Life Gives Just Another Chance escrita por buydordie


Capítulo 8
Glorious


Notas iniciais do capítulo

a faculdade vai me matar.



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POV LOUIS

Anne recebeu alta uns dois dias depois e, a pedido do senhor Lewis, ela foi para casa dos pais. Emma e eu levamos as coisas que ela queria do apartamento para lá. O resultado da biópsia havia diagnosticado um tumor benigno, o tratamento com remédios tem como objetivo estabilizar o crescimento do tumor para facilitar a retirada dele por meio de cirurgia. Emma e eu acompanhamos as primeiras sessões de quimioterapia de Anne, foi horrível para ela, estava começando a sentir os efeitos dos remédios.

Infelizmente, minha licença e a da Emma estavam no fim e tínhamos que voltar para o Canadá. Tentaríamos negociar férias e voltar para Seattle o mais rápido possível, mas por hora teríamos que deixar Anne aqui sem nosso auxílio o tempo todo.

— Vamos fazer de tudo para voltar o mais rápido possível. – falei a Anne.

— Está tudo bem, vocês dois precisam tocar suas vidas. – ela deu um sorriso fraco. – Eu vou continuar aqui sendo tratada como um bebê.

— Ei. – Emma sentou ao lado dela. – Não diga isso, eles estão preocupados com você, assim como nós. Não é hora para começar com suas implicâncias.

— Ela não poderia me deixar antes de me dar um sermão. – Anne revirou os olhos e a abraçou.

— Prometa que vai se cuidar.

— Eu vou. – ela revirou os olhos. – E você também, por favor, Louis. Emma fique de olho nele, ou ele vai viver de sanduiches.

— Pode deixar.

— Te amo. - beijei Anne. – Estarei de volta em breve.

— Estarei esperando. – ela sorriu.

POV CHRIS

Meu plantão já estava acabando, mas eu não tinha planos de ir para casa tão cedo. Ir para o apartamento agora era pedir para encarar Lisa e sua falta de consideração com minha profissão. Aproveitei para passar na ala infantil e ver alguns dos meus pacientes que estavam em situação mais grave. Quando retornei ao meu consultório, uma das enfermeiras me informou que o Sr. Lewis estava a minha procura, fui até a sala dele.

— Chamou? – bati na porta.

— Entre garoto. – ele sorriu, eu me sentei. – Quero conversar com você.

— Tudo bem,

— Eu estava olhando as planilhas de plantão... você está louco? Fazendo tantos plantões desse jeito?! Garoto, precisa ir com calma, isso não é saudável, ok? Não quero você de plantão nenhum dia desse mês.

— Desculpe. – falei. – Só acho que não tenho nada a perder ficando aqui.

— Você tem uma família, uma namorada... Isso não são coisas a perder? – ele ergueu a sobrancelha. – Está acontecendo alguma coisa?

— Algumas coisas. – dei de ombros.

— Então terá bastante tempo para resolvê-las. Sem plantões, ok?

— Sim, senhor.

— Eu queria pedir passasse lá em casa. Anne está me preocupando, talvez ela ouça você.

— Certo, vou passar por lá.

Eu estava sentindo o cansaço começar a tomar conta de mim, mas passaria na casa dos Lewis antes de ir para meu apartamento. Cheguei na casa dos Lewis e quem atendeu a porta foi Andrew.

— Chris?! – ele me deu passagem.

— Você atende a porta agora? – ri. – E aí, cara.

— Parece que sim. – ele riu. – O que te traz a residência dos meus pais?

— Seu pai me pediu para ver Anne.

— Ah, claro. Ela está lá em cima com Pauline. Primeira porta a esquerda. Pode subir. Preciso terminar meu jogo.

— Você vai passar a perna no seu filho também, quando ele aprender a jogar? – ri.

— Cale a boca. – ele riu.

Subi em direção ao quarto de Anne e bati na porta, Pauline foi quem atendeu. Falei que o senhor Lewis havia pedido para eu passar para ver Anne. Entrei no quarto e Pauline nos deixou a sós.

— Então, qual drama meu pai fez pra você? – Anne disse enquanto esticava o braço para eu medir sua pressão.

— Ele só pediu para eu falar com você, como se eu fosse muito persuasivo. Disse que você tem deixado ele preocupado. – ergui a sobrancelha e ela revirou os olhos.

— Eu... não tenho vontade de sair daqui, estão todos me sufocando, o tempo todo perguntando se estou bem, se preciso de algo...

— Só estão preocupados e você passando o dia todo nesse quarto não vai ajudar muito.

— Parece mais fácil encarar as circunstancias aqui. – ela se recostou nos travesseiros.

— Olha Anne, eu sei que parece o fim do mundo, mas não é. Você teve a sorte de diagnosticarmos isso antes do pior. Você não vai morrer. - segurei a mão dela. – Precisa levantar, pegar um sol, se exercitar e comer bem... prometa que vai tentar.

— Estou cansada de prometer coisas que não vou cumprir.

— Então comece a cumprir. Prefere voltar parao hospital? Resolvo isso rapidamente. – falei sério.

— Só diz isso para tentar me alegrar.

— Não é verdade. Digo isso porque eu lido diariamente com pessoas que tem 1% de chance de cura e mesmo assim acreditam que irão vencer a doença. – me levantei. – Preciso ir, vou ficar de olho em como tem passado os dias.

— Argh, está bem.

— Até mais, Anne Lewis.

— Até, doutor Johnson.

Passei na casa dos meus pais para ver minhas irmãs e depois segui para casa. Lisa ainda estava no trabalho, então tomei um banho demorado e fui dormir. Acordei já era noite, levantei para comer alguma coisa e encontrei Lisa na sala trabalhando em algo no seu notebook.

— Bom dia. – ela sorriu. – Não quis acordar você, parecia cansado.

— Oi. – me aproximei para beija-la. – É eu estava cansado. Com fome? Nem sei que horas são.

— Quase onze horas. Já jantei, mas preparo algo para você, se quiser.

— Não precisa, eu faço um sanduíche. Obrigado.

Segui para a cozinha e preparei algo para comer. Fiquei ali pensando no inferno que seria quando eu contasse para Lisa que estava sem plantão o mês todo. Eu sabia que estava sendo péssimo companheiro fugindo sempre que podia, ao invés de conversar com ela sobre não querer casar agora.

— Chris.

— Oi.

— Sua mãe quer saber se podemos ficar com as meninas no fim de semana.

— Podemos sim.

— Sem plantão? – ela pareceu surpresa.

— Até o fim do mês. – dei de ombros.

Ela desligou o telefone e veio sentar na cozinha comigo.

— Tem algo que queira me contar?

— Não... só fui proibido de fazer mais plantões porque já fiz mais que o permitido em um mês.

— E por quê? Chris, porque está fazendo isso?

— Lisa, olha... eu... me desculpe dizer isso assim, mas eu não quero casar agora. Você andava falando nisso e eu queria um tempo para pensar, eu fugi dessa conversa. Desculpe. – respirei fundo.

— Chris, eu não vou matar você por isso. É claro que estou triste, mas não quero te obrigar a isso.

— Obrigado. Desculpe pelos plantões.

— Sabe que odeio todos, mas você está salvando vidas e estou feliz.

POV LOUIS

Fazia um mês que Emma e eu havíamos voltado para o Canadá, não conseguimos férias imediatas e Anne implorou para que ficássemos. Estávamos indo nos finais de semana para Seattle, sempre que possível, ou passávamos horas falando no Skype com Anne.

Hoje eu estava embarcando para Seattle, Emma não ia junto dessa vez estava numa viagem de trabalho. As coisas ficaram solitárias sem ela ao meu lado e sem Anne também. Paul me buscou no aeroporto com Johnny, parece que jantaríamos na casa dele hoje e Anne já estava lá. Isso era bom, significava que ela tinha parado, pelo menos em parte, com a neura de ficar só quarto. Assim que entrei na casa de Paul encontrei Anne me esperando, ela estava linda, nem parecia a mesma pessoa que vi há duas semanas.

— Hey. – abracei-a. - Você está radiante.

— Ei. – ela corou. Beijei-a e desejei que aquele momento não acabasse, senti tanta falta dela.

— Senti sua falta.

— E eu a sua. Está cansado? Sei que não avisei sobre jantarmos aqui...

— Shh. Estou bem e feliz em ver que saiu de casa. Sem ser obrigada, eu espero. – ri

— Na verdade, tivemos que dopar ela. – Andrew saiu da cozinha. – E aí, cara.

— Está explicado. – ri cumprimentando ele.

— Andrew, eu te odeio. – Anne fez uma careta para ele.

— Estamos comemorando algo em especial? – perguntei.

— Anne sair espontaneamente de casa. – Andrew disse.

— Andrew, deixe ela. – Pauline apareceu. – Oi Louis.

— Oi, como estão? – afaguei a barriga dela.

— Tudo ótimo, alguém aprendeu a chutar essa semana.

— Adivinha. – Anne me olhou.

— Não vai me dizer que está grávida também?

— Não. – ela riu. – Pauline e Andrew vão ter uma menina.

— Isso é maravilhoso, parabéns.

A noite foi divertida, Anne parecia melhor, isso era bom. Nós voltamos para a casa dos pais dela já era tarde. Ultimamente, cada noite que eu passava com Anne era como se fosse a última, eu não conseguia ter mais do que alguns cochilos. Mas hoje eu estava sentindo o cansaço de tudo. Tomei um banho e dormi antes de ver Anne deitar. Ela entenderia que eu estava cansado demais. No sábado eu fui com Anne ao cinema e jantamos fora. Domingo compramos um presente para Johnny e outro para a bebê de Andrew e Pauline.

Anne e eu nunca conversamos sobre filhos, mas quando pedi para ela fazer o teste há um tempo, eu realmente não esperava que fosse, mas tinha que descartar a possibilidade. Nós dois éramos muito mais voltados para nossas aventuras, essa coisa de filhos não parecia compatível com nossa vida, mas no futuro quem sabe...

Voltar para o Canadá era sempre ruim, mas vendo Anne reagindo bem não foi tão doloroso deixar o até logo de sempre.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado ♥



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