Humano outra vez escrita por Elvish Song


Capítulo 1
Humano outra vez


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas! Nessa comoção toda com o teaser de A Bela e a Fera (prestes a sair, em março de 2017), veio-me a inspiração para uma short-fic! Tomara que gostem!



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  Final da primavera

                Bela deixou escapar um gritinho ao ser puxada para dentro do lago raso por Adam; caindo no colo dele, esbravejou:

                - Mas parece uma criança! – e riu – agora estou encharcada!

                - Isso é por rir de minha queda – devolveu ele, nem de longe lembrando a Fera cruel e ameaçadora que a moça conhecera no final do último outono. Tão encharcado quanto ela, devido ao tropeção, levantou-se e estendeu a mão para ajuda-la a se levantar, antes de torcer os próprios cabelos que pingavam água. Apesar da situação cômica, Bela conhecia bem demais seu noivo, e falou:

                - É só uma questão de tempo, Adam... Ainda está se acostumando a ter um corpo humano, outra vez... – e acariciou o rosto de beleza rara, beijando-lhe os lábios – vamos passar por isso, como passamos por coisas piores.

                Ele fechou os olhos, parecendo envergonhado, e sussurrou:

                - Bela, eu só quero ser o homem que você merece... Mas como posso fazer isso se mesmo ser um homem parece tão difícil? Ainda tenho reflexos como me abaixar para me apoiar nos braços, rosnar... Esqueço-me que não tenho mais a mesma força, e faço papeis ridículos quando, distraído, tento saltar todo um lance de escadas de uma vez só... É um tanto humilhante, para mim... Mas como isso deve ser para você?!

                - Confesso que um pouco engraçado – disse ela, doce e gentil, rindo para animá-lo – não seja bobo, Adam: eu o amei quando você tinha pelos, três metros de altura, chifres e dentes proeminentes, sem falar num mau gênio infernal! Acho que posso lidar com tropeções e falta de jeito, até você se acostumar com sua nova forma.

                Ele sorriu e segurou a mão da garota contra seu rosto, beijando-a antes de perguntar:

                - O que eu faria sem você?

                - O que eu faria sem você? – devolveu a moça, pensando em como, sem Adam, sua vida provavelmente teria sido um casamento com Gaston (a simples ideia a deixava enojada), pois seu pai teria morrido nos dentes dos lobos, caso não encontrasse o castelo. E sem a proteção do pai, com toda a aldeia apoiando aquele maldito caçador, ela duvidava muito que sua vontade fosse ser um fator considerado... Mas tudo isso ficara na sombra de uma possibilidade jamais concretizada, pois aquilo que lhe parecera algo horrendo, no começo, terminara com um amor e alegria com os quais apenas sonhara. – Agora, penso que devíamos nos trocar... Estamos ensopados.

                - Vou ficar como estou; tenho aula de esgrima com Pinchet, agora. – o rapaz dobrou os punhos das mangas – as roupas se secarão logo, enquanto estiver ao sol.

                - Continuou mesmo as aulas de esgrima? – perguntou Bela, dando o braço a seu noivo, disposta a acompanha-lo.

                - Bem, já que não tenho mais garras, presas nem a força de um urso... Suponho que eu deva aprender esgrima, não é? – Bela mal pôde acreditar que ele fizera uma piada de si mesmo! Ah, como era bom vê-lo se tornando alguém cada dia melhor!

                - Acha que ele me ensinaria, também? – questionou a garota, quando cruzavam a ponte em direção ao pátio de armas.

                - Esgrima?! – Adam riu – Bela, você faz o que quer, e nem penso em me opor, mas... Você não machucaria uma mosca.

                - Eu me defendi dos lobos, antes de você chegar!

                - Está certo, grande guerreira – ele ergueu as mãos, numa rendição – mas não dou três dias para você desistir. – o tom de diversão na voz dele a fez sorrir. Na verdade, com ele, sorria como não fazia desde que era pequena. Sim, ela era feliz, de um modo que não havia como explicar.

*

                Final do verão

                Depois de quebrada a maldição, Bela tivera a chance de descobrir mais a respeito de Adam e sua história: filho de condes, ficara órfão de pai ainda muito cedo, antes dos cinco anos. A mãe morrera ao dar à luz, de modo que o menino fora criado por tutores que faziam todas as suas vontades, pouco contribuindo para corrigir os vícios de seu amo. Quando da maldição, todos os criados e animais haviam congelado no tempo – à exceção do próprio Adam – e retomaram exatamente o aspecto e idade que tinham, dez anos atrás. Quanto à Fera, passara de um menino arrogante, mimado e egoísta a um rapaz forte e cortês, que agora fazia o possível para se acostumar a se humano, novamente.

                A maldição não abrangera apenas o palácio, mas também todas as terras comandadas pelo jovem: os camponeses e burgueses simplesmente se esqueceram do conde, de sua família e de que alguém, algum dia, os havia governado; o rei da França pouco ou nada se importara com aquela região, que ficara esquecida. Mas com o retorno do conde, parecia que aqueles dez anos não haviam existido, e a correspondência real começou a ser enviada como se o condado jamais houvesse sido relegado ao esquecimento. Com isso, Bela e Adam descobriram ter muito que aprender, dando graças à boa-sorte de terem consigo todos os tutores e preceptores necessários à formação de um jovem governante.

                Para a moça, viciada em livros como sempre fora, era mais fácil prestar atenção às longas e maçantes horas debruçada sobre manuais de etiqueta, cartas da nobreza ou árvores genealógicas; Adam, por sua vez, esforçava-se para aprender, mas preferia muito mais descobrir os limites daquele novo corpo, exercitando-se na praça de armas, cavalgando – sua noiva rira muito das primeiras tentativas dele com um cavalo, todas resultantes em queda – ou, nas tardes que já se tornavam frias com o fim do verão, entretendo-se com livros sobre povos distantes e terras desconhecidas.

                - Amo, preste atenção! – censurou Horlòge, ao ver que o conde devaneava outra vez, distraindo-se da aula – precisa aprender a lidar com a hierarquia nobiliárquica!

                - Sim, Horloge... – concordou Adam; de tudo o que precisava aprender, as aulas sobre etiqueta na corte eram a única coisa que não lhe despertavam o mínimo interesse. Não gostava da ideia de ir à corte real, e muito menos queria receber nobres desconhecidos por ali. Mas é claro que teria de fazê-lo, quando de seu casamento com Bela, na primavera! E só por causa dos estudos de ambos é que haviam protelado a cerimônia; afinal, tudo tinha de correr perfeitamente, num dia tão especial para ambos!

                A aula pareceu durar uma eternidade, mas ao fim dela o rapaz sabia diferenciar um duque de um barão, e como se dirigir a um marquês ou visconde, e Horloge estava muito satisfeito. Seu patrão era inteligente, tendo como defeito a indolência que lhe fora habitual por dez anos, mas contra a qual lutava agora, para se tornar o que o próprio Adam definia como “um homem completo”. Levemente irritado e com a cabeça girando, o jovem deixou a sala e fugiu para os jardins, mais precisamente para o lago junto ao roseiral, que era o lugar favorito de sua noiva.

                Com efeito, lá estava ela, junto com o pai. Maurice continuava exatamente o mesmo que sempre fora, cada dia mais brilhante – a biblioteca com que Adam presenteara Bela fora um presente estendido ao futuro sogro, pelo visto – e, aos olhos do moço, um pouco maluco. Metade das invenções do ancião não tinham utilidade prática, e a outra metade geralmente explodia nas experiências... Mas eram divertidas e havia um estranho deleite em ouvir as explicações do senhor acerca do funcionamento de cada coisa. E se isso o realizava, bem... Para isso existia o porão, onde as explosões e ferramentas espalhadas não machucariam ninguém.

                - Boa tarde, Monsieur, Mademoiselle. – saudou ele, executando uma reverência que por um triz não o fez cair de nariz no chão. Bem, a cauda fazia falta, às vezes... Mas pelo menos não chegara a cair, o que era uma vitória, no seu entender. Maurice e Bela o cumprimentaram de volta e, ao ver a filha abraçar o noivo, o ancião falou:

                - Bem, estou quase terminando de reconstruir o cortador de lenha! Vou voltar ao trabalho e deixa-los conversar! – e deixou o lugar com uma pilha de livros sob os braços gorduchos. Vendo o sogro ir embora, o homem perguntou a sua noiva:

                - Tem certeza de que é seguro deixa-lo sozinho com Hache? – Hache era o encarregado da caldeira, e já fora um machado, durante a maldição - aquele machado não é muito são das ideias...

                Bela riu baixinho, lembrando-se do estranho chefe das caldeiras... Simpático, como todos os demais! Mas Adam talvez tivesse razão quando dissesse que deixa-lo a sós com Maurice talvez não fosse uma boa ideia, uma vez que ambos eram obcecados por máquinas e tendiam a explodir coisas...

                - Se o castelo ainda não foi pelos ares, certamente não irá mais. – respondeu ela, puxando o noivo para seu lado, na grama. – Como foi com Horloge?

                - Uma enorme chateação, mas aprendi alguma coisa. E você, com Madame Samovar?

                - Decorar cardápios, que tipo de bebida combina com qual prato, quais decorações são adequadas para cada ocasião... – ela suspirou – preciso de uma dose de imaginação, depois disso.

                - Somos dois. – deixaram-se cair de costas na grama, juntos, e fitaram o céu pontilhado por nuvens esparsas. Alguns passarinhos esvoaçavam pouco acima, nas copas das árvores, e o conde perguntou – já sonhou em ter asas?

                - Todos os dias da minha vida. – respondeu a garota, apoiando-se num braço, e mais uma vez Adam sentiu aquela pontada aguda do mais puro amor: usando um vestido verde-claro de mangas curtas, os cabelos soltos a emoldurar seu rosto de anjo, o olhar irradiando ternura e meiguice, ela parecia um sonho belo demais para ser real. Como se para se certificar de ela ser real, o moço estendeu a mão e acariciou-a delicadamente. – o que foi?

                - Apenas tendo certeza de que você é real, e não o melhor sonho que já tive. – sorriu ele, sentando-se e puxando-a para seu colo. Trocaram um beijo carinhoso, esquecendo-se de tudo o mais, perdendo-se um no outro por aqueles segundos. Quando se afastaram, a garota olhou para o céu e calculou que ainda teriam duas ou três horas de Sol, então declarou:

                - Ainda temos algumas horas de sol... Se ficarmos no castelo, Angelique virá atrás de mim para rever pela milésima vez detalhes sobre o casamento... Mas se quiser sair para uma cavalgada...

                Adam aceitou de imediato a ideia: não apenas era uma chance de passar mais tempo com sua noiva, mas uma oportunidade de passar algumas horas SOZINHO com ela! Isso, sim, era uma raridade!

                Não demoraram em ir aos estábulos pegar os cavalos: Bella selou Phillipe, seu inseparável companheiro, e Adam optou por Lasher, um Frísio forte, de pelos escuros e crina branca, temperamento dócil e calmo. Assim que selou o animal, virou-se para pôr Bela na sela, mas esta já estava montada, e perguntou:

                - O que está esperando? – ele amava aquela independência e vigor que havia na jovem de dezoito anos, toda aquela energia que primeiro o havia irritado e, depois, cativado. Era como um pequeno sol luminoso a irradiar alegria, em vez de calor. Dando de ombros, ele segurou as rédeas do cavalo negro, ouvindo um gracejo – tente não passar direto desta vez.

                - Engraçadinha – ele montou e conduziu a montaria em direção à saída, lado a lado com Bela – já faz meses desde que um cavalo me derrubou.

                - Se você diz... – havia um cinismo provocador na voz dela – corrida?

                - Quando sairmos do castelo. Tenho de pegar meu arco, primeiro.

                - Arco? – perguntou ela, com desgosto na voz – precisa mesmo disso?

                - Eu sei que você não gosta de armas, Bela, mas ir à floresta sem qualquer proteção é tolice. Não quero topar com os lobos sem ter como nos defender. – arguiu ele, enquanto iam até o pátio de armas.

                - Entendo... – ela baixou o rosto enquanto ele buscava o próprio arco: não tinha a ver com armas. Tinha a ver com lembranças: arcos, armas de fogo e facas a faziam lembrar-se de Gaston e, consequentemente, das coisas que ele lhe fizera, desde que a garota se mudara para a aldeia, culminando com a noite em que esfaqueara Fera... Nunca conseguiria esquecer o desespero de sentir o coração de seu amado parando de bater junto a seu ouvido... Até hoje tinha pesadelos com aquele dia!

                - Hey, o que houve? – perguntou Adam, que a essas alturas já retornara; ao ver o sorriso forçado de sua amada, aproximou os cavalos e tocou seu rosto – não pense nisso, Bela. Ele está morto, e eu estou aqui, com você.

                - Eu sei – ela pestanejou para espantar as lágrimas antes que estas brotassem – tolice minha! Vamos! – e como se nunca houvesse tido qualquer pensamento sombrio, bateu com os calcanhares na barriga de Phillipe, que disparou rumo aos portões. Seu noivo a seguiu, compreendendo que aquele era o modo “Bela” de lidar com a tristeza; quando voltassem, provavelmente, ela o chamaria para a biblioteca e, entre fatos e fantasias, Gaston seria completamente esquecido. Porém, havia ainda um lado animal em Adam... Um lado que ele não cria ser oriundo da maldição. Pois em sua mente ele se imaginava matando Gaston diversas vezes, ao pensar nas vezes em que o maldito assediara e desrespeitara sua noiva. E o mesmo valia para qualquer um que tentasse machuca-la. Por Bela ele enfrentaria uma alcateia de lobos com as mãos nuas, como humano. Por ela, seria capaz de qualquer coisa.

                Não foi surpresa para ninguém ver o casal disparar pelos portões rumo à estrada da floresta; ao ver aquilo, Madame Samovar riu consigo mesma, e Angelique – a decoradora do palácio - se desesperou, por não poder rever a lista de decoração para o casamento que se daria em seis meses!

                *

                - Já se cansou, Bela? – perguntou Adam, controlando sua montaria, que queria continuar o ritmo acelerado. Bela havia parado e, sem nada dizer, desmontou de Phillipe. – o que houve?

                - Psiu! Escute! – pediu ela, e então o conde ouviu: alguns piados fracos, vindos de uma moita. A garota adentrou a folhagem e retirou de lá algo que se debatia em sua mão, sussurrando – calma, calma. Está tudo bem...

                Juntando-se a ela, o rapaz viu de que se tratava: um falcão jovem, de penas brancas e cor de terra, e assustados olhos alaranjados. Piava desesperadamente, com uma seta atravessada na asa. De imediato o moço tirou a capa e a estendeu a sua noiva, que enrolou o animalzinho nela para que as garras afiadas não a machucassem ou ao próprio pássaro.

                - Algum caçador deve ter feito isso. – ponderou ele – podemos tratar dele, mas não sei se voltará a voar.

                - Não entendo... Por que um caçador atiraria num falcão? – Bela acariciava o animal, que começou a se acalmar – não tem carne boa, e é pequeno demais para valer uma refeição, mesmo para alguém desesperado.

                - As penas e a haste são de flecha fabricada em ferraria, não moldada à mão – disse Adam, segurando o pássaro para que Bela montasse e entregando-o a ela em seguida – não foi um pobre homem desesperado por comida, certamente.

                - Ah, só pode ter sido por crueldade! Pobrezinho! – como ela usava ambas as mãos para aninhar o animalzinho, Adam tomou as rédeas de Phillipe e as amarrou à sela do próprio cavalo. Concordava com a garota: atirar num falcão, ainda mais tão jovem, só podia ser fruto de crueldade; assim que chegassem ao palácio, diria ao mestre-falcoeiro que investigasse: não queria ninguém atirando nas aves por esporte, pertencessem elas ao castelo ou não!

                Fizeram devagar o caminho de volta para casa, ao fim do qual a ave parecia quase adormecida no colo de Bela, com aquele estranho dom que ela possuía de acalmar tudo e todos ao seu redor. Deixaram os cavalos no estábulo e foram para o viveiro de aves, onde o falcoeiro-mor – um homem cujas feições lembravam muito as das aves que treinava - acabava de pôr no ninho um falcão-fêmea que retornara do voo. Ao ver o jovem casal, Oiseaux saudou:

                - Ah, amo, Bela! Que prazer em vê-los! – de imediato ele viu o pássaro nos braços da futura condessa – o que houve?

                - Encontramos esse falcão com uma flecha na asa. – explicou Bela – pode ajudar?

                Oiseaux pegou o rapinante das mãos de Bela e o desenrolou devagar do tecido; examinou a ferida e explicou:

                - Vou remover a flecha e imobilizar a asa. Não vai mata-lo, mas ele dificilmente tornará a voar normalmente. Mas preciso de ajuda para segurá-lo.

                - É claro! – prontificou-se a moça. Adam apenas observou: sua noiva tinha mãos mais delicadas que as suas, para tratar de um pássaro ferido.

                O procedimento de retirar a flecha e imobilizar a asa junto ao corpo do animal foi relativamente rápido. Ao fim de tudo, Oiseaux explicou a sua “ajudante”:

                - É um peneireiro-das-torres, e uma garota. Uma fêmea bastante jovem... E como nenhum osso foi partido, pode ser que ela torne a voar, com o tempo. – e vendo a expressão de Bela – pelo visto, a condessa já se tomou de amores por ela.

                - Sim – sorriu a garota – acho que vou chama-la de... Peregrina.

                - Um nome original. – o falcoeiro então se voltou para o conde – parece querer dizer algo, senhor...

                - Sim, mas primeiro terminemos de cuidar de... Peregrina. – ele sorriu para Bela – depois, tenho um assunto a tratar com o senhor, mestre Oiseaux.

                - Como quiser, amo. – ele pôs o falcão numa gaiola forrada com palha macia, e entregou a Bela pedaços de carne, ensinando-a a alimentar a ave sem que o bico afiado ferisse seus dedos. E enquanto a moça se ocupava disso, Adam se aproximou para conversar:

                - Encontramos o falcão na floresta. Alguém atirou intencionalmente nele, e não por comida. Tente descobrir quem foi: não quero nossas aves sendo alvejadas por um atirador sem escrúpulos que mata por diversão.

                - Certamente, amo. Do mesmo modo como esse desconhecido alvejou um falcão selvagem, poderia ter atirado em um dos nossos.

                - Selvagem ou doméstico, não vou aceitar caça por esporte neste condado. Descubra quem foi, Oiseaux, e venha me contar. Enviarei a guarda atrás deste homem.

                - Certamente. – o falcoeiro não concordava com as ordens do amo de proibir a  caça esportiva, uma antiga tradição, mas tampouco queria seus preciosos falcões mortos por um arqueiro desarrazoado. – Apenas uma dúvida, amo: se vai proibir a caça esportiva, por que manter os falcões?

                - São inteligentes e bons animais de companhia; além disso, não estou proibindo as caçadas: apenas a matança por esporte de animais que não servirão de alimento. – ele olhou para Bela, ainda entretida com Peregrina, e o falcoeiro compreendeu: a menina realmente operara milagres em seu amo...


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Notas finais do capítulo

E aí? mereço reviews?