Garota Especial escrita por Erin Noble Dracula
P.O.V. Elijah.
O fato dela estar formando um exército de seres sobrenaturais e humanos com habilidades paranormais me prova o quanto eu atraio pessoas com problemas.
Elas passam de hospício em hospício soltando essas pessoas e as ajudando a dominar seus poderes.
—Oi.
—Vai pro inferno!
A garota gritou.
—Tá tudo bem, eu sou diferente também.
—Prove.
—Tá bem.
Ela levitou.
—Você foi mordida por um demônio e sobreviveu?
—Também. Mas, a maioria dos meus poderes nasceu comigo.
—Minha melhor amiga desde o jardim foi sacrificada pra satã, só que como ela não era virgem ela voltou com um demônio dentro da alma e tinha que se alimentar de carne humana pra saciar a besta.
—Lamento.
—Ela me mordeu e eu enfiei uma lâmina no coração da vadia. Ela comeu meu namorado literalmente.
—Acredito em você. Vem com a gente, vamos mostrar para esses médicos céticos que machucaram a gente, que nos trancaram e que se acham melhores e mais inteligentes do que somos capazes.
—Concordo.
Ela deu um sorriso macabro.
—Meu nome é Anita Lesnicky, mas podem me chamar de Needy.
—Sou Loren Hansett. Pode me chamar de Loren.
Ela saiu da solitária e caminhou pra fora do manicômio. Ela abriu um buraco na cerca para que pudesse passar.
—Eu tenho que pegar os caras que fizeram isso com a Jen.
—Nós vamos pegar, mas antes disso você tem que treinar, se alimentar, se fortalecer para darmos uma surra bem dada neles.
—Eu era a Maggie Evans, mas agora eu sou Victória Winters tenho habilidades telecinéticas e vejo fantasmas.
—Eu vou ganhar um nome novo?
—Se você quiser.
—Não. Eu gosto de ser a Needy.
—Tudo bem então.
P.O.V. Doutora Carter.
Começamos a rastrear elas, mas elas sempre estão um passo á nossa frente. Quando chegamos tudo o que encontramos são os corpos dos médicos e enfermeiros e os pacientes soltos pela clínica.
—Quem elas pegaram dessa vez?
—Anita Lesnicky.
—Talvez a herança seja ligada ao gênero, quer dizer até agora só pegaram moças. Loren, Maggie e essa Anita.
—É uma teoria interessante. Mas, elas foram escoltadas por homens.
—Sim. Mas, até agora só pegaram mulheres.
Não deu nem uma semana e uma banda de rock chamada Low Sholder foi brutalmente assassinada, os corpos foram estraçalhados e haviam partes faltando. O que mais intrigou os peritos foi que deixaram uma carta dizendo que eles haviam sacrificado uma jovem pra satã e que ela havia voltado dos mortos com um demônio na alma porque ela não era virgem.
E escrito na parede com o sangue dos membros da banda estava a mesma frase que apareceu na parede da clínica aquele dia.
Sangue por sangue.
—E então?
—Não há digitais em nada, nada de DNA diferente do das vítimas, mas felizmente encontramos o pincel que o assassino usou para pintar a frase.
—E as câmeras de segurança?
—As fitas foram destruídas, mas testemunhas afirmaram ter visto uma garota loira de olhos azuis entrando no hotel e saindo. A camareira disse que ela foi a última pessoa a entrar nesse andar naquela noite.
—Chame a camareira.
A camareira veio, ela se chamava Rosa e assim que mostramos o álbum ela identificou Anita de primeira.
—Foi ela. Foi ela que eu vi.
Anita Lesnicky.
—Obrigado. Assumiremos daqui.
Fomos pesquisar a história dela. E era uma história muito... especial.
Lemos um dos diários que ela escreveu, segundo ela essa banda de Rock foi á sua cidade, sacrificou sua melhor amiga Jennifer Check que voltou com um demônio dentro do corpo que tinha fome de carne humana.
Fomos até a cidade de Devil's Kattle e todas as mortes citadas pelo diário de Anita foram confirmadas pelos policiais locais que encontraram os corpos, o incêndio na boate Melody Lane que teve causas desconhecidas, nunca encontraram o que iniciou o incêndio, assim como nunca encontraram a besta que matou aqueles adolescentes. Entre as vítimas estava Tip o ex-namorado de Anita.
Fomos conversar com a mãe de Jennifer e ela disse que viu Needy assassinar a filha com uma lâmina no coração, era um simples estilete que atravessou o coração de Jennifer.
Então fomos até a biblioteca da escola onde elas estudavam já que a mãe de Needy afirmou que a filha estava passando muito tempo lá antes de surtar e assassinar a melhor amiga. A bibliotecária nos conduziu até a pequena sessão de ocultismo e nos deu o último livro que Anita havia emprestado antes de assassinar Jennifer.
E no livro havia a descrição do tipo de demônio que supostamente havia possuído a menina. E tudo o que estava escrito lá batia com os ocorridos na cidade.
—Corpos estraçalhados, sacrifício impuro.
Fomos até a cachoeira que dava nome á cidade e lá estava a pedra descrita no diário de Anita, pegamos uma amostra do sangue seco que ficou lá e ele batia com o da senhorita Check.
—Demônios. Quem diria.
Algumas pessoas do hotel onde a banda estava hospedada disseram que viram Anita indo para noroeste. Em direção á estrada.
E lá na estrada falaram que ela pegou carona com um senhor idoso numa picape azul e foi em direção á capital.
P.O.V. Elijah.
A mais nova aquisição do exército de Loren veio falar comigo.
—E ai, o que é que você faz?
—Sou um vampiro original.
—Maneiro. Você tem algum poder?
—Posso controlar sua mente e te forçar a me obedecer, apagar suas memórias, corro muito rápido e sou muito forte.
—Demais. Você já matou alguma pessoa?
—Já. Eu tenho mil anos.
—Tem medo de água?
—Não.
—Nem de água benta?
—Não.
—Se te estaquearem você morre?
—Não. Á menos que seja uma estaca feita com a madeira da árvore do carvalho branco.
—Legal. Como você sai no sol?
—O anel no meu dedo. Minha mãe o enfeitiçou, me impede de queimar ao sol.
—Se você me morder eu vou absorver os seus poderes?
—Não.
—Vou virar vampira?
—Não.
—Consegue fazer mais iguais a você?
—Consigo criar outros vampiros, mas eles não são como eu.
—Porque os Cullens são tão brancos e tão gostosos?
—Eu não sei. Eles são duma raça diferente.
—Sabe, eu era normal, eu tinha uma melhor amiga e um namorado. Mas, agora eu tenho raiva do mundo e como pessoas pra viver.
—Bem vinda ao clube.
—Você é viado?
—O que?
—Gosta de outros caras?
—Não.
—Você gosta da Loren. Você nasceu vampiro?
—Não.
—Foi mordido por um morcego e sobreviveu?
—Não.
—Fez um pacto com o diabo?
—Não.
—Como você virou vampiro?
—Minha mãe era uma bruxa e fez o feitiço que nos transformou.
—Doeu?
—Meu pai atravessou uma espada no meu peito.
—Então doeu?
—Doeu.
—Você sente dor? Frio? Calor? Você dorme?
—Sim, sim e sim.
—Needy? Porque não vem aqui comigo um pouco?
—Mas...
—Vem comigo. Depois você termina de interrogar o Elijah.
Loren levou Needy para se alimentar. Sussurrei um obrigado e ela assentiu.
Loren deixou Needy comendo as tripas de alguém e veio falar comigo.
—Ela não tava fazendo de propósito. Ela só passou muito tempo sozinha, incompreendida, pensando que era a única diferente e ai ela encontra você um cara bacana que também é diferente que sente as mesmas necessidades físicas que ela e que por acaso tem muitas histórias para contar, que viu muitas coisas ai ela se empolgou.
Needy voltou correndo e me estendeu o coração pulsante para mim.
—Toma, pra você. Bebe antes que pare de bater.
—Obrigado.
Ela sorriu pra mim e seus dentes estavam ensanguentados, mas ela estava alegre, era um sorriso de felicidade autêntico.
—Sei que é meio nojento, mas bebe.
Eu bebi e gostei.
—É bom. Esse foi o presente mais estranho que eu já ganhei.
—Você tem que considerar que ela é meio demônio então... Ela faz o melhor que consegue, mas ela com certeza gostou de você.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!