Beau Swan and Edythe Cullen escrita por Mrs Darcy


Capítulo 23
Capítulo 23 - A campina


Notas iniciais do capítulo

Sei que andei meio sumida. Mas, quando se está na faculdade e tem milhões de trabalhos... Não é fácil. Então decidi escrever um capítulo esta tarde, para todos que queriam mais um trechinho da estória.



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Pov Beau

Eu estava encostado na parede, sentado no tapete felpudo do meu quarto e de Edythe, lendo mais um dos meus livros naquela tarde. Deveria ser lá pelas quatro da tarde, tudo estava calmo. Carine estava no hospital, Archie havia saído com Jess. Eleonor, Royal e Edythe haviam ido caçar. Earnest estava no andar de baixo, vendo TV. 

Eu já estava na metade do livro. O sol da tarde invadia as janelas e aquecia o tapete. Um sorriso cresceu nos meus lábios, pude ouvir as vozes de Edythe e dos outros se aproximando.

Levantei e os vi saindo das árvores. Fechei meu livro, e usei a minha velocidade para descer lá embaixo. 

Encostei na soleira da porta com os braços cruzados. Observando aquela cena dos três. Eleonor vinha de mãos dadas com Royal, lembrava da primeira impressão que eu tinha deles. Royal, o rei do baile dourado. Alto, os cabelos loiros presos em coque. Vinha com uma camisa de manga longa da Addidas azul marinho. Combinava com Eleonor, que usava um suéter de lã da mesma tonalidade. Os cabelos castanhos mal presos em um rabo caído nos ombros. Eleonor poderia intimidar um lutador de MMA apenas pelo seu tamanho e o seu olhar feroz. 

Atrás deles estava Edythe. Edythe... Vê-la sorrindo era uma das melhores coisas do mundo para mim. Ela usava uma regata branca, por baixo de um suéter cor de pêssego, uma calça jeans e tênis.

Os cabelos cor de bronze soltos caídos pelos ombros. Ela sorriu para mim, o sol refletiu o brilho de seus olhos cor de mel. Pude ver as covinhas no canto de suas bochechas. 

Aproximei-me com as mãos no bolso. Edythe veio até mim e se jogou em meus braços. Passei meus braços ao redor dela. Edythe afundou o rosto em meu peito, ouvi a risada de Eleonor.

Tudo parecia tão certo. Nós quatro ali, Edythe em meus braços. Parecia que tudo no mundo estava em seu devido lugar. 

—Como foi? - Perguntei.

—Eleonor pegou a maioria. - Edythe disse ressentida.

—É claro. Eu sou a mais forte da família.

—Ah, mas é claro. - Royal revirou os olhos.

Eleonor deu um soco de brincadeira em seu ombro. Um soco que poderia facilmente quebrar um ombro humano.

Apoiei meu queixo na cabeça de Edythe.

—Pode até ser. Mas, eu sou a mais rápida. - Edythe sorriu convencida.

—Edythe pegou os dois primeiros. Pobres cervos, ela pulou tão rápido em cima deles, achei que ia ser atacada também. - Eleonor se queixou.

Edythe fez uma careta.

—Já me senti assim também. - Comentei. Eles riram, Edythe me empurrou rindo da minha expressão. 

—E qual é a programação de vocês? - Royal quis saber.

—Nada demais. Acho que vamos dar uma volta. - Edythe disse com um sorriso. Sorri de volta. Eleonor fez uma careta, como se estivesse tentando ler a mente de Edythe. Eu sabia como ela se sentia, eu tentava também. Várias vezes decifrar as expressões de Edythe.

—Nos vemos depois. - Royal sorriu e saiu de mãos dadas com Eleonor. Eleonor fez um gesto em sinal de que estava de olhos em nós. Deixei em escapar uma risada.

—Aonde vamos? - Perguntei quando adentramos na floresta.

—Que tal uma corrida? - Edythe seguia na frente. Ela se virou com um sorriso cheio de covinhas, os dentes brancos à mostra. 

—Não seria muito justo, hm? - Seguia atrás dela.

—Por favor? - Ela riu.

Fiz uma careta.

—Aonde vamos é muito longe? - Perguntei.

—Ah, não se preocupe em ficar cansado. Eu carrego você. - Ela riu da sua própria piada e eu deixei escapar o riso.

—Está bem, Sra Cullen. - Falei rendido.

Em segundos, ela não estava mais lá. Eu ainda conseguia ouvir a sua risada ecoando pela mata. Me pus a correr atrás dela, apertei o passo e corri o mais rápido que eu pude.

As árvores iam ficando para trás. A casa havia sumido naquela imensidão verde. Edythe deveria ter diminuído o passo, pois eu consegui alcança-la. Mérito antes não conseguido, eu podia ver o seu sorriso em seu rosto. Ela virou o rosto e olhou para mim, era como se eu pudesse vê-la em câmera lenta. 

Mas, isso foi antes dela desaparecer novamente. Pulei um tronco caído e continuei a seguir seu rastro. Convencendo a mim mesmo a alcança-la de novo. 

Corremos quilômetros. Em minutos estávamos tão longe da casa, que eu não podia distinguir mais aonde estávamos. 

Até que finalmente o rastro de Edythe havia sumido. Eu podia ouvir o som de um rio, parei. Andei com passos lentos e sai por entre as árvores. Pude finalmente localizar aonde estava. 

A campina. A campina aonde Edythe finalmente se revelara o seu verdadeiro eu para mim. 

As flores haviam crescido desde a última vez que eu estive aqui. Andei com passos lentos me aproximando do local. Me lembrava com clareza de mim humano e tão frágil com Edythe nesse lugar. 

Me aproximei. 

—Surpresa! - Sua voz soou como um sussurro. Sua intenção era de me pegar por trás, mas eu fui mais esperto e adiantei seu movimento. A peguei em meus braços e ambos rolamos no chão.

Eu acabei ficando por cima de Edythe.

Ela ria de mim. Não pude deixar de rir ao vê-la em meus braços.

Sai de cima dela e sentei no chão. Edythe sentou-se ao meu lado e cruzou as pernas. Com a postura ereta e perfeita. Os cabelos cor de bronze bagunçados pela nossa brincadeira.

—Eu quase te peguei. - Ela reclamou.

—Quem sabe da próxima vez. - Pisquei e ela riu me dando um empurrãozinho.

—Esse lugar mudou, não é? - Ela riu olhando em volta. 

—Nós também. - Observei. Peguei um pedaço de grama e eu o desfazia em meus dedos. Sentia os olhos de Edythe em mim me observando.

Coli uma flor que havia na campina. Passei uma mecha do seu cabelo cor de bronze para trás da orelha. E pus a flor ali. Era de uma flor branca, e combinou perfeitamente com ela. 

Edythe sorriu com o gesto.

—Gosto desse lugar. - Edythe deitou na campina. Observei-a com um sorriso, deitei ao seu lado.

A luz do sol bateu em nossos rostos, eu poderia ver a sua pele branca cintilante refletindo a luz do sol. Era tão lindo, estiquei a minha mão para tocar em seu rosto. Eu não era mais comum, eu era como ela. Minha mão estava assim como o seu rosto.

—Vivi por tanto tempo sozinha. Finalmente estou feliz por ter alguém ao meu lado comigo. - Ela sorriu e os dentes brancos apareceram.

—Estou feliz por estar ao seu lado. - Entrelacei os nossos dedos.

Edythe se aproximou e deitou em meu peito.

—Archie está louco para que voltemos para a casa. - Ela riu.

—Posso saber o motivo? - Eu acariciava suas costas.

—Devemos ir. Não quero estragar a surpresa. - Edythe se afastou dos meus braços e logo já estava de pé.

Ela estendeu a mão com um sorriso.

—Vamos preguiçoso. - Ela riu.

Resmunguei e levantei limpando a minha calça.

—Sabe, há muitas definições para essa palavra. Mas, acomodado é a minha preferida. - Eu disse enquanto andávamos. 

Edythe deu risada e eu ri também. 

—O que acha de dar uma carona para a sua esposa? - Ela riu propondo.

—Sabia que você ia dizer isso. - Eu ri abaixando-me. Edythe pulou sob as minhas costas e eu a apanhei sem dificuldade. Ela passou os braços ao redor do meu pescoço e as pernas ao redor da minha cintura.

Continuei andando sem nenhuma dificuldade. 

—Vou gostar da surpresa? - Perguntei pensativo.

—Acredito que sim. 

—Então há a possibilidade de eu não gostar?

—Beau, você vai amar. - Ela riu.

Eu ri baixinho. 

Seguimos até a casa. Foi um trajeto um pouco longo, mas conversamos o caminho todo. Edythe pulou do meu colo e caiu sob o gramado como um gato. Perfeitamente impecável.

Archie estava à vista com as mãos atrás do corpo e um sorriso.

—Achei que os pombinhos não voltariam nunca.

—Beau estava preguiçoso demais. - Edythe riu.

—Edythe estava dando trabalho. - Comentei tirando uma risada dos dois.

—Como sempre. - Archie concordou e ela fez uma careta.

—Aonde está? - Perguntei olhando em volta.

Os olhos brilhantes de Archie mostravam entusiasmo.

—Sigam-me, pombinhos. - Ele tomou à frente e nos levou para dentro da floresta novamente.

Edythe estendeu sua mão e eu a segurei. Ela ria da minha expressão, e eu curioso, segui ambos para aonde quer que estivessem me levando.


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