A summer to remember escrita por Writer KB


Capítulo 2
Capítulo 2 Kate Beckett


Notas iniciais do capítulo

Uall.. obrigado por todos os comentários, fiquei animada e decide postar mais um capítulo. Agora com a nossa linda detetive Beckett.
Beijinhos e boa leitura!
Espero que gostem!



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“A grandeza vem não quando as coisas sempre vão bem para você, mas a grandeza, vem quando você é realmente testado, quando você sofre alguns golpes, algumas decepções, quando a tristeza chega. Porque apenas se você esteve nos mais profundos vales você poderá um dia saber o quão magnifico é se estar no topo da mais alta montanha.”
– Richar Milhous Nixon

Kate Beckett:
Sete anos. Hoje faz sete anos que minha vida mudou. Éramos uma família unida. Meus pais eram bons advogados, tínhamos uma vida de classe média alta e eu já estava com o pé na faculdade.
Quando um policial bateu em nossa porta. Minha mãe havia sido assassinada.

“Beckett” atendo o telefone, mania de começar com o sobrenome, depois que virei detetive, era de costume atender assim.
“Hi, Becks!”
“Maddie?”
“Hi, tenho um convite para te fazer e você nem pense em recusar!”
“Nossa, tudo bem comigo sim” E que convite eu não posso recusar?”
“Quanto drama, detetive. Ouça, lembra que te falei da parceria que fiz em Hamptons?”
“De expandir, a franquia e abrir o Q3 em Hamptons? Como ia esquecer? Você falou disso semanas! E o que tem a ver com a tal proposta?”
“Ai Becks, as vezes você é tão lerdinha.. Então, sei que está de férias, e depois de tanto trabalho, você merece! Me diz, o que pode ser melhor, do que que praia, boa comida e uma companhia excelente? No caso eu! Vamos Becks? Faz séculos que não passamos um tempo juntas, e preciso passar uns dias lá.”
“Hamptons é? Não seria uma má ideia, realmente precisava de um descanso. Estar com meu pai não seria a melhor das escolhas, já que essa época não era boa para ele também. E depois de tantos casos difíceis no distrito, Hamptons parecia uma boa ideia.
“É Hamptons.. vai Becks, falei que não aceitaria um não como resposta.”
“Nossa, tá exigente essa empresária viu! Ok Maddie. Seria quando essa viagem?”
“Então essa é a melhor parte! Amanhã!”
Amanhã? Maddie, está muito em cima, teria que arrumar a mala, avisar meu pai e..”
“Para de desculpas mocinha, seu pai você avisa por telefone, as malas você faz rapidinho. Kate você precisa relaxar. Te pego as sete, ok?”
“Ok. Digo ainda receosa, não gosto muito de não tert controle sobre algo e definitivamente me assustava a ideia de viajar assim do nada.
“Becks, tenho que desligar, estão me chamando na cozinha. Ah não esquece as roupas de banho e amiga, capricha, vai que você encontra por lá um homem e desencana desse doutor que nunca está no país. Até amanhã, beijinho.”

Antes que pudesse responder ela já tinha desligado. Bom é isso, tenho menos de um dia para arrumar a mala. Realmente correr atrás de bandidos parece ser mais fácil agora.
O dia passou muito rápido e para minha sorte Lanie passou em casa mais cedo, me ajudando com a mala. Ligo para meu pai, que não atende. Ele deve estar na cabana e o sinal do celular é ruim lá. Deixo um recado, avisando que vou estar uns dias fora. Odeio o fato de ele estar sozinho mas não sou uma boa companhia agora. A lembrança da morte da minha mãe, o aniversário dessa data e o fato de nunca ter pegado o assassino me deixam para baixo, a cabana me faz lembrar ela e meu pai me faz lembrar ela.

Depois de algumas taças de vinho e um bom banho, decido ir domir. Amanhã será um longo dia.
Ainda é cedo e Maddie não estava brincando quando falou que viria as sete. Quase nem consegui tomar meu café.

“Vamos Becks! É verão, sabe como fica quente para dirigir?”
“Maddie, desde quando você acorda tão cedo?” Falo, já indo em direção do elevador.
“Desde quando eu abri um restaurante. Ou melhor, dois.” Murmura minha amiga, que até ontem só queria saber de moda e garotos.
“Então como você está? “Ela me pergunta sem olhar em minha direção”. Com as mãos no volante e o olhar atento na estrada. Ela sabe que essa época não é fácil para mim.
“Estou bem!” Digo com um sorriso tentando convencer ela e a mim também.
“E o doutor? Ainda em missão na África?” Ela fala de um jeito debochada.
Realmente não entendo por que ela não gosta do Josh.
“Josh, Maddie! O nome dele é Josh. E sim, ele está na África, em uma campanha de vacinação para crianças carentes.
“Não entendo esse seu relacionamento Beck. Vocês quase não se vêem. É nobre suas ações mas seria nobre passar um tempo com a namorada também.”
“Ele está ocupado e eu realmente acho lindo o que ele faz. É um jeito de ajudar o próximo, fazer a vida vale a pena!”
“Está bem, não vou mais falar do doutor. Se bem, pelo o que eu ouvir dizer, Hamptons pode surpreende-la.”
“Maddie!!”
“Ok! Você nem parece a Becks que conheci. Relaxa! Já estamos chegando.”

Sei que no fundo ela tem razão. Nesses últimos meses com o Josh, quase não nos vimos. Quando ele estava livre eu tinha plantão no distrito e quando eu tinha uma folga ele estava em algum lugar do mundo, salvando alguém.
Ligo o rádio para distrair um pouco e como não acho nada que me agrade, acabo desligando. Realmente preferia estar dirigindo. Não acredito que deixei ela me convencer a vir nessa viagem e pior, no banco do carona.

Algum tempo depois, enfim, estávamos em Hamptons. O clima é agradável e é incrível.
Uma mistura de casas enormes e praias porém parece ser calmo. Paramos em frente ao novo Q3 e tenho que dizer, é lindo!

“Ual Maddie, é encantador e sofisticado, com um ar familiar, bem diferente do populoso Q3 de Nova York.”
“Vem Becks, você precisa ver por dentro”. Ela desce o carro com tanta pressa que parecia uma criança em dia de natal.
É incrível! O interior do estabelecimento consegue ser ainda mais bonito. Um espaço amplo, com mesas redondas, bem decoradas e janelas enormes que dão um toque lindo na iluminação.

“Fabuloso!”
“Você gostou? Ainda tem uns ajustes para fazer mas já amo esse lugar Beck!”
“E deve amar mesmo. É lindo!”
“Vou só falar com o chefe, resolver umas coisinhas e vamos para o hotel tá?”
“Ok. Enquanto isso vou ao banheiro. Espero você lá fora.”

Indo em direção ao toilette observo que o lugar ainda não está cheio. É cedo ainda para o jantar. Há algumas pessoas, percebo que são famílias com crianças. Provavelmente de férias aproveitando a praia. O banheiro é enorme e bem decorado. Todos os tons neutros com um leve toque de dourado.

Paro em frente ao grande espelho. Lavo minhas mãos e com elas inda molhadas passo no rosto. Aquela sensação de frescor da água gelada com meu rosto quente é tão boa! Me assusto quando percebo uma menininha no canto do cômodo, aparentemente chorando.

Nunca fui muito boa com crianças, mas olhando em volta não vejo mais ninguém. E isso me intriga. Será que ela está perdida?
Me aproximo devagar.. Ela não deve ter mais do que 4 anos. É pequena e linda, tem os cabelos ruivos e a pele branquinha, parece uma boneca. Me abaixo na frente dela, com isso ela olha pra mim, com belos olhos azuis e cheios de lágrimas.

“Oi querida, você está sozinha? Por quê está chorando?” Ela me olha mas não parece querer responder.”
Hei, cadê a mamãe?”
“Elaa, ela foi embora..” Ela me diz e se afasta um pouco.
"Foi embora? Como?” Olho mais uma vez em volta. E não tem ninguém lá.
“Olha você é tão bonita! O que acha de parar de chorar e irmos procurar sua família?”
“Quem está com você?”
“Papai.” Ela diz timidamente, mas não sai do lugar.
“Então, vamos procurar ele?”
“Não posso.” Ela abaixa a cabecinha, realmente parecia triste. E com a falta de experiência com crianças, não sabia bem o que fazer.
“Por que não pode?” Pergunto tentando entender o motivo de ela estar tão triste.
“Não consigo fechar!” Ela olha em direção ao botão dos shorts que estava usando. Claro, graças a Deus, tudo era por causa do botão.
“Ah, eu posso te ajudar?” Pergunto para ela. Já me movimentando para perto.
“Anham.” Ela levanta os bracinhos para que eu possa ver melhor o botão.
Enquanto fecho os shorts, penso um pouco irritada. ‘Ela é pequena, por que alguém não entrou no banheiro com ela?’
“Prontinho! Agora, pode me dizer por que está sozinha no banheiro?”
“É que é de meninas e o papai não pode entrar.” Ela diz, já com um sorriso tímido no rosto.
“Claro! Só de meninas!” Nem termino de falar, quando ouço alguém do lado de fora chamar.
“Alexis, você está ai?” A voz é masculina, deve ser o pai dela.
“Hum, acho que tem alguém te procurando Alexis, será que é o papai?”
Ela sorri e balança a cabecinha.

Geralmente não me dou bem com crianças mas algo nela me cativou. Ela é tímida e tão meiga.
“Vamos?” Nem sei por que estou fazendo isso, mas não poderia deixar ela sair sozinha, seria irresponsabilidade da minha parte. Pego a mãozinha dela e me aproximo da porta. Ao abrir me deparo com um homem alto, forte, cabelos castanhos e olhos incrivelmente azuis.

“Oh Alexis, já ia entrar para te procurar.” Ele fala em um tom engraçado fazendo a menina rir e eu acabo sorrindo também. Passando a mão no cabelo ele diz:
“É me desculpe, sou o Richard, pai da Alexis.” Ele estica a mão para me cumprimentar e é nesse momento que percebo que ainda estou segurando a mão da Alexis. Um pouco sem jeito, solto a mãozinha dela e apertando a dele digo:
“Kate, sou a Kate.”
“Ah, prazer em conhecê-la Kate!” Seus olhos parecem querer entrar nos meus e isso me deixa um pouco sem graça.
“Ela estava com dificuldades para fechar o botão, não é Alexis?” Olhos para a menininha tentando disfarçar o nervosismo que aquele olhar me causou.
“Nossa, obrigado! É uma situação nova pra mim ainda.” Ele passa a mão nos cabelos ruivos da criança, sem olhar para mim.
“Não, imagina! Não foi nada.” Eu realmente estava desconfortável na presença dele, não sei por que, deve ter sido todos aqueles comentários da Maddie, sobre a chance de encontrar um homem bonito e antes que ficasse pior, decidi ir saindo..
“Foi um prazer conhecer você Richard, ah e, Alexis você também!” Sorrio para ela que sorri de volta mas agora menos tímida.
“O prazer foi meu Kate! E, obrigado mais uma vez por ajudar a Alexis.” Ele pega ela no colo e vai se movimentando em direção da saída. No meio do caminho ele para e olha para mim.
“Alexis, você não vai dar tchau para Kate?”
“Tchau Kate, obrigada!” Agora sorrindo e balançando a mãozinha. Tão pequena e já educada. Levanto a mão com um sorriso me despeço dela.

Fico observando até eles saírem e me assusto quando Maddie fala:
“Ual Becks! Te deixo sozinha alguns minutos e você já está de papo com um gatão?!”
“Até que enfim Maddie! Achei que fosse dormir aqui.” Digo tentando me livrar do comentário e explicações sobre o homem que acabei de conhecer. Conhecendo ela, provavelmente já ia achar que era algo a mais.
“Não muda de assunto não Becks. Vamos para o hotel e no caminho você pode me contar quem era aquele homem lindo com quem você estava conversando.
Pronto, já vi que essa noite vai ser longa, mas uma coisa ela tinha razão, Richard realmente é bem bonito.


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Notas finais do capítulo

Mas uma vez, obrigado pelos comentários, espero estar postando em breve a sequência dos nossos lindos agora em Hamptons.
E um obrigado especial a E. ❤



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