No Olho da Tempestade Reboot! escrita por P r i s c a


Capítulo 5
Alunas Transferidas


Notas iniciais do capítulo

DEEEEEEEEEESCULPEM O ATRASOO

DIRETO PRA HISTÓRIA!!!



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“Ahh~ Bem Vindas, lindas alunas...” e todas pareceram ter entrado em transe no instante que a viram, porque a mulher que viam, sim, podia ser descrita com todas as definições possíveis de linda. Jovem, mas com fala madura e longos cabelos róseos presos num refinado coque. “Sou a professora substituta de vocês… podem me chamar de Sasori-san.”

Apesar de falar com todas, seus olhos fitavam diretamente Haru, piscando assim que a morena a reconheceu.

Bianchi.

Não houve tempo para questionamentos. Não houve, simplesmente… tempo.

“Antes da aula começar, vou apresentar nossas alunas transferidas”

O... que...

Uma das meninas levanta a mão. Sasori-sense- ou, melhor, Bianchi deixou-a falar.

“Mas… sensei, estamos no último trimestre…!”

“Irrelevante.” e martelou a mesa como num tribunal. Mar-te-lou. Tri-bu-nal...! “Mais alguém tem alguma objeção?”

E TODAS as alunas levantaram as mãos! Exceto Haru, chocada demais para reagir.

“Negado!” De novo! Martelou a mesa e sinalizou as tais alunas que poderiam entrar...

Não… Será que… nãããão. Seus amigos não eram loucos de realmente permitir Kyoko e Hana fazerem um negócio daqueles…

Seriam?

Por todos os cosplays de alta qualidade, a Miura não queria acreditar que poderia ser tão completa e miseravelmente azarada de atrair suas melhores amigas justamente para aquele lugar...

“Dêem as boas vindas a Kyoko e Hana!” e as portas de correr se abriram.

Entram na sala, vestidas com o uniforme verde escuro de Midori, cabelos negro e ruivo, médio e longo, respectivamente...

Yamamoto e Ryohei.

Travestidos.

A cabeça de Haru caiu na mesa feito fruta podre e de lá não se ergueria até a próxima aula.

“O-oe… acha que deu certo?” sussurra o suposto ruivo ao colega. “Isso é embaraçoso ao extreeemo...”

O espadachim, por sua vez, respondeu sem vontade, sem emoção e com um olhar muito, mas muito distante dali.

“Hai, hai… apenas finja ser sua irmã e vai ficar tudo bem."

“Podem se apresentar. " Bianchi dizia em ton gentil. Então lhes aponta o martelo em repentina ameaça. "Mas sejam breves!”

Yamamoto, que se apresentou como Hana, pareceu… tão… vazio. Àquela altura, a típica paz que transcende todo entendimento lógico, racional ou útil durante situações de perigo podia ser vista nem sentida no rapaz. Parece que todo mundo nessa vida tem um limite, e a de Yamamoto era estar depilado e usando sutiã cheio de meias debaixo do uniforme.

Por sinal, o Guardião do Sol admirou-se muito da impressão que o colega passou. O Sasagawa achara que lembrava mesmo sua namorada Hana.

Bianchi perguntou quem tinha lugar vago e pediu para "Hana" se acomodar.

Chegou a vez do próprio Ryohei.

Aja que nem a Kyoko… Aja que nem a Kyoko, Aja que nem a Kyoko, que nem a Kyoko…

“Prazer em conhecê-las...” E colocando uma das mechas ruivas atrás da orelha timidamente, ele/ela sorri com sincera amabilidade, irradiando luz, calor e acolhimento "Espero que possamos nos dar bem!"

"Certo, alguém tem lugar vago para Ry-digo, Kyoko se sentar?"

Mais uma vez... com exceção de Haru, TODAS levantaram. Até Yamamoto.

...

No decorrer da suposta "aula" ficava mais e mais claro que Bianchi se preparara para o disfarce estudando temporadas de Law & Order e Criminal Minds. Cada aula tinham nomes sugestivos como Gestão de Amigos e Família ou Estudos Emocionais, claramente para alfinetá-la. Enquanto isso, os meninos se afogavam em versões monstruosas de personalidades femininas, cada vez que se empenhavam em agir como garotas colegiais convincentes…. Mas o pior… O PIOR, fora quando os três parecem ter se esquecido completamente do que vieram fazer e passaram a focar nas tarefas com seriedade.

"Nossa, mas o que você pratica para ficar tão musculosa, Kyoko?"

"Sou campeã de Boxe! Hehe, dá pra imaginar~?" e coça atrás da cabeça, fazendo a peruca mexer um pouquinho demais.

Mas, claro, não foi nisso que as colegas repararam...

"Você usa aliança!"

"Nossa, você namora?! Há quanto tempo?!"

"Onde se conheceram?!"

E o rapaz põe ambas as mão na face, legitimamente encabulado.

"Hihihihi, ai gente, que vergonha..."

Ainda com a cabeça capotada em cima de sua mesa, a Miura não conseguira conter um grunhido esquisito que, dado a intensidade de seu desconforto, soara mais alto do que pretendia...

"Não liga pra ela, Kyoko... essa aí tá amargurada desde que levou um fora do menino de Namimori..."

"Puxa, pobrezinha..." e depois de um meio segundo, Ryohei, sim Ryohei, porque a dúvida era tão genuína que ele esquecera de imitar sua irmã "Quem?"

Haru levantou a cabeça de supetão, como se tivesse recebido uma entidade apocalíptica no corpo, mas para seu alívio, antes que as trevas reinassem, as próprias colegas mudaram o assunto.

"A gente nunca perguntou o nome... Qual o nome do seu?"

"Meu o que?" novamente, era Ryohei quem perguntava.

"Seu namorado! Qual o nome dele?"

"Eu não ten-" e um tapa em sua perna unido a um esquisito "Seu namorado, bobaa~!" vindo de Yamamoto o trouxera de volta ao personagem "Ah, AHH!! sim, sim, SIM! É..." e travou. como página sobrecarregada na internet. Depois voltou "Takeshi."

E foi a vez do espadachim se encurvar como se recebesse uma entidade súbita.

Enquanto isso, quase metade da classe arrastara as certeiras para mais perto de Bianchi, fazendo perguntas, anotações e respondendo exercícios hipotéticos na lousa.

Era aula de "Relações Interpessoais" e o tema era "O que fazer quando o garoto que você gosta namora a sua melhor amiga." - Módulo !.

Sem mais forças para digerir a situação, Haru pede para ir ao banheiro, se tranca na cabine mais distante e faz uma ligação muito, mas muito desconfortável.

Esperou chamar algumas vezes e desligou. Naquele horário, certamente precisaria esperar a pessoa sair da sala de aula para retornar sua ligação. Já deveriam estar na terceira aula provavelmente.... só esperar mais alguns segundos e…

Seu celular toca. Haru atende.

“HARU! É VOCÊ MESMA HARU! EU SINTO SUA FALTA!!”

Kyoko. A primeira e única. A verdadeira. Não aquela aberração de pernas bombadas.

Haru sorri. E assim que o fez, sentiu lágrimas escorrendo pela bochecha.

“Hai…. também senti saudades -desu~!”

Depois de alguns muitos minutos somente jogando conversa fora, ela fala sobre a situação atual na sua sala. O silêncio de Kyoko era... preocupante.

Mas a pergunta que o seguiu foi pior.

“Meu irmão está vestindo O QUÊ?!”

“Hahi… achei que fosse coisa de vocês...”

“FIQUE NESTA LINHA E NÃO. DESLIGA. HARU, OU EU. JURO.- “ e o som ficara abafado, pois provavelmente ela tapara o microfone com a mão.

Dava para perceber que Kyoko estava levando o celular pra algum lugar. A morena olhou o relógio… conversaram tanto que nem reparou o sinal do intervalo tocar… Sua amiga então deveria indo pra sala ou pro telhado para...

“TSUUUUUUUU!” ouviu de repente e segurou o impulso de fechar o celular tão logo reconheceu os distante, porém inconfundíveis ‘Hiii’ do rapaz do outro lado da linha. Mas lembrou da ameaça e se segurou. Existe um lado tenso em Kyoko que poucas pessoas de fato sabiam a respeito e que valia ser deixado quieto.

A linha pareceu ficar muda por um tempo, para o alívio da morena. sua amiga devia estar explicando o que sabia antes de voltar a falar, o que era menos prático do que passar o telefone…. mas deixava Haru mais à vontade.

Então ela ouve a voz de novo, agradecendo e passando o recado.

“Haru-chan, Tsuu disse que isso deve ser coisa de Gokudera-san.”

***

Em uma praça não muito longe dali, o celular do Guardião toca, despertando-o de um agradável cochilo no banco de concreto.

“Sim?”

“Haru desiste.”

“Hoho~ como assim?” por hábito do deboche, ele olha para o próprio pulso, mesmo não tendo nenhum relógio e mesmo Haru não sendo capaz de ver que não o tinha. “Agora é ainda intervalo... Vai mesmo querer perder as outras aulas? Ouvi dizer que as provas da substituta são de matar.”

“Hayato.” de repente, já não era a típica garota Hahi, que se lamuria e choraminga. Estava falando sério. “Se você tem qualquer zelo para com Tsuna-san…. tire. os três. daqui. JÁ.” e desligou.

Na caixa de mensagens havia um e-mail não lido. Haru enviara seu endereço e um horário para se encontrarem lá.

***

Na casa da Miura, sua irmã e os dois patetas de saia já estavam esperando. A morena avisara que seus pais voltariam muito tarde e mandara instruções para lancharem e esperarem no quarto dela até as aulas acabarem e ela voltar.

Uma hora e meia depois, quando já debatiam se deveriam tê-la escoltado de volta, a porta do quarto se abre, Haru se acomoda e começam a literalmente, por o que sabiam à mesa.

A morena põe as fichas de três meninas do Terceiro Ano. Recém impressas da gráfica de seu quarteirão.

"Já fazia um tempo que Haru percebeu não serem colegiais normais… mas como estava sempre em outra escola, passava despercebida. Quando voltei a frequentar Namimori…. elas repararam."

Nenhuma das três possuíam em si qualquer atributo característico... mas o que conseguiam de seus sobrenomes e da Família de que vinham, era preocupante.

Yakusa.

"Me perguntaram muitas coisas. respondi como quem não tinha ideia do que estava acontecendo e que só esbarrara com a Vongola por coincidência…"

Só que então...

Gokudera começa a ter um acesso de flashbacks muito, muito inconvenientes...

Sua aparição na porta da escola dela...

A ideia de enviar Bianchi, Yamamoto e Ryohei...

As informações ficava comprando de alunas e coordenação para contarem o que Haru vinha aprontando (essa parte só ele sabia, até porque ocorrera antes de planejar trazê-la de volta, quando ainda acreditava que ela tentaria sabotar a relação de Tsuna e a Sasagawa).

“Hoje, Haru foi chamada de novo. Fingi que estava percebendo algo estranho, mas que não entendia o que era. Se compraram a história elas devem achar que o que quer que estejam fazendo, Haru não sabe de nada.”

Depois de um silêncio cheio de coisas para digerir, Hayato diz que acha tudo bobagem. Afinal, a Vongola é a melhor e mais poderosa família!

Então ela não devia se preocupar e nem usar de desculpa para se afastar.

“O que é a filha de um Oyabun perto de Sawada Tsunayoshi?”

“Baka! Não é com vocês que Haru está preocupada…”

Kyoko, Hana… seus pais...

“Então foi por isso que você sumiu… minha pobre criança…” e Bianchi se põe a afagar a cabeça de Namahage feito um cãozinho injustiçado.

“Bem...” Haru prossegue. “Por isso e porque estava com vergonha de encarar Tsuna-san. As retardadices das colegas de sala quanto ao Bakadera deixaram Haru meio... auto-consciente…” é claro… “Haru estava juntando o útil ao agradável, desu”

HA! Gokudera sabia!

Depois de mais algum debate, decidem resolver uma questão primeiro e se concentrar no lance da decepção amorosa depois.

Por incrível que parecesse... aquilo tudo fizera Haru sentir-se melhor.

Os meninos se despediram e Bianchi prometeu trazer a professora oficial de volta até o dia seguinte. Gokudera ficou por lá mais algum minutos, aparentemente, aproveitando-se de seu wi-fi.

Ainda tinha uma pequenina questão que a incomodava havia um tempo...

"Ano... Gokudera?" o rapaz lhe joga um "Hm?" sem tirar a concentração do que quer que estivesse digitando no celular. "Porque está tão empenhado em trazer Haru de volta?"

O Guardião se levanta do sofá e se espreguiça, provavelmente pronto para ir antes que seus pais chegassem. Não mostro muita reação diante da pergunta, mas também não respondeu de imediato.

Parecia que ele próprio não havia pensado muito sobre aquilo.

Por fim, respondera ser "sua Missão" e se adiantou até a porta de saída. Estava ainda com a mão na maçaneta quando disse:

"Não vou admitir isso mais que uma vez, mulher... Eu só acho o que é justo é justo e precisa ser dito." ele não olhou pra ela nem nada e parecia mais desconfortável do que planejava demonstrar... mas disse mesmo assim "Eu... te julguei mal. Desculpe."

Haru parou tão chocada com aquela confissão que não teve tempo nem de sentir-se vitoriosa diante dessas palavras. Hayato Gokudera seu maior antagonista, estava admitindo que lhe devia respeito! Antes de ir ele finalmente a encara.

"Mas não vai acontecer de novo."

Enfim se despede, percebendo que Tsuna recebeu seu recado para encontrá-lo no Yamamoto e respondera com seu firme "Ok...?"

***

Tsuna fica, finalmente, à par da situação completa. Hayato se desculpava por ter confundido as coisas incessantemente, chocando a testa já avermelhado no chão de madeira a cada reverência e fazendo Yamamoto e Tsuna preocuparem-se com a testa e Reborn e o pai de Takeshi reclamarem do estrago no assoalho. Talvez nem tivesse se dado conta ainda, mas parte das reverências não eram para o chefe em si, mas pelo fato de subestimado a mente e compromisso da morena para com a Famiglia.

E isso estava-lhe sendo inaceitável.

Depois de registrar tudo em seu aparelhinho e guardá-lo com Leo, Reborn avisa os rapazes sobre o mais recente problema com seu projeto de transferência:

Mukuro e Hibari.

Esperava que qualquer atitude da Yakusa fosse fruto de amistosa curiosidade, pois, no momento, a Vongola tinha coisas mais sérias para focar.

“A propósito... Gokudera-kun, porque já está de pijama?”

“Eu não renovei contrato do meu apartamento porque vamos embora no fim do ano…”

“Aham…” diz Tsuna, encorajando-o a prosseguir.

O que o moreno realmente queria saber era porque Gokudera vinha evitando dormir em sua casa, quando já deixara tão claro o quanto detestava manter-se longe do chefe.

“Pois é…”

“E...?” perguntam os Yamamoto.

“Juudaime, o senhor tem que entender que é incabível pra mim dar ainda mais trabalho pra sua familia uma vez que…”

“Que toda vez que você está lá eu fico de conversinha com Kyoko ao telefone... o dia todo... Todo dia... falando de coisas que não interessam a ninguém..."

“Exatamente." disseram juntos. Até o pai de Yamamoto concordara!

Não era a primeira vez que Tsuna se desculpara por esse tipo de deslize, mas prometera focar mais na missão de livrar a Haru.

"Lamento cortar seu remorso, Dame-Tsuna, mas como Chefe, você tem outras prioridades... Prioridades que envolvem seus Guardiões, não apenas amigos"

Silêncio.

"Reborn... eu sei que Haru ou Kyoko não têm um cargo como os outros... mas isso não as torna menos famiglia do que os Guardiões!"

"Por mais lindo que seja te ouvir falar sem gaguejar, eu tenho que discordar. A sua prioridade continua sendo Mukuro e Hibari, Tsuna." mas um sutil sorrisinho ainda se abria no rosto do bebê. "Não se preocupe com questões secundárias... tenho certeza de que seus Braços Direitos são capazes de resolver isso pra você."

E o brilho dos olhos de Gokudera conseguia superar a vermelhidão de sua testa enquanto ficava em posição de Sentido.

"YOSH! Pode deixar tudo comigo, Juudaime! Vou garantir pessoalmente que estejamos todos prontos pra partir para a Itália no dia certo!" 

***

Muito depois que Tsuna e Reborn saíram e os yamamoto puderam repousar, enquanto sofria com a sinfonia de gritos e roncos dos espadachim, Gokudera começa a pensar na situação. Infelizmente, pedidos de desculpa apensas, não era o bastante para corrigir vacilos.

Braços Direitos...

O primeiro passo… era conhecer o inimigo. Precisava descobrir o que as tais meninas pretendiam.

Precisava de mais detalhes da situação

Elas tentaram usar a Haru para descobrir mais sobre a Vongola...

“Mulher. Ta acordada?”

“Nope-desu~”

“Ótimo, temos trabalho a fazer.”

Agora a Vongola a usaria para descobrir sobre elas.


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Notas finais do capítulo

Huhuhuuhuhuhuhuhuhuhuhu esse foi um dos meus capitulos prediletos em muuuuuito tempo!!
Podem reparar que até o número de palavras aumentou!!!

ME DIGAM O QUE ESTÃO ACHANDO, SUAS HIPÓTESES E ETC!!!
BJSS E SEE YA!

[Atualizando Miracolo nas Terças-feiras! Não percam!!]



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