhora tinha superado essa, e ele não!

"Senhores passageiros, por favor, prendam seus cintos que em alguns instantes o avião vai decolar." – A comissária de bordo anunciou no alto falante, com uma voz simpática.

Dean foi o primeiro a colocar o cinto. Chegava a ser hilário!

--

Dean ainda estava tenso. Estava absorto, fitando a poltrona da frente.

- Dean? - Chamei pegando sua mão e ele pareceu se assustar. - Vamos, acho que você deveria lavar o rosto, tomar um pouco de água pra ver se melhora.

- Não, não precisa. - Protestou.

- Vamos logo! - Levantei o puxando junto.

Meio inseguro, ele caminhou me seguindo até o banheiro.

- Vai, entra aí. - Ordenei a ele entrar no pequeno banheiro.

Ele se apoiou na pia, e ficou se encarando no espelho por alguns segundos. Lavou o rosto e o enxugou na toalha. Aguardei pacientemente.

- Se sente melhor agora? – Indaguei curiosa.

- Não. - Eu ri com sua resposta, e por mais incrível que pareça, ele me acompanhou. Nosso olhar se encontrou, e então ficamos em silêncio nos encarando. Sua boca era convidativa, e o que mais desejava agora era beijá-lo.

Dean deslizou sua mão por meu braço me puxando para mais perto, agora eu estava dentro do minúsculo banheiro com ele. Nossos corpos estavam colados e nosso rosto estava a pouca distancia um do outro. Finalmente nossos lábios se tocaram, fazendo-me fechar os olhos. A língua dele invadiu a minha boca e eu correspondi imediatamente. Meu coração estava acelerado, enquanto a mão de Dean descia por minhas costas, e eu colocava minha mão em sua nuca puxando levemente seu cabelo. Fiquei arrepiada quando ele sentou-me na pia, deixando a situação mais intensa. Passei minhas pernas em torno dele o puxando para perto. Ele sorriu descaradamente quando fiz isso e eu retribuí. Ele beijou meu pescoço, e tirou sua camiseta, me colando em seu peito.

- Dean, eu-eu não posso. Desculpe. – Gaguejei nervosa e coloquei a mão em seu peito o afastando um pouco. Sem questionar, ele se afastou me dando espaço. Desci da pia, me recompus e saí do banheiro, voltando para meu lugar.

- Aconteceu alguma coisa? - Sam perguntou assim que me sentei.

- Não, nada.

- É que vocês demoraram...

- É que eu usei o banheiro também.

- Ah. E cadê o Dean?

- Ele foi atrás de água. – Improvisei desejando acabar com as perguntas.

Sam e eu ficamos em silencio, mas acho que ele suspeitava que alguma coisa havia acontecido. Alguns segundos depois Dean apareceu sentando-se em seu lugar. Continuei em silêncio. Eu me sentia envergonhada, mas ao mesmo tempo feliz com o que havia acontecido. Pelo menos agora eu sabia que ele sentia um pouco de atração por mim.

Ainda não estava pronta para "aquilo". Ainda me lembro da ultima relação que tive.

# Flash Back on #

Nevada, CA.

Estávamos Dave e eu no quarto de um motel qualquer, onde havíamos nos hospedado com nossos irmãos. Steve, irmão de Dave, e Joe haviam saído pra investigar o local onde os supostos ataques estavam acontecendo.

Dave estava assistindo TV, enquanto eu pesquisava sobre espectros na internet. Não era muito experiente nesse assunto, e queria saber mais a respeito. Enquanto a página que havia acessado carregava fiquei observando Dave, que olhava fixamente para a televisão dando às vezes, pequenos goles na cerveja que havia pegado escondido. Ele era realmente lindo, e tinha sido muito legal comigo aqueles dias. Eu estava super a fim dele. E pelo jeito ele de mim.

Fechei o notebook e fui me sentar no sofá ao seu lado. Dave sorriu para mim, que retribuí, e ele voltou a fitar a TV. Estava passando um filme, não sei qual era, mas até que legalzinho. O casal que estava em cena - que antes brigava - agora se beijava apaixonadamente. De canto de olho pude perceber que Dave me olhava. Olhei pra ele e dei um sorrisinho.

Ele foi se aproximando cada vez mais de mim, e então passou a mão por meus cabelos parando na nuca, me puxando para ele. Em seu beijo me entreguei, dando uns amassos. Ele era lindo e eu não era boba, queria mais era aproveitar mesmo. Eu tinha quinze e ele dezessete. A coisa foi esquentando e eu não queria continuar, eu era muito nova, inexperiente, e claro, virgem. Ainda sou, mas não me envergonho disso. É preferível ainda ser virgem do que sair por aí farreando com qualquer um.

- Dave, pára. - Pedi enquanto ele beijava meu pescoço tentando tirar minha camiseta.

- Qual é gata? Eu sei que você quer. - Respondeu sem parar de me tocar.

- Você está errado! Eu não quero! Sai de cima de mim. - O empurrei. Ele era mais forte do que eu então na adiantou nada.

- É claro que quer. Eu posso ver o desejo em seus olhos.

- Que desejo?! Você está louco?

- Sim, eu estou louco... Por você. - Disse tirando sua camiseta.

- Cara, sério, pára, eu não vou transar com você! - Protestei.

- Ah, você vai sim. - Sussurrou no meu ouvido enquanto passava sua mão por minha coxa.

- EU JÁ DISSE QUE NÃO VOU! - Dei um chute em seu saco fazendo-o cair no chão.

Assustada, levantei-me rapidamente, enquanto ele agonizava no chão, ajeitei minha camiseta e abri a porta do quarto dando de cara com Joe.

- Aconteceu alguma coisa aqui que eu deva saber? - Perguntou dando uma indireta.

# Flash Back off #

--

(Fort Worth 13:15)

- Ah, meu bebê, como eu senti saudades! - Dean disse enquanto afagava a capota do carro. Eu já estava do lado de dentro com Sam. Bati no vidro do lado em que Dean estava chamando sua atenção.

- Você quer que Sam e eu os deixemos a sós? - Perguntei e dei um sorrisinho, sendo acompanhada por Sam.

- Não vai ser preciso. - Respondeu entrando no carro.

Dean deu a partida e logo o rádio ligou. Estava bem na introdução de uma música do AC/DC que eu amo.

( Link Seguro. Vai abrir no seu Media Player rapidinho: http://www.lindmidis.net/midis/entre/ACDC/ACDC_-_Its_A_Long_Way_To_The_Top.mid   )

(Link do 4shared pra quem não conseguir abrirhttp://www.4shared.com/audio/WNAXYP1B/ac_dc_-_ACDC_Its_a_Long_Way_to.htm   ).

Ridin' down the highway, Goin' to a show, Stop in all the byways, Playin' rock 'n' roll... - Comecei a cantar e dançar no banco de trás.

Os rapazes me olharam pelo retrovisor com cara de "Sério?".

- Vamos lá Winchesters, cantem comigo!

Dean deu de ombros, e logo ele e Sam começaram a cantar comigo.

It's a long way to the top if you wanna rock 'n' roll!

Foi divertido. As pessoas dos outros carros que passavam por nós ficavam encarando a gente, mas eu não estava nem aí. Eu estava feliz. Eu até acenava pra algumas delas. Realmente, foi bem idiota! Acho que os rapazes nunca haviam feito isso. Bom, essa também foi minha primeira vez.

--

Já estávamos no quarto de um novo motel. Dessa vez quem atendeu a gente foi um homem. Dei graças a Deus por isso!

- Ok, Dean você dorme com o Sam naquela cama - Apontei pra cama de casal a esquerda. - e eu durmo nessa.

- Eu não vou dormir na mesma cama que o Sammy. Que coisa - fez uma pausa procurando a palavra. - gay.

Sam e eu rimos da maneira com que ele respondeu.

- Ok, então você dorme no chão. - Sorri sacana jogando um travesseiro no chão.

Ele pareceu não gostar da idéia, mas não disse nada.

- Ah que saco, não tem nada pra fazer. - Sentei e me joguei na cama. - O que vocês acham de irmos a algum bar tomar umas cervejas?

Eles se entreolharam.

- Você tá falando sério? - Dean perguntou.

- Claro que tô. Vamos lá, esquecer um pouco da vida, afogar as mágoas, apenas nos divertir! Você vem Sammy? – Perguntei. - Bom, se ninguém for... Eu vou sozinha. O bar é aqui no final da rua mesmo.

- Pensando bem, eu acho que eu vou sim. - Sam riu, se pôs de pé, e me acompanhou até a porta. - Dean pareceu surpreso com a atitude do irmão.

- Então Dean, vai ficar aí, ou vai vir conosco? - Disse já no corredor.

- Ok, eu vou com vocês. - Pegou seu casaco e saiu trancando a porta.

--

Acho que já estávamos na décima segunda cerveja. Sei lá, só sei que estávamos muito loucos. Nós riamos de tudo. Bom, pelo menos eu. Dean ficava me contando piadas de pontinhos, e eu ria de todas. Sam estava cabisbaixo no balcão até que uma vadia qualquer veio infernizar ele.

- O que você tá fazendo sua galinha? - Perguntei a ela, tentando me por de pé.

- Não é dá sua conta sua bêbadazinha.

- O que? Você me chamou de que? - Fui até ela, e meti o dedo em sua cara.

- Te chamei de bêbada. E tira essa sua mão imunda da minha cara.

- Não tiro! Não tiro! - Disse como uma criança fazendo birra.

- Você vai tirar sim, sua vaca. - Puxou meu cabelo.

- Ah é? - Enfrentei dando um tapa na cara rebocada dela.

Ela revidou, eu revidei, e assim a briga começou. Saímos aos tapas no chão do bar e uma roda de homens se formou em nossa volta.

- Joan, pára! - Sam me tirou de cima da prostituta com ajuda de Dean.

- NÃO! ELA ME CHAMOU DE VACA, E VAI PAGAR CARO POR ISSO! - Gritei sendo arrastada pra fora do bar. - AQUELA PROSTITUTA DE BARZINHO NÃO TINHA O DIREITO DE ME CHAMAR DE VACA, ELA É QUE É UMA VACA...

- CHEGA! - Dean gritou nervoso me interrompendo enquanto cambaleávamos até o motel. Subimos as escadas de entrada nos apoiando um no outro. Não sei como, conseguimos chegar ao quarto.

- Vai logo Dean, abre a merda dessa porta! - Coloquei pressa.

- Tô tentando!

- Me dá a droga da chave. - Assim como Dean, eu não conseguia encaixar a chave na fechadura.

Depois de uns cinco minutos tentando, finalmente consegui.

- Pronto. - Solucei empurrando a porta de qualquer jeito.

--

"Ai, minha cabeça!" - pensei ainda de olhos fechados me espreguiçando. Senti algo pesado em cima de mim. Tateei pra tentar identificar o que era. Meu Deus! Abri meus olhos com espanto. Olhei para meus lados, um de cada vez e me deparei com Sam de um lado, e do outro, Dean. E ainda por cima ele estava sem camisa.

- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! - Gritei tirando o braço deles de cima de mim fazendo-os acordarem assustados.

Meu Deus, o que eu fiz? Olhei para o meu corpo e eu estava somente com uma calcinha e a camisa de Dean.

M-E-U D-E-U-S que diabos aconteceu aqui?


-- ( Continua... ) --


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Notas finais do capítulo

Oii, tudo bem? Espero que sim.Mais uma vez queira agradecer a Lari_pink. Valeu Lari vc tem me ajudado muito!E quero também agradecer a Buubalu, e a vocês minhas queridas!Espero que tenham gostado do cáp. Não se esqueçam de deixar o review, é muito importante!Queria pedir um favor, vocês poderiam recomendar a fic? *pede com os olhos brilhando*Ficaria muito feliz.Beijãaoo e até a próxima :*