Pov’s Hic

Fechei meu armário e suspirei pensativo.

Desde sexta-feira passada, quando beijei a Dunbroch, eu ando meu receoso e confuso. Digamos que até evitando ela, um pouco.

A verdade? Eu tava com medo de encontrá-la e aí ela me odiar pelo ato imprudente que eu cometi. Quem sabe até desistir de ir à festa comigo.

Posso até imaginar o Jack me zoando por isso.

“Caramba Hic! Eu pensei que os nerds não faziam idiotices!”

Consigo até ouvir a voz irritante dele na minha cabeça.

Pus minha mochila nas costas e me virei em direção ao corredor direito.

Arquejei assustado quando ouvi uma voz bem conhecida, vindo do outro corredor.

Recuei aos poucos e me virei bruscamente, o que me fez trombar com alguém.

— Oh! Foi mal! – me desculpei – Ah! Merida?! – exclamei surpreso.

Voltei o olhar confuso e vi que era apenas a Astrid com alguns colegas de classe. Que droga! As vozes são idênticas!

— Oi Merida! Oi Merida! – declarei nervoso – Tudo bem? – sorri amarelo.

— Comigo tá. – respondeu confusa, devido minha reação – Mas e você?

Suprimi os lábios tentando achar uma resposta, mas não tive coragem.

— Olha, eu não sou de julgar ninguém – declarou – mas você tá esquisito!

Forcei um sorriso, que saiu muito estranho.

— Mais do que o normal. – acrescentou – Mas eu precisava conversar com você!

— Puxa, não vai dar! – comentei fingindo olhar meu relógio, que nem prestei atenção nas horas – Eu tenho umas coisas pra fazer, mas uma outra hora agente se fala tá? Até mais!

Pov’s Merida

Hic se afastou rapidamente, o que nem me deu oportunidade de intervir.

— Okay... – murmurei.

Será que ele tá me evitando? O que eu fiz de errado?

(...)

Apoiei o queixo na mão e o cotovelo na mesa enquanto perfurava consecutivamente meu bolo de chocolate com o garfo.

Pela primeira vez, eu estava sem fome.

Suspirei pensativa.

— Meri!

Ergui o olhar vendo que era Anna acompanhada da irmã e da prima.

— Oi gente! – murmurei.

Pov’s Anna

A cacheada estava desanimada. Com um pensamento distante. Senti que estava preocupada.

Nos sentamos à mesa.

— O que houve Merida? – Elsa perguntou tocando seu ombro.

— Nada. – sibilou – Não foi nada.

Elsa me encarou dando de ombros.

Encarei o rosto distraído da cacheada e me concentrei.

Respirei fundo.

Seus pensamentos estavam uma bagunça. Confusos, preocupados, arrependidos e, se posso dizer, com medo.

— Tem alguma coisa haver com o Hic? – indaguei fazendo-a me encarar.

Dei um sorriso compreensivo.

Pov’s Merida

— Conta pra gente. – Zie pediu dócil.

Suspirei.

— Tudo bem. – afirmei.

Quando terminei de contar, baixei o olhar quase deixando um silêncio se instalar. Porém, Elsa impediu ao tocar me ombro.

A fitei.

— Não acho que ele esteja te evitando – comentou – mas acredito que ele ainda não encontrou as palavras certas para falar com você. Dê um tempo a ele, uma hora ele vai falar. Se isso aconteceu é por que ele gosta de você.

Sorri agradecida.

— Uau! – Anna declarou quebrando meu alívio – Elsa Snow dando conselhos românticos! Eu devia ter gravado esse momento!

A albina bufou ignorando o comentário da irmã, o que nos fez rir.

— Pelos menos aconteceu algo de bom! – Rapunzel afirmou.

— O que aconteceu? – perguntei curiosa.

— Um beijo. – respondeu indiferente – É um passo muito importante para um relacionamento!

— Rapunzel! – repreendi com as bochechas coradas enquanto a loira gargalhava.

(...)

Pov’s Elsa

Após o intervalo, Anna e Kristoff foram pra aula de Biologia com Flynn e Rapunzel. Eu e Merida teríamos aula de Física. Hic estava na aula de Informática.

— Elsa, posso te perguntar uma coisa? – pediu andando.

— Claro. – cedi.

— Por que você não participa da festa? – propôs.

— Eu não fiquei com vontade. – respondi – Não é uma boa idéia pra mim.

— Acho que o Frost tá afim de ir com você! – comentou.

Desviei o olhar indiferente.

— Acredito que não. – murmurei – Ele vai com outra pessoa.

Pov’s Jack

— Até mais professora Tooth! – declarei antes de fechar a porta.

Fui entregar a tarefa da aula passada. Inscrever eu e Elsa na apresentação. Espero que sejamos sorteados.

Caminhei pelos corredores na expectativa de falar com a Heather.

— E aí cara? – Kristoff me cumprimentou se aproximando com o Ryder.

— De boa! – declarei.

— Aí – Flynn puxou assunto - sobre a Snow, você vai chamá-la pra festa?

Pensei em responder, mas avistei Heather.

— Eu já volto! - falei.

Cerrei as sobrancelhas ao vê-la sair sozinha de uma sala.

Caminhei rapidamente até ela.

— Jack! – exclamou surpresa.

— Oi Heather! – forcei um sorriso.

— Não esperava que viesse me procurar. – comentou maliciosa – Ficou com saudade?

Segurei seu pulso quando ela tentou abraçar meu pescoço.

— O que houve Jack? – perguntou assustada.

— Nem se faça se inocente garota! – rosnei – Eu sei muito bem do que você fez!

— É mesmo? O que eu fiz? – perguntou num tom inocente.

— A mentira absurda que você contou à Snow de que sou seu namorado! – explodi – Isso foi muito idiota, você não acha?

— Foi só uma brincadeira! – se defendeu indiferente - Não é minha culpa que ela seja tão ingênua pra acreditar nisso! A idiota aqui é ela e não eu!

— Como você pode ser tão baixa! – acusei inconformado – Agora eu entendo por que o Hans te deixou! Não é a toa que está sempre sozinha. – comentei já me afastando.

Narração

A garota fechou o punho, irritada, quando o Frost sumiu no corredor.

— Você me paga Frost! – afirmou raivosa – Você não perde por esperar. O próximo será o nerd perfeitinho do Haddock!

Atrás da garota, uma sombra sinistra com um par de olhos dourados sorriu analisando o ódio no rosto da moça.

A aparição logo sumiu como fumaça.

(...)

Jack entrou na sala de aula e hesitou ao ver a albina.

Elsa o encarou surpresa, mas logo desviou o olhar.

Frost suspirou e sentou.

Jack fitou Elsa com o canto do olho e percebeu que a loira parecia pensativa. Ele precisava conversar com ela e esclarecer tudo.

(...)

Pov’s Elsa

O sinal tocou fazendo os alunos fecharem seus cadernos e arrumarem suas coisas.

— Até a próxima aula alunos! – disse o professor Haroldo.

Todos saíram.

— E depois da competição resolvemos nos mudar de novo! – Anna comentou à Merida enquanto caminhávamos.

— Puxa... – murmurou a ruiva – Ficar mudando todo ano não deve ser fácil!

— Você não faz idéia. – declarei.

— Elsa! – me virei vendo Jack se aproximando.

— Ah! Oi Jack! – sorri.

— Tenho algo importante pra te falar – declarou – é sobre a apresentação da música!

Pov’s Anna

Dei um sorriso de lado.

Que esperto! Foi uma bela desculpa!

— Bem, eu... – disse minha irmã.

— Claro! – interrompi empurrando Elsa pelos ombros – Ela vai sim, se eu não me engano você ainda precisa ir na biblioteca, né Elsa? Nosso motorista pode vir te buscar depois!

A loira me fuzilou com um olhar.

— Que ótimo! – Jack declarou sorridente – Assim podemos conversar! Vamos?

Lancei um olhar significativo pra minha irmã que suspirou derrotada, porém inconformada.

— Sim, claro. – murmurou – Vamos.

Os dois se afastaram. Elsa ainda me lançou um olhar aborrecido.

Ri com seu ato.

— O que acha que vai dar? – Merida perguntou dando uma risadinha.

— Em uma bela surpresa! – respondi.

Nos encaramos e nos afastamos rindo.

Pov’s Hic

Depois da aula encontrei a Heather no caminho. Garota chata!

Quando ela não tá dando em cima do Jack ou do Hans, sou eu quem aturo!

— Qual o problema lindinho? – tentou se aproximar mais, porém me afastei – Está zangado comigo?

— Não, apenas estou com pressa! – rebati com a cara fechada.

— Vamos conversar um pouco? – pediu num tom inocente – Preciso de dizer umas coisas.

— Foi mal, mas não tenho tempo! – interrompi rudemente e me afastei o mais rápido possível.

Dobre o corredor dando de cara com Flynn e Rapunzel.

A loira cruzou os braços ao me ver. Parecia irritada.

— Você precisa me esclarecer umas coisas! – declarou séria.

Encarei o Ryder que deu de ombros.

Pov’s Elsa

Fechei a porta da biblioteca após entrarmos.

Por sorte, estávamos sozinhos. Não sei dizer se é bom ou ruim!

— O que é tão importante? – perguntei encarando-o.

Jack suspirou suprimindo os lábios.

— Já estamos inscritos no sorteio da apresentação. – respondeu – Mas o assunto não é esse!

Fiquei confusa.

— Como assim? – questionei.

— Eu queria te convidar pra ser meu par na festa. – declarou – Eu tentei falar isso antes, mas não deu certo!

— Não será preciso eu ir com você! – declarei – Você já tem companhia.

— Quem? A Heather? – riu – Eu não vou com ela! Na verdade eu não tenho motivos pra convidá-la!

— Vou direto ao ponto. – começou – Não sei o que deu na Heather pra ela inventar aquela história pra você de que somos namorados. Na verdade, eu nunca fiquei com ela!

Me surpreendi.

— Pera aí – declarei – vocês não estão juntos? – perguntei e ele negou com a cabeça.

Por que ela me diria aquilo?

Não nego que tenho uma certa admiração pelo Frost, mas isso não quer dizer que estou interessada nele dessa forma.

— Talvez, ela inventou essa história pra ter a vantagem em ir comigo mantendo você distante! – comentou – Já que eu iria te convidar.

Realmente, fazia sentido.

Frustrada, desviei o olhar.

Pov’s Merida

— Até mais Anna! – me despedi quando Anna entrou no carro.

Da janela do carro ela acenou antes de partir.

Franzi a testa ao ouvir vozes alteradas.

Fui pro outro lado da escola e me escondi atrás da parede observando a cena.

Hic parecia irritado enquanto conversava com Flynn e Rapunzel.

— Eu tô tentando manter a paciência, mas não tem como! – esbravejou revoltado – Ela sempre procura uma forma de me encher o saco!

— Você já tentou falar com ela? – Flynn sugeriu.

— Eu não falo com gente como ela Ryder! – rebateu aborrecido – Pense numa garota irritante é aquela! – arregalei os olhos – Não aguento mais! Tô evitando ela por enquanto.

— O quê? – murmurei assustada.

— Não estou defendendo-a, mas você não pode xingá-la desse jeito! – Rapunzel se indignou.

O que tá acontecendo?

— Eu tentei ser legal desde o começo, mas cheguei ao meu limite! – declarou – O pior de tudo é quando ela tenta puxar conversa. “Oi Hic!” – imitou uma voz fininha – “Posso conversar com você? É importante.”

Arquejei com os olhos marejados.

Será possível? Eu o irritava tanto assim? Puxa... Não me admira que ele me odeie.

Cerrei os olhos com força tentando conter as lágrimas e corri pra longe. Só queria me afastar dali.

Pov’s Hic

— Sei que a Heather não é nenhuma santa, mas... – Flynn hesitou – você precisa se explicar com a Dunbroch!

— Pelo que ela me disse – Zie comentou - parece que você está evitando ela!

— Sim, mas...

— Então cuide de concertar o que fez! – me cortou alterada.

— Será que você pode me ouvir!?! – explodi.

A loira em encarou confusa, porém surpresa.

Dei um longo suspiro.

— Eu tava evitando ela não por que fiquei irritado! – confessei – Eu fiquei com medo tá legal?! Depois do que aconteceu ela poderia muito bem desistir de ir ao baile. Justamente com alguém como eu. – murmurei com o olhar perdido.

Rapunzel riu atraindo minha atenção.

— Olha faz o seguinte – pediu – vai conversar com ela e tire suas próprias conclusões!

— Tenho certeza que não vai se decepcionar! – Flynn garantiu.

Pov’s Kristoff

Me assustei quando uma garota se contra minhas costas, o que me fez olhar pra trás.

— Ei, tudo bem com.. – me calei ao ver que era a Merida – Dunbroch!?!

Ela apenas me encarou. Seus olhos estavam marejados e seu nariz vermelho denunciando que estava chorando.

— Merida, espera! – pedi, mas ela correu rapidamente se afastando.

O que será que houve?

Pov’s Elsa

— O que você acha? – Jack perguntou ansioso.

Torci os lábios.

— Pode ser. – dei de ombros.

— YES! – arregalei os olhos quando ele comemorou – Quer dizer... Combinado!

Ri quando fez uma postura formal, o que foi muito engraçado.

(...)

A senhora Overland veio buscar Jack e Riley um pouco antes do meu motorista chegar.

Sebastian deu a partida e fomos pra casa.

(...)

Pov’s Hic

Cheguei à frente da casa da ruiva e me aproximei da porta.

Toquei a campainha.

Bati o pé consecutivamente devido minha ansiedade.

Toquei a campainha novamente.

Através da vidraça, pude notar uma mulher se aproximando, que logo abriu a porta.

Ela me encarou. Era uma mulher com uma postura firme e serena. Seus olhos eram castanhos e seus cabelos, da mesma cor. Os fios eram bem compridos, dentre os quais, havia uma mecha branca no lado direito.

Só podia ser a senhora Elinor Dunbroch. Mãe da Merida.

— Oi! – murmurei.

— Olá rapaz! – disse educadamente – Posso ajudá-lo?

— Hum... – hesitei – Senhora Dunbroch! Eu sou Hiccupp! Um amigo da Merida. – me apresentei – Ela está em casa?

Ela suspirou.

— Ela chegou em casa um pouco cabisbaixa, porém irritada! – comentou me deixando intrigado – Você veio conversar com ela sobre isso?

— Talvez. – confessei frustrado.

Ela assentiu e se afastou permitindo minha entrada. Logo depois fechou a porta.

— Espere aqui! – pediu antes de subir as escadas.

Massageei as mãos, nervoso.

Pov’s Merida

Sentada na minha cama, joguei outra adaga no alvo acertando bem no meio.

Bufei entediada.

— Merida! – ouvi a voz da minha mãe do outro lado da porta – Filha, posso entrar?

— Entra aí. – resmunguei.

Minha mãe abriu a porta e me encarou.

— O que foi que eu fiz agora? – murmurei indiferente.

— Tem alguém querendo falar com você! – declarou e franzi a testa.

(...)

Cheguei à sala e me surpreendi ao ver Hic no sofá.

Ele se levantou aflito ao me ver.

— Hic? – murmurei surpresa.

— Vou deixar vocês sozinhos. – mamãe saiu do cômodo.

— O que você tá fazendo aqui? – questionei.

— Eu preciso falar com você! – declarou

— Ha! – ri sarcástica – Agora você quer falar! É uma pena, mas não tô afim! Tchau! – me virei pra ir embora.

— Espera! – ele segurou meu pulso me fazendo encará-lo – Por favor, só me escuta!

— Não quero ouvir nada que você tem a dizer! – declarei puxando meu pulso.

— O que aconteceu pra você ficar tão zangada comigo? – perguntou.

Cerrei os dentes, furiosa.

Pov’s Hic

— Você quer mesmo saber? – rebateu alterada – Me revolta em saber que você é uma grande idiota! – arregalei os olhos, chocado – E além de idiota, ainda é um grande covarde!

— Tá, tudo bem! Eu concordo! – confirmei assustado – Mas deixa eu explicar!

— NÃO QUERO QUE ME EXPLIQUE NADA! – praguejou com os olhos marejados – Se eu era um grande problema pra você, devia ter contado!

Franzi a testa.

— O quê? – sussurrei.

— Não se faça de desentendido! – rosnou – Seja homem o suficiente pra dizer que não suporta a garota chata e irritante que eu sou!

— Calma aí, que história é essa? – protestei.

— Ah! Outro detalhe insuportável que você citou sobre mim – comentou sarcástica pondo a mão no queixo – foi a forma de como procuro te encher o saco!

— Do que você tá falando? – reclamei.

— Se quiser por um fim nessa conversa, eu faço isso! – falou seriamente – Não quero mais que você limite sua paciência comigo, então é melhor que não me procure mais, e nem fale comigo como se fossemos grandes amigos! Afinal, você não fala com gente do meu tipo, não é por isso que você andou me evitando essa semana não foi!?

Arfei na tentativa de dar algum argumento, mas não consegui.

— Por favor, vai embora! – pediu chorosa.

— Merida... – murmurei me aproximando, mas ela se afastou.

— Vai. Embora! – rosnou sem me encarar.

Recuei percebendo que era o melhor a se fazer.

Dei um longo suspiro, derrotado, e me afastei.

Abri a porta e lhe encarei novamente.

Ela estava com os lábios suprimidos na tentativa de segurar o choro, mas pude notas as lágrimas descendo em sua bochecha.

Meu coração se apertou ao vê-la daquele jeito.

Voltei o olhar para frente e saí fechando a porta.

Pov’s Merida

Arfei fechando os olhos sentindo as lágrimas escorrerem em meu rosto.

— Filha, você já... – minha mãe surgiu na sala e se calou ao me ver – Merida... Oh minha querida. – murmurou me abraçando e acariciado meus cabelos.

Me rendi as lágrimas e chorei abraçando fortemente minha mãe.

— Oh minha garotinha valente, o que houve? – perguntou preocupada.

— Ele me odeia mãe! – solucei – Ele sempre me odiou! – a encarei – O que eu fiz te tão grave pra ele não gostar de mim?

Ela acariciou meu rosto limpando as lágrimas.

— Você não fez nada de errado, meu amor. – murmurou dócil – Tenho certeza que vocês vão se entender!

Sorri minimamente.

Pov’s Hic

Por que ela me disse tudo aquilo? Eu nunca falaria aquilo pra ela! Então por que...?

Parei de andar e arregalei os olhos.

Flashback On

— Eu tô tentando manter a paciência, mas não tem como! – esbravejei revoltado – Ela sempre procura uma forma de me encher o saco!

— Você já tentou falar com ela? – Flynn sugeriu.

— Eu não falo com gente como ela Ryder! – rebati aborrecido – Pense numa garota irritante é aquela! – reclamei – Não aguento mais! Tô evitando ela por enquanto.

Flashback Off

Ah não... Ela ouviu tudo! Mas eu não me referia a ela... Droga!

Tenho que fazer alguma coisa!

Peguei meu celular rapidamente e disquei um número, logo pondo-o no ouvido.

Do outro lado da linha, a pessoa atendeu.

— “E aí cara?”— falou sorridente.

— Flynn, preciso da sua ajuda! – confessei angustiado.