Never Really Gone escrita por LStilinski


Capítulo 31
Estou Apaixonado Por Você


Notas iniciais do capítulo

HEOO! Como estão? Tudo certinho? espero que sim :)
Eu não tinha percebido que a fic já estava na reta final... parece que foi ontem que comecei a escrever. Mas, depois desse, virão mais 3, ou 4 (ou 5?) capítulos, então, sim, NRG está acabando :(
Uma coisa que eu preciso falar para vocês agora, para que não fiquem muito decepcionados: eu não sei escrever cena hot. Nunca escrevi. Vou me esforçar o máximo para escrever uma cena maravilhosa para vocês, mas vou logo dizendo que não vai ter nada explícito ou algo do tipo (adoro ler, mas escrever são outros quinhentos).

ANYWAYS, espero que gostem :)



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Allison e Lydia estavam deitadas confortavelmente no sofá da ruiva, assistindo reprises de uma série de humor. Compartilhavam um cobertor e um saco grande de batata chips, que estava quase no final. O céu já estava escuro, e eles haviam passado o dia inteiro esperando uma resposta de Derek. Sabiam que não podiam pressioná-lo a se entregar para a polícia; devia ser uma coisa quase impossível de se fazer consigo mesmo, ainda mais encarando anos – décadas – na cadeia. Claro, estavam correndo o risco de que ele simplesmente fosse embora sem deixar uma mensagem, mas Lydia teve a sensação de que Derek sabia qual era a coisa certa e não queria mais fugir daquilo. Nem podia imaginar o quão cansativo deveria ser guardar um segredo daquele por tanto tempo.

Em seu colo, seu celular vibrou, anunciando a chegada de uma mensagem. Lydia pegou o aparelho e sorriu ao olhar para a tela.

— Stiles? – perguntou Allison, percebendo o olhar da amiga enquanto respondia a mensagem.

— Acho que ele está enlouquecendo naquele hospital – ela respondeu, mostrando a morena à foto que tinha acabado de receber: Stiles, com um sorriso bobo no rosto e duas cenourinhas entre os lábios, como dentes de coelho. Allison revirou os olhos, rindo.

— Que idiota.

— Muito idiota – concordou a ruiva, voltando a olhar para a foto. Seu coração parecia pesar um pouco mais do que o normal e um sorriso afetuoso apareceu em seus lábios ao olhar para a cara boba do seu namorado.

Allison sorriu para si mesma. Havia muito tempo que ela vinha desejando silenciosamente que os dois se acertassem de vez. Stiles era louco pela ruiva, e isso era tão claro que mal dava para entender porque ele insistia em manter o que sentia por ela em segredo. E talvez a forma que tais sentimentos se tornaram públicos não tenha sido a melhor, e os eventos que se sucederam definitivamente  não entraria para o Top 10 de ninguém, mas no final das contas, Lydia finalmente olhou para Stiles da forma que todos – Scott e Allison, basicamente – tanto esperaram.

— Deve ser muito difícil para ele ficar naquela cama o tempo todo. Stiles nunca foi muito de ficar parado – disse a morena.

— Não que ele tenha ficado muito parado – replicou Lydia, ainda olhando para a foto. Segundos depois, percebeu o que tinha dito e olhou para a amiga, que já a encarava com as sobrancelhas erguidas. – Como você disse, ele realmente não consegue... Stiles é meio hiperativo...

— É verdade – ela concordou, ainda olhando para a amiga da mesma forma.

— A enfermeira diz “Ei, sem movimentos bruscos!” e ele fica tipo “Mas eu preciso solucionar um crime!” – Lydia soltou uma risada sem graça, logo sem seguida colocando algumas batatas na boca.

— Sei. – A morena assentiu lentamente. – Então, vocês já dormiram juntos?

— Hum... já – a ruiva respondeu com a boca cheia. Allison soltou um gritinho e deu um pulo no sofá, sentando em cima das suas pernas e olhando para a amiga com animação.

— Sério?! Como foi?

Lydia estreitou os olhos.

— Relaxante? Renovador? Eu não sei muito bem como responder.

— Lydia Martin, não se faça de desentendida.

— Tudo bem, então não.

— Não?

— Allison, ele está no hospital.

— E daí?

— A vida não é Grey’s Anatomy, Ally – disse a ruiva, jogando uma almofada na amiga, que riu. – E aquelas camas são ridiculamente estreitas.

 - Claro que você sabe disso, né, fofa. – Allison jogou a almofada de volta.

— Bem, nós estamos namorando. O que, você e Scott passam o tempo todo conversando? – Lydia ergueu uma sobrancelha e a morena jogou as mãos para cima. – Foi o que eu pensei.

— Então assim que ele tiver alta... – Allison não terminou a frase, mas cutucou a amiga com o pé. Lydia riu e empurrou a perna da garota para fora do sofá.

— Quero que ele se recupere primeiro. Não estou com pressa, sua pervertida.

Lydia tinha ficado com muitos garotos em sua vida. Quando procurava por um pouco de diversão, o passado, a história, e ás vezes até o nome do seu parceiro não importava; o mínimo de química entre os dois era o suficiente. A ruiva tinha tido sua cota de relacionamentos puramente físicos em sua vida até perceber que não precisava se prender a ninguém se o que ela queria era apenas prazer. Então sentimentos estavam completamente fora do jogo, e a única regra era que fosse bom enquanto durasse, e que durasse pouco.

Ela se lembrou da noite anterior e sentiu um arrepio descer pela sua espinha. Deveria saber que com ele seria diferente, porque era Stiles, mas só de pensar na forma que ele a olhou, nos seus lábios famintos e na forma que ele a tocou... A respiração da ruiva falhava.

— Eu sei que vai ser diferente com Stiles – Lydia contou a morena, que ouvia com atenção. – Eu nunca gostei de ninguém do jeito que eu gosto dele. Eu... não sei, é meio estranho, sabe? Ele é meu melhor amigo, e ao mesmo tempo...

Ela não soube como terminar a frase, mas a amiga entendia o que ela queria dizer. Afinal, Allison e Scott também eram melhores amigos quando começaram a namorar.

— Você está nervosa? – perguntou Allison. Lydia mordeu o lábio inferior.

— Um pouco. Mas também estou ansiosa. – Ela suspirou e soltou uma risada, esfregando os olhos. – Esse garoto, sinceramente...

Allison riu.

— Fico feliz em ouvir isso. Sempre quis que ficassem juntos. Stiles te ama de verdade.

Lydia sorriu.

— Eu sei.

O som de salto altos descendo as escadas chamou a atenção das garotas. Monica foi até elas usando um vestido preto simples, com um decote quadrado que mostrava apenas o suficiente. Sua maquiagem também era simples, deixando toda a cor para os lábios, pintados com um vermelho escuro.

— Como estou?– ela perguntou, erguendo as mãos como quem diz “ta-daa!”

Allison ergueu as sobrancelhas.

— Wow, você está linda. Qual a ocasião?

— Um jantar – ela respondeu, amassando de leve os cachos avermelhados e olhando para as garotas com nervosismo. – Está muito exagerado?

Lydia bufou.

­- Quantas vezes você já saiu com o Xeri... digo, com esse homem super secreto?

— Três... Quatro? Não sei, quem está contando?

— Por que é segredo? Eu quero saber! – a morena reclamou.

— Não é bem um segredo. Nós só estamos indo devagar, esperando para ver onde chegamos, sabe, testando as águas...

Allison assentiu, enquanto Lydia encolhia as pernas e se inclinava para a frente, olhando a tia com sua melhor expressão de interesse.

— Ele já te apresentou ao filho dele? – ela perguntou. – Porque se apresentou, acho que o relacionamento de vocês já está bem sólido.

Monica franziu a testa.

— Como você sabe que ele.... – ela começou a perguntar, mas se calou quando Lydia ergueu uma sobrancelha. A mulher suspirou e jogou as mãos para cima exasperadamente. – Claro que você já descobriu quem é.

— Será que descobri mesmo?

— Lydia Martin.

— Tá bom, mas era só uma suspeita até agora. E foi bem fácil descobrir.

— Ok. Voltem um pouco – interrompeu Allison. – De quem vocês estão falando?

Lydia olhou para a tia.

— Posso contar? – perguntou. Monica deu de ombros. – O homem misterioso é ninguém menos que o Xerife Stilinski.

Os olhos escuros da morena ficaram grandes como dois pratos.

— Mentira! – ela quase gritou, virando-se para Monica. – Ai meu deus, isso é demais! Pra quê manter em segredo?

Monica afastou os cabelos do rosto e encolheu os ombros.

— Sei lá, Noah não namorou ninguém sério desde Claudia, então nós realmente queríamos nos conhecer melhor primeiro. Eu não queria apressá-lo de forma alguma, sei que deve ser estranho para ele, para mim também é. Médicos não têm muito tempo para suas vidas amorosas.

— A menos que você esteja em Grey’s Anatomy  - murmurou Allison. Lydia olhou para ela com uma sobrancelha arqueada e a morena percebeu que não tinha falado tão baixo assim. Ela ignorou a amiga. – Acho super legal que vocês estejam indo em frente com esse relacionamento, tenho certeza que vocês dois ficam muito fofos juntos. Eu particularmente sempre achei o Xerife um homem bem atraente.

 - Os Stilinski têm seu charme – concordou Lydia. – E aparentemente as Martin não conseguem resistir.

Monica cobriu o rosto corado com as mãos, sem conseguir evitar rir junto com as garotas.

— Seja o que for, está funcionando. Noah é um homem bem... – A mulher pigarreou. – Interessante.

— Você ia escolher outra palavra, não ia? – perguntou Lydia, apontando o dedo para a tia. Monica revirou os olhos.

— Que seja. Tô saindo...

— Espera! – a ruiva chamou, antes que a tia virasse de costas. – Vocês sabem que uma hora vão ter que contar para Stiles, né? Sem querer pressionar nem nada, mas ele precisa saber e se vocês quiserem, eu posso contar...

— Preciso conversar com Noah sobre isso. Ele também precisa estar pronto. – Monica suspirou. Passou a mão pelo vestido e abriu um sorriso confiante. – Estou bem, não é?

— Está linda

— Vai com tudo, Monica! – sorriu Allison.

Monica acenou e saiu, fechando a porta da frente atrás de si.

— Como você acha que Stiles vai reagir? – perguntou Lydia.

— Difícil saber - respondeu Allison. – Vai ser estranho pra ele.

Lydia mordeu o lábio. Lembrava muito bem dos meses que se antecederam a morte se Claudia Stilinski. Era uma doença degenerativa e incurável, que a prendeu a uma cama de hospital. A garota via a forma que Stiles se esforçava para se manter positivo; ele sorria e fazia piadas quando visitava a mãe, agindo como tudo estivesse o mesmo e que todos estavam bem. A medida que a doença foi progredindo, e a demência a fazia oscilar entre momentos de lucidez e momentos em que não reconhecia o próprio filho. Lydia via o brilho nos olhos de Stiles sumindo enquanto ele ainda forçava um sorriso, que cada vez ficava menos verdadeiro. Ele sabia que ela estava morrendo, todos sabiam, mas não a trataria dessa forma. Quando Claudia sucumbiu à doença, o mundo dele caiu aos pedaços. Seus amigos não saíram do seu lado, mas era muito difícil para eles ver o garoto sempre tão alegre e ativo completamente sem vida.

Claudia Stilinski não podia ser substituída. Sua partida tinha marcado os homens da sua vida, e ambos carregavam em si um buraco antes preenchido pela sua presença. Stiles ainda carregava tristeza nos olhos sempre que falava da mãe, Noah nunca procurou outra pessoa. Lydia tinha quase certeza de que o namorado daria prioridade á felicidade do pai, independente do que sentisse, porque era assim que Stiles era.

Allison soltou um suspiro alto e checou as horas em seu relógio.

— Será que Derek vai dar sinal de vida? – perguntou. Lydia olhou as horas em seu celular. – Ele sabe que a gente pode chegar na polícia e contar tudo, não é?

— Vamos dar mais tempo a ele, não deve ser fácil se preparar para se entregar assim – disse ela. – Mas se ele não falar nada, não teremos outra opção.

A morena assentiu, depois bocejou.

— Posso dormir aqui hoje?

— Claro – respondeu a ruiva, pegando o pacote de chips e se levantando do sofá. – Vamos para o quarto, mas costas já estão doendo.

Allison jogou as pernas para fora do sofá e se levantou também. Desligou a televisão, pegou o cobertor em um abraço e foi subindo as escadas. Enquanto isso, Lydia foi até a cozinha, amassou o pacote e o jogou no lixo. Bebeu um copo d’água, passou uma água no copo e o guardou. Apagou as luzes no andar de baixo e começou a subir a escada. Antes que chegasse ao segundo andar, a campainha tocou. A garota suspirou e voltou a descer os degraus, indo até a porta.

Lydia espiou pelo olho mágico por vários segundos, sem acreditar no que via. Talvez realmente estivesse enganada, ou estava vendo coisas, porque aquela era a última pessoa que esperava encontrar do lado de fora da sua casa àquela hora da noite. O rapaz tocou a campainha novamente, fazendo-a soltar um gritinho assustado e dar um pulo para trás.

— Lydia? – chamou Theo, do outro lado da porta. – Eu sei que está aí.

A ruiva cobriu a boca com a mão. Seu cérebro trabalhava acelerado, procurando descobrir o que faria em seguida. Poderia subir silenciosamente para o seu quarto e fazê-lo pensar que a casa estava vazia, mas se ele estava ali agora, com certeza tinha a visto desligar as luzes momentos antes. Poderia correr dali e se esconder com Allison, ligar para a polícia e aguardar, mas então corriam o risco de Theo encontrar outra forma de entrar na casa. A única saída parecia ser lidar com ele ali mesmo.

— O que você quer? – ela perguntou, alto o suficiente para que ele escutasse do lado de fora.

— Quero conversar, só isso – ele respondeu. Sua voz não demonstrava raiva ou agressividade em geral, mas conhecendo Theo, isso não significava muita coisa.

— Nós não temos nada para conversar, Theo. Vá embora antes que eu ligue para a polícia.

Allison apareceu no topo da escada, estranhando a conversa no andar de baixo. Lydia ouviu seus passos e se virou para a amiga, gesticulando para que ela ficasse em silêncio.

— O que está acontecendo? – a morena sussurrou tão baixo que quase não emitiu som algum.

Theo” Lydia gesticulou com a boca, apontando para a porta.

“O que?!” Allison perguntou da mesma forma, descendo mais alguns degraus. A ruiva balançou os braços freneticamente para que ela parasse onde estava, e assim ela o fez.“O que ele quer?”

“Conversar” ela gesticulou a resposta. A morena franziu a testa, sem entender, e a ruiva apenas ergueu as mãos e deu de ombros, mostrando que também não entendia muito bem.

“O que vamos fazer? Chamar a polícia?”

“Não, você volta para o quarto” Lydia gesticulou lentamente, apontando para o topo da escada. “Eu vou cuidar disso. Se acontecer alguma coisa, você liga para alguém, ok?”

— Lydia, você ainda está aí? – chamou Theo. Allison olhou para a porta, depois para a amiga.

“Tem certeza?” gesticulou a pergunta. Lydia assentiu e balançou as mãos, apressando-a de volta para o quarto. A morena a olhou mais uma vez antes de dar as costas e subir as escadas cuidadosamente, sem fazer barulho.

— Lydia, por favor. Eu sei que fiz merda...

— Ah, você sabe? Que bom – ela ironizou, cruzando os braços. Do lado de fora, ele suspirou pesadamente.

— Eu entendo se você não me levar a sério, depois de tudo que aconteceu... Eu não pensei no que estava fazendo, Lydia. Estava agindo por impulso, não pensei nas consequências. Mas por favor, me dê uma chance de me desculpar, por favor.

Uma risada incrédula escapou dos lábios da garota.

— Você veio aqui pedir desculpas? Você é inacreditável, Theo. Como pode sequer pensar que isso consertaria tudo? Estou pouco me fodendo se você está arrependido ou não. Stiles podia ter morrido. Suas desculpas não mudam isso, assim como elas também não... – Lydia se calou antes que completasse a frase com “trazem Erica de volta.” Ela respirou fundo. – Você pode guardar suas desculpas para si. Ninguém as quer.

Theo ficou em silêncio por um tempo depois que ela terminou de falar. A garota chegou a achar que ele tinha ido embora, mas então ele voltou a falar.

— Estou apaixonado por você – disse ele. Lydia congelou onde estava, encarando a porta com olhos arregalados. – Eu estava lá quando Stiles de declarou para você, vi a coisa toda. Eu sabia que, no final, ele acabaria ganhando você, e eu o odiei por isso. Perdi a cabeça, Lydia, porque eu queria você. Ainda quero como nunca quis alguma coisa em toda a minha vida. Eu devia ter dito isso antes, talvez assim as coisas teriam sido diferentes...

Lydia balançou a cabeça veementemente.

— Não teriam. Não teriam – ela negou rapidamente. Theo soltou uma risada curta.

— É, talvez não teriam mesmo. Nós começamos muito bem, mas eu estraguei tudo, não foi? Eu não via o quanto gostava de você quando estávamos juntos. Esse sentimento é muito novo para mim, e eu até achava que nunca fosse me apaixonar até te conhecer. E você, Lydia Martin... você sabe que é incrível. Como um cara pode não se apaixonar por você? – A ruiva ficou em silêncio, apenas ouvindo o que ele tinha para dizer. Theo provavelmente entendeu o silêncio como uma hesitação e aproveitou o momento. – Lydia, pode me deixar entrar? Eu estou sendo completamente honesto agora. Você é muito importante para mim. Eu te machuquei e você não tem ideia do quanto eu me arrependo das coisas que fiz. Se eu pudesse voltar no tempo, juro que consertaria tudo. Juro. Por favor, eu preciso que veja que estou falando sério. Abre a porta, por favor.

Depois de escutar tudo aquilo, a ruiva logo chegou a uma conclusão que a fez sorrir: Theo, por algum motivo, ainda duvidava da inteligência dela. Será que ele realmente acreditava que aquele papo que rapaz apaixonado a faria mudar de opinião sobre ele? A faria esquecer de tudo e se jogar em seus braços? Theo realmente achava que ela era burra, mesmo depois de ela ter descoberto todo o plano dele e o enfrentado sobre isso. Lydia teve que se segurar para não contar ali mesmo todas as coisas do passado dele que tinham sido desenterradas. Ela adoraria ver a cara dele quando contasse sobre Derek.

— Se estiver mentindo, eu juro por Deus... – ela disse, usando uma falsa hesitação em sua voz, deixando-o acreditar que ela estava realmente cogitando abrir a porta.

— Não estou mentindo, eu juro. Eu amo você, Lydia. É sério.

Lydia mordeu o lábio inferior, tentando controlar a risada, mas a gargalhada acabou escapando. Ela riu do papel ridículo que ele estava desempenhando naquele momento, riu da forma que ele ainda a subestimava.

— Nossa, isso tudo é desespero? E eu achando que seu nível não podia ficar mais baixo – ela desdenhou. – Você devia ter pensado nessa história direito antes de vir até aqui e passar essa vergonha. Então agora você pode ficar aí fora mesmo, ou esperar a polícia chegar. Cansei de falar com você.

A garota deu as costas para a porta e foi para a escada. Antes de chegar ao primeiro degrau, ouviu o som de uma chave e da tranca se abrindo. Virou o corpo lentamente a tempo de ver Theo entrando em sua casa e trancando a porta atrás de si.

— Muita grosseria da sua parte não me convidar para entrar – disse ele, simplesmente. Lydia olhava para ele boquiaberta, tentando entender como ele conseguiu entrar.

— Onde conseguiu essa chave? – perguntou.

— Isso aqui? – Ele ergueu a chave prateada e deu de ombros. – Posso ter feito uma cópia, eu ter pegado da sua tia quando ela saiu. Isso não faz diferença. O que importa é que ainda precisamos conversar, e vamos fazer isso agora.


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