Going back to my roots escrita por Any Queen


Capítulo 5
To know which road to take


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas chegueiiii
E aí pessoas, tudo bem? Como estão pós aquele episódio M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O de ontem? Eu só voltou a vida em outubro.
Bem, esse cap está dando um norte para como a história vai seguir daqui para frente, espero que gostem, espero que recomendem.
Boa leitura ♥



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Eu quase não tive tempo de me trocar, ainda estava com meu pijama, mas tinha colocado o casado mais quente que eu tinha achado e colocado minhas botinas. Tentei não fazer barulho, não queria preocupar meus pais, eles se preocupavam com tudo desde o “incidente”. Peguei a caminhonete e o meu telefone tocou novamente.

            - Senhorita Smoak – era a mesma voz de antes.

            - Sim?

            - Já chamei a polícia, a senhorita está a caminho?

            - Dez minutos. Não deixe que a polícia entrar antes de mim, por favor, vai ser um desastre.

            - Tudo bem.

            Não demorou muito para que eu estacionasse no mesmo lugar que tinha estacionado mais cedo naquela noite, a diferença era o que estacionamento estava vazio e poucas pessoas se encontravam no local. Assim que desci do carro, escutei algo se quebrando dentro do bar, respirei fundo e sacudi a cabeça. Por que ele tinha que ser tão autodestrutivo?

            A polícia estava esperando do lado de fora, Dig estava entre eles, assim que me viu se afastou de seus colegas e veio até mim.

            - Estamos querendo entrar, Felicity. – Dig parecia impaciente, eu não o culpava, parecia uma zona lá dentro.

            - Eu sei, mas preciso que confie em mim. – ele arqueou uma sobrancelha – Oliver é forte demais e eu não quero problemas, se ele está chamando por mim, eu vou fazer com que ele se acalme, sem nenhum problema.

            - Te dou dez minutos.

            - É só o que eu preciso, Dig, obrigada.

            Assim que entrei no bar, agradeci pelo ar quente que me invadiu. Oliver estava empurrando o barman na parede, tinha duas cadeiras quebradas no chão e algumas garrafas também. Um dos garçons veio até mim e assim que falou reconheci como sendo o garoto que tinha me ligado.

            - Felicity?

            - Sim. – dei mais uma olhada em Oliver, o barman estava quase chorando – Eu vou resolver isso e desde já peço desculpas, ele vai pagar por tudo isso.

            - No momento só queremos que ele saia daqui.

            - Fechado.

            Afastei-me do garçom e andei até o Oliver bêbado.

            - Solta ele. – ele olhou para trás surpreso.

            - Baby, não achei que viria.

            - Eu estou aqui, então solta ele agora, Oliver.

            O loiro soltou o barman que caiu no chão tentando respirar, eu me afastei quando ele tentou chegar mais perto.

            - Está fazendo uma cena ou realmente bebeu?

            Oliver deu uma risada e colocou a mão na cintura.

            - Meu pai me ligou, eu queria uma bebida, só uma bebidinha e eles não quiseram me dar.

            - Então você começou a quebrar tudo? – cruzei os braços na frente do corpo e segurei a minha vontade de dar um soco nele.

            - Funcionou. – ele sorriu vitorioso – Agora eu quero mais.

            - Não. – neguei – Você vai parar com essa merda e vai me seguir até lá fora, quando chegarmos lá você vai deixar que eles te prendam.

            - Prender? O quê? – Oliver ainda tinha uma bebida na mão e a jogou com força no chão, dei um pulo de surpresa e mais um passo para trás – Eles vão ter que passar por mim.

            - Sério, Oliver? Depois de tudo o que conversamos...

            - Eu estou quebrado, Felicity, você não é a primeira a tentar me concertar, então é melhor me deixar antes que eu quebre mais do que algumas costelas.

            - Eu não acredito nisso, Oliver.

            Deixei que ele passasse por mim e peguei m pedaço da cadeira que tinha quebrado e bati na nuca dele. Não bati com muita força, apenas o suficiente para que ele ficasse desnorteado.

            Oliver caiu de joelhos no chão, tentando se apoiar em alguma coisa. Ele olhou para mim confuso, mas já era tarde, Dig entrou com os outros policiais e algemou Oliver.

            - Você não é o único que sabe quebrar alguma coisa, Oliver.

                                                           †

            O sol invadia a minha janela quando meu telefone tocou pela terceira vez, decidi que era melhor atender, a delegacia só dava algumas tentativas aos detentos.

            - O que foi?

            - Preciso que você pegue algumas coisas para mim. – eu não segurei a minha risada sarcástica – Eu sei que fiz merda, mas você me colocou nisso, pode pelo menos pegar meus documentos no meu quarto?

            - Vai me deixar em paz depois disso?

            - Está desistindo de mim?

            - Você desistiu de você mesmo. – suspirei – Vou levar suas coisas.

            Quando cheguei na delegacia desejei não ter ido, não gostava de voltar ali, me lembrava do tempo que eu passei mais tempo naquela cela do que na minha própria cama. Dig estava na porta, estava tomando um café e conversava com a esposa ao telefone.

            - Tenho que ir, querida, te amo. – assim que desligou me ofereceu um olhar piedoso e abriu a porta – Não acredito que ainda veio depois de ontem.

            - Você lembra como nos conhecemos? – perguntei querendo encontrar um ponto no meio de tudo.

            - Claro que me lembro. – disse o detetive – Desacato a autoridade e porte de drogas.

            - Isso é um jeito legal de dizer. – rimos – A questão é que eu estava tão ferrada com a minha vida, não sabia o que fazer, estava com tanta raiva.

            - Você perdeu o que amava. – passamos pelas portas até que chegamos a pequena sala de Diggle.

            - Completamente perdida e louca.

            - Chegamos a quase chamar a carrocinha.

            - Seria o certo. – sacudi a cabeça – Mas eu tive pessoas que me ajudaram, não desistiram de mim.

            - Joe e seu pais.

            - Você me odiava naquela época. – Dig riu – Você e o resto da cidade.

            - Você provocou o ódio deles.

            - Eu mereci. – respirei fundo – Eu só fico pensando que se eles tivessem desistido, eu não faço ideia aonde eu poderia estar agora. E Oliver só tem a mim para fazer esse papel.

            - Não é a sua obrigação, Felicity.

            - Eu sei, também não era a obrigação do Joe, mas ele fez do mesmo jeito. Se eu desistir, quem vai salvá-lo? Eu não sou obrigada a aguentar tudo o que ele fez, não sou obrigada a ajudar, mas, Dig, não somos obrigados a ajudar ninguém, mas é isso que nos torna humanos. É isso que me faz ser humana, ter fé.

            - Se não existir nada para salvar?

            - Me recuso a acreditar nisso. Por algum motivo, eu vejo algo em Oliver, maior do que ele e qualquer um possa ver. Porque eu me vejo nele e eu me recuso a pensar que eu não tinha salvação.

            - Ele não é você, ele não vai cultivar flores e ficar em uma cidade pequena.

            - Você não está vendo meu ponto. Eu sei que ele está lá, do mesmo jeito eu estava. E se alguém foi capaz de ter feito isso por mim, então eu quero ser capaz de fazer por alguém.

            - Você é tão boa quanto é idiota.

            Sorri.

            - Espero que mais a primeira opção. – abri a porta e revirei os olhos – Vamos atrás do preso.

            Oliver estava preso com mais três caras grandes e assustadores. Ele estava com um machucado na sobrancelha e usava suas roupas do dia anterior, parecia tão horrível que eu conseguia sentir quanto ódio ele estava sentido.

            - Você trouxe? – ele segurou as barras com a mãos, estava desesperado – Eles precisam para fazer uma estimativa da fiança.

            Não respondi, só conseguia pensar em como era eu chapada naquela cela alguns anos antes, eu me senti tão indefesa e tão inútil, que o que eu fiz em seguida me assombrava como uma sombra.

            - Felicity, eu preciso pagar essa fiança, eu não quero mais ficar aqui e eu tenho que pagar aquele bar, eu preciso ligar para minha família, eu preciso dar aula para aquelas crianças.... Trouxe meus documentos?

            -  Dig... – olhei para trás, o detetive pegou as chaves do bolso e abriu a cela, Oliver ficou parado sem entender, mas Dig o puxou pelo braço para fora e trancou a cela de volta.

            - Que merda...

            - Ela pagou sua fiança, seu filho da mãe. – disse Diggle, alguns policiais começaram a cochichar – Se voltar aqui, vou deixar que aqueles caras terminem o que começaram ontem.

            Dig se afastou e Oliver me encarou surpreso, estava com um roxo no olho e um curativo na nuca.

            - Por que?

            - Me pergunta novamente quando eu não estiver brava com você. Vamos.

            Virei-me para ir, mas Oliver segurou meu pulso e me puxou de volta, quando percebi ele estava puxando para me abraçar. Apertou seus braços a minha volta com força, não respondi, mas ele não parecia se importar, depois de alguns segundos começou a chorar. Meu coração se apertou o que me fez abraçá-lo de volta.

            - Me perdoa. – disse no meu ouvido – Não desiste de mim. Todo mundo desistiu de mim.

            - Você fez isso, você deixou que fizessem isso.

            - Eu sei.

            - E só você pode desfazer e eu... eu vou ajudar.

            Ele se afastou e arqueou a sobrancelha.

            - O quê?

            - Vamos embora, você está fedendo.

Oliver

            Assim que Felicity me deixou na frente da pousada de Raisa, eu estava ansioso para o banho mais bem-vindo da minha vida. Eu estava realmente cheirando mal, tudo naquele lugar cheirava mal. Aqueles homens que estavam presos lá e eram clientes assíduos, tentaram me dar uma “lição” na noite passada e eu estava muito bêbado para me defender, minha sorte foi Dig se importar o suficiente para me tirar dali, ao contrário dos outros policiais.

            Assim que entrei, Raisa deu um grito e veio correndo até mim.

            - O que aconteceu dessa vez, hijo? – ela passou a mão no meu rosto – Foi Felicity novamente?

            - Não. – tentei dar um sorriso – Estava preso.

            - O quê? – Raisa se afastou – Oh não, menino Oliver.

            - Felicity pagou a fiança... Eu preciso pagá-la de volta.

            - Menino Oliver... – Raisa parecia preocupada – É melhor se sentar.

            - O que está acontecendo? – me sentei e Raisa pegou algo para colocar no meu ferimento do rosto.

            - Estava querendo deixar isso de fora porque eu tenho sua família em um lugar muito especial no meu coração, mas...

            - Raisa... Fale logo, eu quero tomar o banho mais longo da minha vida.

            - É sobre isso, hijo, você não tem mais dinheiro.

            - O quê? – gritei.

            - Eu tentei passar seu cartão de crédito, deu “não aprovado”, não queria falar nada, mas agora com essa prisão...

            - Raisa, o que você está dizendo?

            - Que você tem que ir embora. Se meu marido souber...

            - Seu marido?

            Assim que perguntei, um homem latino, alto e forte apareceu pela porta, ele estava nervoso e com um cigarro na boca. Ele me encarou com desconfiança e segurou o pulso de Raisa que se encolheu, eu quis me intrometer, mas o olhar de amedrontado de Raisa me fez ficar no meu lugar.

            - Que confusão é essa aqui? – ele olhou para mim – O que esse riquinho está aprontando?

            - Nada, Rogelio, Oliver já estava indo.

            - Espero que me pague o que está me devendo, seu playboyzinho. – Rogelio andou até mim e me encarou – Está cheirando tão mal... – ele riu – Estava na prisão? Conheço o cheiro daquele lugar.

            - Não é da sua conta.

            - Enquanto você está morando na minha propriedade, você me deve satisfação, entendeu garoto? Mas claro, quero você fora daqui até amanhã.

            - O quê? – olhei para Raisa, mas ela estava encolhida em um canto – Não pode fazer isso.

            - Posso e vou, não quero a polícia na minha cola e você não tem mais dinheiro. Papaizinho ficou irritado? – Rogelio deu mais uma risada alta e saiu batendo os pés.

            - Desculpa, Oliver. – Raisa veio até mim – Rogelio tem medo da polícia, ele tem alguns negócios ilegais.

            - Eu não estou nem aí por sair daqui... – olhei para a mulher que tinha sido gentil comigo quando ninguém mais fez – Ele te deixou morrendo de medo, temos que fazer queixa, ele te bate?

            - Você não vai fazer nada, entendeu? – Raisa colocou a mão na cintura – Rogelio geralmente é calmo, mas...

            - Ele é violento com você, dá para ver isso. – Segurei o braço de Raisa – Vamos na polícia, posso chamar um advogado do meu pai.

            - Oliver, você não entende o que está acontecendo nessa cidade. – Raisa sacudiu a cabeça – A polícia não vai fazer nada, querido, Rogelio é protegido por pessoas muito poderosas.

            - Mas se sairmos....

            - Não vamos sair... A luta não a única coisa que temos de ilegal por aqui. – Raisa se afastou e voltou para trás do balcão – Se eu ficar quieta, nada me acontece e o mesmo vai acontecer com você.

            - Eu não posso aceitar isso.

            - Mas é isso que vai acontecer. – Raisa respirou fundo – Se eu fosse você, iria tomar o banho e dormir bastante.

            - Isso não vai ficar assim.

            Assim que cheguei no quarto, vi que tinha uma mensagem de Felicity:

            “Temos o jantar na casa dos Lance. Te pego às 19:30h

            Fui para o banho e não tive pressa, precisava tirar tudo o que me lembrava aquela prisão. Quando aqueles homens começaram a me socar, eu não conseguia revidar, não tinha forças para levantar o braço, isso me fez lembrar de algo que não tinha contado a Felicity. Meu pai não era perfeito, e quanto mais eu penso nisso, mas eu lembro da minha infância, ele não achava que bater em seu filho de dez anos porque ele tinha tirado um sete em matemática era errado. Então não achou errado bater em seu filho de doze anos quando ele chegou atrasado para o tênis, e assim não achou errado por mais alguns anos até que eu começasse a ficar mais forte e maior do que ele.

            Quando estava na prisão, me senti exatamente como o menino de dez anos, eu não consegui reagir, mas senti, senti tudo. Contudo, não tive que guarda a raiva porque minha mãe não faria nada, eu tinha alguém que acreditou em mim, tive Felicity e de alguma forma isso não deixou que a minha raiva tomasse conta.

            Na hora marcada, eu estava esperando em frente ao hotel, eu tinha que resolver o que faria da minha vida depois que saísse da casa de Raisa, eu não tinha dinheiro, meu pai tinha conseguido congelar a minha conta, não me deixaria voltar para casa, eu não sabia fazer nada além de lutar e nenhuma escola me daria emprego por causa do meu histórico.

            A caminhonete estacionou cinco minutos depois, entrei no carro e Felicity estava sentada no bando do motorista vestindo sua toca e estava calma, não olhou para mim quando eu entrei, mas deu partida e começou o caminho até a casa dos Lance.

            - Hãm... – tossi – Obrigada.

            - Pelo quê? – ela não olhou para mim.

            - Você sabe o porquê.

            - Você precisa aprender a agradecer.

            - Obrigada por me tirar da prisão e, por falar nisso, eu vou te pagar de volta.

            - Eu espero por isso.

            - Não vai me dar um sermão? Eu estou preparado, até já adiantei o que você diria.

            - Sério? – ela arqueou a sobrancelha.

            - Claro, você diria – tentei fazer minha melhor imitação de voz de mulher – “Você me decepcionou de novo, Oliver, terá que limpar mais cem banheiros até o natal”

            Felicity deu uma pequena gargalhada e eu comecei a me sentir melhor.

            - Primeiro, eu não falo assim e, segundo, são duzentos banheiros até o natal.

            - Que bom que chegamos em um acordo, baby. – ela me olhou e sorriu, não estava brava, ela não ia gritar comigo e isso me assustou – Então – desviei o olhar – Você conhece Rogelio, marido da Raisa?

            - Oh sim. – ela fez uma careta – Ele não é flor que se cheire,

            - Não podemos fazer nada? Por Raisa?

            - Está se preocupando com alguém além de você mesmo? Isso é novidade. – Felicity sacudiu a cabeça – Dizem que ele trabalha para o chefe da máfia aqui em Smallville, não tem como alcança-lo, ele trabalha para gente muito poderosa.

            - E ninguém faz nada?

            - Oliver, a cidade funciona dessa forma, não temos como fazer nada, eles são corruptos, oferecem propina, a polícia está na mão deles e os ricos da cidade não ficam de fora.

            - Isso não pode estar certo.

            - Não, mas é o que é. – Felicity bufou – Ninguém sabe quem comanda, ele conseguiu deixar sua identidade escondida por dez anos, não é você que vai mudar isso.

            - Dig está no meio disso?

            - Não, mas ele não pode fazer nada, tem uma esposa e um filho para proteger.

            Eu não respondi pois logo chegamos a casa dos Lance, Felicity estacionou e saímos, senhora Lance logo apareceu na porta, seguido de Laurel, que vestia uma roupa tão curta que eu fiquei com vergonha por ela. Se isso fosse ontem, já teria corrido até ela e jogado qualquer palavra que fizesse que ela fosse para cama comigo, mas estava cansado disso, só queria jantar e ir para minha cama temporária.

            - Que bom que conseguiram! – Dinah abraçou Felicity e me deu um beijo na bochecha – Vamos, entre.

            Laurel segurou meu braço e me puxou para dentro, a casa se parecia muito com a minha, era enorme e cheio de empregados, não sentia falta daquilo. Lance estava sentado no sofá com um jornal, levantou quando entramos e não parecia muito feliz em me ver, o que eu não julgava, a última vez que nos vemos eu e Sara estávamos em uma posição muito constrangedora.

            - Oliver Queen. – ele estendeu a mão e eu aceitei – Soube que esteve na prisão hoje.

            - Um erro infeliz, senhor.

            Lance bufou e foi cumprimentar Felicity, Laurel voltou para meu lado, ela tinha crescido desde que éramos criança, não se parecia muito com a irmã, mas era tão bonita quanto.

            - Seu pai não gosta muito de mim.

            - Ele não gosta muito de ninguém que não seja ele mesmo. – ela sorriu – Mas você se acostuma.

            - Essa cidade mudou muito, não sei se gosto das coisas como estão.

            - Bem, tenho certeza que vai gostar de algumas coisas.

            O resto do jantar ocorreu de um jeito bem constrangedor, Laurel sorria para mim e Felicity e Lance notaram, deixando tudo vergonhoso, assim que acabamos a sobremesa, me levantei para ir embora, Felicity não hesitou, gradecemos pela refeição e tentamos sair o mais rápido possível.

            Quando entramos no carro, Felicity suspirou aliviada e eu fiz o mesmo.

            - Oliver, Laurel é a filha do prefeito, tome cuidado.

            - Eu não quero nada com ela, sei quanto de problema eu teria.

            - Que bom, Lance é bem sério quanto aos pretendentes de Laurel, ele te obrigaria a casar com ela.

            - Ele é assustador.

            Nós rimos e logo eu estava de volta a meu lar por mais uma noite, não demorei com Felicity precisava me preparar para o que pretendia fazer no outro dia e esperava que desse certo. Pela primeira vez em anos, eu sentia que tinha um objetivo e eu precisava ir atrás dele.

            No dia seguinte, peguei as coisas que mais precisaria e coloquei em uma mochila, não podia andar pela cidade com uma mala. Tentei sair sem fazer barulho, não queria encontrar Rogelio ou chamar atenção, minha sorte é que o local onde eu não queria mais voltar era apenas três quadras de distância, cheguei rapidamente e por um segundo me arrependi, mas precisava fazer isso. Respirei fundo e pedi que o chamassem.

            Dig chegou rápido, estava com um café em mãos e revirou os olhos quando me viu, ele se virou e voltou para sua sala na delegacia, mas eu o segui, segurando a porta antes que fechasse e depois fechando atrás de mim.

            - O que você quer, Queen? – Dig colocou a mão na cintura, mostrando seu distintivo e sua arma.

            - Não vai me dar um abraço. – dei um sorriso de lado, mas Diggle continuou com uma feição fechada – Tudo bem, só negócios então.

            - Só porque eu sirvo para ser seu saco de pancadas, não significa que somos amigos ou qualquer coisa parecida.

            - Estou ciente, John, mas você ajudou aquela noite... então você não me quer morto.

            - Eu não quero ninguém morto, isso não te torna especial.

            - Deixa disso, Dig! – ele estava prestes a abrir a boca, mas eu continuei falando – Preciso de ajuda e acho que isso é de seu interesse.

            - Eu não vou te ajudar a dormir com Felicity.

            - O quê? – quase gritei – Não, não é isso e eu não preciso da sua ajuda para isso.

            - Chegue ao ponto, Queen.

            - Eu quero prender Rogelio, mas para isso preciso prender todo mundo que está acima dele.

            Dig deu uma gargalhada.

            - Você quer acabar com a máfia?

            - Sim e quero sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

E aí?
XOXO



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