Até onde os Ventos Me Levarem escrita por Hiori_09


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo estava pronto antes mesmo de eu postar a fic, mas fiz algumas modificaçoes. acho que ficou melhor assim. se gostarem deixei reviews .bgs



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E lá estava eu, sozinha novamente, já estava ficando escuro e Ikuto ainda estava no banho. Me deitei na cama de Ikuto e acabei pegando no sono.

 

-

 

Acordei com o barulho de um trovão, olhei para o relógio que se encontrava em cima da cabeceira da cama e vi que já eram 21 horas. Sentei-me na cama e vi que Ikuto estava sentado no assoalho com uma das pernas esticada e a outra flexionada, suas mãos apoiadas no chão, em frente à porta de vidro fitando o céu chuvoso.

 

- Ikuto. – Chamei

 

- Que pervertida, dormindo na minha cama. – disse com um tom de deboche, levantando-se e vindo em minha direção.

 

- Eu peguei no sono sem querer, já que você ficou gastando toda a água da cidade no seu banho demorado. – respondi no mesmo tom de deboche. – Yoru já voltou! – avisei, tentando mudar de assunto.

 

- Eu sei disso. – disse, deitando-se na cama. – Acho que essa chuva não vai parar tão cedo. Vai passar a noite aqui? – sorriu maliciosamente.

 

- Não seja idiota! – resmunguei.

 

- Já está tendo pensamentos pervertidos outra vez? – perguntou. – Você não tem jeito mesmo.

 

- NÃO ESTOU! – gritei.

 

Ikuto começou a rir. Outra vez eu havia caído em suas provocações bestas e infantis.

 

- Não ria! – fiz careta.

 

Ficamos conversando até as 23 horas. A chuva diminuíra bastante.

 

- Ikutoo... A chuva está parando... – falei baixinho.

 

- Eu sei, eu vi. – falou despreocupado, enquanto lia um mangá deitado na cama.

 

-Acho que já vou indo, se esperar mais a chuva pode voltar. – disse, levantando-me da cama e indo em direção ao banheiro, minhas roupas usadas anteriormente encontravam-se ainda um pouco úmidas, mas eu poderia usá-las para ir até minha casa.

 

- Ok, eu te acompanho. Não é seguro andar por aí à noite, pode aparecer um pervertido. – propôs irônico, largando seu mangá em cima da cama.

 

- Ora, que irônico, um pervertido irá me acompanhar para me proteger de pervertidos. – falei rindo, fechando a porta do banheiro para trocar de roupa.

 

- Hunn... Que ingrata. – Pude ouvir sua voz, por traz da porta do banheiro.

 

Quando saí do banheiro, Ikuto estava me esperando sentado na cama.

 

Saímos do quarto de Ikuto e fomos até a porta da casa, a mulher que encontramos antes não mais se encontrava lá.

 

O caminho todo foi tranquilo, conversamos sobre coisas fúteis como de costume, era bom estar com Ikuto, mesmo não querendo admitir, ele me fazia bem.

 

- Chegamos. – anunciou inutilmente, é obvio que eu saberia quando chegássemos à minha casa.

 

- Obrigada por me acompanhar. – agradeci. Seus olhos fitavam-me diretamente, seu corpo aproximando-se do meu, ultrapassando os limites postos por mim.

 

- Vai me agradecer só com um simples “obrigado”? – Meus pensamentos congelaram, estava imóvel, não poderia reagir à aquilo... por algum infeliz motivo.

 

Senti meu rosto corar, era como se houvesse uma ligação, uma força que atraia nossos corpos. Os olhos de Ikuto naquele momento penetravam nos meus, uma vontade imensa de tê-lo para mim tomou conta de meu corpo e minha mente. Eu não resistiria à mais um segundo se permanecesse ali, precisava fazer alguma coisa à respeito, não podia cometer nenhum ato impensado ou precipitado. Pois eu sabia que ele só estava mexendo com meus sentimentos e depois de me deixar confusa ele começaria a rir e dizer “Não fique tão empolgada, sua pervertida”.

 

O que Ikuto queria de mim afinal? Por que ele mexia tanto comigo, por que eu me sentia tão atraída por ele? Respostas que eu jamais obteria.

 

- Amu... – pousou sua mão direita sobre minha cintura, trazendo-me mais para perto de si.

 

- Ikuto... – gemi, senti que lágrimas viriam aos meus olhos á qualquer momento, fechei meus olhos levemente, como se estivesse recusando algo que estava prestes a acontecer ali.

 

Pousou sua cabeça sobre meu ombro esquerdo, como que por desistência. – Boa noite. – desejou, ao virar-se para ir embora.

 

Surpreendeu-se quando segurei a manga de seu casaco, como que o impedindo de ir embora. – Boa noite. – respondi, olhando profundamente em seus olhos.

 

Notei seu leve sorriso de canto, ele havia conseguido, de novo, provocar aquelas reações impulsivas em mim.

 

Ikuto apenas continuou a andar. Aquele doce jogo de sedução ainda estava apenas no começo.

 

- Tadaima! – Falei ao entrar em casa, retirando minhas botas sujas de areia e colocando minhas pantufas que esperavam por mim na porta.

 

- Okaerinasai! Amu-chan, onde estava até essa hora? – Perguntou minha mãe, preocupada.

 

Hesitei antes de responder.

 

- Na casa de uma amiga, começou a chover e acabei ficando por lá pra esperar a chuva passar. – menti.

 

Mentiras não eram meu forte, e eu também não gostava de usá-las, mas tinha certeza de que se eu contasse a verdade, minha mãe ficaria pensando besteiras.

 

Subi as escadas e fui para meu quarto, voltara a chover, estava cansada de mais para fazer outra coisa além de dormir. Deitei-me na cama e peguei no sono de imediato.

 

Aquela noite foi muito longa e chuvosa, mas dormir com o barulho da chuva batendo na janela não era uma coisa da qual eu reclamaria.

 

-

 

Acordei ao despertar do relógio. Tomei banho, vesti meu uniforme, tomei café da manha, peguei minha mochila e fui para a escola como o de costume.

 

Minhas Charas estavam bem tranquilas nessa manha, no caminho da escola foram conversando e brincando. Meus pensamentos estavam confusos, minha cabeça no mundo da lua. A noite passada havia sido muito longa e cheia de acontecimentos.

 

A aula passou rápido, nos dois primeiros períodos depois do recreio nosso professor de História não veio, então ficamos conversando na sala de aula. Rima contava-me sobre sua viagem que fizera recentemente para a Espanha. Divertia-me enquanto ela contava sobre os garotos que a paqueravam com cantadas fúteis.

 

Meu celular começara a tocar, surpreendi-me quando vi que o número a me ligar era o de Utau. Há quanto tempo não nos víamos...

 

Rima apenas observava enquanto eu matava as saudades no celular, Utau poderia ser cabeça dura às vezes ‘ou quase sempre’, mas era uma pessoa na qual eu admirava muito, uma amiga.

 

- Rima, tenho um convite pra você! – anunciei ao desligar o celular.


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Notas finais do capítulo

reviews?