Tekken no Kimochi escrita por Ina sama, TamashiiKitsune
Notas iniciais do capítulo
E aqui estamos, segundo capítulo do dia!
Estou na hype pra escrever, então vou continuar mandando bala.
Boa leitura
Sangue jorrou, impregnando o ar com seu cheiro. Os outros pararam para ver o que havia acontecido. A tensão desapareceu quando o quinto ninja cambaleou para trás e caiu, tendo o estômago perfurado por lâminas. Mas Kakura não estava mais lá.
Em seu lugar havia uma mulher jovem, por volta de 20 anos. Esbelta, de pele clara e de estatura média, vestida no mesmo kimono que a anciã usava. Seus cabelos eram de um vermelho vivo, lisos e longos, com uma franja longa recaindo sobre o rosto e tapando-lhe grande parte do lado esquerdo. O olho era azul escuro, do mesmo tom de um mar calmo, como o de um certo loiro. A única coisa que parecia incerta sobre ela era o antebraço esquerdo, que consistia em uma prótese metálica. Das costas da mão de metal da ruiva, sobressaía-se uma tekko-kagi, já coberta com o sangue do inimigo. O líder arregalou os olhos ao vê-la. Aquilo era mau sinal.
—Oh não... Recuem, agora!! – Ele e os quatro restantes pularam para trás, prontos para se retirar do ataque. Kakashi pegou o líder por trás com o chidori, acertando-lhe com tudo nas costas. Naruto arrumou uma brecha para seus bunshins e agarrou seu combatente, imobilizando-o. Sasuke abateu o seu com uma bola de fogo. Sakura esperou o inimigo se afastar para acertar-lhe uma kunai explosiva no braço. A explosão jogou-o metros a frente e o fez bater o crânio contra uma pedra, morrendo na hora. A ruiva cruzou os braços, observando o grupo fazer seu trabalho. O loiro se sentou sobre o oponente imobilizado, orgulhoso de ter capturado um inimigo. A cliente sorriu, retraindo as tekko-kagi para dentro de sua prótese.
—Bom trabalho. – Os outros finalmente se aproximaram. Kakashi revistava os bolsos dos inimigos para achar alguma prova que os ligasse ao mandante do assassinato. O Uzumaki finalmente pareceu se lembrar que a ruiva estava ali e estreitou os olhos, encarando-a.
—Bom trabalho coisa nenhuma! Quem é você, dattebayo?! – A moça suspirou. Kakashi retornou com alguns papéis que tinha encontrado e entregou-os a ela.
—Eu desconfiava que fosse você. Achei muito estranho uma missão Rank D com uma escolta deste nível. Provavelmente encontraríamos inimigos pelo caminho.
—É, tipo no País das Ondas. Fomos enganados de novo. – Sasuke bufou, colocando as mãos nos bolsos.
—Sim, desculpem por isso. Eu precisava demonstrar fragilidade pra me fazer passar por Kakura-dono. Você parece bem, Kakashi-senpai. Faz muito tempo.
—Quem é ela, sensei? É sua amiga? – Sakura espichou os olhinhos verdes, brilhando de curiosidade.
—Gente, esta é Namikaze Haruka. Ela é...
—Namikaze? Onde foi que eu ouvi esse nome antes? – Naruto estreitou os olhos e fez uma careta, esforçando-se para lembrar. Sakura alisava o queixo, juntando-se ao colega em um esforço para achar a causa daquele incômodo déjà vu. Sasuke encarou os dois por alguns segundos.
—Namikaze era o sobrenome do Yondaime.
—Ah, sim! Namikaze Minato! – Sakura deu um soquinho na própria palma, sorrindo quando Sasuke esclarecera o mistério. Ela se derreteu, inclinando-se para o moreno. – Brilhante, Sasuke-kun!
—”Brilhante, Sasuke-kun”. – Naruto remedou a rosada, recebendo um soco na cabeça. – AIEEE!!
Haruka riu, levando a mão metálica a cintura. Sakura encarou o braço dela por alguns segundos, até que uma coisa brotou em sua mente.
—É isso! Sabia que você me parecia familiar! Namikaze Haruka... Você é a Tekken no Haruka! – A ruiva deu uma risadinha.
—Sou eu mesma.
—Ein? – Perguntou o loirinho, totalmente perdido na conversa.
—Eu li sobre ela na academia quando a sensei pediu às meninas para pesquisarem sobre kunoichis importantes. Tekken no Haruka era uma kunoichi genial da vila que tinha um braço de metal. Por isso o nome.
—Ah tá. Mas o que isso tem a ver com o Yondaime?
—Ele era pai dela. – Respondeu Kakashi em tom simples.
—EEEEEEEEEEEEEEEEEH??!!! – Naruto guinchou surpreso. Haruka cruzou os braços, encarando o loirinho fixamente por alguns segundos antes de falar.
—De qualquer forma, obrigada por terem ajudado. Seria um problema lidar com esses cinco sozinha. Daimyo-sama enviou a mim e a Kakura-dono para selarmos o acordo com Iwa. Eu fui disfarçada, tendo minha identidade revelada somente ao Tsuchikage e seu círculo de confiança. Mas antes de chegamos lá, Kakura-sama sofreu um atentado e devido à sua saúde frágil, teve que ficar de cama. Para não deixar que o assunto vazasse e prejudicasse o acordo, eu o selei e Oonoki-dono me pediu para agir de isca para quem quer que estivesse por trás disso e fingir que Kakura-dono estava bem. Agora eu sei quem foi. – Ela apertou os papéis em sua mão. Aqueles eram os recibos e ordens específicas entregues ao líder dos mercenários por Shindou. Com aquilo e com o depoimento do ninja que Naruto capturara, ela não teria problemas para incriminar o culpado. A missão estava completa e o acordo salvo.
—Mas por quê você teve que se disfarçar?
—Ela provavelmente chamaria muita atenção. – Respondeu Kakashi. – Afinal, o rosto da Guardiã da Paz é muito conhecido e se ela estivesse por perto, o inimigo agiria com mais cautela.
—Exatamente. – Haruka respondeu.
—Ela é a Guardiã da Paz?!! – Exclamaram os três em uníssono. O professor suspirou.
—Sim, é por isso que mencionei ela durante a conversa. Desde o incidente com os daimyos, Haruka vem atuando como embaixadora também. Logo faria sentido se fosse ela durante essa missão. Então, ao falar dela, dei a entender para Haruka que eu já havia descoberto quem ela era. Mas sua razão para se disfarçar como outra pessoa estava nublada até o momento em que eu notei que estávamos sendo seguidos. Aliás, muitas de suas ações são um mistério pra mim. – O olhar dele se demorou sobre a ruiva, que o retribuiu na mesma intensidade. Ela já sabia a que ele se referia e sorriu torto, pondo as mãos na cintura.
—Jogou verde pra colher maduro, afiado como sempre, senpai. – Ela deu uma risadinha. – De qualquer forma, fico feliz que tenha dado certo. Seria um desastre um escândalo desses à beira da Prova Chuunin.
—Prova Chuunin? Vai acontecer em breve? – O sensei indagou, recebendo um aceno positivo de cabeça da ruiva. Ele levou uma mão ao queixo, pensativo.
—Prova Chuunin? – O loirinho coçou a cabeça, e Haruka se transformou de novo na velhinha.
—Bem, vamos indo. Afinal, vocês têm que entregar Kakura-sama sã e salva, não é? – Ela piscou um olho, dando uma risadinha travessa. Kakashi levantou o prisioneiro e os quatro seguiram seu rumo, com destino à mansão do daimyo do País do Fogo.
…
—Bem, é aqui que eu me despeço. – Haruka sorriu para o time, ainda transformada em Kakura. O prisioneiro já havia sido levado para o calabouço. Kakashi fitava a moça analiticamente, tentando decifrá-la. – Obrigada pela ajuda. O pagamento já foi enviado com um pássaro mensageiro para a vila. Desculpem o inconveniente.
—Que nada, Haruka-sama. Foi um prazer conhecê-la! – Sakura sorriu.
—É, foi interessante. – Sasuke deu de ombros.
—Sim, foi bem legal, -ttebayo! – Naruto exclamou, animado.
—Foi bom revê-la, Haruka. Espero te encontrar novamente.
—Mais cedo do que você pensa, senpai. – A moça piscou o olho, travessa, Kakashi chamou o time para ir embora. Os outros foram na frente, mas assim que o loiro se virou, o braço direito de Haruka agarrou seu pulso. Ele se virou, surpreso, e notou a expressão carregada da moça, que já havia retornado à própria aparência. Ela parecia relutante, e até com dor.
—Você está bem? – Ele perguntou, genuinamente preocupado. Haruka desviou o olhar, abrindo a boca umas duas vezes inutilmente antes de finalmente proferir as palavras.
—Eu gostaria de te dar uma coisa. – Ela remexeu sua bolsa até encontrar algo. Era uma kunai de formato estranho. Seu peso era maior do que uma kunai comum, e as três pontas faziam-na ter um design único. Um selo estava atado ao punho. Ela entregou ao menino, que olhou-a maravilhado.
—Nossa, ela é linda, dattebayo! Mas por que você tá me dando isso?
—Eu só achei que ela ficaria melhor com você. – Ela deu um sorriso triste. – Guarde-a bem, ok? Você pode precisar dela um dia. – Naruto a olhou confuso. Por que ela estava tão tristonha? Durante toda a viagem a moça tinha se mostrado animada, mas agora parecia que ela tinha algo entalado no peito, lutando pra sair. O loiro abriu a boca para perguntar, mas antes que o fizesse, ela puxou o hayate do rapaz, deixando o cabelo loiro rebelde cair sobre a testa.
—Ei, por que você tá...? – Sua fala foi interrompida quando a ruiva puxou sua cabeça para si, depositando um beijo terno em sua testa. Os dedos afagaram levemente a cabeça dele enquanto os lábios se demoravam contra sua pele. As duas mãos finalmente seguraram a cabeça do rapaz, apertando-a ligeiramente, com um ar de quem não queria se separar. Naruto permaneceu parado, estupefato, enquanto a boca da moça se afastava dele. Ela pousou as mãos em seus ombros, e o sorriso da ruiva no momento seguinte era provavelmente o mais terno que alguém já havia lhe dado em toda sua vida. O olho, tão azul quanto o dele, brilhava de emoção. Uma emoção que o Uzumaki tinha dificuldades de identificar.
—Fique bem, Naruto. Nos veremos novamente. – Ela relutou um pouco para se afastar, mas o fez, deixando-o atônito no mesmo lugar onde estivera. Uma mão foi levada ao ponto na testa onde os lábios dela o beijaram, olhando para o ponto em que ela sumira em meio às portas do palácio. O que fora aquilo? Ela fora legal com ele, e algo no comportamento dela o fazia sentir que aquele tratamento era especial. Só pra ele. Aquilo deixava uma sensação boa, um calor no peito. Era aconchegante e tranquilizador, como um raio de sol acariciando sua pele em uma tarde fresca de primavera. Naruto não entendia o que estava acontecendo, mas sabia que com certeza queria vê-la de novo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Manguinhas estão começando a sair, sim ou claro?
Esses dois caps são só introdução e apresentação. Eu poderia deixar em um só, mas o suspense sempre é bom e prende o leitor.
Tekken no Haruka = Haruka do Punho de Ferro.
Mandem reviews, ein. Leitor fantasma não estimula o autor.
Ja ne
Kissus, Ina-sama