Dois anjos da minha vida. escrita por LoreHale


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, bom, como eu disse: Quintas são bônus. Espero que vocês gostem e muito obrigada pelos comentários e acompanhamentos.

Beijocas ♥



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Capitulo 2

— Quer dizer que vocês são as minhas fadinhas? - Juntei minhas mãos, alegre.

Deus ouviu minhas orações! Obrigada Senhor! Agradeci mentalmente. Finalmente algo de bom está acontecendo na minha vida.

— Somos seus anjos da guarda, mas também fadas. Vamos te proteger de todo o mal, querida - Bella passou a mão carinhosamente pelo meu cabelo. Minha mãe nunca fez isso.

— Seremos seus melhores amigos. - Edward sorriu enquanto sentava no sofá ao meu lado. Ele é lindo. Cabelo de cor engraçada e com um topetinho engraçado. Bella sentou no chão e fez carinho no meu cabelo.

— Mas querida, só ficaremos com você por um ano - senti lágrimas brotando em meus olhos quando Bella falou. Meu coração pesou, meus amigos novos mal surgiram e já vão sumir da minha vida?

— Será o melhor ano da minha vida - prometi a mim mesma.

— Isso, assim que se fala - Edward disse animado. Ele se levantou e me pegou no colo, girando enquanto me rodava. - O que quer fazer agora?

— Que tal comer algo? Panquecas? - Bella sugeriu.

— Oh, por favor! - meus olhos devem ter brilhado e meu estomago roncou. - Não consigo me lembrar a ultima vez que mamãe fez panquecas.

— Pois você vai comer as minhas, elas são deliciosas! - Bella garantiu e foi saltitando até a cozinha.

— Ed, você quer brincar comigo? - perguntei baixinho. Papai não gosta quando eu pergunto isso pra ele.

— Quero sim.

— Oh - que surpresa! - Mas eu só tenho uma boneca, você pode ser o príncipe dela?

— E que tal se eu te der um boneco pra ser o príncipe?

— Boneca? Você pode?

— Posso sim - sorriu. Ele tem um sorriso bonito.

— Mas se for precisar de muito dinheiro não precisa - abaixei a cabeça - Mamãe diz que o precisa de muito dinheiro eles não podem comprar pra mim, porque sou criança.

— Querida - Edward me chamou. Ele abriu os braços e deitei nele - Feche os olhos, vou fazer uma magica - o obedeci, mamãe sempre diz que eu tenho que obedecer os mais velhos. Senão eles me batem. Mas eu sempre obedeço o papai, e ele me bate mesmo assim. - Pode abrir.

Abri os olhos e nas mãos do Ed tinham uma Anna e um Kristoff, de Frozen.

— Aaah! - bati palmas - Meu desenho favorito! Obrigada Edward, você é legal.

Ele brincou comigo até que Bella apareceu com um prato de panquecas e suco.

— Quanta comida! - minha barriga roncou - Ops.

— Não tem problema, sempre que quiser pode me pedir que eu faço - ela garantiu.

— A mamãe não faz porque nunca temos comida aqui - falei enquanto devorava uma panqueca.

— Fui eu quem trouxe os ingredientes pra comida, por isso não fale com seus pais sobre - falou calma - Promete?

— Sim. Eu não posso falar sobre vocês pra ninguém? - meus anjinhos têm que ser segredo?

— É, Carlie - Ed chamou minha atenção - Você não pode falar sobre a gente pra ninguém, somos um segredo. Só nós três. Combinado?

— Combinado - estendi o dedinho e ele me olhou - Promessa de dedinho.

— De dedinho.

Bocejei quando terminei de comer as panquecas. Bella me colocou no colo e cantou uma canção de ninar, até que eu dormi.

*****

PDV BELLA

DOIS DIAS ATRÁS

— Swan! Cullen! Venham aqui - ouvi a voz de Emmett nos gritando. Ah, pelo amor de Deus! O que eu fiz dessa vez? Se foi a velhinha da rua 6 ela caiu sozinha.

— Oi, Emm - me sentei na cadeira na frente dele. Porém ele nada disse até Edward entrar na sala.

— Trabalho, para os dois - nos entregou uma pasta azul, na frente tinha a foto de uma linda menina loira, com sorriso doce, porém olhar triste. - Carlie Denali, 5 anos e sofre de maus tratos.

— Emm... - arfei ao ver a foto do minusculo apartamento deles. Uma tv daquelas antigas, um sofá pequeno de 2 lugares, uma cozinha com poucos recursos e dois quartos. O dela, era um cubículo, com uma pequena cama de solteiro com um colchão fino e lençol, uma janela e cortinas de lençol. Senti lágrimas brotarem ao ver a cena da próxima pagina - Ela estava de joelho na frente da cama, orando. - constatei.

— O vídeo da oração dela - Emm nos entregou o tablet e senti meu coração se apertar.

"Senhor Papai do Céu, eu sou uma boa menina. Eu respeito a mamãe e o papai. Eu fico longe do quarto deles a noite e fico escondida no meu quarto quando vem gente aqui. Eu não sou uma menina ruim, então porque eles me tratam assim? Senhor, eu prometo que se o Senhor enviar anjinhos para cuidar de mim eu serei uma menina melhor. Mas mesmo assim eu me acho uma boa menina. Muito obrigada por mais um dia. Amém."

Como podem fazer mal a uma pobre criatura?

— Olha - Emmett falou mais calmo - vocês precisam ajudar Carlie. Ela merece um pouco de felicidade. É uma criança tão doce, tão simples e inocente. Ela só quer paz.

— Tudo bem - Edward se pronunciou pela primeira vez.

— Só por um ano.

— Tudo bem - falei.

— Arrumem suas coisas, vocês vão amanhã. - ele deixou claro. Sai da sala levando a pasta comigo. Edward foi me seguindo, porém eu não tinha nada a dizer. Queria ir direto pra minha casa, dormir para chegar o momento de cuidar da pequena.

Meu nome é Isabella Swan e eu sou um "anjo-fada" digamos assim. Moramos num lugar similar ao "Aqui e Agora", onde tudo é paz, não há maldade, você imagina e as coisas se realizam. E é assim que trabalhamos. Quando tomamos conta de alguma criança, como Carlie, nós imaginamos as coisas e elas aparecem. Simples.

Emmett é nosso chefe mal humorado. Ele cuida do nosso departamento, onde os anjos-fadas são responsáveis por crianças. Também têm os responsáveis por idosos, animais, natureza. Contudo, são outros departamentos, nada a ver com o nosso.

O nosso trabalho é cuidar de uma criança por um ano. Nesse um ano tentar fazer nosso "afilhado" ter o melhor ano de sua vida e de alguma forma fazer uma mudança positiva. E eu sinto, no fundo da minha alma, que eu farei a diferença na vida de Carlie.

 

O caso dela deve ser muito grave, já que ele pediu para Edward e eu. Geralmente é só um que vai, quando é necessário que vá outro, o caso já é mais grave.

Entrei em meu apartamento e fui direto pra minha cama. Sem fome. Só queria deitar e já acordar na hora de ir para Carlie.

*****

Acordei uma hora mais cedo que o necessário, então fui tomar banho e me arrumar. Optei por uma roupa simples e tênis preto. Tomei um café da manhã reforçado e fui em direção ao prédio onde trabalhava.

Já no elevador encontrei com Edward, ele não estava com um cara muito boa.

— Está tudo bem? - nós nos damos bem, nunca tive nada contra ele. Até que ele é bonitinho.

— Não dormi nada pensando na menina - foi sincero, porém não falou mais nada. Ele sempre foi meio quieto nesse quesito de filhos. Ninguém nunca entendeu o porque.

— Vai dar tudo certo - falei positiva, segurando em sua mão e a apertando dando um sinal de confiança a ele - Nós faremos desse o melhor ano da vida dela.

Ele assentiu e não soltou nossas mãos.

Assim que o elevador parou no nosso andar, fomos direto para a sala de Emmett. Ele estava olhando concentrado para o computador e sorriu fraco quando nos viu.

— Bom dia - falou.

— Bom dia - respondemos.

— O dia dela já começou mal - passou as mãos pelos cabelos, derrotado - Vão logo, por favor. Eu vou dar um jeito dos pais saírem do apartamento pelo resto do dia, só voltam a noite. Vocês ficaram com ela o dia todo. Quando outra pessoa estiver próxima a ela, vocês ficaram invisíveis, apenas ela os verá. Okay?

— Sim - falamos iguais a robôs. Minha mente dando cambalhotas, preciso ver essa menina.

Emmett assentiu e então uma luz branca nos cercou. Senti que estava indo para longe, porém onde eu deveria estar.

*****

MOMENTOS ATUAIS

— Ela dormiu - Ed avisou.

— Ed... - comecei a falar - Como eles podem fazer isso com ela?

— Eu sei - suspirou derrotado - Vou colocar ela na cama.

Ele pegou ela dos meus braços e eu fiquei sozinha na sala observando o lugar. É ainda pior do que nas fotos. Não sei como ninguém do serviço social veio aqui ainda, será que nesse lugar ninguém se importa com as crianças?

Edward voltou e se sentou ao meu lado, em silencio. Eu pensava em várias coisas, principalmente em como aguentar um ano sem me materializar na frente de Irina e lhe arrebentar em socos.

— Você está com um sorriso muito estranho - Edward observou.

— Eu vou arrebentar os pais dela em socos - avisei.

— Sabe que não podemos. Nosso trabalho é apenas cuidar dela, fazer com que ela fique bem, segura e feliz...

— Por um ano - o interrompi - Nós vamos transformar a vida dessa vida em um ano, e depois o que acontece? É isso que não entendo.

Ele se aproximou de mim e me abraçou de lado.

— Nós daremos um jeito - afirmou.

Assenti e voltamos a ficar em silêncio. Olhei ao redor e vi que aquele lugar precisava de uma geral, o que eu resolvi fazer. Eu sabia que se Irina e James chegassem e vissem o lugar bagunçado iriam bater na menina e eu farei de tudo para que ela nunca mais volte a apanhar.

— Vou arrumar a casa, você pode fazer a comida pra ela? - Ed assentiu e assim passamos nossa manhã. Infelizmente eu não posso apenas imaginar a casa limpa e pronto, teria que ser um trabalho manual.

— Bella? - ouvi a doce voz de Carlie me chamando - Eu to com fominha.

— Vem cá, Ed vai te dar comida - ela assentiu e foi se sentar no sofá. Edward apareceu com um prato de comida gigante. Ela abriu um sorriso surpreso, mas logo tratou de comer.

— Daqui a pouco a mamãe e o papai chegam - ela falou baixinho - Vocês vão embora?

— Não, ficaremos com você. Mas só você pode nos ver - Ed explicou. Ela assentiu, parecendo entender.

Depois que ela comeu nós passamos o dia brincando com ela. Carlie era uma criança muito carente de atenção e ficava feliz por ter alguém para brincar com ela.

*****

Passava das 19h quando os pais dela chegaram. Ed se levantou do sofá onde estava com Carlie e ficou ao meu lado, encostado na parede.

— Oi pai - ela falou.

— Vá para seu quarto - ele mandou - Agora, ta surda, peste?

Ela negou com a cabeça e correu para o quarto. Assim que a porta se fechou Irina entrou com mais dois homens, olhei incrédula para Edward, sem conseguir acreditar que aquele homem fazia isso com a própria esposa, ainda mais com a filha em casa.

Os três arrastaram a loira para o quarto e trancaram a porta.

Nos materializamos dentro do quarto da Carlie, nossa pequena estava debaixo da cama, chorando.

— Eu sou uma menina má, eu sou uma menina má - ela repetia sem parar.

Edward a pegou no colo e a ninou, falando baixinho:

— Você é uma menina incrível, não é má. - ficou dizendo até que nossa pequena parou de chorar e aos poucos o sono a embalou. - É pior do que pensávamos.

Assenti.

Vou cuidar dessa menina como se fosse minha filha.


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Notas finais do capítulo

E então? Eu sei que muitos vão me odiar, mas eu prometo que esses dois vão fazer de tudo pra ajudar a Carlie.

Beijocas e até segunda ♥