Beau Swan and Edythe Cullen escrita por Mrs Darcy


Capítulo 8
Capítulo 8 - Uma nova amizade


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de pedir desculpas à todos os leitores pelo meu sumiço. Coisas da faculdade me deixaram ocupada. Além de querer agradecer por todos que estão acompanhando e aqueles que favoritaram. Vocês estão me dando força para continuar e eu estou muito feliz. Mas, como prometido, aqui está mais um capítulo.

Uma promessa vai se realizar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714961/chapter/8

Pov Beau

—Por favor, diga alguma coisa. - Toquei nos joelhos dela. Edythe estava imóvel. E, acredite quando eu digo que não há ninguém que fique tão imóvel quanto um vampiro. Ela permanecia em silêncio com o presente que eu dei em mãos. Um monte de coisa passou pela minha cabeça, será que ela não havia gostado? Eu fiz alguma coisa errada? Não deveria ter comprado?

—Beau... Beau. - Ela soltou de repente. Ela virou o rosto e abriu um largo sorriso para mim. Seus olhos se iluminaram, e aquele aperto do meu peito, sumiu tão de repente quanto apareceu. - Você é maravilhoso, sabia? - Mantive-me boquiaberto, aquelas palavras ainda ecoavam na minha mente. Eu? Maravilhoso? Eu não esperava por aquele elogio. 

—Sou? - Indaguei em voz alta. Devo ter parecido um pateta falando aquilo em voz alta. Edythe riu de mim, sua risada inocente me fez lembrar de uma criança. - Quero dizer, você gostou? - Gaguejei feito bobo.

—É claro que gostei! Eu adorei, Beau. - Ela deixou o presente na cama e se virou para mim. Edythe tocou em meu rosto e sorriu para mim. Seus olhos dourados iluminaram-se. - Não precisava me dar nada, você não precisava....

—É claro que precisava. Você é importante para mim. - Peguei em suas mãos, sorri para ela. Edythe mordeu os lábios e desviou os olhos para a caixinha de música. 

—Isso me lembra da minha vida de humana. Eu sei que às nossas memórias de humanos vão acabando com o tempo, mas... Isso me lembra. Ainda tenho um pequeno vestígio em minha memória. E você me recordou disso, obrigada. Obrigada, Beau. - O seu sorriso foi melhor do que qualquer coisa que eu já tenha visto.

Sorri feito bobo para ela em resposta. Eu ainda não tinha palavras para descrever o quanto aquele sorriso iluminava o meu dia. 

Edythe virou-se e pegou sua caixinha de música. Ela abriu a caixinha e deu corda. A bailarina subiu e começou a rodar com o soar da música. Seus olhos não desgrudaram da caixinha de música por um minuto. Ela sorria o tempo todo durante a música. A música me lembrava uma antiga canção de ninar que ela cantava. Uma música que ela cantou para mim quando passamos a noite juntos em meu quarto. 

Quando a música parou, ela virou-se para mim. Com um sorriso no rosto, Edythe apoiou a cabeça em meu ombro.

—Esse foi um dos melhores presentes que eu já ganhei em toda a minha existência. Obrigada por tudo, Beau. - Ela disse baixinho. 

Sorri para ela. Grato por ela ter gostado, e grato por ela estar em minha vida. Que se tornou muito melhor depois que ela apareceu. Claro que teve sacrifícios que tive que fazer, mas eu estava feliz por estar com ela. No fundo eu sabia disso.

—Como estão os dois pombinhos? - Ouvimos a voz familiar de Archie na porta. Nos viramos e nos deparamos com ele, ele estava sozinho. Jess deveria estar lá embaixo. 

—Estamos bem. - Edythe levantou e depositou a caixinha de música em cima da cômoda. Com cuidado, como se fosse algo de vidro ou porcelana que pudesse quebrar com o menor toque.

—Você gostou do presente, Edythe? - Archie perguntou para ela com um sorriso. Edythe se virou e cruzou os braços. Mantive meus olhos nela, ela riu. 

—Eu adorei, Archie. - Ela riu.

—Eu sabia que você ia gostar. Eu vi isso, sei de tudo. - Ele riu convencido. Edythe trocou um olhar rápido comigo, havia certo divertimento em seus olhos. Eu ri baixinho. Archie entrou no quarto com passos rápidos e graciosos, como os de um dançarino. 

—Espero que tenha se comportado na minha ausência. - Edythe cruzou os braços e olhou para o irmão. Archie levou às mãos ao peito, indignado pela desconfiança da irmã. Eu segurei o riso ao ver a expressão de incredulidade em seu rosto.

—Que mente à sua, cara irmã. Eu me comportei muito bem, obrigado. Caso tenha dúvidas, questione ao seu fiel namorado. Agora será que você se comportou enquanto estávamos fora? Nós sabemos perfeitamente como você lida com o seu gênio. - Eu não segurei o riso dessa vez, Edythe abriu a boca, desacreditada.

—Eu lido muito bem com o meu humor, muito obrigada. - Ela respondeu ao irmão com uma certa descrença na voz. Archie e eu rimos.

—Nós sabemos que sim. - Archie riu de braços cruzados.

—E como foi o passeio de vocês? - Edythe perguntou.

—Foi bom, Beau não fugiu de nós, desta vez. Como você pode ver. - Ele apontou para mim e deu uma rápida piscadela para ela. Edythe bufou. - Cuidamos muito bem dele. Deveríamos fazer mais passeios assim. Eu recomendo que seria muito bom para o novo membro da nossa família. 

—Hã... Edythe? - Uma voz diferente veio da porta. Nossos rostos se direcionaram para aquela direção e nos deparamos com a última pessoa que eu esperava que aparecesse ali. Royal.

Bem, eu e Royal não éramos amigos. Ele nunca gostou ou aparentou gostar de mim. Quando fui conhecer os pais de Edythe, ele não estava lá. Eu preferia ficar longe do caminho daquele cara. De certo modo, ele me intimidava de uma forma que eu não sabia explicar. Não sei se era pelo tamanho dele ou pela forma raivosa que ele olhava para mim, toda vez que eu direcionava os olhos para ele. Eu sabia que ele não aprovava o meu relacionamento com Edythe, mas ela nunca ligou. 

O cara estava bem ali. De braços cruzados, nos olhando. Não parecia com raiva, parecia... Desconfortável. Olhei para Edythe e os dois tiveram uma rápida conversa silenciosa, que eu não entendi. Algo estava rolando ou esteve rolando enquanto estive fora. 

Royal pareceu perder a discussão. Ele rolou os olhos e bufou, parecia contrariado. 

—Hã... Eu estava pensando, se você... Estava pensando se você gostaria de se juntar à mim... Gostaria de caçar comigo hoje, Beau? - Seus olhos foram para mim. Mantive-me boquiaberto, como eu reagiria à aquilo? Bom, não era exatamente o convite que eu esperava. Não era algo que eu pudesse esperar.

Ouvi a risada de Archie. Ele estava se divertindo com aquilo, Edythe lançou um rápido olhar para ele. Como se mandasse ele se calar. Olhei para ela buscando apoio. O que eu faria nessa situação?

Pov Edythe

Beau olhava para mim buscando apoio. Parecia esperar que eu enxotasse Royal do quarto ou que eu respondesse por ele. Ele claramente não estava gostando disso, e muito menos Royal. Que preferia morrer ao estar ali.

Busquei dar à ele apoio. Tentei dar à ele incentivo silenciosamente. Sorri para ele e ele pareceu entender o meu olhar. Eu só gostaria de poder ler sua mente naquele momento. Gostaria de saber o que se passava na sua cabeça naquele momento. O que ele estava pensando ao olhar para mim. 

Royal e sua mente perturbadora. Quando ele entrou no quarto, pude ver exatamente o que se passava em sua cabeça. E eu não gostei do que vi. Mais tarde teríamos uma conversa, sua voz mental estridente me irritava toda vez que eu lia seus pensamentos.

Senti os dedos de Beau apertando os meus.

—Hã... Tem certeza de que não quer que Edythe vá com você? Ela tem mais experiência no assunto. Eu não sei caçar direito, ainda. Tenho certeza de que você não vai querer que eu o atrapalhe. - Beau voltou os olhos para Royal e falou aquelas palavras com timidez. 

Archie deu outra risadinha.

—Não tenho problemas com isso... Acho que seria interessante para nós... Nós conhecermos melhor. Já que você faz parte da família agora. - Sorri para Beau esperando sua resposta. Ele parecia hesitante e incerto sobre aquilo.

—Não se preocupe, vai dar tudo certo. - Sorri para ele. - E quando voltar, quero que me relate tudo o que aconteceu. 

—Hã... E-Eu...

—Royal não vai te machucar, Beau. - Eu ri com divertimento daquilo. Archie acompanhou a minha risada. Royal revirou os olhos. - Ele só tem essa cara de emburrado, mesmo. E se ele te machucasse, não ia conseguir fugir de mim. Nós dois sabemos quem é o mais rápido aqui. - Lancei um olhar para ele e ele bufou, impaciente. Archie riu.

Beau parecia desconfortável.

—Tudo bem. - Beau disse, ainda incerto.

—Ótimo. Espero você lá embaixo. - Royal desapareceu tão rápido quanto entrou.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

—Bem, isso foi interessante. - Archie disse com um sorriso no rosto. - Não se preocupe, Beau. Já vi como isso vai acabar, e você sobrevive em setenta porcento das estatísticas. - Ele riu com divertimento.

—Pare com isso, Archie. - Chamei sua atenção. Beau olhou para mim, agora assustado com às palavras de Archie. - Archie só está brincando. Sabe como ele gosta de ser inconveniente. 

—Ei! 

—Tenho certeza de que eu ouvi Jess te chamando lá embaixo. - Cruzei os braços e apontei para à porta.

—Sério? Eu não ouvi nada. - Ele riu.

—Anda, Archie. - Falei já irritada. 

—Olhe só o seu humor. - Ele apontou para mim e saiu pela porta com passos rápidos. Voltei meus olhos para Beau. 

—Edythe... 

—Vai dar tudo certo. - Toquei em seu rosto. 

—Por quê eu sinto que tem dedo seu, nisso? - Ele tocou em minhas mãos que estavam em seu rosto.

—Bom... Talvez tenha. 

—Ah... - Ele suspirou.

—Vai ser bom. Eu sei que vai! Royal prometeu se comportar. 

—Vem comigo. - Ele levantou. 

—Bom, era para ser só vocês. 

—Mas... Eu terei mais confiança e ficaria mais confortável com você lá. Eu nem sei ou conheço o cara o suficiente para ficar sozinho com ele. E ele não gosta de mim.

—Gostar... Acho que é uma palavra meio definitiva. - Refleti.

—Edythe...

—Confie em mim. Vai dar tudo certo.

Beau encostou sua testa à minha e fechou os olhos. Apreciei aquilo em silêncio. Eu adorava quando ele o fazia. 

—Melhor não deixar ele esperando. - Ele falou baixinho.

Sorri em resposta.

Pov Beau

Carine e Earnest estavam lá embaixo. Aparentemente ela parecia ter acabado de voltar do hospital. Ao me ver com Edythe, ambos sorriram. Pareciam estar felizes por verem a filha deles feliz. Eleonor veio até nós. Tinha uma expressão de riso no rosto, parecia estar se divertindo com tudo aquilo. Assim como Archie e até Jessmine que estavam no canto da sala, perto da janela. 

—Eu iria com vocês, mas Edy não quer. - Eleonor passou o braço maciço como ferro em volta do meu pescoço e no de Edythe. Senti aquele aperto desconfortável. Edythe revirou os olhos. 

—Ah, se vocês pudessem ver o que eu vejo. - Archie riu.

—Guarde suas visões para si mesmo. - Edythe chamou sua atenção. - Alguma novidade, Carine? - Edythe virou-se para sua mãe.

Carine desenrolou o echarpe azul do pescoço. Earnest a ajudou com seu casaco e o pendurou. 

—Nada novo. Alguns recém chegados no hospital, apenas. Espero que tenha sido divertido em Seattle e na escola. - Ela sorriu de uma forma carinhosa para Edythe.

—Foi bem interessante, creio eu. - Archie respondeu por ela. 

—Roy está te esperando lá fora. - Eleonor sorriu. Eu sabia perfeitamente que ela estava adorando tudo aquilo. 

Cocei a garganta e olhei para Edythe. Ela apertou a minha mão e disse que iria comigo até lá fora. Saímos com passos silenciosos, Royal estava realmente lá fora. 

De costas olhando para a floresta de braços cruzados. Ele se virou quando nos escutou sair, Edythe e ele trocaram um olhar e ele assentiu. Queria descobrir o que estavam falando.

—Vamos. - Ele saiu na frente.

Virei-me para Edythe e ela beijou minha boca rapidamente. Apreciei aquele beijo rápido. Ela sorriu para mim, desci os degraus à sua frente e segui atrás de Royal.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aproveitem :)