Aos Treze escrita por Leonardo, Leonardo Alexandre


Capítulo 1
Capítulo Único - Demonstre


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Olha que lindo uma fic desse ship, gente... Dá até vontade de chorar de tanta emoção... Kkkkkkkkkkkkkkkkk
E tenho que dizer, ficou tão mix de fofura e comédia quanto é em BE, vcs vão adorar isso aqui... Pelo menos eu adorei escrever...
Enfim, boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713832/chapter/1

Era o aniversário de 13 anos dos gêmeos Gustavo e Gabrielle, por isso a casa dos Brito estava tão abarrotada de pré-adolescentes. A maioria brincava na piscina ou ao redor dela, os outros conversavam ou comiam.

O mais novo dos aniversariantes, porém, estava sumido pela casa. Quase ninguém reparou, mas Karen não apenas notou como conhecia seu melhor amigo o bastante para saber onde procurá-lo.

— Meninas, eu vou ali um minutinho, tá bom? — Murmurou para Anna Luiza e Cecília, as amigas que estavam em sua mesa.

As duas assentiram e voltaram a dar atenção para a comida.

Karen caminhou com calma até a frente da casa, onde um lindo garoto loiro de olhos cor de mel e sardas por todo o rosto estava batendo uma bola de basquete alguma vezes no chão antes de acertá-la dentro do aro pregado na parede da casa a mais ou menos três metros de altura.

— Gustavo Brito marca e a torcida vai à loucuraaaaa. — Anunciou a própria cesta.

— Uhuuuuuuuuuuuuu. — A menina dos olhos de chocolate fez questão de assuntá-lo, fazendo-o saltar para trás, colocando a mão sobre o peito e começando a rir em seguida.

— Ótimo dia pra escolher me matar, a festa da Bibi. Você não gosta de viver não, né Cacau? — Fez piada, porque se não fizesse, não seria ele.

— Idiota. — Karen o empurrou pelo ombro. — O que tá fazendo aqui sozinho no meio do seu aniversário.

— Não estou muito no clima pra comemorar. Minha cabeça tá longe. — Gusta nunca mentia para ela, afinal eram melhores amigos desde os nove anos.

— Me chamasse pra conversar, ué. To me sentindo uma inútil agora.

— Idiota. — Ele riu. — Eu não falei contigo pra não ser chamado de mané de por estar pensativo por causa do teste do time de basquete daqui a três semanas. Já sei que não tem por que estar encucado com isso, não vou fazer mesmo.

— De fato. Você é um mané. Por que não vai fazer?

— Olha pra mim, eu sou um pirralho.

— Gusta, eu aprendi a ler com três anos, andar de skate com cinco e quando eu tinha onze, fiz um rádio com uma lata de tinta vazia e umas peças velhas de eletrônicos que meu avô guardava na casa dele. — Karen cruzou os braços enquanto argumentava.

— Eu lembro daquilo. — Gustavo arregalou os olhos. — Sério que foi tu que montou?

— Sim. Sou genial. — Se gabou fazendo o outro rir. — Qual é? Eu te vejo treinando desde que tínhamos oito anos e até quase conseguiu me ensinar. Sinceramente, você é muito bom nisso. Não sou o tipo de pessoa que fala as coisas só pra inflar o ego de alguém, sou 100% transparente. Acho que deveria ao menos tentar. O máximo que pode rolar é não passar e ter que fazer outro teste ano que vem. E se passar, deve ser mo mérito conseguir entrar tão novo pro time de basquete.

— Seria sim, demais. O dia que Karen Jonz Pfeifer não tiver razão, eu mudo meu nome e danço pelado na escola. Valeu, Cacau. — Abriu os braços para ela.

— Olha, não me dê ideias.  — A garota de olhos achocolatados riu e se jogou em cima do melhor amigo.

Pouco antes do fim desse abraço, Gustavo teve a ideia de beijar a bochecha de Karen como um gesto de gratidão e carinho, porém, o mesmo pensamento passou pela cabeça dela, o que acabou transformando o simples movimento em um selinho.

Ambos pularam para trás com o susto e Gusta enfiou uma das mãos no bolso, coçando entre as sobrancelhas com a outra, o rosto muito vermelho.

Karen pigarreou e apontou para trás. — Melhor a gente voltar, se na hora do parabéns a Gabrielle, não te encontra, ela mata nós dois, depois ressuscita só pra matar de novo por termos sujado o vestido dela de sangue.

— Bem a cara da Bibi. — Mesmo constrangido, conseguiu rir.

 

***

 

Era noite, quase uma semana já havia se passado e, embora a relação de Gustavo e Karen estivesse normal, o mais novo dos gêmeos Brito andava pensativo sobre o ocorrido em sua festa de aniversário e o pior era não poder falar com ela sobre isso ainda por não saber o que dizer. Isso significava que teria que conversar com outra pessoa. E odiaria ter de fazê-lo, pois a lembraria que eram mais próximos do que gostavam de admitir.

Respirando fundo, o garoto amarrou mais apertado a calça de moletom, se jogou para fora da cama e vestiu uma regata cinza, a primeira que vira no guarda-roupa. Saiu do quarto e andou devagar até a segunda porta ao lado da sua e bateu três vezes.

— Qual é a senha? — Disse a voz em tom sempre irônico por simples natureza.

— Regina George é meramente sua aprendiz. — Respondeu depois de revirar as belas íris cor de mel.

Gabrielle fechou o notebook e destrancou a porta para seu irmão. — O que quer, cabeça de abobora?

— Conversar, Sweety Bi. — Usou o apelido que denunciava que o assunto era sério.

— Uou! Uma Trégua oficial*? Não temos uma dessas há uns dois anos. — Bibi arregalou os olhos surpresa.

— Pois é. Tem coisas que só posso falar com a minha irmã.

— Trégua aceita, Príncipe Guto. — Abriu passagem para o caçula. — Diz aí.

— Hm. Karen... — Começou enquanto sentava sobre os lençóis macios da cama. — O que acha dela?                        

— A sua amiga? — Indagou retoricamente enquanto se jogava em um puf no chão. — Meio sem sal, mas até que é bonitinha. Nada contra, por quê?

Gustavo coçou o espaço entre as sobrancelhas, um costume de família em situações complicadas. — É que... Sei lá... Eu meio que to querendo chamar ela pra sair.                        

— Normal.

— Não. Chamar, sabe? Pra sair. Tipo... Tipo um encontro.

— Ah. AH. Nossinhora. — Gabrielle fez o mesmo movimento com as unhas que seu irmão fizera.

— Pois é. O que você acha?

— Bom... Eu... Acho que seria legal.

— Sério? — Gustavo franziu a testa, foi fácil demais, não era assim que as coisas funcionavam com Bibi.

— Príncipe Guto, estamos em uma Trégua oficial, então é obvio que falo sério.

— Certamente. Me desculpe, Sweety Bi.

— Tudo bem. Olha só, nem mesmo eu consigo odiar a Karen. E tu sabe muito bem que eu  literalmente não preciso de motivo nenhum pra odiar alguém. Assim sendo, acho que ela é digna do meu maninho. — Sorriu sincera.

— Ok. — Um sentimento tomou conta do corpo de Gustavo, ele só não conseguia distinguir se era animação ou nervosismo. — O problema é que... C sabe, eu nunca tive... Bem... Um... Um...

— Encontro não é palavrão, Gus... Príncipe Guto.

— Eu sei, só to um pouco nervoso.

— A dica que eu posso te dar é: presta atenção nas reações dela a tudo o que você fizer, tanto as negativas quanto as positivas, assim tu sabe até onde tem liberdade com ela. E provavelmente pra ti vai ser mais fácil por se tratar de uma amiga sua.

— Como você sabe dessas coisas, Sweety Bi? — Inflou o peito, em uma natural postura de irmão protetor. — Anda tendo encontros?

— Não, né? — Assumiu uma coloração avermelhada embora seu tom tenha quase se mostrado ofendido. — Apenas sou uma garota. E nós garotas gostamos quando os boys magia entendem nossos sinais.

— Hm. Então tá bom. Continuando o assunto... — Descruzou os braços e passou os dedos pelos fios loiros. — Pra onde eu a levo?

Fruta que caiu, eu não posso fazer tudo por você! — Gabrielle revirou os olhos.

— Ui, desculpa. — Gustavo riu, apesar de manter sempre a postura de inimigo com ela até que era divertido conversar com sua irmã. — Mesmo assim, obrigada pela ajuda, Sweety Bi. De verdade.

— De nada, Príncipe Guto. Era só isso? Se for, acho que podemos dar um fim a trégua oficial, maninho.

— Sim, já terminei.

Ambos se levantam ao mesmo tempo, posicionando de frente a uma curta distância, ergueram as mãos até a altura da testa um do outro, desferindo petelecos enquanto diziam juntos. — E ninguém nunca saberá sobre isso.

— Ai, caracas. — Gabrielle esfregou o ponto de impacto com os dedos. — Está melhor nisso do que eu me lembro, cabeça de abobora.

— Tenho que admitir que você também, testa de amolar faca. — Riu fazendo o mesmo movimento.

— Obrigada. Agora cai fora do meu quarto.

— Como se eu quisesse ficar olhando pra sua cara de amoeba.

A dona do quarto revirou os olhos, mas sorriu antes de abrir a porta. — Tchau, Gusta. E tenha péssimos sonhos.

— Tchau, Bibi. — O gêmeo mais novo piscou. — Sonhos terríveis pra você também. — E saiu com um sorriso no rosto.

 

***

 

O loiro de rosto cheio de sardas ainda não sabia exatamente o que fazer no encontro. Sabia que Karen adorava parques de diversão, mas já estiveram em tantos com Anninha, Bibi e Ceci que não seria nada especial.

O fato era que sua melhor amiga era uma menina peculiar para a idade, isso desde muito mais nova. Preferia socializar visitando as pessoas de seu restrito círculo de amizade e tendo conversas longas. Fora isso, costumava gastar seu tempo andando de skate ou lendo livros e bebendo café na biblioteca enorme de sua casa (a qual Gustavo ficara boquiaberto ao ver pela primeira vez). Isso era um problema, não fazia ideia de para onde leva-la.

Bom... Talvez houvesse alguém a quem poderia pedir ajuda. Seria constrangedor de tal forma que mal conseguia imaginar, porém era necessário passar por isso. Afinal, se não fosse a experiência mais vergonhosa de sua vida do início ao fim, não seria um primeiro encontro.

Sabendo que isso a distrairia, Gusta disse que havia encontrado uma fanfic ótima (e longa) sobre Jack Frost e a Fada do Dente do filme A Origem dos Guardiões, entregou o celular para que Karen pudesse ler e pediu licença para tirar uma dúvida sobre o trabalho de matemática com o professor.

Foi um plano brilhante, a garota de olhos de chocolate se concentrou totalmente na história e não questionou o fato de que ele poderia ter perguntando a ela sobre o exercício em questão por ser tão geniazinha de 13 anos como era.

Gustavo desdeu até o andar térreo e se dirigiu a sala do quarto ano A, onde sabia que encontraria sua antiga professora trabalhando em algum desenho.

— Com licença, Shinara. — Disse depois de duas batidas leves na porta. — Podemos conversar um minuto?

— Claro, príncipe. Entra aí. — Sorriu erguendo os olhos do papel para o ex-aluno.

— Obrigado. — Se aproximou e sentou na cadeira mais próxima a mesa dela. — Sem querer me intrometer na sua vida pessoal, mas já meio que me intrometendo... Está namorando a dona Esther, mãe da Karen, né?

— Sim. Vai fazer dois anos mês que vem. — O sorriso da professora aumentou ainda mais ao lembrar-se desse fato.

— Imagino que conviva bastante com ela então. Karen, quero dizer.

— Já éramos amigas antes disso, basicamente foi ela que nos juntou.

— Ótimo. Assim você pode me ajudar.

— Em que?

— Vou chama-la pra sair.

— Normal. São melhores amigos, não?

— Sim, mas eu to falando de um encontro.

Shinara prendou o “meu ship, ninguém sai!” na garganta e deixou escapar apenas um singelo. — Nossinhora.

— Pois é.

— Eu sabia que um dia isso ia acontecer. Minha intuição não falha, senti a química de vocês desde os oito anos.

Gustavo ficou vermelho instantaneamente e riu de nervoso. — É sério isso?

— Como quer que eu te ajude?

— Só preciso de uma dica de lugar pra onde leva-la. Você conhece a Karen, sabe que ela não é exatamente o costumamos chamar de “sociável”. Já fomos a parques de diversão em grupo, então queria outro lugar, um especial.

— Todos sabem que ela ama livros, mas poucos conhecem sua paixão por filmes. Os que ela mais curte são os tipo meio cult, não acho que alguém da tua idade vai gostar também. Por sorte em segundo lugar vem animações. Leve-a ao cinema. Nada de estreia e vai por volta da uma ou duas horas da tarde, assim ela não se incomoda com excesso de pessoas.

— É uma boa ideia. Ainda mais se depois a gente for comer, a Karen adora comer.

— Isso é verdade. Não sei como ela é magrela desse jeito. — Shinara riu. — Agora você tem que voltar pra sala. O intervalo vai terminar.

— Certo. Só mais uma pergunta. — Gustavo coçou entre as sobrancelhas e desviou o olhar por um segundo. — Acha que ela vai entender que se trata de um encontro?

— Hm. Não sei. Mas caso ela não consiga de primeira, demonstre.

— Obrigado pelo conselho. Você é a melhor.

 

***

 

Era domingo e Gustavo estava há pelo menos vinte minutos encarando o celular em cima da mesa, tentando ter ousadia para fazer a ligação. A coragem, porém, ainda não se fizera presente em seu corpo.

Gabrielle desceu para tomar um copo d’agua na cozinha e se deparou com essa cena que no mínimo podia ser descrita como patética. Caminhou até a geladeira e ficou observando o irmão naquele estado. Depois de se refrescar, pegou uma maçã verde e mordeu um pedaço, revirou os olhos e pegou o aparelho.

— Ei! O que tá fazendo, garota? — Gustavo ainda tentou segurá-lo a tempo, mas não conseguiu.

Bibi sempre soube a sequência para desbloquear a tela, então foi rápida em abrir a agenda e ligar para Karen. — De nada, cabeça de abobora. — Devolveu o celular enquanto dava mais uma mordida na fruta.

Antes que tivesse tempo para replicar, um “hello” na voz de sua melhor amiga soou do outro lado da linha. — Oi! Cacau. Errr... Tá tudo bem?

Ah, tudo ótimo. E contigo?

— É, comigo também. Escuta an... Eu queria saber se... Sei lá, c num quer sair comigo amanhã.

Claro. Já falou com as meninas?

Gusta riu de nervoso, essa era a conversa mais constrangedora de sua vida e não haviam se passado nem dois minutos.

— Não. Tipo assim, to pensando em ser... Só nós dois, sacas?

Oh! Certo. Errr... Onde nos encontramos?

— Passo aí na tua casa uma hora pra te pegar, beleza?

Uma? Pra onde vamos?

— Cinema. Eu sei que c não é lá muito chegada em estar no meio de gentes, então. Achei que seria um horário apropriado. — Coçou entre as sobrancelhas, estava muito inseguro e ansioso, isso fazia com que falasse mais rápido que pretendia. — Sei lá, se quiser marcar outro horário, por mim tá de boa. Sério, de boa mesmo.

Karen demorou um pouco a responder por estar ocupada sorrindo sem motivo, mas, depois de pigarrear, disse. “Na verdade, você acertou em cheio. Não teria como ser mais apropriado, Gusta. Pode me buscar uma hora sim. Nos vemos amanhã.

— Sim! Até lá.

Falou. Beijo. Tchau.

O som que indicava o fim da ligação se fez presente antes que Gusta pudesse se despedir. O que acabou sendo bom porque sua voz simplesmente sumiu de sua garganta por vários segundos, enquanto a boca permanecia aberta em choque.

O braço começou a baixar para repousar o celular em cima da mesa no mesmo instante em que um sorriso se espalhava iluminando o rosto cheio de sardas.

— Bibi. Maninha, eu tenho um encontro. — Sussurrou em tom quase incrédulo, porém muito feliz.

— Como eu disse, de nada, cabeça de abobora. — Gabrielle ergueu a cabeça com sua típica expressão superior e se retirou do cômodo levando consigo a maçã pela metade.

 

***

 

Só havia sete pessoas naquela sala de cinema, dentre elas estavam Gustavo e Karen sentados lado a lado.

Como havia sido aconselhado por sua antiga professora, o garoto escolheu um desenho animado.

O filme era de fato muito bom e divertido, mas, embora risse bastante, Gustavo mantinha mais atenção em seus pensamentos do que na tela. Ainda não tinha certeza se a dona dos olhos achocolatados sabia que aquilo era um encontro e mesmo que a palavra “demonstre” ecoasse em sua cabeça, estava com medo de se arriscar.

Porém, talvez naquele dia o destino estivesse mais bem-humorado do que o de costume e não quisesse ser o carinha irônico e malvado de sempre, então deixou que uma oportunidade surgisse.

Karen, de maneira distraída, colocou o braço sobre o apoio que separava suas poltronas. Gustavo engoliu em seco e repousou a mão sobre a dela, devagar e muito sutil, para não assustá-la.

Isso não impediu que a garota tivesse um pequeno surto interno. “Minha nossa senhora do Unicórnio Glitterizado! Isso aqui é mesmo um encontro! Ok, fica calma, Ka. É só respirar. Respira, respira, respira. Agora é a hora perfeita pra abordar o assunto”.

— Gusta?

— Sim?

O momento era bem constrangedor para ambos, entretanto, já que era pra conversar, fariam isso direito, então decidiram manter contato visual.

— Eu queria saber... Você pensou naquele beijo que te roubei sem querer na festa de aniversário da Bibi?

— Ei, era minha festa também.

Karen riu, revirando as íris cor de chocolate. — Eu sei disso, bobão. Mas sério, pensou?

Gusta desviou o olhar só por um segundo, não mentiria nem omitiria nada de sua melhor amiga. — Quer que eu seja bem sincero?

— Por favor.

Mesmo com o rosto, pescoço e orelhas coradas, se recusava a não mirá-la ao confessar aquilo. — Foram raros os momentos que pensei em outra coisa de lá pra cá.

Karen não teve reação de imediato, porém logo um sorriso começou a tomar conta de seu rosto. — Sabe... Semana passada eu assisti um filme muito interessante. — Gustavo franziu o cenho com a aparente mudança repentina de assunto. — Tem uma cena, depois de rolar um beijo roubado, que um personagem diz pro outro “Se você roubasse um beijo de alguém, como você faria para devolvê-lo?”.

— O que?

A confusão do garoto com o rosto cheio de sardas fez Karen rir antes de por a mão em sua bochecha e beijá-lo.

— Assim. — Respondeu a pergunta que ele não havia entendido. — É assim que se devolve um beijo roubado.

— Ah. — Gustavo sorriu, seu peito estava inundado de uma alegria tamanha que podia afirmar com toda a certeza que nunca sentira nada sequer parecido. — Não te preocupa com isso não, Cacau. Você pode ficar com ele. — Dito isso tornou a beijá-la.

Ao que parecia, antes de conseguirem se decidir sobre quem ficaria com aquele beijo no fim das contas, ainda o trocariam muitas vezes mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

"COMO ASSIM O GUSTA FOI MACHISTA QUERENDO REGULAR A BIBI SENDO QUE ELE MESMO TAVA PLANEJANDO TER UM ENCONTRO?" Calma, jovem... O Gusta não foi machista... Os irmãos Brito são (AMBOS) muito protetores um com o outro mesmo vivendo em "pé de guerra"... Quem leu BE sabe do que eu to falando... Sendo assim, eles conversariam pra saber se um aprova o/a pretendente do outro, por isso aquele momento de "vc anda tendo encontros?", tinha um "pelas minhas costas, irmã?" subtendido...
Agora vamos ao que interessa...
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWN! Ataque de fofura Gustaren... Meu OTP finalmente é canon, na verdade dois dos meus três OTP's se tornaram canon aqui... E foi muita fofura... Ai ai ai meu coraçaum...
Vcs gostaram? Espero que sim...
xoxo
Atenciosamente, Leoa A. Santana...

P.s.1: Trégua Oficial: Um trégua oficial dos irmãos Brito é um pedido de paz, a partir do momento em que é aceito, um deve ajudar o outro sem chacotas, insultos ou falsidades. Essa é a lei suprema dos gêmeos.
O pedido é feito quando um dos dois usa um apelido de trégua (Sweety Bi ou Príncipe Guto) e aceito da mesma maneira.
O encerramento consiste no ritual de trocar um peteleco na testa dizendo a frase oficial com a promessa de que ninguém nunca vai saber que foram pacíficos um com o outro.

P.s.2: Cacau é um apelido que o Gusta deu pra Karen em uma cena excluída de BE por causa dos olhos de chocolate. Pra quem não leu BE, isso não faz a mínima diferença, mas pra quem leu, tá aí um fato curioso... kkk

P.s.3: O filme sitado pela Ka se chama "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho". Recomendo a todos, é muito bonito.