Nem eu sabia o certo o porque o amava, mas eu o amava. Mesmo que dissesse a mim mesma dia após dia que era loucura, eu ainda o queria, ainda o esperava. Que tola! Quantas horas gastas na soleira da porta, sentada a varanda esperando que ele voltasse pra casa.

Mas ele não voltou... Ele nunca fez.

No começo o odiei por isso.

O odiei por partir.

O odiei por me deixar.

E mesmo o odiando, ainda o amava. E era isso que mais doía, era isso que mais machucava. Seria mais fácil se eu pudesse simplesmente ignorar toda a dor que eu sentia, coloca todo aquele amor pra fora até que não restasse mais nada. Nenhuma sombra de dúvida, nenhuma esperança infundada... Nenhuma outra lágrima solitária.