Never Really Gone escrita por LStilinski


Capítulo 2
Exatamente Como Ela Não Imaginava


Notas iniciais do capítulo

Olá vocês! O capítulo ficou pronto justo no dia de ver TW, imagina que louco se eu consigo fazer isso toda semana? Tomara que sim, eu preciso desabafar com alguém depois de um episódio, então vai ser com vocês (e com o Twitter hehe)
A TEMPORADA COMEÇOU CHEIA DE TIRO, e mesmo sabendo disso eu não estava preparada. Aquela cena no carro??? Eu não sabia se meu coração tava quebrando ou requebrando, eu mal piscava.
Eu esperava que mais coisa acontecesse no segundo, mas aaaaa lembrei de Stiles pelo amor de deuss! Lydia ta apaixonada por ele (bem vinda ao clube, btw) e nem sabe aaaaaa

Pois é gente, é isso que tenho para falar sobre a sexta temporada até agora. E vocês estão achando o que???



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Lydia suspirou enquanto olhava para a pilha de roupas que agora decorava sua cama. Aquele era não só o resultado de horas tentando encontrar o look perfeito para seu primeiro dia aula, mas também marcas do seu nervosismo. Sua mãe sempre disse que podia descobrir o humor da filha através do estado do seu quarto: quanto mais bagunçado, mas nervosa ou ansiosa ela estava. Isso não acontecia simplesmente por causa da sua vontade de sentir-se linda; precisava sentir-se confiante, forte, decidida. E, mesmo se não se sentisse assim, teria que enganar a todos. Teria que montar a máscara perfeita, e isso dava trabalho.

Virou-se e encarou seu reflexo no espelho na parede. Havia decidido ficar com um vestido escuro florido, de mangas longas que acaba bem acima dos seus joelhos, um dos seus favoritos. Sua maquiagem era delicada e seu cabelo alaranjado caía em ondas perfeitas pelos seus ombros. A garota no espelho não sentia borboletas em seu estômago, não sentia seu coração acalerar de ansiedade, não sentia vontade de se esconder. Não, aquela garota estava pronta para qualquer coisa.

Lydia sabia montar suas máscaras muito bem.  Tinha muita experiência.

— Lydia,venha tomar café! – sua tia a chamou do andar de baixo.

— Já estou indo! – respondeu.

Pendurou sua bolsa no ombro e depois de olhar-se mais uma vez no espelho, saiu do quarto que ainda não chamava de seu. Desceu as escadas e logo foi atingida pelo cheiro de café fresco e ovos fritos. Seu estômago deu uma volta e ela fez uma careta; se comesse, talvez vomitaria.  Pegou uma maçã na fruteira e sentou-se á mesa, mordiscando a fruta.

— Não está com fome? – sua tia perguntou, olhando-a com curiosidade.

— Não, eu não como muito pela manhã – Lydia respondeu. Mônica lançou-a um sorriso de simpatia.

— Está nervosa, não é? – A garota encarou-a com olhos arregalados de surpresa. Claro que estava, mas ninguém deveria saber disso.  Por isso ela bufou e olhou para tia como se ele tivesse enlouquecido.

— Claro que não – disse, revirando os olhos. Mônica riu, balançando a cabeça.

— Deus, você é igualzinha a sua mãe.  – Lydia franziu a testa para a tia, confusa. – Natalie tinha essa mania de achar que demonstrar qualquer tipo de emoção a faria parecer fraca. Mesmo quanto todo mundo sabia que ela tinha razões para ficar pelo menos chateada, ela insistia em dizer que estava tudo bem.

Lydia deu mais uma mordida em sua maçã. Aquilo não era novidade para ela: sua mãe havia ensinado todos os seus truques. “Seja fria, mas seja forte,” era o que ela sempre dizia. A garota admirava a mãe por passar por todas as crises no casamento sem descer do salto ou borrar a maquiagem. Era assim que queria lidar com todos os problemas em sua vida: sem se deixar abalar.

Mônica esticou o braço e pegou sua mão, olhando-a nos olhos.

— Não precisa ser assim, Lydia. Não tem problema se você estiver...

Lydia delicadamente tirou sua mão do aperto da tia e levantou-se, colocando a bolsa no ombro.

— Eu não estou nervosa – ela disse. – Eu só quero... acabar logo com isso, ok? Quero que esse ano passe logo para eu poder voltar para casa. Só isso. – Mônica suspirou e assentiu, levantando-se para pôr a xícara na pia. A garota não ligava se havia decepcionado a tia de alguma forma, ela só queria se livrar logo daquele dia. – Podemos ir agora, por favor?

Ela esperou a tia pegar sua bolsa e chaves, depois foi para o carro. A viagem até a escola foi curta e silenciosa, mas Lydia sentia-se mais nervosa á medida que se aproximavam. Suas palmas suavam e seu coração não desacelerava nunca. O quão devagar o dia passaria se ela não se acalmasse?

— Chegamos – Mônica anunciou ao estacionar em frente ao prédio. Lydia respirou fundo e abriu a porta do carro. Ajeitou a saia ao sair, e antes que fechasse a porta novamente, sua tia a chamou. A garota abaixou-se e olhou pelo vidro. – Vai dar tudo certo, não se preocupe.

Lydia não pôde evitar sorrir. Satisfeita com a reação da sobrinha, Mônica acenou e ligou o carro. A garota afastou-se e foi andando até o prédio. Gostou de ouvir aquelas palavras, mas elas não tiveram o efeito que deveriam: ela ainda não estava convencida de que tudo daria certo.  Mesmo assim, foi andando com passos largos e decididos até a secretaria, onde pegou seu horário, o número e a senha do seu armário. Ignorou os olhares que recebia enquanto andava pelos corredores; nada chamava mais atenção do que a chegada de uma aluna nova depois do início das aulas.

Havia acabado de achar seu armário e tentava a combinação  quando ouviu alguém chamando seu nome.

— Lydia? – A garota virou-se e Allison parada a alguns metros de distância. Seu cabelo escuro, que entes chegava quase até sua cintura, agora acaba em seus ombros. Havia crescido desde a última vez que se viram, ela quase teve dificuldade em reconhecê-la.  – Lydia Martin?

— Allison? –  Seu peito se apertou com uma saudade que nem sabia que ainda guardava. Allison aquele mesmo sorriso largo e com covinhas de sempre.

— Ai, meu deus! – Ela correu em direção á garota, dando-a um abraço apertado. Lydia retribuiu-o com prazer, rindo de felicidade. Allison e ela se tornaram amigas no jardim de infância, depois nunca mais se desgrudaram. Eram irmãs de coração, onde uma estava, a outra estava também. Antes de perderem o contato, suas conversas com Allison eram o que mantinham Lydia sã em Nova York, e mesmo depois de anos, nunca teve uma amiga como ela. – Nunca achei que te veria de volta a Beacon Hills!

— É, nem eu – disse, e as duas riram.

— Vamos procurar Scott, ele vai adorar te ver – disse Allison, entrelaçando seu braço com o da garota e a puxando pelo corredor. Lydia riu, quase tropeçando ao tentar acompanhar os passos largos da antiga amiga. – Scott!

O rapaz, que colocava seus livros no armário, levantou a cabeça quando ouviu seu nome ser chamado. Allison fez gestos frenéticos em direção á garota que arrastava, e o rosto dele se iluminou ao perceber quem era ela. Scott havia crescido de forma assustadora, e ficado bem mais musculoso. Seu rosto tinha o mesmo carisma, e ele ainda sorria como uma criança. Aproximou-se com passos largos e braços abertos, dando-a um abraço apertado que a tirou do chão. Lydia gargalhou enquanto ele girava com ela nos braços.

— Scott, o vestido! – ela disse, quase sem ar.

— Opa, foi mal – ele riu, colocando-a no chão. Lydia ainda gargalhava enquanto se equilibrava nos saltos que calçava, tirando o cabelo do rosto. – Eu quase não acreditei quando minha mãe disse que você havia voltado. Você não mudou nada!

— Não posso dizer o mesmo sobre você. O que andou comendo? – ela disse, apertando o braço do garoto. Scott riu, dando de ombros.

— Tudo o que ele vê pela frente – respondeu Allison, passando o braço pela cintura do garoto. – Juro, ele e Stiles...

Os olhos de Scott se arregalaram.

— Temos que achar Stiles! – ele disse, quase pulando de animação. – O bando está junto de novo!

Lydia riu da animação do garoto, mas seu estômago havia recomeçado a dar voltas. Se por um lado estava genuinamente feliz em revê-los, por outro se perguntava se essa animação não era apenas momentânea. “O bando”, como os quatro amigos se chamavam, havia deixado de existir a muito tempo, e Lydia havia aceitado isso. Tudo estava acontecendo exatamente como ela não imaginava: seus amigos a aceitando de volta com braços abertos.

Scott passou o braço pelos ombros da garota e Allison segurou sua mão enquanto iam em direção ás mesas no gramado, como se ele pudesse sumir a qualquer momento.

— Achei que ele estava aqui fora – disse Allison, olhando ao redor.

— Ele deve estar com Malia – disse Scott. – Ah, ali estão eles.

Lydia virou-se e olhou para onde Scott estava apontando. Stiles ia andando para dentro do prédio com o braço ao redor dos ombros de uma garota loira bonita. Ela ria abertamente enquanto ele falava alguma coisa com um sorriso no rosto. Stiles havia deixado o cabelo crescer, deixando-o bagunçado como se ele nem se desse o trabalho de arrumá-lo antes de sair, e assim como Scott, estava mais alto.

— Stiles! – Scott chamou, acenando.

O garoto levantou a cabeça e olhou na direção deles. No momento em que seus olhos pousaram em Lydia, o sorriso sumiu do seu rosto. Ele a olhava como se ela fosse uma miragem, algo que não se encaixava na paisagem e que só ele pudesse ver. A garota loira olhou para ele com confusão estampada em seu rosto, e o puxou pela mão para perto dos amigos. Stiles continuava a encarar Lydia sem acreditar que ela estava ali.

— Oi gente – disse a garota quando se aproximaram. Sorriu educadamente para Lydia, esperando alguém apresentá-la.

— Malia, essa é Lydia – disse Allison. Lydia sorriu cordialmente e acenou.

— A famosa Lydia, hun? – disse a loira, erguendo as sobrancelhas. Vendo a expressão confusa de Lydia, ela explicou: - Esses dois não pararam de falar de você desde que descobriram que você voltou. Parece que já te conheço há anos.

Lydia riu, sentindo seu rosto mais quente e sem saber muito bem o que dizer. Olhou para Stiles, que ainda estava em silêncio, com a boca meio aberta.

— Oi, Stiles – ela disse, achando graça da expressão do garoto.

— Oi, ahn... Lydia, você... – ele balbuciou, gesticulando com as mãos, como fazia quando estava nervoso. Por fim, abriu os braços. Lydia riu e deu um passo a frente para abraçá-lo. – Nossa, é bom te ver.

— Você também – disse ela, afastando-se.

— Então é oficial? – perguntou Allison, que tinha os braços de Scott ao seu redor. – O bando está de volta para o último ano?

— Parece que sim – respondeu Stiles, sem desgrudar os olhos de Lydia.


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