Herdeiros dos Black - Warlocks (INTERATIVA) escrita por Sirius Black


Capítulo 10
Encontro warlock/Hallowen.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo queria agradecer a Zack Fair pela recomendação. Já postei um capítulo no dia que ele me dissera que recomendara a fic. Queria também agradecer ao shindou0 que garantira que ira recomendar a fic também e por isso trago esse novo capítulo para vocês. Queria agradecer ao comentário de todos e dizer que adoro muito os comentários de vocês. Quero também avisar que esse capítulo... tem um clima... bom vou deixar vocês lerem.



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O dia em Hogsmeade fora bem tranquilo. Fiz algumas negociações, compras e conheci um pouco mais o lugar. Não era tão ruim e talvez eu gostasse de ser criado ali, mas não passar a vida toda. Eu sabia que meus pais viveram no vilarejo, mas não quis procurar problemas ou coisas para ficar irritado no momento. Infelizmente elas parecem me seguir. Vi um aviso no Três Vassouras que conseguira fazer eu ficar um pouco incomodado.

POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA

Lembramos aos nossos clientes que até nova ordem, os dementadores irão patrulhar as

ruas de Hogsmeade todas as noites após o pôr do sol. A medida visa garantir a segurança

dos habitantes de Hogsmeade e será revogada quando Sirius Black for recapturado. É,

portanto, aconselhável que os clientes encerrem suas compras bem antes de anoitecer.

Feliz Natal!

Eu estava começando a ficar irritado com os dementadores. Pra onde eu vou eles vão junto! Volta e meia tinha algum aluno que lera aquele maldito aviso e olhava para mim passando a cochichar com os amigos. Ajudei um pouco a Rosmerta com algumas caixas pesadas o que me rendera... um beliscão na bochecha... no rosto é claro. Comprei vários engradados de cerveja amanteigada e resolvi andar um pouco mais antes de voltar para o castelo, mas os comentários e provocações estavam mais irritantes do que nunca.

Na volta depois de passar pelos portões tive que repelir algumas azarações e azarar alguns moleques do quarto e quinto ano da Grifinoria e Sonserina. Mesmo tendo sido ataques separados era incrível como Grifinorios e Sonserinos tinham o dom pra ser igualmente insuportáveis.

A festa de Halloween de Hogwarts não era tão ruim quanto eu pensei que poderia ser. Começara cedo as cinco horas. As comidas estavam deliciosas, mais do que eu esperava. A professora McGonagall pedira para que eu mostra-se para os outros professores minha carteira/maleta. O professor Flitwick ficara impressionado ao avaliar os feitiços e proteções que eu tinha lançado sobre. Ele mais de uma vez pedira para eu chamar algo para fora já que ela só funcionava comigo. Ele parecera ficar bem orgulhoso de seu aluno. Aquilo só servira para atrair mais ainda a atenção dos alunos principalmente ao verem um engradado de cerveja amanteigada flutuando para fora da maleta antes de eu colocar de volta.

Quando voltei para a mesa da sonserina alguns alunos vieram logo perguntando quanto eu queria e o que mais eu tinha. Os alunos do primeiro e segundo ano inclusive de outras casas pareciam muito interessados, mas resolvi que só abriria as vendas um dias depois quando tivesse uma lista de preços cobrando um valor maior do que eles poderiam pagar em Hogsmeade.

Depois de conseguir acalmar meus futuros clientes eu pude sair de fininho encontrando os warlocks e o diretor em um corredor escuro. Perderíamos a apresentação de Hallowen e a encenação dos fantasmas, mas não poderia fazer nada sobre isso. Troquei de roupa em uma sala com os outros garotos enquanto Izzy se trocava em outra sala. Saímos usando calças pretas, sapatos de pano, túnica curtas pretas de mangas cumpridas e detalhes dourados.  Izzy usava uma túnica cumprida com um cinto dourado na cintura que dazia sua túnica parecer um vestido. Ela reclamara por não poder usar nenhuma joia ou qualquer outro tipo de acessório em meu ouvido por um bom tempo.

Deixamos o castelo discretamente acompanhados pelo diretor. Fomos para um local que eu e os outros rapazes preparamos longe de olhos curiosos com varias proteções. Quando adentramos a barreira nos vimos em uma grande circulo feito de areia branca com uma pira no centro e enormes pedras ao redor do circulo. Bem afastado da pira tinha tapetes com almofadas ao redor do circulo. Não era preciso tanto, sendo que eramos tão poucos, mas se Matt ou Izzy se cansassem antes da hora eu poderia deixa-los dormindo tranquilamente. Peguei minha carteira a fazendo se tornar uma maleta tirando vários comes e bebidas diferentes, tudo preparado para aquele momento os colocando em cima de um dos tapetes.

   – Cada um se posicione como mostrei para vocês antes – disse segurando minha varinha na frente do meu rosto de frente para a pira enquanto os outros iam para suas posições ao redor da pira erguendo suas varinhas – prontos?

   – Prontos – disseram os cinco.

   – Convoco os espíritos dos warlocks que já partiram para comemorar nosso encontro. Convoco aqueles que desejam compartilhar sua historia e poder com meu clã. Como senhor de minha geração dou inicio ao lioi lii durdarlieu (Dia da convenção) – disse apontando minha varinha para pira ao mesmo tempo que os demais fazendo chamas douradas saírem de nossas varinhas. A pira pegara fogo ficando coberta de chamas douradas. Das chamas vários fantasmas dourados voaram se posicionando a cima da pira. Eles pareciam ser de diferentes povos e etnias. Eu tinha certeza de ter um xamã norte americano, um africano, um sacerdote egípcio, um celta, japonês e um bruxo um pouco mais moderno usando vestes parecidas com as do diretor.

   – Saldamos a nova geração. Agradecemos seu convite jovens warlocks... e diretor de Hogwarts – dissera o bruxo se mostrando ser o representante dos fantasmas.

   – Fico feliz em poder recebe-los. Entretanto devo dizer que é uma surpresa você ter sido um warlock e eu nunca ter sabido disso... Nicolau Flamel – dissera Tio Dumb sorrindo de pé na borda do circulo de areia.

   – Em breve contarei minha historia, mas acredito que primeiro seria educado convidar essas senhoritas a participarem de nosso encontro. Podem aparecer garotas ninguém vai drenar a alma de vocês – dissera Nicolau sorrindo olhando para uma das rochas. Fiquei chocado ao ver Lilith, Calliz, Marie e Liz saindo de trás das rochas.

   – Meninas se eu não tivesse reduzido a velocidade para que pudessem nos seguir vocês poderiam ter se colocado em perigo. Depois terei que ter uma conversa seria com vocês – dissera Tio Dumb demonstrando já saber que elas estavam nos seguindo.

   – Sim diretor – disseram as quatro de cabeça baixa com os rostos corados de vergonha.

   – Venham sentem-se e apreciem nosso encontro – disse apontando os tapetes e almofadas. Já que elas estavam ali que aproveitassem – peço para que comecemos nossa celebração. Comecemos com nossas oferendas.

Cada um de meus warlocks jogaram no fogo pedaços de carne embebidos em poção vital. As chamas da pira passaram a liberar faíscas luminosas como nuvens de purpurina que eram absorvidas pelos fantasmas. Acho que aquilo era melhor do que cada um sacrificar um animal. Em seguida Nicolau apresentara os demais fantasmas sendo o único deles que podia (ou talvez consegue-se) falar. Ele seria aquele que contaria sua historia aquele ano antes do compartilhamento dar inicio.

   – Como já sabem meu nome é Nicolau Flamel. Nasci em 1327 e morri recentemente em 1992. Em minha geração nasci em um clã de warlocks, mas mesmo sendo um dos muitos filhos de meu pai senhor de minha geração eu não herdei seu poder ou controle de meu clã. Eu tinha interesse diferentes dos necessários. Eu amava lidar com poções e alquimia o que me permitia viver entre os bruxos sem levantar suspeitas. Infelizmente nenhum de meus muitos irmãos filhos das outras mulheres de meu pai também não herdaram nossa geração. Ninguém nunca soube o que era preciso para ser o senhor de uma geração ou como despertar um novo. Era algo que ocorria naturalmente normalmente com o primeiro warlock a despertar depois da morte do ultimo warlock da geração anterior. Nesse caso temos eu como ultimo de minha geração e o atual senhor da nova geração sendo o primeiro a despertar depois de minha morte – dizia Nicolau olhando para mim. Ele tinha um cavanhaque de bode estanho e longos cabelos penteados para trás. Por alguma razão eu acho que já o vi antes, mas não tenho certeza.

“Minha geração vivia pacificamente, mantendo nossas identidades em segredo tanto dos comuns quanto dos bruxos. Vivíamos em paz por muito tempo. Minha família era composta quando eu era mais jovem por mim, minha mãe, meu pai, suas cinco mulheres e meus irmãos. Meu pai diferente de mim se casara com bruxas puro-sangue convertendo poucas delas em warlocks para salva-lás. O mais importante era que para se ter filhos warlocks era preciso ser com sangue-puro ou o filho nasceria no máximo um bruxo puro sangue mesmo sendo filho de uma comum” – dizia Nicolau flutuando ao redor da fogueira olhando para cada um de nós sentados nos tapetes. “Meu clã era composto por varias famílias, mas nosso laço fazia com que todos nos considerássemos irmãos e irmãs. Nossa vida era dedicada ao estudo da magia, ao desenvolvimento de nossos poderes e conhecimento. Evitamos entrar em conflitos com outras espécies e muito menos nos envolver nos problemas dos outros o máximo possível. Infelizmente os problemas nos encontraram cedo ou tarde. Duas de nossas irmãs foram sequestradas por goblins e levadas para sua colônia para copularem com eles e gerarem suas crias. Quando as encontramos... elas já tinham perdido o brilho em seus olhos e seu desejo de viver o qual respeitamos dando fim a seu sofrimento. Furiosos pelo ocorrido com nossas irmãs passamos a caçar, exterminar cada clã e vila goblin por anos. Nossos poderes individuais eram muito maiores que o de bruxos normais por causa dos poderes que compartilhamos entre nós. Em nossa fúria chamamos a atenção dos clãs bruxos que também caçavam os goblins, demos inicio a uma terrível batalha com os bruxos mesmo não a desejando. Eles tinham leis antigas contra nós e estavam em maior numero” dissera Nicolau fechando os olhos parecendo lembrar de algo ruim.

“Fui um dos poucos a sobreviver e como meus irmãos procurei me esconder. Vivi uma vida difícil até conhecer minha mulher uma nascida-comum, mas com um grande talento. Ela me apoiara em meu plano de viver o máximo possível para morrer apenas em uma época onde os warlocks fossem vistos como lendas e tivessem uma chance de viverem uma vida diferente e sem medo. Antes de morrer garanti para que alguns ministros e contatos apoiassem o primeiro warlock da nova geração e fico feliz em ver que a nova geração despertara com talentos tão promissores. Vejo que essa geração tem um hidromance capaz de controlar aguas e respirar dentro delas” Ele olhara para Tom. “Tem um empatista com o poder de sentir as emoções e manipulá-las” ele olhara para Dougg. “Um metamorfomago com o poder de assumir diferentes formas” olhara para Ric. “Uma ilusionista capaz de criar diversos tipos de ilusões” olhara para Izzt. “Um curandeiro com o poder de curar os ferimentos e doenças de seus companheiros” ele olhara para Matt. “E um senhor da geração que é um... guardião... sinto muito por você” dissera ele olhando para mim e eu apenas assenti em concordância.

   – O que é um guardião? – perguntara Matt parecendo muito curioso.

   – Seu senhor tem que carregar dois fardos muito grandes. O primeiro como o senhor de sua geração cuidando de liderar, dar origem ou despertar novos warlocks e julgar seu povo quando necessário. Como senhor de sua geração ele tem poderes como despertar novos warlocks, controla-los e servir como conexão entre os warlocks do passado e do presente. Como guardião ele tem a obrigação de copiar e compartilhar poderes de outros seres com seu povo ao mesmo tempo que serve como escudo, protetor... e executor das punições importas pelo senhor de sua geração – dissera Nicolau com pesar. Era uma explicação quase totalmente exata. Eu poderia me casar e ter filho que como Nicolau falou poderiam ser ou não warlocks dependendo da minha parceira, mas os outros warlocks também poderiam fazer isso. A única diferença é que eu poderia despertar o warlock dentro de um bruxo abortado filho de pais puro-sangue.

   – Resumindo Tony é nosso líder e pode nos julgar se fizermos algo errado ao mesmo tempo em que ele também é o executor, certo? Mas o que ele pode fazer como um guardião? Eu entendi que ele copia poderes e os compartilha, mas como ele pode nos punir e pelo que? – perguntara Matt parecendo muito pensativo.

   – Se um de vocês matar ou ferir um de seus irmão para tentar roubar seus poderes o guardião pode puni-los de diferentes forma seja matando, tomando seus poderes... ou banindo o individuo o amaldiçoando – dissera Nicolau olhando para Matt que em fim parecera entender.

   – M-Mas warlocks não matam uns aos outros! Muito menos por poder! Não é Tony – perguntara Matt parecendo estar um pouco apavorado.

   – Os que são parte de uma família como a nossa não fazem isso normalmente, mas aqueles que despertam e não entram para um clã podem se tornar obcecados pelo poder e em seu descontrole matar tudo o que vissem pela frente. Esses são conhecidos como destruidores – disse fechando os olhos lembrando do monstro que eu fui no futuro.

   – Mas hoje é um dia de comemoração. Sua geração apesar de tudo tem a sorte de ter um guardião que tem a habilidade de medir quantas habilidades cada um de vocês podem receber de seus irmãos através de compartilhamento e ainda pode adquirir novos poderes para seu clã – dissera Nicolau voltando a sorrir.

   – Eu já sei quantos poderes cada um de vocês pode receber. Como somos um clã pequeno esse ano apenas um de nós se encontra apto o suficiente para compartilhar sua habilidade com os demais nesse encontro, mas outros podem conseguir compartilhar seus poderes com a minha ajuda assim que domina-los. Aquele de vocês hoje que dominara seu poder o suficiente para compartilha-lo é... – disse ficando de pé sorrindo andando em volta da fogueira. Eu olhava para cada os surpreendendo estando com os olhos totalmente brancos – Você Tom. Você dominara seu poder inicial de respirar em baixo da agua perfeitamente. Deseja compartilhar seu poder conosco em nosso encontro? – perguntei oferecendo minha mão direita para ele.

   – Claro, chefe – disse Tom segurando minha mão sendo ajudado a se levantar.

   – Nicolau hoje é com você – disse voltando para meu lugar piscando enquanto meus olhos voltavam ao normal. Eu ainda não tinha controle quase nenhum sobre meus poderes como guardião. Eu mal conseguia controlar direito os poderes do meu dementador. Eu ainda estava aprendendo com o Void a ver quem tinha habilidades especiais, ver se meus companheiros podiam aprender determinada habilidade ou compartilha-la e quantas poderiam receber. Infelizmente eu ainda não conseguia copiar o poder de outros e muito menos compartilhar ou engarrafar algum poder especial.

   – Certo... Tom? Thomas? – perguntara Nicolau flutuando até Tom o vendo assentir – warlock Thomas Hidromance da nova geração. Deseja compartilhar seu poder inicial com seus companheiros.

   – S-Sim. Sim, senhor – dissera Tom parecendo muito nervoso.

   – Que assim seja... – dissera Nicolau colocando sua mão sobre o peito de tom fazendo cinco pequenas esferas de luz azul voarem na direção de cada um dos meus warlocks parando em frente suas bocas.

Abrimos nossas bocas como se estivéssemos absorvendo energia sugando a esfera de luz diante de nos as fazendo serem absorvidas pelo nosso corpo. Eu senti uma energia fria, mas gostosa se espalhar pelo meu corpo. Olhei para minhas mãos vendo membranas aparecerem entre meus dedos e sumirem sempre que eu queria. Toquei meu pescoço sentindo guelras aparecendo e desaparecendo conforme minha vontade. Era algo realmente simples de se controlar o que explicava como Tom fora o primeiro entre aqueles cinco a conseguirem isso.

   – Muito bem agora hora do presente que trouxemos para vocês. Por sorte combina bastante com o poder que roubara de seu dementador de ver memorias – dissera o boca aberta do Nicolau! Você tinha que dizer isso perto do Tio Dumb? – o poder que tenho para vocês é conhecido como clariciência. A capacidade de ver o passado de pessoas, animais através de contato físico.

Nicolau voara até os outros fantasmas e ergueram suas mãos em direção a pira fazendo seis pequenas esferas de luz saírem dela e voarem até nós. Absorvi a esfera de luz da mesma forma que a anterior e senti o poder invadindo meu corpo. Parecia um pouco mais difícil de controlar, mas também parecia com minha habilidade de ver memorias.

Após terminado o ritual de compartilhamento passamos para as festividades. Consegui com a permissão de Nicolau copiar absorver um pouco de suas memorias. Seria muito útil no futuro ter aquele conhecimento, mas eu ainda teria que domina-lo – algo a mais para estudar. Os warlocks do passado nos mostram e a nossos convidados como dançar ao redor da fogueira e depois comemos, bebemos e fizemos novas oferendas ao fogo para que os fantasmas também aproveitassem. Tio Dumb se entreterá conversando com Nicolau deixando claro pra quem tivesse duvidas que eles eram bons amigos.

Quando estava quase amanhecendo voltamos para o castelo. As garotas pareciam muito cansadas, mas falavam sem parar ao mesmo tempo. Eu estava cansado carregando um Matt dorminhoco em minhas costas, mas estava feliz por ter aproveitado aquele encontro. Eu ria vendo Izzy dando socos nas costas de Ric reclamando dele não ter compartilhado seu poder com ela. Aparentemente ela queria assumir a forma de alguém ou alguma coisa. Fora uma ótima e cansativa noite. O problema seriam as explicações que teria que dar. Por sorte tio... opa agora volta a ser diretor. Por sorte diretor Dumbledore levara a todos para sua sala e pedira quase exigindo que as garotas mantivessem segredo do que tinham presenciado e participado. Tendo elas prometido guardarem segredo todos foram dispensados exceto eu.

   – A algo que queira me falar, Anthony? – perguntara o diretor com seriedade.

   – Ham... eu posso ver as memorias junto com a energia que absorvo de outras pessoas, estou desenvolvendo magias próprias, tenho deveres e obrigações nada agradáveis e... acho que é só? – disse tentando me lembrar se vinha mantendo algo fora – Ah também tem um elo psíquico entre eu e meus warlocks. Esse elo faz com que nós compreendamos os sentimentos uns dos outros e etc.

   – Pelo visto guardara mais segredos do que tinha imaginado que faria. Espero que de agora em diante passe a confiar mais em mim – dissera Dumbledore com seriedade.

   – Tem coisas que eu talvez não possa lhe falar, senhor. Da mesma forma que o senhor deve ter muito que prefere guardar para si mesmo. Entretanto farei o meu melhor possível para corresponder as suas expectativas – disse com seriedade omitindo no final “de vez em quando”.

Troquei de roupa e voltei para o dormitório entrando em silencio. Dormi muito pouco pois logo Draco estava me acordando. Normalmente eu teria acordado antes dele, feito meus exercícios, tomado meu banho e ido tomar café da manhã antes mesmo dele acordar. Dessa vez eu estava cansado pelo dia da convenção. Tomei meu banho, coloquei meu uniforme e fui tomar meu café da manhã.

Quando cheguei ao salão principal vi que os outros warlock e as meninas que nos seguiram também estavam lá, mas pareciam quase dormir em cima das mesas de suas casas. Comi meu café da manhã dessa vez sem ler nenhum livro. O cansaço era grande então fiz a única coisa que poderia me ajudar naquele momento. Absorvi um pouco da energia de meus colegas sem chamar atenção de ninguém da sonserina. Tendo terminado em fim pode sentir meu corpo revigorado.

Infelizmente estar com minha forças no lugar novamente fizera eu prestar mais atenção ao meu redor. Todos pareciam olhar mais para mim do que o normal. Me virei para Pansy que estava se jogando em cima de Draco (como sempre).

   – Aconteceu algo novo? Todos estão olhando para mim mais do que o normal – disse vendo ela bufar parando de mimar o Draco.

   – Claro que aconteceu. Seu pai esfaqueou o quadro da Grifinória depois que ela não deixou ele entrar – disse Pansy voltando a suas tentativas de sedução.

   – Meu... meu pai estivera aqui? E tentara invadir a Grifinoria? – repeti para mim mesmo tentando assimilar aquilo repassando mentalmente aquilo e tentando entender – “Meu pai tinha invadido o castelo... e ido pra Grifinoria, não pra Sonserina procurar por mim. Ele tinha ido pra Grifinória procurar pelo Harry ou qualquer outro motivo. Ele não me procurou!”

As mesas das casas começaram a tremer a medida que os pratos e comida começavam a voar por todo salão, jarras e copos explodiram por todos os lados. Eu respirava pesadamente ignorando as vozes ao meu redor ou tudo o que estava acontecendo. Eu não me importava se meu poder que estava mais forte tinha saído do controle ou não. Fiquei de pé e sai do salão principal enquanto alguns outros alunos saiam correndo gritando.

(Piano).

Não sei quando ou porque, mas eu entrei na sala precisa que parecia uma sala normal tendo no centro um grande piano. Me sentei diante do piano e passei a tocar uma triste melodia. Eu era forte! Não precisava de ninguém ao meu lado pra ser meu exemplo ou pra estar comigo, minha mãe já era isso. Mesmo assim... eu não queria admitir, mas talvez eu quisesse ter ele em minha vida. Eu não queria sentir tristeza por meu pai não ter me procurado. Não queria admitir que sempre quis conhece-lo. Não queria julga-lo por ter deixado sua família para socorrer seus amigos. Não queria culpa-lo por todas as vezes que ouvi minha mãe chorando a noite e a encontrei pela manhã dormindo ao lado do retrato dele com a gente. Eu não queria admitir que queria que ele me amasse!

Enquanto tocava sentia as lagrimas escorrendo pelo meu rosto. Toquei o piano com toda a minha alma como nunca tinha feito antes. Cada lembrança da falta que ter um pai quando mais novo viera assombrar minha mente. O som do choro de minha mãe que lutara para cuidar de mim voltava a soar em meus ouvidos. Cada momento em que vi pais brincando com seus filhos voltava a minha mente alimentando minha dor. Eu só queria ter minha família unida!

Eu não precisava olhar ao meu redor para saber que tinha mais gente comigo. Eu sentia vergonha de estar ali chorando. Eu era forte! Eu era homem! Não devia chorar! Chorar por um pai que deixara sua família de lado. Por um pai que deixara minha mãe sofrer. Por um pai que não me vira crescer. Um pai que não protegera minha mãe. Um pai que nunca me defendera quando foram ruins comigo. Por um pai que eu queria junto comigo!

Ouvi uma voz de choro fazendo com que eu olha-se para o lado vendo... meus warlocks chorando de cabeça baixa... minha família. Nosso laço fizera eles virem até mim. Nosso laço fazia com que compartilhássemos nossa dor e tristeza. Izzy se sentara ao melado e me abraçara chorando em meu ombro enquanto eu tocava. Os garotos se sentaram no chão ao meu redor suas cabeças baixas e reprimindo suas vozes. Continuei tocando enquanto as lagrimas escorriam pelo meu rosto. Eu o grande destruidor que um dia pode vir a destruir a vida na terra estava chorando. Eu estava chorando por um pai que não me amara o suficiente e ainda assim trazia tantos problemas para mim e minha mãe. Izzy chorava por uma avó que a maltratara e pelo irmão que sofrera para protege-la. Ric por sempre ter sido considerado uma vergonha e nunca ter podido corresponder as expectativas que eram colocadas no neto do ministro. Dougg por ter pais rígidos que o colocavam de castigo em um armário por não ser como eles queriam que ele fosse. Tom que sempre fora criado pela mãe e quando pensara que poderia conhecer o pai e viver com ele fora lhe mostrado que o pai tinha prioridades maiores que ele e a mãe de Tom. Matt que fora deixado em um orfanato e vira muitas crianças partindo enquanto ele ficava vendo todos que amava o deixando. Essa era minha família. Todos quebrados e sofridos a sua maneira.

Senti alguém colocando uma mão em meu ombro esquerdo fazendo eu olhar para ela vendo a professora McGonagall acompanhada de Lilith e Calliz que pareciam tão tristes quanto eu e meus irmãos. Abaixei minha cabeça tentando impedir que elas vissem eu chorando. Eu sentia vergonha por estar sendo fraco. Por deixar todos os olhares e maus tratos que recebia me afetarem. Por deixar que a falta que meu pai fazia em minha vida se mostra-se.

   – P-Professora... por que... por que temos que sofrer assim? Será... que somos tão maus assim? – perguntei ainda de cabeça baixa enquanto Izzy chorava em meu ombro.

A professora não tinha como saber por tudo o que passamos ou tudo o que sentíamos. Mesmo assim ela estava lá pela gente. Até mesmo o professor Snape frio como sempre estava lá oferecendo uma poção para Izzy e os demais. A professora falava calmamente tentando nos acalmar e diminuir nossa dor. Mas ela não sabia... ninguém sabia que Void me mostrara como teria sido perder minha mãe. Como era ter matado bilhares de pessoas. Como era atualmente ser julgado todos os dias por algo que eu não tinha culpa. Como era saber que minha mãe fora maltratada pelos outros e não pude protege-la. Como era querer... querer que meu pai e minha mãe estivessem comigo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não briguem comigo a vida deles é difícil mesmo. E sempre tem alguém pra arruinar a felicidade deles. Triste, mas é a verdade. Eu queria encontrar uma musica de piano melhor, mas essa marcara muitas pessoas. Espero realmente que tenham gostado desse capítulo. Estou tentando fazer meu melhor para corresponder as expectativas de vocês.



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