90 Dias com Ela escrita por Secreta


Capítulo 14
Capítulo 12 - Um novo morador




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Confiram também minha nova fic (ORIGINAL):

 

                       Rivais.

 

O pior de tudo é que ele era bonito até sendo idiota. E isso remetia diretamente a mim, novamente. Já havia perdido as contas de quantas garotas se aproximavam de mim apenas para me fazer pedir o celular de Brian enquanto treinávamos tênis, ou fingir estar ali na quadra para me ver jogar, quando está lá apenas para ver um punhado de músculos. É, até nisso o cara se superava. Entretanto, eu era imune a músculos. Porque a idiotice de Brian preenchia todo o espaço chamado “afeto”, fazendo-me odiá-lo mesmo sendo tão bonito. E mesmo tendo dois olhos azuis que, hã... Não importa.

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/96709/Rivais

 

(...) 

 

POV EMMETT

 

 

   Tivemos que carregar - mais uma vez - Jazz até o salão de beleza, e, para que ele não colocasse tudo a perder novamente, Edward "pediu carinhosamente" para eu ficar ao seu lado, vigiando cada passo de sua transformação e consequentemente evitando uma segunda fuga. É, não foi algo muito legal, mas eu tinha uma coisa para falar com meu brother, então acabei aceitando. Lógico que se eu não quisesse era só uma questão de usar minha força bruta e adeus Ed-boy (tenho que lembrar de agradecer a Bella depois pelo apelido maneiro!). E depois dizem que músculos não vencem cérebro! Unf!

 

   Abaixei-me, ficando da mesma altura que Jasper - sentado, lógico. O quê? Vocês acharam que meu irmão é um anão por acaso? -, e me preparei psicologicamente para ter aquela conversa.

 

   A conversa se resumia, na verdade, a um simples fato: meu irmão ia se ferrar legal. Ele não iria aceitar isso muito bem no começo, mas... Não custava nada tentar.

 

   Resumindo meu pensamento: enquanto caminhávamos de volta para o salão de beleza, e arrastávamos o Jazz ao mesmo tempo, vi uma senhora de idade se beijando com um carinha que aparentava ter a mesma idade que eu. Meu primeiro pensamento foi: que nojento! O segundo: que nojento! E o terceiro: A velha deve ser rica!

 

   Ok, ok, não que eu não confie no amor, até porque se não o fizesse, não estaria fazendo tantas coisas pela ursinha... É só no mínimo estranho. É claro que eu tentei evitar lembrar aquela cena novamente, porque sabe como é né, a gente nunca sabe quando o estômago vai embrulhar de vez e o shopping não é um local maneiro de se vomitar... Que saudades da escola, falando nisso! Ali sim era um bom local para passar mal e terminar o dia assistindo televisão e comendo pipoca. Chega de divagar!

 

   Bem, o negócio é que um tempo depois, quando amadureci a ideia - assim que pisamos no salão de beleza e eu me lembrei da minha conversa e das ameaças do Edward para ajudá-lo a conquistar Tanya -, percebi o grande plano que minha mente ultra-sônica já elaborava (desculpa se meu Q.I. é alto!)... Para ser mais sincero, eu mentalizei que a velha com o garoto era nossa querida quase vizinha... Então aconteceu! Tipo PUFT!

 

   É claro que ai eu me lembrei que eu - gênio - já havia pensado uma vez que o humor da velha ranzinza só era deste modo por ela estar na seca... Vocês sabem. Enfim, o que importa é que eu elaborei um plano I-N-F-A-L-Í-V-E-L!

 

   EU.VOU.PAGAR.UM.GAROTO.DE.PROGRAMA.PARA.DISTRAIR.A.VIZINHA.ENQUANTO.DAMOS.A.FESTA.ONDE.EDWARD.RECONQUISTARÁ.TANYA!

 

   Não é demais? Eu sei, eu sei!

 

   Só que o lance do garoto de programa... Bem, esse eu vou ter que esquecer já que a grana tá curta. Afinal, para quê contratar um garoto de programa quando se tem um irmão, não é verdade?

 

   Logicamente o plano teria uma porcentagem maior para dar certo se Edward e Bella concordassem em encenar, pois Tanya morre de ciúmes de Bella. Eu ainda vou dar um jeito!

 

   O que me importa agora é contar para o Jazz... Que nesse momento está de olhos fechados, aparentemente bem relaxado, enquanto o cabeleleiro enxaguava seu cabelo... Será que tinha calmante naquela água? Não importa! Agora é o momento ideal para contar a ele sobre o plano!

 

 

 

POV BELLA

 

 

 

   - O que acha, Bellinha? - A anã me indicou uma blusa rosa de cetim, fina.

 

   Quase me estapeei, sério. POR QUE EU SOU TÃO BOA? Eu poderia estar caminhando livre e feliz pelas ruas de Nova York, mas não, eu sou burra o suficiente para concordar em ajudar uma viciada em compras a... Comprar? CERTO, JÁ ENTENDI, EU MEREÇO ISSO!

 

   - Muito chique - desaprovei sinceramente. Será que Alice não conseguia escolher uma blusinha sequer?

 

   Meu humor nunca foi um dos melhores, e hoje, rá, rá, eu parecia capaz de explodir! Ainda me perguntava o porquê disso, mas podia jurar que era a estadia na Terra. Ou acordar com o pior vizinho do mundo!

 

   A piloto de baratinha fez bico.

 

   - Ah, mas eu queria tanto! Olha como o tecido dela é delicado... Eu adoro blusas assim! - Suspirou. Focalizei a expressão da anã, e, com um xingamento baixo, me aproximei.

 

   - Não dá, né Alice! Você quer parecer menos fútil ou a Barbie? - Revirei os olhos.

 

   Ela franziu o cenho.

 

   - Credo, que mau humor criatura! - Disse. - É difícil escolher algo feio de boa qualidade, sabia? Eu não tenho vocação para suburbana! - Refletiu, derrotada.

 

   Cruzei os braços, impaciente. A última vez que ela dissera isso e cogitara desistir, mal se passaram dois minutos e a mesma me puxou para outra loja, apenas para repetir os mesmos atos.

 

   Enquanto esperava Alice reerguer o rosto e voltar a olhar roupas, decidi prestar atenção no que se passava em uma televisão, presente na loja. Fazia tanto tempo que não assistia à televisão celestial! Não que valesse a pena... Só existiam programas monótonos. O que estaria passando agora?

 

 

 

 

POV CÉU

 

 

 

   - EU QUERO SABER QUEM FOI O MALTRAPILHO DESCARADO QUE INFLUENCIOU O HUMOR DA BELLA! - O diretor, Rudius, gritou com toda sua potência vocal, fazendo as paredes do escritório vibrarem em resposta.

 

   - N-não sabemos, chefe... Não fomos nós... Não sabemos o que está acontecendo... - Um arcanjo, ainda que muito assustado, teve coragem para responder, do outro lado da linha.

 

   - ENTÃO FAÇAM ELA VOLTAR AO NORMAL! AGORA! JÁ! - Ordenou furiosamente.

 

   - Já tentamos senhor... Não conseguimos - o arcanjo confessou, cauteloso.

 

   - COMO ASSIM NÃO CONSEGUIRAM? Ela é só uma aprendiza! E agora está como humana! HU-MA-NA! Nem o colar aquela incompetente recuperou! Só gosto UM POUQUINHO dela porque meus fãs a amam. É claro que eles me amam mais, apesar de só me conhecerem por conta do reality, mas... ENFIM, NADA IMPORTA! QUERO O HUMOR DA MINHA PROTAGONISTA INTACTO NOVAMENTE! E BYE! - O diretor desligou o telefone na cara do arcanjo, como já era de praxe.

 

 

 

 

POV EMMETT

 

 

 

   - Jazz? - Chamei com cautela. Vai que ele virasse uma fera de repente e RAAW!

 

   - Hum... - Murmurou sem sequer abrir os olhos.

 

   Olhei para o lado, tentando me distrair. Ah, cara, se você estivesse prestes a contar um futuro nada próspero do seu irmão para seu próprio irmão também estaria assim.

 

   - Então, não foi tão ruim assim né... - Comecei. - Quero dizer, você está me parecendo gostar de estar se transformando - encarei o chão.

 

   Após um logo silêncio, que eu ia acabar de um jeito ou outro, seja com beliscão ou susto, meu irmão resolveu me responder.

 

   - Tudo pela Alice - disse.

 

   Olhei para sua face, relaxadíssima, e bufei sonoramente. Ele pensa que me engana!

 

   - Mano, eu sou seu irmão, não precisa mentir pra mim! Sei que está gostando ai da hidratação no cabelo - gargalhei.

 

   Jasper abriu os olhos e por um segundo me arrependi de ter protestado em silêncio anteriormente por sua indiferença.

 

   - Eu odeio salões de beleza! Só estou me rebaixando desse jeito pela Alice, ouviu bem? - Resmungou, todo irritadinho. - Ah, Alfred, é melhor hidratar a parte esquerda bem, pois estou com uma baita dor de cabeça bem ai - exigiu, se sentindo O poderoso.

 

   Fiquei embasbacado com aquele ato tão gay, vindo tão naturalmente do meu próprio irmão. Mas decidi deixar para lá, já que o assunto seguinte comentado iria fazer estragos piores.

 

   - Então... O Edward está bem impaciente... E, bem, talvez ele tenha razão. Ele anda nos ajudando bastante e ainda não fizemos nada. - Fiz uma pausa. Não que eu achasse aquilo, mas era bom para a chantagem emocional que eu logo exerceria. - A festa é a melhor solução... Você sabe, desde que conhecemos a Tanya sabemos que ela não perde uma só festa. Seria a oportunidade ideal para o Ed-boy pegar a Tanya e...

 

   - Ah! Chega! Não quero ouvir mais nada! - Falou, tapando os ouvidos com as mãos. - Primeiro, o Edward não quer "pegar" a Tanya. Ele quer voltar a namorar com ela, e blá blá blá. Segundo, eu espero que sua falta de romantismo não pegue. Terceiro, eu ainda estou pensando em um modo para fazê-lo desistir da Tanya... Mas o Edward é muito cabeça dura - bufou.

 

   Respirei fundo e contei até três com a lerdeza do meu irmão.

 

   - O Edward não vai desistir da Tanya, seu otário! E se nós não o ajudarmos, ele é quem vai desistir da gente, e nós ficaremos sem nossas garotas! - Esclareci com muita esperteza.

 

   Jasper bufou novamente.

 

   - Eu tenho minha teoria com relação a esse suposto amor que o Edward nutre pela Tanya... Mas ok, não estou disposto a falar nisso sem que o mesmo queira. Certo... Então nós realmente precisamos produzir a tal festa... E eu preciso dar um jeito de acabar com o futuro namoro da Tanya e do Edward em poucos dias... - Divagou.

 

   Dei um cascudo na cabeça do Jazz. Odiava quando ele pensava demais.

 

   - Ok, ok. Já entendi! - Murmurou enquanto o tal Alfred brigava comigo por ter estragado a hidratação. - Uma parte de cada vez. Então vamos começar com a festa... Tudo seria fácil demais se não fosse a vizinha das garotas... - Suspirou.

 

   Mordi o lábio e levantei o dedo, louco para contar meu plano.

 

   - Fala, Emm - Jasper assentiu.

 

   Hesitei um pouco, mas depois soube que não me arrependeria.

 

   - Você sai com a vizinha, dá umas bitocas nela, e quanto voltar eu garanto que a festa já vai ter acabado - propus.

 

   Jasper arregalou os olhos.

 

   - EU? O QUÊ?!

 

   Ri de nervosismo.

 

   - Você dá... Uns beijinhos na vizinha? - Sorri amarelo.

 

   - NAQUELA VELHA? VOCÊ PIROU?  EU TENHO PESADELOS COM ELA CORRENDO ATRÁS DE MIM PARA ME BATER! AGORA NÃO VOU CONSEGUIR NEM DORMIR! - Se exaltou.

 

   - Opa... - Murmurei, vendo que meu plano infalível tinha ido por água abaixo antes mesmo de entrar em ação.

 

   Para minha surpresa, meu irmão nervosinho voltou a se acalmar em alguns instantes e eu me perguntei se aquela hidratação era tão milagrosa assim. Talvez eu tentasse com a ursinha depois...

 

   - Sabe, Emm. Sua ideia não foi tão ruim assim. Só precisamos achar um cara que aceite sair com a vizinha. Isso sem subornos, porque eu, pelo menos, estou sem dinheiro - confessou.

 

   Franzi o cenho.

 

   - Somos dois, Jazz. Somos dois. - Disse, frustradíssimo.

 

   Será que o Jake aceitaria colaborar com o plano?

 

 

 

 

POV BELLA

 

 

 

   A anã definitivamente não tinha talento algum para se vestir de um modo simples, despojado. Isso já estava me irritando, sério! Por conta disso, resolvi dar uma "mãozinha amiga", colocando minha mente maquiavélica para funcionar, e ajudar a Alice com seus planos... Afinal, se ela estava tentando por si só satisfazer um dos itens da minha lista de obrigações, por que não dar uma forcinha?

 

   - E este, Bellinha? - Me indagou, levantando uma blusa cinza com alguns desenhos que lhe davam um ar moderno.

 

   - Definitivamente não! - Respondi com toda a certeza. A anã suspirou e largou a blusa em cima do balcão, enquanto dava uma olhada em outras.

 

   Entediada como estava, passei os olhos por tudo e todos, tentando achar algo que pudesse ajudar de uma vez por todas Alice, e me livrar dessa missão árdua de acompanhá-la nas compras.

 

   Avistei uma mulher vestida com uma calça jeans rasgada e uma bata decotada. Eca! Pensei. Então algo surgiu em meu cérebro.

 

   - Alice! Leve qualquer coisa que quiser, eu tenho um plano! - Declarei, em um momento feliz.

 

   - AH! OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA! Eu sabia que você também não ia resistir a essas roupas lindas da nova coleção! Eu tenho a melhor amiga do mundo! - Exclamou, saltitando igual a um guepardo. Mal sabia ela que destino suas roupas lindas iriam ter...

 

 

 

                                                  ...

 

 

 

 

   Ao pagar o táxi, eu e a anã carregamos todas as dez sacolas de compras enquanto adentrávamos nossa casa. Maldita hora em que a Rosalie desapareceu!

 

   Quando alcançamos o jardim, decidi que já era a hora certa para fazer o ritual de transformação das roupas.

 

   Ao me ver paralisada, e colocando as sacolas sob a grama, Alice fez questão de perguntar:

 

   - Está cansada, amiga?

 

   - Não. Me passa aquela blusa cinza, Allie - pedi, sem hesitar, mas sabendo que o que eu viria fazer a seguir poderia resultar em violência gratuita.

 

   Dei de ombros. Meu humor já estava nas alturas, se ela viesse reclamar, eu não teria pena de bater em anões!

 

   - Aqui - disse, me entregando prontamente a blusa, com uma interrogação no olhar. Provavelmente se perguntava o que eu havia tomado no café da manhã.

 

   Com um sorriso que eu esperava - pelo menos - que fosse tranquilizador, estiquei a blusa com toda minha força para os lados, e, como esperado, a rasguei. Alice observava pasma.

 

   - Por que você fez isso?! - Gritou, louca da vida. -  SUA... SUA... - Balbuciava enquanto me via rasgar a outra extremidade da blusa. - SUA TERRORISTA DE MODA! - Xingou, como se eu fosse a pior das criaturas.

 

   Bem, pelo menos ela não tinha partido para a agressão, certo?!

 

   - Pronto, uma blusa para uma vida menos fútil saída das mãos geniais de Isabella Swan - sorri, mostrando o resultado drástico.

 

   Alice finalmente - depois de um tremendo chilique - pareceu realmente analisar minha obra prima.

 

   - Se eu me vestir assim vou parecer uma mendiga! - Resmungou, furiosa. - Mas... VOCÊ É UMA GÊNIA! VAMOS LOGO RASGAR TODAS AS ROUPAS! - Tornou, super animada, em seguida. - Já te disse que você é a melhor amiga que alguém pode ter?! - Adulou-me, toda sorridente.

 

   Arqueei as sobrancelhas, confusa. Eu não era uma terrorista de moda?

 

   - Er... Alice... Você é... Digamos, bipolar? - Perguntei com cautela.

 

   Ela me fitou por um minuto, chocada. Depois soltou gargalhadas altas.

 

   - Ah, essa foi boa, Bellinha! Agora vamos logo que temos muita roupa para rasgar!

 

 

 

POV EMMETT

 

 

 

   - Elas ainda estão lá - Edward bufou, segurando o volante com força. E esse era um ponto ruim de ser vizinho da garota que seu irmão gosta, quando o próprio quer fazer uma surpresa para ela, e a mesma não sai do jardim!

 

   - Estaciona na garagem! Elas não vão notar! Estão muito ocupadas... - Arregalei os olhos com o que via. - RASGANDO ROUPAS?! - Bati minha cabeça no vidro sem querer, por não acreditar no que meus olhos viam.

 

   - Minha irmã nunca... - Edward abriu a boca, e não emitiu nenhum som durante algum tempo. Eu já ia sacanear ele, dizendo que poderia entrar alguma mosca quando ele finalmente gritou algo. - A ALICE TÁ MESMO RASGANDO ROUPAS?! SÓ PODE SER PELA MÁ INFLUÊNCIA DA ISABELLA! - Declarou, chocado.

 

   Algo reluziu em minha mente, enquanto meu irmão continuava tenso, fitando o capô do carro.

 

   - Elas estão fazendo algum tipo de macumba! Sério, só pode ser isso! - Falei, me achando muito esperto. - Assim que conseguirmos entrar em casa eu vou procurar no Google todos os tipos de macumba relacionados às roupas!

 

   Edward e meu irmão levaram a mão à testa em sincronia.

 

   - Que coreografia legal! Por que não me ensinam? - Pedi, para descontrair. E também porque eu ADORO coreografias coletivas!

 

   - Edward, por favor, dê mais uma volta no quarteirão, quando estiver longe largamos o Emmett e voltamos PORQUE EU NÃO TÔ MAIS AGUENTANDO! - Escandalizou.

 

   - Ai, cara, não precisava ter gritado! - Murmurei.

 

 

 

      ...

 

 

 

 

   - VOLTEM AQUI SEUS TRAIDORES! EU VOU CONTAR TUDO PRA ALICE! VOU ME VINGAR! VOCÊS VÃO VER! - Gritei, mas já era tarde demais. Os traidores já tinham ido embora.

 

   Ótimo. Agora eu estava sozinho no meio de uma rua desconhecida.

 

 

 

 

     ...

 

 

 

 

   Depois de gritar como um louco resolvi sentar no parapeito da calçada, exausto. Nenhuma boa alma me deu carona.

 

   Fiquei contando quantos carros amarelos passavam, e mentalizando quais cantadas eu diria a Rose, quando focalizei em um porsche amarelo muito familiar...

 

   - ROSE! - Gritei, ao me tocar. Minha última esperança de carona!

 

   Comecei a pular e chacoalhar as mãos como um louco, mas o porsche passou por mim lentamente, sem, no entanto, parar. Ah, claro, ela não me viu!  Minha última carona...

 

   - Não vou desistir - funguei.

 

   Com mentalidade positiva, comecei a correr pela rua, perseguindo o porsche amarelo. Atropelei uma velhinha, uma barraca de frutas, alguns moradores de rua, e mais algumas outras pessoas que permaneciam no meu caminho. Porque comigo é assim: SAI DA MINHA FRENTE OU EU ATROPELO! FURACÃO EMMETT! RÁ!

 

   Rosalie não me notava de jeito algum, e, bufando, quase tropecei em uns moleques que pulavam corda na rua.

 

   - Lugar de criança é na escola! - Gritei, sem parar de correr.

 

   Ainda correndo, notei que algumas pessoas me acompanhavam. Dei um sorriso presunçoso. O povo me ama! Eu podia até ser político e lançar "A CORRIDA PARA A PRESIDÊNCIA DO EMMETT" e... Ah, deixa pra lá!

 

   - Sebo nas canelas, meu povo! - Aticei. Ver tanta gente correndo comigo - mesmo sem saber o porquê - me ajudava a correr mais rápido.

 

   Para meu ego já nas alturas, a galera começou a correr mesmo. Até um tiozinho estava quase me alcançando.

 

   - Ah, mas você não vai me passar! De maneira alguma! - Rangi os dentes. Eu já tinha sido sacaneado por garotas, imagina por um tiozinho?! Eu não estava preparado psicologicamente para tanta humilhação.

 

   Entretanto, quando percebi, o tiozinho, a velhinha que eu tinha atropelado, e o moleque que pulava corda já tinham passado de mim. O quê? Uma carona valia isso tudo?

 

   Parei para respirar, exausto, com as mãos nos joelhos - e fui ultrapassado por toda a cambada que corria atrás de mim.

 

   - Sacanagem! - Resmunguei.

 

   - PARADO AÍ! NÃO SE MOVA! ISSO É UM ASSALTO! - Alguém falou atrás de mim. Quando ia virando minha cabeça para encarar o engraçadinho, o mesmo falou de novo. - EU VOU METER BALA SE VOCÊ CONTINUAR A SE MEXER! - Alertou, fazendo com que eu estancasse na mesma posição.

 

   Constrangedor, muito constrangedor... Eu estava acocorado de quatro, com a cabeça flexionada para o lado. Agora eu entendi porque a galera tava correndo! Poxa, mó sacanagem ninguém me avisar! Eu sou um cara da paz! Já podia sentir meu estômago revirando... Droga, isso sempre acontecia quando eu ficava nervoso.

 

   - Tire todos os objetos valiosos e os lance para trás! Vamos, eu vou contar até três! - Ordenou.

 

   Tateei a mim mesmo, em busca de algo valioso e só o que achei foi... NÃO! O EMM JÚNIOR NÃO! Ele não devia ser um desses ladrões psicóticos, não é? Ou seriam psicopatas? Ah, sei lá, eu tô nervoso MANO! Ladrões tarados não podem ser da minha laia!

 

   E isso só me fez perceber uma situação: Um ladrão armado estava ameaçando meter bala no meio do meu bumbum, e eu não tinha nada de valioso para dar em troca a não ser meu... Glup... Certo, eu não tenho nada que EU queira dar!

 

   A situação estava me deixando nervoso... Muito nervoso... E o pior de tudo é que quando isso me acontecia simplesmente...

 

   - Um... - O ladrão começou a contar.

 

   - Calma, cara. Não me deixa nervoso! Coisas constrangedoras acontecem! - Pedi.

 

   É, eu não podia ser totalmente perfeito sendo irmão do Jazz, não é? Mas meu defeito só aparecia em momentos de tensão, como esse, então...

 

   - Cala a boca! Dois... - Continuou a contar. Meu estômago deu sinais de vida mais uma vez... Droga, ia acontecer!

 

   Tentei segurar o máximo que pude.

 

   - Três e... - Não segurei.

 

   O barulho e cheiro de gases impregnaram o local.

 

   - Eca! Que fedor! O que você comeu no café da manhã, cara? - O ladrão resmungou, atrás de mim.

 

   - Eu te avisei! - Retruquei, meio ofendido, meio envergonhado.

 

   Foi quando tive a visão da minha vida. Um porsche amarelo estacionando com pressa a minha frente, e abrindo a porta de trás para mim. Lá dentro, estava Rose.

 

   - Entra, Emm! Desculpe por não ter te visto antes! - Gritou.

 

   Não precisou nem pedir duas vezes, corri para lá e adentrei o carro, salvando minha vida. Até que vi que teria sérios problemas. Do lado de Rose, no banco do carona, estava um cara. Um cara. É, eu estava com ciúmes!

 

   - Ah, Emm, esqueci de apresentar. Esse é o Gato do Arrocha, ele vai morar comigo e com as meninas. Eu estou participando daquele projeto, sabe, para abrigar os moradores de rua. E, bem, só tem um pequeno problema... As meninas ainda não sabem disso. Você me ajuda? - Vi Rose morder o lábio pelo retrovisor. Ah, era isso! Caridade! Como pude desconfiar da mulher da minha vida?

 

   O homem com o nome legal, esquisitamente virou-se para trás, me encarando, e deu um sorriso, mostrando seus únicos dois dentes.

 

   - Oi! - Me cumprimentou.

 

   - Oi - falei, meio perdido em meus próprios pensamentos.

 

   Eu iria ter que ajudar Rose a convencer as outras garotas a aceitarem o tal mendigo... Então não faria mal algum se eu pedisse um pequeno favor dele em troca... Faria?

 

   E neste exato momento eu me pergunto se a vizinha se importaria em ter um encontro com um mendigo... Não que ela fosse saber disso, claro!

 

   CARA, EDWARD VAI ME VENERAR PARA SEMPRE!

 

POV BELLA

 

   Eu e Alice já havíamos “customizado” todas as roupas e agora estávamos sentadas na sala de estar, assistindo televisão. Eu podia ouvir alguns barulhos de gritos que com certeza tinham origem na casa ao lado.

 

   - Por que será que estão discutindo tão alto? – Soltei sem pensar. Alice me encarou por um segundo, e comprimiu a boca.

 

   - Não sei. Mas do jeito que Edward é, deve estar implicando com alguma coisa – deu de ombros.

 

   Ah, claro, meu pupilotário, sempre um problema!

 

   Torci para que pelo menos aquela briga tivesse alguma coisa a ver com o fato de eu e Ed-boy sermos vizinhos. Ele poderia estar discutindo para mudar de quarto, não podia?

 

   Decidi deixar o assunto para lá, e voltei a assistir o programa de uma tal de Oprah. Era interessante. Talvez sugerisse algo do tipo quando voltasse ao céu... Mas, quantos anjos famosos temos por lá? Três, no máximo? É, realmente, não ia dar certo.

 

                                                    ...

 

   Quando o programa estava em seus minutos finais escutei um rugido de motor e encarei Alice.

 

   - Rose chegou – afirmou, animada para mostrar as roupas para a irmã. – Vamos Bella – ergueu-se do sofá e me puxou junto. – Temos que mostrar minhas roupas de suburbana para a Rosalie!

 

   Se não fosse tão irônico, eu poderia até rir.

 

   Segui Alice até a porta de entrada da casa, onde paramos e ficamos esperando Rose descer do carro e chegar até lá. Entretanto, não só Rose desceu, como um homem esquisito e mal vestido com algo que me era familiar. Ah, e Emmett também. Rosalie virou motorista?!

 

   - Alice... É impressão minha ou seu porsche virou a caravana da alegria? – Comentei, pasma. Ela apenas me ignorou, igualmente chocada.

 

   Em seguida, a ex-freira abriu a mala do porsche e ajudou o tal homem a pegar uma mala pequena.

 

   - O que está acontecendo? – Alice soltou um muxoxo. – Quem é aquele terrorista da moda? – Falou, enquanto afinava os olhos. – Se a Rose estiver usando meu porsche para essas malditas caravanas!...

 

   Focalizei bem o tal homem, o modo como se vestia, e lembrei que talvez o familiar seria porque as novas roupas de Alice não estavam num estado muito melhor logo depois de serem customizadas.

 

   Ponderei um pouco antes de fazer outro comentário com algum nexo.

 

   - Será que ele vai um tipo de... Personal style pra você? – Sugeri.

 

   Alice deu boas gargalhadas.

 

   - O quê? Aquele cara – disse incrédula, enquanto Emmett se despedia de Rose e do tal homem misterioso e mal vestido. – Não mesmo! Prefiro me jogar da ponte! – Cruzou os braços.

 

   Revirei os olhos com aquilo.

 

   - Suas novas roupas não estão muito diferentes das dele – alfinetei.

 

   A anã me olhou, brava.

 

   - Estou fazendo isso por amor! É diferente! – Rosnou. – Sua sem coração... Aliás, eu havia me esquecido de perguntar, você tem algum namorado em algum lugar, ou ao menos achou algum garoto interessante na faculdade?

 

   Franzi o cenho com aquela pergunta incômoda. Incômoda porque eu não havia me interessado por ninguém desde... Desde que eu me lembrava, oras!

 

 

   - Não... – Murmurei calmamente. Ela me olhou perplexa.

 

   - Sério? Tanto tempo assim sem... – Fez uma pausa, e me lançou um olhar malicioso.

 

   - Sem? – A incentivei a continuar, pois estava morrendo de curiosidade.

 

   - Sem... Você sabe – mordeu os lábios.

 

   A encarei, séria.

 

   - Ah não sei não! – Falei emburrada com o suspense gratuito.

 

   - Bella, olha pra mim! Aquilo... Você já deve ter notado. – Balançou a cabeça. – Ah não ser que... Meu Deus, Bella, você ainda é... – Calou-se abruptamente de novo, sem terminar a frase.

 

   Tanto tempo sem o quê? Eu ainda era o quê? Hã?!

 

   - Oi meninas – a voz de Rose soou a nossa frente, interrompendo a breve discussão que estávamos prestes a ter. – Como foram as compras? Um sucesso? – Perguntou sorrindo amarelo.

 

   De uma coisa eu tinha certeza: Rosalie estava nos escondendo algo. Encarei o homem mais uma vez e jurei já tê-lo visto alguma vez. Rosalie seguiu meu olhar, e um brilho perspicaz passou por seus olhos.

 

   - Ah, gente, esse é o... – Ela hesitou. – Bem, ele gosta de ser chamado de Gato do Arrocha, e vai morar com a gente por um tempo – soltou tudo de uma vez.

 

   Paralisada, boquiaberta e completamente muda, olhei o cara mal vestido de novo. Não podia ser, não podia ser, não podia ser!...

 

   Ao me ver, e provavelmente me reconhecendo, ele abriu um sorriso e seus dois dentinhos apareceram para destruir todas as esperanças de que não fosse quem eu estava pensando. Foi então que vi algo brilhar em volta de seu pescoço.

 

   - Meu colar – murmurei, dispersa. Logo em seguida fui tomada por uma onda de fúria. – AH, SEU CRETINO! VOCÊ VAI DEVOLVER MEU COLAR AGORA MESMO! – Rosnei, e tão logo pulei sobre o mesmo, desesperada e fula da vida.

 

   Fomos ao chão, e as garotas me encaravam chocadas, como se não acreditassem no que viam. Ah, qual é, o cara roubou meu colar celestial! Merecia apanhar, não é?

 

   Puxa, nunca me senti tão agressiva!

 

N/a

 

Oi gente! Desculpem a demora, época de provas e simulado, vocês me entendem? Para quem acompanha meu BLOG foi moleza, já que coloquei um pouco sobre o capítulo para cessar a curiosidade.

 

Por isso que falo como seria bom se todos os meus leitores acessassem. Ficariam sabendo das novidades e não me crucifixariam. Bem, em todo caso, VOCÊS PRECISAM ACESSAR MEU BLOG PARA SABER O QUE SE PASSA, POIS O NYAH ESTÁ COM UMA NOVA REGRA QUE DIZ MAIS OU MENOS O SEGUINTE:

 

“Estão proibidos capítulos para aviso ou imagens de personagens.”

 

Ou seja, quer saber quando o capítulo vai estar postado? Está ansioso e quer saber mais ou menos o que vai acontecer? ACESSE MEU BLOG!

Bem galera, não teve música, e ainda não foi dessa vez que o Emm conquistou a Rosalie... Pelo cheiro que não seria, não é verdade?

 

Estarei postando algo sobre o próximo capítulo no meu blog amanhã mesmo. Confiram:

http://fanficsdacarol.blogspot.com/

 

Perceberam como estou calminha e legal hoje? Kkkkkk Vou até dar um bônus para vocês com uma prévia do próximo capítulo:

 

O capítulo 13 da fanfic 90 dias com ela terá...

 

ACORDOS...

TRÉGUA ENTRE NOSSO FUTURO CASAL FAVORITO (ED-BOY E FLORIBELLA)

O JOGO DE EMMETT FICA PRONTO...

SERÁ QUE O MENDIGO VAI MORAR COM AS MENINAS?

E O PLANO DE EMMETT, SERÁ QUE ELE VAI ACEITAR?

SERÃO ALIADOS?

 

MUITA GUERRA, LAMBANÇA E ALGUMA COISINHA DE AMOR EM...

 

90 DIAS COM ELA.

 

Ficou podrão mas vocês superam! Kkkkkkkkk beijooocas!

 

Confiram também minha nova fic (ORIGINAL):

 

                       Rivais.

 

“No amor, no ódio e no tênis vale tudo.” Laura Evans não tinha do que reclamar em sua vida: era bonita, popular e era boa em quase tudo que fazia (especialmente tênis). Quase. Porque aturar o irmão do namorado de sua irmã não era algo que a mesma podia se dar ao luxo de fazer. O pior de tudo: ele também tinha dezesseis anos, também jogava tênis, também estudava no Pointland High School, e estava no mesmo ciclo de amizade de Laura. As coisas só pioram quando sua irmã e o namorado da mesma enfiam na cabeça que tem de fazer os dois se darem bem. Dentro da quadra, eram rivais. Fora da quadra... Bem, continuavam sendo rivais. Nada além isso, não é?... Tem certeza?!

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/96709/Rivais

 

(...) 

AAAAAAA GALERA, ONDE ESTÃO AS RECOMENDAÇÕES? NÃO CRESCEM MAIS!

 

VOU CHORAAAAAAAAAR SE NINGUÉM  RECOMENDAAAAAAAAAAAR!

 

BUÁÁÁÁÁÁÁ!

 

ESTOU TÃO DRAMÁTICA QUE VIREI POETA, RIMANDO FRASES, ESQUECENDO CRASES, FIRMANDO BASES!

 

MANDEEEEEEEEM RECOMENDAÇÕES (GALERA DO NYAH) E COMENTÁRIOS (NYAH E TWILIGHT)

 

BEEEEEEEEEEEEEEIJOS AGAIN.

 

 

 

 

N/B: Oooi gente, tudo bem?? Desculpem a demora, a cah me passo o capitulo quarta, mas como eu estou em provas e não posso entra no PC de dia de semana eu demorei um poco haushuashuahus, me desculpem mesmo e me desculpa tbm Caah

Beeeijos

E espero que vocês gostem, desculpe se tiver alguma coisa errada, leiam, deixem reviews e recomendações emm


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