Life Gives Just Another Chance escrita por buydordie


Capítulo 2
Enchanted


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi.
Gente, cada capítulo vai ter o nome de uma musica que tem a ver com o cap, a musica de hoje é Enchanted da Taylor Swift.
Boa leitura



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POV ANNE

— Anne, preciso que fique aqui conosco e receba os convidados. – minha mãe me agarrou pelo braço e me arrastou com ela até a porta.

Hoje era o dia do maldito jantar anual dos Lewis, era só para o pessoal do hospital e convidados importantes dos meus pais, era o evento do ano. Eles sempre conseguiam patrocínios nesse jantar e esse era um dos motivos pelos quais eles o faziam. Eu odiava quando precisava estar junto recebendo os convidados, eu nunca conhecia as pessoas e na maioria das vezes elas também não me conheciam, nunca que se sentiriam ofendidas por eu não as receber, como minha mãe sempre jogava essa desculpa idiota na minha cara e na dos meus irmãos. Ficamos recebendo as pessoas e posando para muitas fotos, Andrew já havia sumido com a desculpa de fazer negócios e Paul com a desculpa de cuidar de Johnny, como se Diana (sua esposa) não fosse tomar conta do filho deles.

— Já posso sair? – murmurei para minha mãe. – Olha meu namorado está abandonado no meio da festa, mãe.

— O secretário está chegando, pode ir depois que ele passar pela gente. E seu namorado está cheio de colegas aqui, sozinho ele não está. – ela disse. – Agora sorria.

Alguns seguranças escoltaram as pessoas que estavam chegando, devia ser o secretário da saúde, amigo do meu pai. Eu não o conhecia pessoalmente, ou pelo menos não me lembrava de conhece-lo. Me mantive longe dos eventos dos meus pais depois do incidente da delegacia, mesmo já fazendo seis meses que isso aconteceu eles ainda fazem questão de me lembrar disso, então eu simplesmente deixei de acompanha-los e o meu não comparecimento junto a família ficou justificado como “está ocupadíssima com a faculdade”.

— Billy! – meu pai sorriu assim que eles se aproximaram.

— Steve! Há quanto tempo! – eles se abraçaram. – Joana. – ele cumprimentou minha mãe.

— É bom te ver Billy. – minha mãe sorriu. – Oh, lembra-se de Anne?

— Por deus, você é Anne? – ele me olhou, sorri sem saber o que fazer. – A última vez que te vi você não tinha mais do que um metro de altura. Com quantos anos você está?

— 22. – falei.

— A idade ainda vai me matar. – Billy olhou para meu pai e os dois riram. – E os garotos?

— Estão por aí, fazendo negócios. – meu pai disse.

— Bom, lembra-se de Christopher? - Billy falou com meu pai.

— A última vez que o vi estava terminando o colegial. – meu pai disse.

— Bom, vai ficar feliz em saber que ele está cursando medicina.

— Falando de mim. – uma voz chegou até nós. Olhei para ver quem era, meu corpo gelou na mesma hora.

Era o cara da delegacia, aquele que ficou flertando comigo. Ele estava bem ali, com uma garota agarrada em seu braço, estava maravilhoso num terno azul escuro. Eu não podia acreditar que ele era filho do secretário da saúde.

— Vai entrar para o time então? – meu pai sorriu e o cumprimentou. – Que diabos garoto, você está enorme.

— É bom te ver sr. Lewis. – ele sorriu. – Essa é Lisa, minha namorada.

A garota sorriu.

— E as meninas? – minha mãe perguntou.

— Estão com Sarah, estão vindo aí. – Billy olhou para a porta. Uma mulher entrava com duas menininhas, gêmeas, deviam ter uns quatro anos.

— Joana. – a mulher sorriu e abraçou minha mãe. – Ah querida, quanto tempo.

— Bastante tempo não é, olhe só para essas mocinhas. – minha mãe sorriu para as meninas.

— Essa é Anne? – Sarah me olhou.

— Sou sim. – sorri. Quanto tempo mais isso ia levar? - E quem são as princesinhas? – me abaixei para falar com as meninas.

— Eu sou Becca e ela é Claire.

— Muito prazer. – sorri.

Me levantei, eu queria sair logo dali. Assim que ergui o olhar encontrei os olhos de Christopher fixos em mim, ele estava com uma expressão de surpresa no rosto, provavelmente também me reconheceu. Que ironia que nós dois, sendo filhos de gente importante, iriamos nos conhecer numa delegacia, por fazer babaquices. Resolvi fazer de conta que não o conhecia, embora eu tenha deixado claro que havia o reconhecido, mas esperava que ele entrasse na jogada, não queria ninguém comentando aquele incidente bem ali e aposto que ele também não queria.

— Anne Lewis. – estendi a mão para cumprimenta-lo.

— Christopher Johnson. – ele apertou minha mão.

— Lisa Paulson. – a namorada dele me cumprimentou.

— É um prazer. – sorri, mesmo não sendo. – Mãe eu vou nessa.

Aproveitei a distração da minha mãe e sumi da vista dela, meus irmãos estavam na nossa mesa conversando e vi meu namorado sentado com eles. Me dirigi para lá e me sentei ao lado dele.

— Achei que tinham raptado você. – ele me olhou divertido.

— Preferia ser raptada a ter que ficar recebendo gente desconhecida. – rolei os olhos e lhe dei um selinho. – Você pode me raptar daqui se quiser.

— Acho que não seria elegante da minha parte. – ele afagou meu rosto. – Depois da janta podemos dar uma volta.

— Já falei que te amo? – sorri beijando ele.

— Ei, ei. – Andrew nos interrompeu. – Tem criança na mesa.

— Vá se ferrar, Andrew. – olhei-o. Ele gargalhou alto e Diana, minha cunhada, me olhou com cara feia. – Johnny nem ouviu isso. – revirei os olhos.

Não podia dizer nada perto do garoto que Diana e Paul já ficavam bravos com você, Andrew e eu sempre os incomodávamos.

— Louis. – alguém chamou, meu namorado se virou.

— Oh, olá sr. Harris. – Louis levantou e me levantei também. – Anne, esse é o diretor de pesquisas do hospital de Vancouver, Peter Harris.

— Ah, muito prazer. Anne Lewis. – sorri.

— Filha do doutor Lewis? – ele ergueu a sobrancelha.

— Sim. – falei.

— Ah, você é a caçula, muito prazer. E então, vai seguir o ramo do seu pai também?

— Ah, não. Eu vou trabalhar com arquitetura. – sorri.

— Uma boa escolha. – ele piscou. – Só vim para dar um alô, boa noite. – ele se despediu.

Nos sentamos e então Louis falou sobre o senhor Harris. Louis é médico, trabalha no hospital do meu pai, nos conhecemos por causa de Johnny. Johnny teve uma infecção urinária no ano passado e eu o levei ao médico para o meu irmão, Louis o tratou e acabamos ficando amigos, eu ainda namorava Richard na época e depois do que aconteceu, Louis me ajudou a superar a traição, estava lá por mim, acabamos nos apaixonando, já faziam três meses que estávamos juntos. Ele é maravilhoso, me aguenta quando estou atolada de coisas da faculdade e tudo mais. Louis tinha planos de trabalhar no hospital de Vancouver pois lá tinham mais pesquisas na área que ele atua, nós estávamos planejando que assim que eu terminasse a faculdade iríamos nos mudar. Para mim seria ótimo ficar longe dos meus pais e ser apenas eu mesma, montar minha carreira sem auxílio do meu sobrenome.

POV CHRISTOPHER

Eu não podia acreditar que a garota que conheci na delegacia era filha do doutor Lewis, quero dizer, nossos pais são amigos há anos, eu conheço os irmãos dela e nós simplesmente nunca nos conhecemos? Fiquei feliz por ela não dizer que já me conhecia, assim eu não teria que ouvir meu pai incomodando sobre esse assunto de novo, e bom, acredito que os pais dela também não gostariam de tocar nesse assunto, os Lewis parecem ser como meu pai, o nome vem em primeiro lugar, a família em último. Sinceramente eu não tinha muita paciência para esses eventos, mas eu era o futuro médico da família Johnson então eu deveria ser apresentado a todos que meu pai considerasse importante, eu estava me esforçando para não discutir mais com ele sobre isso. Lisa, minha namorada, adorava esses eventos, sempre ficava dependurada com minha mãe falando com as pessoas, minha mãe adorava isso. Lisa e eu estudamos juntos desde o colegial, começamos a namorar no ensino médio e mantínhamos esse relacionamento até hoje, ela já estava acostumada com a vida dos Johnson, eu não amava ela por completo e eu sempre soube disso, mas eu gostava de estar com ela e ficaria até encontrar alguém que fizesse meu coração querer saltar pela boca.

— Chris, por favor, vá atrás das suas irmãs, o baile vai começar em seguida e eu quero que as leve para casa. – minha mãe me pediu.

Sempre assim, as meninas apareciam no jantar e em seguida eram mandadas para casa, onde a governanta tomaria conta delas. Eu não podia negar que as invejava uma vez que minha mãe parou de trabalhar para se dedicar a elas, mas minha mãe também já não era tão jovem, não ia dar conta das meninas e mais do trabalho, ela é médica, trabalhava com os Lewis. Sai à procura das minhas irmãs, elas deviam estar perto da mesa de doces, sempre estavam. Encontrei as duas falando com alguém.

— Becca, Claire. – chamei. As duas se viraram na minha direção.

— Chris. – elas fizeram biquinho, já sabiam que estava na hora de ir.

— Hora de ir. – continuei enquanto chegava mais perto delas.

— Mas nós estávamos brincando de princesas com a Anne. – Becca choramingou. Só então eu prestei atenção na pessoa que estava ali com elas, era Anne Lewis. Ela havia trocado de roupa, estava com um vestido azul.

— Bom, então vocês vão ser a Cinderella. – sorri pegando as duas no colo. – Espero que elas não estejam incomodando. – falei a Anne, ela estava me olhando.

— Ah, não. – ela se apressou em dizer. – Estávamos tendo uma conversa importantíssima sobre a escolha dos nossos vestidos. – ela sorriu. Era maravilhoso, céus.

— Sinto muito em atrapalhar. – ri. – Mas elas têm horário para voltar para casa, ou a carruagem vira abóbora.

— Aaah. – elas me olharam.

— Ordens da mamãe. Sabem que por mim vocês ficam o tempo que quiserem.

— Está tarde para duas princesinhas estarem acordadas. – Anne se aproximou. – Foi muito bom ver vocês e conversar sobre vestidos. Agora eu quero um beijo.

As meninas se inclinaram para beijar as bochechas de Anne e eu as invejei. Me despedi dela e levei as garotas para casa. Eu queria poder ficar em casa, mas Lisa estava com minha mãe e ainda tinha o maldito baile que fariam depois da janta. Voltei para a festa e fui de encontro aos irmãos de Anne, essa garota estava começando a me tirar do sério e eu só a vi três vezes.

— Olha se não é o Johnson. – Andrew disse quando me viu chegando perto deles.

— E aí, cara. – cumprimentei ele. – Paul.

— Christopher. – Paul apertou minha mão. Sempre todo certinho. Tinha um outro cara com eles que eu não sabia quem era.

— Esse é o Louis, namorado da Anne. – Andrew disse. – Não sei se você chegou a conhecer ela.

— Christopher Johnson. – apertei a mão dele. – Eu a conheci hoje. – menti.

— Louis Poulain. – Louis disse.

— Típico dela não conhecer nem o filho do melhor amigo do pai dela. – Paul bufou.

— Não começa sr. Lewis. – Andrew disse.

— Falando nela, já era para ter voltado. – Louis olhou o relógio. – Quanto tempo leva para trocar de vestido?

— Você ainda tem muito que aprender sobre a Anne. – Andrew riu. – Chris está fazendo medicina, Louis.

— Futuro colega então?! – Louis pareceu interessado.

— Talvez. Qual sua área? – perguntei.

— Nefro. – Louis respondeu. – Já decidiu a sua?

— Oncologia. – respondi,

Por mais que eu tenha sido obrigado a fazer medicina, aprendi a gostar da coisa toda e não iria desistir da faculdade, até porque só faltavam dois anos.

— Sério mesmo? – Andrew me olhou. – Quem te viu e quem te vê. – riu. – Lá vem a Anne, já pode se acalmar Louis.

Nos viramos na direção que Andrew indicou, Anne seguia apressada na nossa direção, ela continuava com o vestido azul, os olhos dela pousaram em mim e a vi engolir em seco.

— Por que ficou apontando para mim seu idiota. – Anne chegou falando com Andrew.

— Seu namorado estava preocupado com sua demora.

— Mamãe me carregou para tirar fotos. – ela revirou os olhos e se atirou nos braços do namorado dela e o beijou. Não pude evitar de dar uma bela olhada nela de costas.

— Falando em mãe, devo achar a minha. Ela carregou Lisa com ela. – falei.

— Nos vemos por aí. – Andrew disse.

Me afastei e fui procurar por Lisa, aproveitei para me acalmar, meu cérebro estava projetando imagens de Anne sorrindo e então se atirando nos braços do namorado dela, por que isso estava me incomodando tanto?


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Notas finais do capítulo

beijos



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