Damned escrita por IS Maria


Capítulo 21
A doença




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Não sentir. 

Pedaços de sua alma, estilhaçados contra a sua pele, pediam-na para que não sentisse mais, assim como um dia haviam clamado para sobreviver. 

Não sabia dizer se aquilo a assustava...ou fazia com que se sentisse viva. 

Render-se aos demônios que sussurravam por entre a escuridão parecia ser fácil demais agora. Já não sabia mais pelo que lutava, então desistir parecia fácil. 

O sangue era o anestésico. A morfina que precisava. Estava viciada. 

Havia uma certa beleza contida na tragédia. Não podia evitar se apaixonar, uma vez que o caos parecia vir de suas vísceras. 

— É o suficiente! — Ouviu, mas não teve certeza. Ter certeza não estava ao seu alcance, não mais. 

Parar não era uma opção. 

Sentiu os dedos contra sua pele coberta. O toque que jamais poderia não conhecer. A sensação que provocava lhe era íntima demais. 

Parte de si sentiu-se grata.

No próximo instante, ele tinha a jogado para longe. Acertada como se tivesse recebido um soco na boca do estômago. 

Percebeu ter perdido sua consciência por completo. Alheia a qualquer outra coisa que não fosse o inebriante aroma vindo do vermelho.  

Estava surda para qualquer outro barulho que não viesse das entranhas de seu alimento, enquanto se preenchia com a vida que aos poucos roubava. 

Tomava-a em um docemente angustiante e deliciosamente  interminável coquetel. 

Tinha pedido para a garota, aquela que agora sabia se chamar Lisa, gritar e não tinha sido capaz de ouvir os gritos até agora.

Agora ela a ouviu gritar pelos pulmões. 

Encolheu-se contra a parede de tijolos.

Era inebriante todo aquele poder. Agora entendia o que Caius tentava lhe dizer quando se conheceram. Era daquilo que ele falava e era àquilo que pedia para se entregar. 

— Eu não...— Olhou para as suas mãos cobertas de sangue. Os sentimentos que tinha desligado, a acertando, ameaçando a destroçar ao meio. 

— Olhe para mim. — Caius pediu. Ela não sentia conseguir. — OLHE PARA MIM! — Ele ordenou. 

A culpa era mais amarga agora e o desejo de continuar, a repugnava. 

Sentiu-se forçada a o obedecer. 

Ele segurava a garota nos braços, enquanto ela se contorcia à medida que o fogo a consumia. 

— Caius...— Kate sentiu o peso de sua ação lhe paralisar. 

— Você tem uma escolha a fazer e eu não a farei por você.

— Uma escolha?

— Vai a  matar ou vai salvar a vida dela? 

— Eu não consigo…

— O que vai ser Katerina? 

— Eu não...— Mal conseguia pensar direito. O sangue em seu organismo era o suficiente para atrapalhar seu julgamento e deixa-la vulnerável. 

— Se quiser a matar, eu deixo que a mate. — A garota parecia se entregar cada vez mais, aos poucos desistindo de lutar contra a dor insuportável. O tempo que sobrava para ambas as criaturas imortais, esvairia-se e passava de forma diferente para a humana. 

Katerina conhecia muito bem a dor que a garota sentia. Melhor ainda, o destino que a acompanhava. 

As opções que restavam, escapavam-lhe pelos dedos manchados como areia fina. 

Não se tratava de escolher por entre matar e deixar viver, mas decidir quem seria. Quem escolheria ser? 

— Faça! — Caius jogou a garota em seus pés. 

Katerina se abaixou em direção à ferida de sua mordida. 

Tinha que sugar o veneno antes que fosse tarde e devolver a vida que não lhe pertencia para tirar. 

Precisava de um herói naquela noite. Algo que lhe desse a esperança precisa para continuar lutando contra a sensação de nunca estar satisfeita. Seria a sua própria heroína ...ou...pelo menos não se tornaria aquilo que odiaria ser. 

A chuva começou a cair.

Foi como se os céus desejassem lavar sua alma. 

 

***

A vítima estava finalmente inconsciente. Graças ao seu instinto, Katerina tinha feito um trabalho limpo, mesmo que a machucasse. Vampiros não haviam sido criados para salvar vidas. 

Abraçou-a enquanto os pingos de chuva os atingiam como bolas de chumbo caídas de cima. Katerina gritou como se sua alma fosse arrancada de seu corpo. 

Tentou conter e abafar  os gritos dela. 

Mas sua dor era grande demais. 

A dor de ainda carregar sua humanidade, a torturava sem qualquer piedade. 

Sentiu-a se encolher sob seu toque, deixando que Caius a cobrisse. Caius olhou rumo ao fim do beco a frente, para a rua que continuava a funcionar alheia ao que acontecia, verdadeiramente, no meio da noite.

Ele não imaginava que pudessem se esconder para sempre, mas não esperava que os encontrassem tão rápido. O rosto que ressentiu e odiou por tanto tempo, agora o deixava ansioso. Não queria que a tirassem dele. Sentiu medo, ainda que jamais fosse admitir isso a si mesmo. 

Foram poucas as vezes que sentiram medo na vida. Uma delas sendo quando sua própria vida estava em jogo. 

Viu Carlisle tentar se aproximar. Apertou Katerina um pouco mais contra si. O vampiro hesitou e, para sua surpresa, saiu como se nunca tivesse estado ali. 

Caius deixou um beijo ao topo da cabeça de Katerina. Queria ter certeza de que estava protegida. Era seu dever a proteger. 

— Eu procurei por você. — Kate estava congelada por entre seu abraço, trancada dentro de si, velando o que tinha feito. — Eu pensei que tivesse a encontrado. — Ele sorriu. 

Levou-a para o carro e a deixou vigiada por Elijah enquanto ele mesmo se encarregava de cuidar da garota. Kate tinha limpado suas memórias e levaria um tempo para se recuperar, mas não  morreria. Deixaria-a no hospital mais próximo. 

— Caius. — Pensou que ele tivesse ido embora. 

— Carlisle. — Virou-se, a garota em seus braços desmanchada como um saco de batatas. 

— Eu cuido disso. — Carlisle tomou-a de suas mãos. — Um hospital normal não será discreto quanto a marca no pescoço. 

— Eu tenho meus meios de cuidar disso. 

— Não acho que já tenha deixado alguém sobreviver antes. 

— Ficaria surpreso com as coisas que o dinheiro é capaz de limpar. 

— Vá! — Viu-o hesitar novamente. — Tem que cuidar dela. Kate não vai conseguir...lidar com…

— Não vai tentar levar ela com você? — Caius soou como se estivesse despido de qualquer preocupação, mas aquilo era mentira. 

— Vá antes que eu mude de ideia. 

Caius virou as costas. 

“Eles estão próximos! Alice os viu chegar na próxima lua cheia. Esconda-a” — Ouviu-o dizer. 

Ótimo. Estaria pronto quando chegassem. Perguntou-se se a trariam junto. Tragédia sempre havia sido o ato de teatro preferido de Aro. 

Athenodora. A tempos os pensamentos de Caius não a visitavam. 

Quando fosse seguro, ele sabia dever a ela muita coisa. Talvez uma dívida que jamais fosse capaz de pagar. Tão velha quanto ele, ela era responsável por ele ter se tornado quem era e por possuía o poder que costumava ter. 

Caius não mentiu. Acreditou por muito tempo ter encontrado a parceira para a eternidade, no entanto, jamais havia se imaginado sentir o que agora sentia.

Mandou que a trancassem sem remorso algum por não poder vê-la ou ter-la por perto. Depois da morte de Didyme, pareceu prudente a proteger daquela maneira.

A ideia de mandar Katerina para longe. Mesmo para proteger-la… Não suportaria. Caius tinha conhecimento de que ninguém a guardaria da mesma forma que ele seria capaz de guardar. Ser algum possuía conhecimento do quão valiosa a pequena garota em seus braços, era. 

— A garota vai ficar bem! Você fez um bom trabalho em sugar o veneno e apagar suas memórias. — Caius a trouxe para os braços mais uma vez assim que se reencontraram. — Não deixe que a culpa a devore por dentro. 

Lembrou de Carlisle. 

De repente...o odiou menos, ainda que não o compreendesse nenhum pouco. 

Era óbvio o quanto ele ainda tinha de a ensinar. Comparado a ele, Katerina tinha acabado de chegar ao mundo, enquanto Caius tinha ajudado a construi-lo. 

— Que cor eram os seus olhos? — A voz dela dançou por entre seus lábios. — Sabe...quando era humano...eu fico tentando imaginar e…

Caius hesitou. Não se lembrava da humanidade desde que tinha sido transformado. Tinha nascido para ser a criatura que havia se tornado. Nunca desconfiou de se tratar do seu destino. 

Por um instante, foi como se não lembrasse da cor que seus olhos costumavam ser. 

Caius nasceu em algo por entre 1300 a.c e quando espelhos surgiram, a imortalidade já havia chegado a muito tempo. Lembrou-se no entanto, vagamente, do reflexo que costumava ver na água.

— Azuis! Acredito que eram azuis. 

— Então eu imaginei certo...cabelos dourados, olhos azuis e bochechas rosadas. — Ele a sentiu sorrir contra seu peito. 

Katerina era extremamente preciosa e ele não via a hora de a levar para a casa. 

Sete dias.

Ele tinha sete dias. 

***

O clã de Olympic aos poucos, um a um, reuniu-se em frente a um dos restaurantes de portland. 

Alice tinha visto relances de Katerina na cidade e se estivesse certa, não era só a vampira que estava em perigo. Tinha visto a irmã mais nova sentir uma raiva que não conhecia. 

Temia o que quer que Caius estivesse causando a ela e odiava-se por não ter conseguido ver muita coisa nos últimos dias. Ter visões com Kate se tornava mais e mais complicado e ela não fazia a menor ideia do que aquilo poderia significar. 

Ao menos o rosto dela lhe visitava as vezes para lembra-la de que ainda estava ali, talvez esperando para ser encontrada. 

— Tiveram alguma sorte? — Alice perguntou assim que todos se reuniram no ponto de encontro. 

— Não! — Rosalie respondeu por ela e Emmett. — Vocês? 

Nenhuma resposta positiva. 

— Talvez Carlisle tenha encontrado alguma coisa. Ele está horas atrasado. — Alice tentou manter a esperança. 

— Isso já está me deixando cansada. — Rose se irritou. — Quando eu encontrar…

— Eu ouvi a voz dela. — Bella se manifestou. 

— O que ouviu? — Edward perguntou.

— Um grito. 

— Todos ouvimos. — Edward continuou. — Jasper e eu fomos atrás enquanto os outros procuravam em outras direções, mas quando conseguimos encontrar a direção, não tivemos sorte, não tinha mais nada.

— É. — Jasper concordou. — O que quer que estivesse ali, foi embora antes que chegássemos. 

— Tinha cheiro de...vocês sabem. — Edward disse. 

— Vamos voltar para a casa e procuramos mais depois. — Carlisle finalmente os encontrou e colocou um fim na conversa que acreditava não ser conveniente, ao menos não onde estavam. 

— Você demorou para voltar. — Esme o pressionou. 

Os olhos de Carlisle encontraram os de Edward e em seus pensamentos, pediu para que o filho não dissesse nada. 

— Queria ter certeza de ter a procurado em todos os lugares. 

Carlisle sabia que os outros não entenderiam sua escolha. Nenhum deles havia testemunhado o que ele assistiu. Poderia ter tentado trazer Kate de volta, mas tinha consciência de que seria contra a vontade dela. Por enquanto, era o melhor. 

Vê-la tinha sido o conforto que procurou nos últimos dias, ainda que não foi planejado daquela maneira. As respostas estavam ali o tempo todo e ele não tinha prestado atenção. 

Por enquanto deixaria as coisas daquela maneira. 

***

Assim que entraram na casa, Caius pediu para que Elijah sumisse. Queria estar sozinho com ela. 

Queria poder mostrar-lhe o mundo, mas por enquanto teriam de se contentar com o que tinham. 

Ele andava de costas para que não tirasse seus olhos dela. Deixou que seu casaco fosse ao chão e então abriu os botões de sua camisa de seda. 

Olhar com cuidado para a sua pele despida que refletia as luzes do casarão de mármore, fazia-a notar as pequenas cicatrizes que antes havia sentido com a ponta dos dedos. 

Ajudou a livrar-se dos sapatos e do casaco pesado. 

Colocou-se de joelhos diante à ela e a ajudou com a meia. 

Os pés descalços no chão frio eram um conforto. 

Katerina o observava com olhos enormes, como uma criança que acabou de perder a mãe no supermercado. 

Caius a puxou pela cintura.

— O que está fazendo? — Perguntou ao sentir seu corpo se encaixar ao dele. 

— Dançando. — O vampiro sorriu. 

Kate sorriu. 

O primeiro sorriso depois da dor que havia sentido. 

Encostou sua cabeça contra o peito despido de Caius e moveram-se lentamente à medida que a música surgia e ecoava pelas paredes. 

— Elijah está aqui? — Perguntou tentando entender como a música havia começado. 

Caius lhe mostrou o controle antes de o jogar para longe. 

— Apague as luzes. — Ela o pediu. 

Ele a deixou por um quarto de um segundo enquanto fazia o lhe foi pedido. O lugar sucumbiu à penumbra. 

Dançaram juntos. 

Senti-la se mover daquela forma fazio-o se ver rodeado por anjos. As sombras se moviam para a acompanhar e a opacidade das trevas não a impedia de ser vista. 

Ela o puxou para a escadaria, seus olhos sem o deixar por um momento sequer. 

Caius a alcançou no degrau que os separava e desfez seu zíper. 

Sentiu seu toque.

Não podia resistir. 

***

O asfalto molhado estalava contra seus saltos altos que raramente viam o chão sujo. Apertou-se dentro do casaco ao sentir a brisa contra sua pele, ainda que não pudesse sentir frio. 

Ouvia vozes por todos os cantos, barulhos desordenados que se enroscavam ao cheiro podre que os ares traziam e ao aroma de sangue. Estava por toda parte e ela podia sentir seu corpo se agitar em adrenalina. 

Entretanto, a ideia de manchar seu vestido com algo que provavelmente tinha entupido suas artérias com gordura vinda dos piores tipos de comida, a mantinha focada em sua caminhada. 

Era exigente com sua comida. 

E dos pés a cabeça, estava vestida como se custasse milhões. 

Os cabelos dourados, quase brancos,  caíam à sua cintura em ondas bem desenhadas. Os olhos vermelhos e leitosos detalhavam suas feições delicadas, vazios. O pingente prateado pendurava-se contra sua pele alva exposta pelo decote profundo de seu vestido vermelho. 

Diante à escadaria que um dia ela e seu marido haviam subido juntos, de mãos dadas e ele havia lhe mostrado a única coisa que jurava adorar mais do que ela própria. O seu tesouro, a sua fortuna. 

Eram o par perfeito. 

Não havia nada que Caius não amasse mais do que poder.

E não havia nada que ela amasse mais do que si mesma. 

No entanto, Athenodora odiava poucas coisas no mundo, considerando sua longa existência. Porém, em meio a lista não extensa, algo ganhava de todas as outras coisas e fazia-nas parecer devaneios infantis. 

Perder. Athenodora não suportava perder. 

Aquela situação não a incomodava tanto. Acreditava que os anos em Volterra foram o suficiente para deixar tanto ela quanto o marido, loucos. Os pensamentos de Caius só estavam confusos e ela estava ali para o ajudar a ver isso. 

Por outro lado, considerava-se uma dama extinta. Uma amante do classicismo que parecia ter os abandonado com o fim do renascentismo. 

Precisava o lembrar de que ela estava ali. 

Gostava do drama e do espetáculo. 

Ela era obra de arte e Caius, seu colecionador. 

***

O sol amanhecia quando Katerina o colocou sob seu corpo, deu-lhe um sorriso e o deixou sozinho antes que a luz pudesse iluminar seu corpo, a tempo de Elijah bater na porta. 

 — Eu espero que seja muito, muito importante. — Caius disse ao abrir a porta. 

— Recebi uma ligação. — Caius entendeu que Elijah não queria dizer muito. — É melhor se vestir. 

— Dois segundos. — Fechou a porta. — Katerina? — Chamou-a contra a porta fechada do banheiro. — Precisa de ajuda?

— Não...— Ela abriu a porta. Tinha se vestido em seu roupão vermelho. — Pode usar esse banheiro, eu uso o do outro quarto. 

— Sabe que podemos...— Ele tentou a trazer para perto, mas ela fugiu de seu toque. 

— Eu preciso lavar o cabelo. — Ela sorriu. — E pelo que ouvi, você não tem tempo. 

Caius podia ver que ela não lhe dizia tudo. Deixaria que ela o dissesse depois, daria-lhe o tempo que precisava para se recuperar da noite passada. Ele ainda precisava se lembrar de que as coisas haviam mudado e por mais que ele sentisse ser seu dono, ela não era sua propriedade. 

— Quando eu voltar, espero que esteja me esperando para continuar. 

— Tudo bem. — Ela se colocou na ponta dos pés e depositou um breve beijo contra seus lábios. 

Têve pressa para sair do quarto. 

Bom, ela não era a única que guardava segredos. 

Caius não tinha tido força o suficiente para a contar que Carlisle tinha os encontrado. Sabia precisar lhe dizer, mas não tinha conseguido. 

***

Katerina se fechou no banheiro antes que pudesse ser surpreendida por qualquer outra coisa. Apertou o roupão com força, o fechando no peito. Fechou os olhos e pediu em silêncio para ter visto errado. 

Assim que o quarto se tornou mais claro, seus olhos tiveram um lapso de sua própria pele despida. 

Não desejava ter se escondido. Não queria esconder coisa alguma. 

De olhos fechados, caminhou em direção ao espelho capaz de capturar seu corpo por inteiro,  que havia do outro lado do banheiro. Deixou que o roupão caísse ao chão.

Lentamente, permitiu que seus olhos se abrissem e capturassem seu reflexo. 

O que era aquilo?

Conteve seu desespero tentando fazer qualquer som que pudesse atrair a atenção de Caius. 

Seu corpo estava marcado. 

Suas veias haviam se transformado em um emaranhado de fios negros distorcidos. Pareciam pulsar e no lugar de sangue, havia piche ou graxa. 

Ilustravam sua pele como galhos de árvore seca desafiando o inverno.  

Não sentia dor, ou qualquer outra coisa. 

Era como se estivesse apodrecendo de dentro para fora. 

Correu as mãos pelo corpo desejando o limpar do que quer que aquilo fosse. As veias se tornaram maiores como quem se alimentava. 

Virou-se para que suas costas encontrassem o espelho e deixou-se cair ao chão.. 

Poderia estar enganada. Desejava com tudo o que lhe sobrava, que estivesse errada. 

Era a punição perfeita para aquela que desafiou a morte ao continuar viva. Aquela era a maneira de lhe dizerem que não havia algo como um “feliz para sempre,” para alguém como ela. 

Pela maneira como as veias apareciam e cresciam não precisando mais do que um simples atrito...

Talvez tivesse menos tempo do que imaginava. 

Veneno de lobo.


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