Herdeiros dos Black - Warlocks (INTERATIVA) escrita por Sirius Black


Capítulo 16
Expulsos


Notas iniciais do capítulo

Como prometido aqui está o capítulo na data combinada. Não tenho muito o que falar pra esse capítulo, mas mesmo assim queria deixar meu obrigado pelo apoio de todos.



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Estávamos de pé lado a lado. Ric, Dougg, eu e Tom. Nos estávamos vestidos em uma mistura de bruxos com trouxa usando calça jeans, jaquetas com mantos por cima, chapéus, óculos escuros e lenços cobrindo a parte de baixo de nossos rostos. Estávamos parados diante de uma enorme porta vermelha blindada.

   – V-Vamos fazer isso mesmo? – perguntou Dougg parecendo tão nervoso quanto os demais.

   – S-Sim... – respondemos com traço de nervosismo na voz.

   – Todos prontos? Devidamente armados – perguntei olhando para os lados vendo eles assentirem – então vamos lá!

Adentramos o local de peito estufado fechando a porta atrás de nos. Três minutos depois estávamos sendo carregados em baixo dos braços de dois caras enormes idênticos usando ternos pretos que deviam ser metade tragos tão feios que eram. Eles nos jogaram na calçada fazendo a gente cair de bunda no chão.

   – Aqui não é lugar pra de menor... – dissera um dos gêmeos meio-trasgo.

   – Voltem quando tiverem idade! – completara o outro fechando a porta.

   – Qual é! Deixa a gente se divertir! A gente tem dinheiro – disse chutando a porta com força quase quebrando meu dedão.

   – É! Eu só quero um show privado! – dissera Ric socando a porta ao meu lado.

   – Eu me contendo com só um strip de uma ninfa – dissera Tom do outro lado.

   – Melhor a gente... – dizia Dougg olhando para os lados vendo que estávamos atraindo a atenção das pessoas que riam olhando para nós. A porta tornara a se abrir.

   – VÃO EMBORA!!! – gritaram os gêmeos meio-trasgo fazendo saliva voar para todos os lados e a gente correr o mais rápido que podíamos.

Corremos de volta para o Ruelle Front rindo. Sabíamos que tinha uma probabilidade de 85% de chance da gente ser falhar, mas isso não nos impediria de tentar. Tínhamos acabado de estar no distrito vermelho Bruxo de Paris chamado Ruelle Rouge.

   – Bom... pelo menos eles disseram não na nossa língua – dissera Ric se sentando em uma cadeira do restaurante Le Don Magic tirando o lenço do seu rosto.

   – Eu disse que devíamos ter tentado uma poção pra ficarmos mais velhos – resmungara Dougg fazendo sinal pra um dos garçons.

   – Ouvi que eles tem proteção quanto a isso também – dissera Tom desanimado apoiando os braços na mesa.

   – O que vocês vão querer? – perguntei para os três quando o garçom chegara e traduzi o que eles queriam para o garçom que se fora depois de anotar meu pedido – Se tivéssemos dinheiro e um local próprio poderíamos mandar uma carta e eles enviariam suas... funcionarias – disse olhando para o movimento do Ruelle Front.

   – Cara eu ouvi falar que eles tinham ninfas, bruxas, ondines, náiades e muito mais! Não vou aguentar esperar até fazer dezessete anos de jeito nenhum! – dissera Ric quase aos prantos – se eu esperar tudo isso minha família arranja uma noiva pra mim antes... isso se já não estiverem arranjando. Tenho ouvido umas conversas muito suspeitas dos meus pais e meu avô com alguns conhecidos.

   – Com certeza estão procurando uma noiva puro-sangue pra você. Meu tio tentara conversar comigo sobre uma garota filha de um colega do ministério dele, mas desconversei e fugi – dissera Dougg.

   – Meu pai... mandara uma carta pra minha mãe falando sobre náiades e ondinas... parece que ele quer que além de ir trabalhar com ele pro chefe dele que eu case com uma de suas muitas filhas. Eu acho até que ela é minha tia ou talvez prima? O negocio é que parece incesto! – dissera Tom revoltado – pra ir visitar minha mãe ou a mim é ele não tem tempo, mas pra fazer propostas malucas ele não vê problema.

   – Graças a Merlin eu não tenho esses problemas... que foi? É verdade – disse depois de receber um olhar irritado dos três. Passei a olhar para a rua novamente vendo uma grande variedade de não-humanos no Ruelle Front. Na França não tinha todo aquele preconceito para com os não-humanos ou meio-humanos que tinha na Grã Bretanha. Convenhamos tem algumas mulheres de outras espécies muito... atraentes  – desculpa se estou sendo insensível, mas não posso fazer nada pra ajudar.

   – Grande líder é você hein – resmungara Dougg.

   – Ainda se diz nosso irmão – resmungara Tom.

   – Fica se divertindo a nossas custas – resmungara Ric.

   – Podia ser pior. Além disso a gente é muito novo pra esse papo sinistro. Bom a aventura de hoje fora boa, mas o que vamos fazer até o dia da virada? – perguntei sorrindo pra umas bruxinhas em outra mesa que passaram a dar risadinhas e conversar animadas.

   – Bom eu tenho que voltar hoje, mas volto pra festa da virada na sua casa – dissera Doug olhando pras bruxinhas também e sorrindo pra uma delas – talvez eu pudesse ficar um pouco mais... não, não meus pais querem que eu volte pra casa. Pra ficar com a família.

   – Eu também tenho que voltar... mas posso chegar um pouco atrasado – disse Ric se virando pra olhar pras bruxinhas ficando com o cabelo azul.

   – Eu estou no mesmo caso... mas infelizmente não posso chegar atrasado... meu pai vai aparecer lá em casa – dissera Tom olhando para trás passando as mãos nos cabelos os penteando para trás.

   – Bom antes de partirem eu posso bancar o interprete pra vocês... – disse me levantando indo até a mesa que as bruxinhas estavam e voltando com elas colando uma mesa na nossa. Que foi? Conversar não é pecado.

Os rapazes partiram no mesmo dia deixando eu sozinho com o Dobby e algumas lembranças engraçadas do restaurante. Ninguém ficara com nenhuma das garotas que eram muito interessantes, mas não falavam nada de inglês o que prejudicara um pouco as coisas, mas mesmo assim fora muito divertido rir das tentativas dos dois grupos de interagirem.

Antes de partirem os garotos imploraram para que eu aprendesse a compartilhar conhecimento com eles. Eles queriam a todo custo manter contato com as garotas e pra isso precisariam aprender o idioma.

Passei a trabalhar em alguns projetos desenhando diagramas e escrevendo anotações e ideias. Como eu tinha o conhecimento de muitos inventores e artesões do Beco Diagonal eu podia fazer muita coisa mesmo que apenas na teoria. Com a ajuda de minha mãe eu provavelmente iria conseguir obter resultados bem mais rápidos, mas como ela passaria o dia fora a trabalho – ela não ficava mais em seu escritório de advocacia o dia inteiro, mas estava sempre de olho.

   – Meu senhor? Dobby gostaria de saber se o senhor precisa de algo? – perguntara Dobby parecendo na porta do meu quarto. Ele estava usando os sapatos que comprei de presente de natal para ele.

   – Não, muito obrigado Dobby. Vejo que gostara dos sapatos – disse antes de voltar a olhar para as folhas que vinha trabalhando.

   – Sim, senhor. São muito confortáveis, senhor. Dobby promete comprar algo melhor pro senhor – dissera Dobby olhando para os sapatos.

   – Os doces estavam ótimos, Dobby. Não precisa gastar seu dinheiro. Você teve noticias de minha mãe? – perguntei sem tirar os olhos do que estava fazendo.

   – Ela disse que vai chegar tarde, senhor. Algo sobre colocar uma repórter em seu devido lugar. Mas pedira para que amanhã pela manhã esteja bem vestido. Vocês iram visitar algumas faculdades trouxa, meu senhor – dissera Dobby atraindo minha atenção.

   – Jornal? Faculdades trouxa? – perguntei confuso vendo Dobby desaparecer e reaparecer em seguida.

   – Aqui senhor – dissera Dobby entregando um jornal de outro pais.

“Em uma extravagante festa na casa francesa da antiga e falecida família Mckinnon a ultima de sua linhagem Marlene Black (conhecida anteriormente como Marlene Mckinnon ) se apresentara a sociedade com seu filho Anthony Sirius Black. Deve ser ressaltado que a senhora Black fora acusada no passado de ser não apenas a mandante como a executora de sua família. Acredita-se que ela tenha sido considerada inocente por não ter provas que a ligam a morte da família, mas existem aqueles que acreditam que como uma avaradora ela teria poder mais do que suficiente para realizar tal ato sem deixar rastros.

Na festa estavam presentes diversas figuras importantes como ministros e presidentes do mundo bruxos. Durante o jantar tanto a senhora Black quando seu filho entreterão os convidados com diferentes temas e ideias que dificilmente estariam na cabeça de um jovem garoto. Entretanto essa repórter teve acesso a fontes que preferem permanece no anonimato que revelaram uma noticia bombástica. O jovem e belo Anthony Sirius Black é acreditem se quiser o primeiro warlock a despertar em mais de meio milênio. Nossas fontes dizem que ele matara não apenas um, mas três dementadores nesse ano. Existe ainda a especulação de que ele não seja totalmente bruxo tendo possivelmente parentes sereianos, provavelmente dos trópicos o que explicaria seu canto hipnotizante e seu dom para musica. Confirmamos também que ele atualmente possui um pequeno grupo de warlocks a sua disposição em Hogwarts onde estuda atualmente. Essa repórter teme que o surgimento dos warlocks sejam uma triste ameaça a comunidade bruxa...”.

 

   – Isso vai criar problemas – disse irritado amaçando o jornal.

Pela manhã no dia seguinte depois do café da manhã eu estava usando um terno azul escuro com um estilo esporte fino sem gravata. Minha mãe guiava seu carro pelas ruas de paris tendo como primeira parada a École Normale Supérieure (ENS Paris). A ENS Paris estava 24º no mundo entre as melhores faculdades e tinha um belo campus no centro de Paris. Ao chegarmos no local minha mãe seguira na frente até chegarmos no que parecia ser o escritório do reitor que estava repleto de professores (alguns muito velhos pra estarem respirando). Minha mãe já tinha contado o que desejava que eu fizesse e devo dizer não entendo como ela foi pra Grifinória. Talvez tenha sido os problemas que passamos que a fizeram virar a mulher que é hoje. Ela queria que eu entrasse na cabeça de cada professor ali presente e roubasse o máximo de conhecimento possível. Quando terminei eu estava piscando estupefato... era... era incrível. Se eu pudesse aprender a compartilhar isso com pessoas que não fossem warlocks minha mãe ia se beneficiar incrivelmente.

Conversamos com o pessoal da faculdade que de inicio pensavam que eu era um garoto simples, mas usando o conhecimento deles próprios consegui os impressionar. Com certeza se eu quisesse teria uma bolsa de estudos garantida ali. Minha mãe era um pouco mais ambiciosa querendo que eu fizesse uma prova para provar que eu tinha conhecimento mais do que necessário para receber um diploma do local, mas o reitor não aceitara. Fazia tempo que eu não via minha mãe intimidar alguém daquela forma, mas como o reitor dissera “Sou casado a quarenta anos. Intimidação não funciona mais comigo, senhora”.

Partimos para a faculdade seguinte que era a École Polytechnique e depois um grupo afiliado da faculdade chamado Paris Tech. Ambos eram realmente incríveis, mas quando terminamos a visita minha cabeça estava girando. Era tanto, mas tanto conhecimento. Se eu conseguisse interagir aquilo tudo ao mundo bruxo não teríamos mais porque temer sermos caçados pelos trouxas! Poderíamos nos expor ao mundo! Não, não, acho que isso ainda é muito ambicioso, mas é melhor do que a ideia de viver a vida inteira escondendo do mundo o que eu sou! Eu já tive que cortar ligações com meus amigos trouxas porque nunca poderia envolver eles no que eu vivia e muito menos levar eles a minha casa, fora as mentiras que teria que contar. Primeiro a casa não permitia a entrada de trouxas e mesmo se permitisse o que eles achariam de tudo aquilo, principalmente do Dobby?

Voltamos para casa enquanto eu pensava continuamente sobre bruxos e trouxas. Eu sabia da importância de manter os bruxos na clandestinidade, mas com o conhecimento que eu tinha misturado a magia o que tínhamos a temer? Eu poderia desenvolver defesas contra as armas trouxa, contra suas toxinas e muito mais. Nós poderíamos viver livres do medo e de cabeça erguida. Por que tínhamos que continuar vivendo nas sombras? Com nossa magia poderíamos salvar o mundo do dano que os trouxas estavam causando. Poderíamos encontrar curas para doenças incuráveis. Poderíamos acabar com a fome e a miséria. Poderíamos ter um futuro brilhante para ambos os povos. Infelizmente nunca poderia expor essas ideias sem correr o risco de ir para prisão.

Sinto que o senso comum tanto sobre trouxas quanto bruxos começa a fugir de minhas mão. Eu sabia que se quisesse poderia desenvolver tantas coisas, fazer coisas impressionantes. O problema seria a reação dos demais. Eu não falaria isso abertamente, mas... eu começava a achar tanto bruxos quanto trouxas um pouco... ignorantes e medievais.

Resolvi aproveitar um pouco meus presentes de natal jogando uma partida de xadrez bruxo contra minha mãe... ela era boa. Fora muito difícil conseguir uma vitória depois de três derrotas. Por fim testei um pouco os presentes que ganhei de meus amigos. Eu não entendia por que o Tom me dera conchas? Sei que elas tem magia, mas não faço ideia qual. Ric me dera algumas revistas... que eu não poderia deixar minha mãe ver de jeito nenhum – fiquei um pouco interessado nas sereias dos trópicos são muito mais bonitas do que as daqui. Dougg me dera um livro sobre quadribol que seria muito útil, principalmente as manobras como apanhador. As meninas me deram presentes... interessantes – não tanto para homens, mas uteis da mesma forma. Da minha mãe ganhei um onióculos que vai estar a venda na copa mundial de quadribol do próximo ano. Eu tinha presenteado os rapazes com carteiras/maleta interespaciais e as garotas com bolsinhas/bolsa interespaciais. Todos personalizado com suas iniciais e com as mesmas funções da minha carteira/maleta. Para minha mãe tive que dar uma bolsa de alto nível com algumas proteções a mais pra garantir a segurança dela.

Antes do jantar comecei a fazer algumas modificações em alguns projetos meus usando os conhecimentos que obtive nas faculdades combinado aos que obtive de todos os bruxos que encontrei. A melhora nos projetos fora visível, mesmo que apenas a teoria. Desci as escadas com um fichário com todos os projetos que desenvolvi e bati na porta do escritório de minha mãe recebendo permissão para entrara. Entrei sorrindo entregando o fichário para ela que olhara para ele de forma curiosa. Passei a observar suas expressões vendo em alguns momentos surpresa, incredulidade, interesse e por ultimo... medo?

   – Filho... talvez seja bom mantermos algumas dessas coisas em segredo por um tempo, certo? São ideias incríveis, mas tudo isso poderia atrair mais atenção para você, mais do que já tem. Algumas coisas aqui são realmente... únicas. Talvez possamos dividir os lançamentos nos próximos anos? Nossa empresa ainda é nova e no meio bruxo não existem tantas empresas como nossa na sociedade trouxa. Precisamos ir com um pouco de... calma (cautela) – dissera minha mãe ficando de pé na minha frente.

   – Tudo bem... eu... só quis ajudar – disse de cabeça baixa. Eu não pensei que aquelas ideias poderiam atrair problemas. Como disse eu comecei a achar que estava perdendo a noção do senso comum. Na verdade... não sei se tive uma exata.

   – Olha... talvez pudéssemos abrir filiais em outros países em um ano ou dois. Com isso poderíamos começar a usar mais e mais de suas ideias. Provavelmente encontraremos muita resistência dos tradicionalistas, mas aos poucos suas ideias podem ganhar o mundo. Tenho muito orgulho de você, meu filho – dissera minha mãe me abraçando com força.

   – Eu sei mãe – disse retribuindo o abraço antes de soltá-la – deixando esses projetos de lado nós precisamos dar um jeito naquela repórter, não é?

   – E nós iremos. Amanhã a noite – dissera minha mãe dando um sorriso que fizera um arrepio subir pela minha coluna. Espero que ela não esteja planejando matar a mulher!

Terminei de colocar meu terno preto e olhei meu reflexo no espelho de corpo inteiro. Eu tinha crescido um pouco nesses últimos meses, ficado mais forte, meus cabelos pretos estavam bem penteados para trás e meus olhos verdes pareciam quase luminosos. Olhei para minha janela vendo Raijuu na forma de uma linda coruja preta com detalhes brancos. Fui até ela acariciando sua cabeça colocando uma coleirinha branca com um pingente vermelho feito de rubi com um “B” prateado no centro. Aquela coleirinha iria mudar de forma com ela e era bem leve. Ela me olhara piscando para mim.

   – Você está linda como sempre – disse acariciando sua cabeça fazendo ela emitir um som engraçado – Hoje irei precisar que assuma sua forma de tigre a noite inteira na frente de nossa convidada.

Raijuu se transformara em um enorme tigre preto com listras brancas. Ela era tão grande que eu poderia montar com facilidade em suas costas. Sai do meu quarto com Raijuu vindo atrás de mim de forma imponente com sua coleira perfeitamente colocada em seu pescoço e o pingente refletindo a luz das luminárias por onde passava. Descemos para o andar de baixo e fomos para a porta e esperamos do lado de fora. Quando Dobby passara pelo portão escoltando uma mulher loira em um penteado... peculiar, usando vestes carmim, óculos com aros de pedrinhas, possuindo dedos grossos segurando uma bolsa de couro de crocodilo – sempre digo que os bruxos tem mal gosto por esse tipo de coisa. Ela estava acompanhada de um homem gordo segurando uma enorme câmera com flash a pólvora que parecia ter saído de um museu trouxe.

   – Bem vinda senhorita Rita Skeeter. Fico feliz em poder contar com sua presença em nossa casa novamente – disse educadamente fazendo uma leve reverencia enquanto segurava a mão direita que ela oferecera.

   – Eu que fico feliz em ser novamente convidada – dissera Sra. Skeeter fazendo uma leve mesura antes de apresentar o fotogravo – esse é Bruno Ogarian, mas não se preocupe em perder seu tempo o conhecendo. Poderíamos falar alguns minutos a sós? Como é ser filho do... famoso Sirius Black?

  – Acredito que teremos tempo para esse tipo de conversa. Por favor entre senhorita, senhor – disse abrindo passagem, mas os dois não saíram do lugar tendo Raijuu bloqueando seus caminhos olhando de forma ameaçadora para os dois. Fiz um carinho na cabeça dela a fazendo relaxar liberando o caminho.

Já do lado de dentro os levei para a sala onde os dois sentaram em um dos sofás enquanto eu sentava na poltrona com Raijuu sentada sobre as patas traseiras a minha esquerda permitindo que eu acaricia-se sua cabeça. Dobby logo chegara com o peito estufado vestindo sua roupinha de mordomo oferecendo chá para os três. Quando minha mãe descera vestindo um vestido formal branco com um cinto preto a repórter pedira para que tirássemos uma fotos apenas da atual família Black. Minha mãe se colocara a minha direita colocando suas mãos sobre meu ombro e Raijuu assumira uma pose orgulhosa enquanto eu continuava a acariciar sua cabeça sem sair do meu lugar fazendo sinal para Dobby se colocar ao lado de Raijuu o que parecera o deixar muito feliz estufando o peito orgulhoso enquanto segurava a bandeja com o bule de chá. O flash fora horrível, criara fumaça e um barulho irritante – coisa mais ultrapassada.

   – Mãe a senhora poderia mostrar os quadros para o senhor Bruno e falar para ele um pouco da historia da família da senhora? – pergunte apoiando meus cotovelos nos braços da poltrona e cruzando meus dedos mantendo minhas mãos erguidas. Eu não tirava os olhos da Sra. Skeeter que parecia ansiosa para sua entrevista.

   – Claro. Sr. Bruno por aqui, por favor – dissera minha mãe sorrindo de forma amigável.

   – Agora que estamos a sós temos muito o que conversar, não é? – dissera a repórter abrindo sua bolsa fazendo um bloco e pena saírem dele.

   – Acredito que prefira manter o que falaremos entre nós por enquanto. Seria terrível se uma certa besourinha viesse ao publico não é? – pergunte arqueando uma sobrancelha sorrindo de canto ao ver a mulher ficar paralisada com uma expressão de puro choque.

   – N-Não sei do que está falando Sr. Black – dissera Rita apressadamente.

   – Não sabe? Seria horrível se algumas pessoas influentes, como as que estiveram aqui no dia da festa soubessem do boato de uma certa repórter ser uma animaga. Imagina se esse boato se espalha para os jornais estrangeiros? Pior ainda! Imagina alguns boatos sobre pessoas que tivessem tido suas memorias apagadas viesse ao publico? Imagina o que eles seriam capazes de revelar como por exemplo um certo auror britânico que fora obliviado depois de... – dizia sorrindo maldosamente até a mulher que estava cada vez mais vermelha estando com os olhos arregalados e o lábio inferior tremendo interromper o que eu estava falando.

  – O-O que você quer? Não sei como obterá essas... esses boatos, mas nenhum deles pode ser divulgado – dissera a mulher tentando manter a compostura, mas o bloco de notas e a pena tremiam compulsivamente.

   – Acredito que agora estamos começando uma bela amizade, não é? – perguntei sorrindo a vendo assentir. As vezes acredito estar seguindo um rumo meio... sinistro.

Consegui fazer minha nova amiga Rita escrever uma matéria que iria melhorar um pouco minha imagem e de quebra ajudar nos negócios da família. A única coisa chata fora que ela precisava de algo mais para seu ártico. Tive que lhe dar umas dicas sobre um certo cabeça rachada descontrolado, paranoico e agressivo. Claro que garanti que ela fizesse eu parecer a vitima que só se defendera de um lunático, mas dei alguns nomes que iriam ajuda-la a conseguir boas informações. Minha mãe provavelmente iria tentar acabar com minha inocente raça quando a matéria fosse publicada, mas até lá eu já estaria em Hogwarts. Que Merlin continue a me proteger da ira da senhora Black.

Quando o dia trinta e um finalmente chegara a casa estava novamente preparada para a festa de ano novo. Tínhamos recebido mais confirmações de presença do que na festa anterior o que era um pouco estranho já que todos sabiam que eu era um warlock. Mesmo assim coloquei uma um terno branco com meu broxe da sonserina preso no bolso do palito. Para infelicidade de Raijuu minha mãe colocara uma fita branca por cima de sua coleira com um grande laço atrás de seu pescoço.

Como no dia anterior recebi os convidados de forma educada, mas notei que alguns estavam um pouco intimidados com Raijuu que se mantinha em posição ao meu lado o tempo todo. Meus amigos (traidores) como na vez anterior correram para festa enquanto eu recebia os convidados.

Quando todos os convidados chegaram fui para festa e comecei a circular entre os convidados conversando com todos. Depois de um tempo minha mãe passara a participar de uma das conversas que eu estava tendo e mais gente fora se acumulando ao nosso redor. Como estávamos falando sobre alguns produtos novos as pessoas do meio que trabalhavam com grande comércios de produtos mágicos demonstraram seu interesse e pediram para visitar a empresa da família Black (qual eu ainda não conhecia). Por sorte eu e minha mãe trabalhamos em algumas ideias para garantir magicamente que nem um dos segredos da empresa fossem roubados.

Quando passei a conversar com algumas pessoas intelectuais junto com minha mãe deixamos os assuntos sobre os negócios de lado. Descobri que minha mãe poderia ter ido para uma faculdade de magia se ela não tivesse na época recebido uma proposta muito boa do ministério britânico. Entre as pessoas desse grupo estavam alguns diretores de escolas de magia, estudiosos e até mesmo alguns professores universitários. O tio Dumb demonstra como sempre ser alguém muito culto e portador de uma capacidade intelectual invejável confundindo em alguns momentos o diretor de Durmstrang e a diretora de Beauxbatons. Fora ótimo conhecer diretores e professores de outras instituições magicas. Entretanto vi mais de uma vez um rápido vestígio de tristeza nos olhos de Tio Dumb sempre que alguém mencionava o combate dele com Grindelwald. Eu sempre desconfiei da... preferencia de Tio Dumb. Conhecendo como o mundo bruxo era preconceituoso eu entendia porque ele nunca se casara ou assumira o que era. Ele tinha certas preferencias que seriam consideradas no melhor dos casos uma... anormalidade. Era algo horrível, mas a sociedade bruxa era assim, infelizmente.

   – Sra. Black, jovem Sr. Black poderia falar com vocês por um momento? – perguntara Karkaroff. Eu já tinha absorvido as memorias dele e... era meio tenso. Ele era um homem frio, rígido e até cruel. Servira Voldemort, mas com sua queda ele se amedrontara e trairá seus antigos companheiros. Agora era o diretor de Durmstrague e escondia um grande medo de ser envolvido em outra guerra e principalmente de seu antigo senhor. Eu sabia o que ele queria e algumas coisas que viriam ocorrer no próximo ano.

   – Claro. O que deseja senhor Karkaroff? – perguntara minha mãe depois de nós três irmos para um local mais afastado.

   – Como muitos aqui. Soube que o jovem Sr. Black é o primeiro warlock de sua geração. Isso procede? – perguntara com um brilho ambicioso no olhar.

   – Acredito que o senhor tenha conhecidos muito... prósperos que possuam abortos em sua família certo? – perguntei de forma direta o vendo arregalar os olhos por um momento.

   – D-De fato. Entre meus amigos existem alguns casos de existirem abortos em suas famílias. Eles seriam muito gratos se seus familiares tivessem a chance de poder praticar magia. Vejo pela forma que se porta que as historias sobre warlocks serem descontrolados drenadores de magia como infundadas – dissera Karkaroff apressadamente.

   – Entendo. Acho que poderemos... negociar alguns termos para o próximo ano. Não quero mentir, mas apenas os warlocks do meu clã possuem o mesmo auto controle que possuo. Por isso eu teria que avaliar os motivos que iriam fazer com que eu recebesse novas pessoas em meu clã, mas isso o senhor poderá conversar com minha mãe para o próximo ano. Esse ano tenho muito o que fazer em Hogwarts – disse dando uma rápida olhada de canto para minha mãe que assentira satisfeita. Ela com certeza iria tirar o melhor proveito daquilo e não permitiria que ninguém perigoso, suspeito ou desagradável entra-se para minha família.

   – Muito bom, muito bom. Será um prazer poder manter contato com a Sra. Black – dissera Karkaroff com um olhar que fizera uma veia saltar em minha testa. Se eu não tivesse obtido boas informações da mente dele eu poderia ficar bem inclinado a mandar ele...

Voltei a curtir a festa e pra minha infelicidade ou felicidade algumas pessoas estavam pedindo pra que eu subisse no palco. Arrastei Lilith comigo já que ela também sabia cantar e tocar alguns instrumentos e ficamos cantando por um tempo. Lilith obviamente tinha gostado daquilo ao contrario de Calliz que nos dava um olhar bem... diferente. Quando descemos do palco Tio Dumb e fizera sinal para que eu fosse até ele, minha mãe e o ministro Fudge.

   – Eu estava conversando com sua mãe sobre algumas oportunidades que poderei oferecer para os melhores alunos esse ano. Isso é claro se conseguirem cumprir algumas exigências – dissera Tio Dumb com seriedade.

   – Oportunidades? Isso muito me interessa. Que tipo de oportunidades? – perguntei sorrindo.

   – Acredito que com o seu nível de conhecimento atual você não esteja encontrando dificuldades com as matérias do seu ano certo? – perguntara vendo eu assentir. Era um pouco irritante ter que fazer coisas tão simples como eu vinha fazendo na aula – Nesse caso o que acharia de fazer trabalhos e provas a mais para pular um ano no próximo ano? Em vez de ir para o quarto ano ir para o quinto?

   – Isso é possível? Ele aceita, claro que aceita – dissera minha mãe antes mesmo que eu pudesse falar algo.

   – Normalmente não seria possível, mas essa oportunidade também será oferecido a todos que desejam realizar ela. Claro que para aqueles que falharem não serão prejucados – dissera Fudge sorrindo. Eu já sabia o que ele queria.

   – Entendo. O senhor quer que eu ajude o Ric a ir bem nas outras matérias também para poder pular um ano também. Por mim não tem problema – disse dando de ombros vendo o ministro tentar disfarçar um sorriso.

   – Ele aceita – repetira minha mãe parecendo ter recebido um grande presente.

   – Anthony devo alerta-lo que o aumento de conteúdo sem o auxilio dos professores pode fazer alguns se sentirem sobrecarregados e interferir no aprendizado desse ano. Espero que entenda que falhar na tentativa para pular um ano não trará prejuízos, mas falhar nos conteúdos de seu ano pode leva-lo a reprovação tendo que repetir o ano – dissera Tio Dumb com seriedade.

   – Ele aceita – repetira minha mãe persistentemente.

   – Não tem problema. Eu irei passar nessa prova sem problemas – disse com convicção fazendo minha mãe sorrir colocando as mãos em meu ombro e dando um beijo em minha bochecha.

   – Esse é o meu garoto – dissera orgulhosa.

Depois de algum tempo estávamos todos ansiosos pelo momento da virada, mas Calliz pegara minha mão e fizera eu seguir ela pra um canto mais escuro enquanto as pessoas começavam a fazer a contagem regressiva. Olhei para ela arqueando uma sobrancelha. Ela mantinha a cabeça baixa parecendo um pouco nervosa. Quando eu ia perguntar o que tinha de errado comecei a ouvir as pessoas falando alto “Quatro! Três! Dois! Um!”. Quando me virei para ela para lhe desejar feliz ano novo ela pegara nos colarinhos de minha roupa e me puxara em sua direção colando seus lábios nos meus com os olhos fechados com força. Ainda um pouco surpreso retribui o selinho fechando os olhos. Quando ela se afastara ela estava levemente corada, mas dera um leve sorriso.

   – Fora apenas uma tradição de virada de ano, sabe – disse colocando os braços para trás começando a caminhar em direção a festa antes de se virar sorrindo para mim – E também... não vou perder pra aquela vaca cor de rosa, nunca.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram do que acontecera nesse capítulo?
Então agora o negocio ficou serio para aqueles que tem fichas hein? Estão correndo o risco de não conseguir pular de ano e até mesmo reprovarem caso não estejam demonstrando que participam da fic. As coisas estão complicadas para vocês. Eu estava pensando em fazer o seguinte. Aqueles que mandaram fichas e comentaram 100% dos capítulos iram tirar cem e assim por diante. As notas dependeram da participação de vocês até o dia dos resultados que ainda está um pouco longe. Tudo depende mais de vocês do que de mim hein.

Agora sobre o próximo capítulo. Ele vai estar agendado para: 26/12/2016



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