Be Mine - Terminada escrita por Miss Malfoy


Capítulo 1
Im with no air


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Jacque vai ter sérios problemas, e Justin então... Acho que vocês vão provavelmente estranhar um pouco, mais ESPERO QUE GOSTEM!!!



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Às vezes eu me perguntava como era possível eu agüentar ficar tão perto dele. Pode parecer pura infantilidade... Mas era mais difícil do que parecia. Está rindo da minha cara? Então comece a se lembrar de algum garoto por quem ficou perdidamente apaixonada por tempo demais, porém ele nunca correspondeu a esse amor. Lembrou? Então sabe como me sinto. O único problema é que eu não me apaixonei por qualquer garoto. Apaixonei-me por Justin Drew Bieber, o inconfundível cantor Canadense que tem um irresistível tique com a franja. Só que não é nenhum amor platônico, calma! Eu tenho uma boa razão para gostar dele. Eu o conheci de verdade.

Ok, não digo que éramos melhores amigos, mas éramos sim, colegas de classe. Estudávamos na mesma classe antes de ele acabar conhecendo Usher e pulando para o patamar da fama enlouquecida em que ele está agora. Ele nunca me dirigiu sequer uma palavra enquanto era um ser anônimo como eu, mas eu nunca consegui não pensar nele... Tão irresistível tão loiro... Sei lá, parece algo maluco, mas quando você gosta de alguém não tem como dizer não para essa atração. Então ele virou famoso, ai foi que ele nunca mais olhou na minha cara. Mas eu me mantinha informada sobre ele, sempre, tentando bolar um plano na minha cabeça, para fazer-lo reconhecer que eu era quem ele realmente queria. O problema era encontrar um jeito viável de fazer isso. Acessei o blog de notícias sobre ele. Tinham postado algumas fotos dele na praia, eu sabia o quanto ele gostava de ir nadar, uma vez ele comentou em uma redação escolar... Ver as fotos dele subindo os calções de banho me fizeram ficar ligeiramente vermelha e envergonhada. Fechei o blog e resolvi começar a estudar para ver se eu não tirava alguma nota maior do que cinco em Matemática.

 

                                                                    *******

 

Malditos paparazzis! Aquilo era realmente constrangedor. Fotos minhas com a bunda praticamente a mostra... Mas eu já devia estar acostumado, esse é o preço que se deve pagar pela fama, estar exposto e sem privacidade alguma. Mas tinham vezes em que preferia voltar a ser o velho Justin Bieber de sempre, aquele que não atraia menina alguma, e que saia para jogar vídeo game com os amigos sem ter que levar um cara de dois metros pra poder continuar a viver. Mas eu adorava essa vida. Adorava ser o cara mais requisitado do continente, e não poder sair sem ter ordas de garotas me perseguindo, aquilo era o que eu realmente mais gostava! Deus, no tempo da escola eu era só um zé-ninguém, que fazia as meninas dizerem ‘ Ele? Não obrigada. ’ , aposto como essas meninas queriam voltar no tempo agora... Fui acordado de meus pensamentos pela voz impaciente de Scooter Braun, meu empresário e amigo.

-Justin! Venha aqui agora, precisamos conversar sobre a sua carreira.

Isso acontecia a maior parte do dia, saber o que fazer a seguir, onde mais podemos alcançar e seja lá mais o que ele fosse falar, eu já sabia de cor e salteado.

-Ok, o que aconteceu dessa vez Scoot?

-Nada bom, pra variar um pouquinho nossa situação.

-podia ser mais claro do que isso?

-Estamos sem um dançarino Justin. Less se demitiu, dizendo que era pressão demais sobre um novato.

-Como assim, se demitiu? – Isso era um total desastre! Less era um dos melhores dançarinos do seu coro... E agora?

-Simplesmente disse que não agüentava mais, e que tinha que descansar um pouco. A questão é como vamos arranjar outra pessoa?

-Bom... Podemos fazer um concurso.

-O que?

-Um concurso. – disse com paciência a quem ensina uma criança de cinco anos. – Para ver quem será meu próximo dançarino. As pessoas iam cair matando.

-É... É realmente uma boa idéia...

-É, é sim, fui eu quem a deu, agora faça o seu trabalho e a promova.

Dito isso, voltei minha atenção para as fotos na tela do computador, tinha muitas outras preocupações importantes para ter que ficar fazendo o trabalho de Scooter, afinal, fora para isso que eu o contratei, não? Continuei olhando as fotos ‘vergonhosas’ no site de notícias. Os comentários das garotas eram sempre os mesmos, ‘Justin você é liindo!’ Ou ‘Eu amo tanto o Justin. ’ , o mesmo de sempre, nada que eu tivesse vontade de responder, então desconectei o computador em um acesso de raiva. Para quê ficar olhando tudo aquilo? Era só fazer média na frente das câmeras e tudo fica bem, não é mesmo? Não sei tudo aquilo estava fazendo muitas confusões em minha cabeça, afinal eu só tenho 16 anos de idade, o que, tudo bem, não me impediu de pegar o carro e sair dirigindo pelas ruas estranhamente desertas do país. Eu não sabia quem eu era naquele momento... De uns tempos para cá, eu tinha tido pequenos surtos de raiva, me perguntando se tudo aquilo era realmente necessário, porém, nas outras vezes nós adorava ficar rindo e me deliciando com todas as mensagens de amor na minha caixa de e-mail. Isso era normal? Coisa da adolescência, como diria a minha mãe? Eu não sabia, só queria continuar a vagar por aí sem rumo, objetivo e nem responsabilidades.

 

                                                                  *******

 

Fui despertada pela voz mais angelical do mundo. Justin cantava ‘Up’, é claro, do meu celular. Deixei a música tocando e tentei me animar para levantar da cama. Tínhamos um trabalho em grupo para apresentar na frente de toda a sala hoje, e eu não tinha a mínima vontade de ficar falando sobre o derretimento das calotas polares para 19 adolescentes que provavelmente não escutariam nem metade do que eu ia falar. Mas mesmo assim eu tentei ir para lá, e fazer o que eu tinha que fazer.

A manhã estava tão fria que quando falávamos, o ar saiu gélido de nossas bocas. No momento em que pisei na sala, Anne veio como um furacão em minha direção, deu até medo.

-Me diz que você trouxe o trabalho escrito!?

-Ah... É só isso. É claro que trouxe. Está aqui. – dito isso, tirei o meu trabalho de 14 páginas sobre as calotas polares... Um desperdício de tempo.

-Ótimo.

Ela arrancou o trabalho da minha mão, e antes que eu pudesse fazer algum som em protesto o professor entrou na sala e nos mandou sentar. Para melhorar meu humor, fomos o primeiro grupo a nos apresentar. Posicionamos-nos de costas para a lousa, de frente para a sala. Dava para ver pelos olhos desfocados das pessoas que aquilo ia ser suuuper divertido.

-Vai Jacque. Fala alguma coisa. – a cara de pau da Anne teve a coragem de sussurrar.

É claro que eu entrei em pânico. Tinha medo de falar em público, e além do mais, só tinha feito a parte escrita com muita ajuda das enciclopédias on-line, e não sabia praticamente nada. Tirar zero, ou falar em público? Aaah...

- Bom... O nosso trabalho é... Sobre o derretimento das calotas polares. – fizeram um barulhinho estranho com a boca, e riram. Eu comecei a suar. – E bom... Elas estão derretendo basicamente, por que... Por que... Por causa do aquecimento global, que... É formado por causa do buraco que foi formado na camada de ozônio.

-Pára de gaguejar. – Anne sussurrou. Estava ficando desesperada.

- Esse buraco na... Camada de ozônio, foi feito, por que... As... As pessoas não são boas com o planeta terra. E... E ele está... Sofrendo as conseqüências. E...

-Aah, cala a boca.

Se não tivesse vendo a boca deles se mexer, não ia acreditar que me falaram aquilo. Aqueles garotos que acham que é a sensação da sala? Foram eles. Simplesmente me mandaram calar a boca. E eu já sou relativamente frágil em relação a relacionamentos, eu apenas desabei emocionalmente. A minha maior vontade era de começar a chorar ali, minhas pernas tremiam, e eu não conseguia desacelerar os batimentos.

-Eu... Eu...

- Jacque, você ta bem?  - não sabia de onde vinha a voz.

-Eu... Não sei.

E simplesmente desmaiei. Cai de cara no chão no meio da sala de aula, fazendo todos rir mais da minha cara, mais do que eles já riam, ser mais humilhada do que eu já era. Aquilo não podia estar acontecendo comigo, a garotinha que nunca aceitou desaforos, a garotinha de apenas cinco anos que quase chamou a policia porque o dono da doceria não lhe deu o troco... O que ela tinha se tornado? Tinha virado uma covarde, com medo das pessoas? Eu não sabia quando tinha ficado tão ruim assim, eu apenas não sabia quem eu era naquele momento, e na real? Não queria abrir os meus olhos tão cedo assim.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, espero que estejam gostando do primeiro capítulo, e se assim for, espero Reviews!

Obrigada por lerem Beliebers!!!
Sz'