A fada bêbada escrita por Pudim de Menta


Capítulo 1
Rose: Odeio sextas-feiras


Notas iniciais do capítulo

Olá, o primeiro capítulo começa com nossa Rose Weasley.



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A verdade é que eu odiava sextas-feiras, assim como odiava acordar cedo e assim como detestava pudim.

Não que eu fosse aquelas nerds que amavam a escola ou coisa do gênero, era por que sexta-feira era dia de sem uniforme, não que eu amasse meu uniforme escolar.

Eu apenas não tinha disposição para ouvir alguns comentários maldosos de Dominique Delacour a respeito de minhas roupas.

Mas mesmo assim não escolhi muito que vestir, peguei uma blusa laranja qualquer da gaveta, os jeans surrados de sempre e um par de tênis qualquer.

Encarei-me no espelho, os cabelos ruivos armados e os olhos castanhos, uma pele pálida e muito sardenta, aquela ali refletida no espelho era eu, Rose Weasley e 16 anos.

Peguei meu material didático e sai de meu quarto em direção à cozinha, tio Carlinhos preparava panquecas que me pareceram deliciosas.

― Como você acha que vai ser o dia hoje? ― Ele me perguntou.

― Como sempre, péssimo. ― Respondi prontamente.

― Nossa, mau-humor matinal? ― Tio Carlinhos me questionou enquanto tirava algumas panquecas da frigideira e colocava em um prato.

―Apenas a realidade. ― Dei uma risadinha, todas as manhãs tínhamos a mesma conversa.

―E agora, como você acha que vai ser o dia hoje? ― Ele colocou um prato com panquecas e mel na minha frente e as espetei com o garfo e dei uma mordida.

―Agora acho que vai ser melhor. ― Sorri e comecei a devorar minhas panquecas.

Eu estava na porta prestes a sair quando Tio Carlinhos me parou.

―Ah, quer uma carona Rose? ― Ele me perguntou com as mãos nos bolsos.

―Não precisa tio, eu vou andando e a escola é bem fora de mão do seu trabalho. ― A minha escola ficava a poucos quarteirões e já o trabalho dele no centro, ele trabalhava em uma gravadora e nas horas vagas era compositor.

―Bom, mas eu tenho uma noticia, a Britanny vai jantar aqui em casa amanhã. ― Ele soltou.

―Que ótimo, mas por que parece nervoso? ― Perguntei, Britanny era a nova namorada do tio Carlinhos, há umas 4 ou 5 semanas, eu ainda não a tinha visto pessoalmente.

― Não sei, ela é mais nova que eu uns bons anos é não é por nada não, mas ela é meio maluquinha e não sei se você a aprovaria. ― Confessou o tio Carlinhos.

―E desde quando precisa de aprovação para as suas namoradas? ―Indaguei.

―Sei lá, às vezes acho que você é adulta aqui, e esqueço que eu sou o responsável. ― Ele me explicou. ― Acho você bem mais sensata do que eu. ― Então ele começou a gaguejar. ― E ela não sabe que eu cuido da minha sobrinha, não contei que tem uma menor de idade embaixo do meu teto e que eu sou o responsável.

― Tio Carlinhos se a mulher te deixar por causa de mim, ela que nós poupe e se poupe né? E também daqui a dois anos eu estou fora, e não vai precisa se preocupar comigo embaçando seus esquemas. ― Expliquei rindo.

―Precisa ir mesmo embora com 18 anos? Você não é nenhum fardo e eu vou sentir sua falta e quem vai teimar comigo que eu deixo esse apartamento desorganizado? ― Ele fez biquinho.

―Tio, eu não posso passar minha vida aqui, agora preciso ir. ― Cortei o assunto antes que ele ficasse sentimental e começasse a me implorar que eu fizesse faculdade na cidade.

Eu estudava na escola Ilvermony e planejava fazer faculdade na Hogwarts, que ficava a mil km de casa, mas ele teimava que eu devia fazer na faculdade de Beauxbatons.

Peguei minha bicicleta e parei na casa do James, meu primo e melhor amigo.

A casa dele ficava a algumas quadras do apartamento do tio Carlinhos, era uma casa grande e com um jardim bem cuidado e James tinha a “sorte” de morar na frente de uma das criaturas mais odiáveis, a Regina George da minha vida, Dominique Delacour.

Olhei para o casarão branco de Dominique e constatei que ela já havia ido para a escola, pois se conversível branco não estava mais ali, fiquei apenas alguns míseros segundos esperando e logo James veio com seu skate nos braços.

―Pronta tomatinho? ― Ele perguntou, mas seus olhos estavam meio aéreos e focados no casarão Delacour com um certo que de melancolia, afinal ele era amigo dela, acredito que ele teve até uma quedinha, antes da bola de neve toda acontecer, mais ou menos quando tínhamos treze anos, agora tínhamos dezesseis e parece que ninguém soube deixar as picuinhas para lá.

Fui deslizando pela rua vagarosamente com minha bicicleta vermelha e James também ia à mesma velocidade no seu skate ao meu lado.

E finalmente chegamos a Ilvermony, um prédio moderno e um dos redutos do inferno.

Deixei minha bicicleta em um lugar apropriado e segui para o interior do edifício e Dominique Delacour já veio me importunar.

―Bela blusa. ― Ela deixou claro seu tom sarcástico.

―É inspirada no seu rosto. ― Rebati e James já ficou em posição de separar uma briga.

―Fazer o que né, a plebe sempre quer ter algo da realeza, é psicológico. ― Dominique analisava suas unhas pintadas de azul.

―Não sei em que linha paralela você é uma rainha Niquezinha. ― Deixei claro.

― Rainha da beleza querida, diferente de certas pessoas. ―

― Posso não ser a garota mais bonita da escola, mas eu tenho isso aqui. ― Apontei para minha cabeça. ― Inteligência.

Ela ficou estática por uns momentos, porém logo se recompôs e saiu com um muxoxo nos lábios.

Até a hora do almoço não tive o “prazer” da companhia de Dominique e tive a de James apenas na aula de Biologia, que era uma das poucas aulas que eu não fazia no modo avançado.

Na hora do almoço, Dominique e sua turma, composta por Amber Nott Cecília McLaren, me fizeram tropeçar com minha bandeja e o resultado você já previu, catastrófico.

Recordo-me da minha roupa suja de comida e da atitude que mais me orgulho na vida, peguei um pouco da meleca que tinha em mim e joguei direto na blusa Prada de Dominique Delacour.

E sai correndo.

 


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Notas finais do capítulo

Beijos, espero que tenham gostado.



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