Musical High escrita por Any Rebel


Capítulo 15
Capítulo 15 : Lola Foi Raptada! Socorro! Eu Posso Ser A Próxima!


Notas iniciais do capítulo

Oieh! Sim, eu reapareci das sombras! Kkk! Zuera! Tá agora é sério! Mil desculpas pela baiiita demora! (Foram mais de 30 dias!!!) É que o meu wifi bugô e eu tive que sobreviver só com os meus dados móveis! (T~T) Daí o técnico veio domingo (tadinho ficou a manhã toda pra arrumar, além de nem no domingo ter folga...) e consertou. Bom tudo enfim foi resolvido.

Boa leitura! (^u^)



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  Quarta-feira, outra manhã agitada no hotel. Eu comecei trabalhando cedo, mas dessa vez os maluquinhos me dão uma força. (Ainda bem, porque se não nem tempo pro café da manhã eu teria.)

  Os Kagamines me ajudaram com o pátio, Luka com o assoalho, Gumi com os quartos e Kaito com o pomar. Mas é claro, sempre tem uma nuvem negra para estragar o dia! E essa nuvem se chama Lola! 

  “Faça direito, pirralha!” “Gaguinha, anda logo!” “Refaça. Está horrível.” – ela me incomodava. Haja paciência!

     ***

  O final da tarde chegou. A Rabugenta-san pediu para a Maika-san ir ao centro buscar umas encomendas que tinha feito. Eram uns alimentos, produtos de limpeza, etc., pois o que tinha já estava prestes a acabar. (Isso já era meio óbvio, pois a rosada não sabe nem medir a quantidade de desinfetante e cera para passar no chão.)

     ***

  Algumas horas se passam. Eu e a Luka estávamos distraídas ajudando um hóspede com o seu gato preso na árvore.

  O bichano subiu e não queria descer. O senhor tentou chamá-lo de todos os jeitos e nada dava certo.

  - O que vamos fazer? – perguntei à rosada.

  Ela pensou um pouco e me respondeu:

  - Acho que uma de nós precisa subir lá em cima e trazê-lo para baixo. Am... Você escala árvores?

  - “Escala”? É uma árvore e não uma montanha. – falei – E sim, sei subir em árvores. Por quê? Você não sabe?

  - Não. – ela deu um sorriso amarelo. (Sobrou pra mim...)

  Suspirei:

  - Ok. Deixa comigo então.

  Tirei minha sapatilha. Pedi que o hóspede e a Megurine se afastassem um pouco e me pus a subir. Botei o pé direito num galho me impulsionei para cima com a minha mão esquerda num outro galho. Fui subindo até outro galho, onde o gato se encontrava. Ele começou a fazer caretas enfezadas e miar auto.

  - Calma, Sr. Peludo. C-calminha. – me esforçava em acalmá-lo.

  O animal foi tentar me atacar, miando mais bravo ainda. (Ai não!)

  - Vai lá Miku! Você consegue! – a maluquinha tentou me incentivar enquanto eu me esquivava daquele bicho.

  - T-tá...

  Fui até o gato e o agarrei pelo tronco. Aí sim o bicho ficou uma fera! (Socorro! ) Ele começou a me arranhar, miar e se espernear.

  - Cuidado com o Sr. Peludo! – o velhinho pediu, quase chorando. (Sério isso?! Sou eu que estou sendo maltratada aqui e não o felino!)

  Então eu me desequilibrei e caí com tudo no chão.

  - Sr. Peludo! – o dono do bichano choramingava.

  - Miku-chan! – Luka exclamou indo me auxiliar.

  A minha sorte é que a árvore era baixa. Mas mesmo assim doeu. 

  - Meu peludinho! Ai não! – ele exclamou indo pegar o gato – Muito obrigado! – agradeceu se retirando. (Pô! Eu me quebrei toda pra pegar aquele gato agressivo e ele nem me ajuda a levantar?!)

  - Está tudo bem? – a louquinha me perguntou.

  - Sim...

  - Caramba! Você se quebrou toda! – me ajudou enquanto dava umas risadas.

  - Eu sei! – choraminguei – E não ria! Não teve graça!

     ***

  Certo tempo se passa. E... Não recebi nenhum comentário agressivo... Nem um xingamento... Esquisito...

  - Miku-chan. – Gumi me pergunta – Você viu a Lola-san?

  Aí eu me toquei:

  - Não. Não a vejo desde que ajudei o Sr. Peludo a descer da árvore... – me arrepiei ao lembrar dos arranhões e da queda.

  - Que estranho... – ela comentou – Ninguém a viu também.

  Conversamos com os outros e a procuramos por todo o Kōun No Neko. Nada. Nem sinal da morena escandalosa.

  - Onde será que aquela chata se enfiou? – resmunguei.

  Eu e os maluquinhos estávamos na sala, preocupados com Lola. Por mais que ela seja uma escandalosa, metida, mandona e chata ela é amiga da Maika-san. E eu não gostaria de vê-la entristecida por causa da desaparecida. Além disso, quem é que cuidaria do hotel?

   Então o celular de todo mundo tocou e todos nós recebemos o mesmo áudio. Ele dizia:

  - Gente, acho que me perdi! Vim aqui ao bosque para pegar alguns cogumelos e agora eu não sei a onde estou! Preciso da ajuda de vocês! Por favor, venham! Eu estou ouvindo uns barulhos estranhos... — dava para se ouvir sons de galhos se partindo – S-são olhos vermelhos?! Droga, estou ficando sem sinal! venham logo! A Obi do Bosq-

  - O que foi isso? – Kaito indaga.

  - Não faço a mínima idéia. – a verdinha comentou – Será um trote?

  Eu escutei novamente o áudio. Em seguida, concluí:

  - Pessoal, é a Lola-san!

  - O quê?! – os louquinhos exclamaram.

  - Ai, não. O que faremos? – Luka pergunta preocupada.

  Rin sugere:

  - Não é melhor esperarmos a Maika-san?

  - Até lá ela é devorada. – Len argumenta.

  Gumi saiu para o seu quarto. Tentei falar com ela, que apenas disse um “já volto”.

  Uns minutos depois, a verdinha voltou com um papel em mãos.

  - Povo, me escutem! – ela disse – Tenho um plano para resgatar Lola-san!

  - Sério? – indaguei.

  - Sim! – Gumi confirmou – Como vimos, ou melhor: ouvimos, a Obi do Bosque realmente existe. Então, temos que capturá-la!

  - Ótimo! – Luka e os Kagamines exclamaram.

  - Eu a-acho que não é neces-ssário... – tentei convencê-los. ( Isso de novo nãoooo!)

  Me ignorando, a verdinha continua:

  - O esquema é o seguinte: como Len e Rin são experts em monstros eles serão os responsáveis pelas as armas. Peguem o que conseguir no hotel.

  - Sim senhora! – os loiros exclamaram, se dividindo e indo em busca dos materiais.

  - Kaito, mande uma mensagem para a Maika-san. Miku, você também só que por SMS, caso ela esteja off-line. -  Gumi pedia – Luka, avise os hóspedes que teremos que dar uma saída e já voltaremos. Depois de completarem suas missões nos encontraremos aqui novamente.

     ***

  Fizemos tudo o que foi combinado e nos voltamos novamente para a sala. Os Kagamines tinham feito seis estilingues, três redes, cordas, espetos de churrasquinho de lula, lanternas e algumas pedras. Fiquei surpresa com tanta coisa. (Eles realmente são experts...)

  - Certo povo! – a esverdeada gerência – Vamos nos dividir em dois grupos: o primeiro vai ser composto por mim, Kaito e Luka, o grupo Gu.Ka.Lu.; e o segundo por Rin, Len e Miku, o grupo Ri.Le.Mi. – (Até rimou! Acho que foi de propósito...)

  Nós separamos as “armas” igualmente para cada grupo. Deixamos apenas uma armadilha com rede nos fundos do hotel, caso a Obi fugisse para cá.

  Paramos na frente do bosque. O meu grupo foi para leste e o outro para oeste.

     ***

  Meu coração palpitava a cada passo dado. Estava nervosa e com medo. Tremia e gaguejava. Os loiros tentavam me acalmar, mas não adiantava.

  - Calma Miku, você tem sorte de estar com os experts! – Len comenta.

  Rin e olhou com carinho e sorriu:

  - Está tudo bem. Conosco essa Obi já era!

  Ouvimos uns estalos. Olhamos com olhos arregalados para o local de onde o som vinha. Imediatamente peguei as pedras, meio tremendo, e apontei enquanto os outros dois pegavam os espetos.

  Preparamo-nos para o pior e...

  - Aaah! – gritei de olhos fechados.

  - Miku-chan... – me chamou a loirinha.

  Abri um olho e depois o outro. Era uma coruja. (Ufa!)

  Continuamos a caminhar, sempre chamando por Lola.

  Paramos um pouco para descansar. Tentamos entrar em contato com o Gu.Ka.Lu., mas não tivemos sucesso: sem sinal. (Já era de se imaginar...)

  - Meninas, – sugere o garoto – o que vocês acham de fazermos umas armadilhas?

  - Boa idéia... – comenta Rin.

  - Não vou ser a isca! Nem vem! Não vou, não vou e não vou! – já fui exclamando preocupada.

  - E quem é que mencionou isca? – a loira indaga.

  Aliviei-me com a resposta da maluquinha.

     ***

  Fizemos o que planejamos: colocamos a nossa rede no chão, de um modo que ao alguém pisar nela a mesma subisse aprisionando quem pisasse, também colocamos umas cordas a altura do tornozelo, para que a criatura caísse.

  Ouvimos gritos. Não, grunhidos. (Socorro! Help! S.O.S.!) Então, no meio do breu que já se fazia, vimos olhos, olhos vermelhos. Se aproximava cada vez mais. Eu queria correr, mas não conseguia.

  Len teve coragem e apontou a lanterna. Era ela! A Obi do Bosque! Igualzinha a que Lola-san descreveu! Tinha um corpo feminino, olhos vermelhos, pele verde oliva, uma baita cabeleira vermelha e chifres de bode. Estava rosnando e saía espuma de sua boca. (Ótimo, agora se eu sobreviver a uma mordida pegarei raiva!) Ela soltou um grunhido alto e começou a correr atrás de nós.

   Corremos! E como! Eu estava ficando pra trás, mas tomei fôlego e acelerei um pouco. O loiro estava na frente até que, sem querer, pisou na própria armadilha e ficou erguido na rede. Eu e Rin paramos e tentamos tirá-lo de lá.

  - Vão logo!- ele exclamou.

  - Mas não podemos te dei-! – a Kagamine tentou argumentar.

  - Rin! – ele chamou – Eu vou ficar bem!

  A fera estava mais perto, mas tropeçou na corda que tínhamos amarrado e caiu.

  Voltei a minha atenção aos dois maluquinhos e agi: subi na árvore e saltei em cima do aprisionado, impulsionado-o para o chão. Eu e a loira desamarramos o garoto e voltamos a correr.

  - Pensou rápido, hein! Valeu! – ele me agradeceu.

     ***

  Finalmente tínhamos despistado a Obi. Sentamos-nos ofegantes no chão. Depois de alguns minutos, Rin falou:

  - Estão todos bem? – eu e o garoto assentimos – Miku-chan, muito obrigada.

 - Não foi nada. – sorri – Só uma retribuição por não me usarem como isca. – eles riram.

  Meu celular tocou e o maluquinho exclamou:

  - Miku, você tem sinal!

  - É mesmo! – me toquei – Droga, está fraco!

  - Mas serve! – disse a loira – Vá ver como o pessoal está!

  Fui abrir o Wathsapp mas já estava com mensagens do grupo Gu.Ka.Lu.:

  - “Como vcs estão? Nós estamos meio perdidos... Mas tá td bem! Nos mandem notícias! Encontramos um lugar alto e temos sinal.” – dei uma pausa – “Estamos preocupados!”- suspirei.

  - Responde logo! – os maluquinhos pediram (mandaram).

  - Tá. Vejam se está bom: “Estamos bem. Vimos a Obi mas conseguimos escapar.” – li – “Tmb achamos um lugar com sinal. Vamos procurar a Lola-san por aqui. Qualquer coisa nos avisem!

     ***

  Continuamos procurando Lola-san. Por bastante tempo ficamos zanzando naquele bosque e a única pista da morena que encontramos foi um dos seus brincos que estava caído no chão.

  - Ela deve estar perto... – comentei com os outros.

  - Seja onde ela estiver, já devemos voltar. – disse o loiro bocejando.

  - Tem razão. Está tarde. – concordou Rin.

  - Mas ela está por aqui! Só mais um pouco! – pedi.

  - Talvez ela tenha voltado... – a Kagamine tentou me convencer.

  Suspirei.

  Meu celular vibrou, era Gumi. Tentei atender mas o sinal estava fraco.

  - O que ela disse? – Len me indagou.

  - Não deu pra ouvir direito. Mas acho que é pra voltarmos. Escutei algo sobre o Kōun No Neko.

     ***

  No caminho, o meu grupo, Ri.Le.Mi, e o Gu.Ka.Lu. nos encontramos no caminho do hotel.

  Dialogamos e o azulado me contou:

  - Vimos alguém correndo para cá e viemos imediatamente. Gumi resolveu esperar vocês e aqui estamos.

  - Será que é a Lola-san? – perguntei preocupada.

  - Não sei Miku. Vamos torcer que sim.

  Chegamos no local. Não tinha nada na entrada e nem dentro do hotel.

  - Será que era só nossa imaginação? – perguntou ao grupo a maluquinha de cabelos cor-de-rosa.

  - Não é possível... – comentou Gumi – Eu tenho certeza que vi algo!

  - Gente! – gritou Kaito lá dos fundos. (Não grite moleque! Quer acordar os hóspedes!)

  Fomos até ele e, para nossa surpresa, a Obi do Bosque estava ali: presa em uma das armadilhas do pomar.

  - A-a O-o-obi-bi... – tentei falar assustada. (Socorro!)

  Gumi, Len e Rin se reuniram deixando eu e os outros dois boiando. Depois, deram espetos e pedras para nós enquanto pegaram os estilingues.

  - Pra que tudo isso? – Luka queria saber. (Eu também queria.)

  - Não sabemos o que mata Obis, – (Obi é o nome e não um tipo de monstro. ) – entãããoo vamos usar tudo que temos. – disse Rin.

  - O quê?! – exclamei.

***

  Ainda com a Obi presa, os maluquinhos (Sim, Luka e Kaito concordaram de bom grado. Por isso os chamo de malucos, ora!) começaram a ameaçá-la. Se ela não contasse o paradeiro de Lola-san ia apanhar feio.

  Ela tentava falar (a Obi fala?), mas não conseguia.

  - Um, dois... - Luka tinha começado a contagem.

  - Três! – exclamaram todos juntos.

  Eles iam já começar a pancadaria, quando Maika-san apareceu:

  - Paremmmm! – se enfiou na frente – O que pensam que estão fazendo?!

  - Nos livrando da Obi! – respondeu Rin com naturalidade. (Claro, é super normal caçar um monstro! )

  - Droga! Sabia que isso iria longe demais! Eu avisei! – desamarrou a criatura – Nem sei como concordei com isso! Que não se repita ouviu, Lola! – tirou a... máscara?

  - Lola! – nós exclamamos. (Como é que é?!)

  - Ééé... Foi mal... – a morena sorriu amarela.

  Ficamos surpresos e, ao mesmo tempo, furiosos. ( E com razão!)

  - Mas como você faz isso! – exclamou Rin.

  - Ai, não fica brava, coisinha fofa... – Lola-san resmunga.

  - Você quer nos matar?! – gritei, chamando a atenção do pessoal – Nós corremos a bessa e nos preocupamos muito com você! Achamos que realmente estava perdida!

  Ela me encarou e se pôs a rir:

  - Me desculpe! É que... Vocês estavam tão engraçados fugindo que... Não resisti!

  Ora essa! Eu disse que ela é cruel!

  Mas não deixamos isso a limpo! Eu e os louquinhos ficamos pregando peças e a assustando o resto da semana! Hunf! Bem feito!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de deixar o seu comentário! Beijinhos! (^3^)