Garota Especial escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Formando um exército




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P.O.V. Elijah.

O fato dela estar formando um exército de seres sobrenaturais e humanos com habilidades paranormais me prova o quanto eu atraio pessoas com problemas.

Elas passam de hospício em hospício soltando essas pessoas e as ajudando a dominar seus poderes.

—Oi.

—Vai pro inferno!

A garota gritou.

—Tá tudo bem, eu sou diferente também.

—Prove.

—Tá bem.

Ela levitou.

—Você foi mordida por um demônio e sobreviveu?

—Também. Mas, a maioria dos meus poderes nasceu comigo.

—Minha melhor amiga desde o jardim foi sacrificada pra satã, só que como ela não era virgem ela voltou com um demônio dentro da alma e tinha que se alimentar de carne humana pra saciar a besta. 

—Lamento.

—Ela me mordeu e eu enfiei uma lâmina no coração da vadia. Ela comeu meu namorado literalmente.

—Acredito em você. Vem com a gente, vamos mostrar para esses médicos céticos que machucaram a gente, que nos trancaram e que se acham melhores e mais inteligentes do que somos capazes.

—Concordo.

Ela deu um sorriso macabro.

—Meu nome é Anita Lesnicky, mas podem me chamar de Needy.

—Sou Loren Hansett. Pode me chamar de Loren.

Ela saiu da solitária e caminhou pra fora do manicômio. Ela abriu um buraco na cerca para que pudesse passar.

—Eu tenho que pegar os caras que fizeram isso com a Jen.

—Nós vamos pegar, mas antes disso você tem que treinar, se alimentar, se fortalecer para darmos uma surra bem dada neles.

—Eu era a Maggie Evans, mas agora eu sou Victória Winters tenho habilidades telecinéticas e vejo fantasmas.

—Eu vou ganhar um nome novo?

—Se você quiser.

—Não. Eu gosto de ser a Needy.

—Tudo bem então.

P.O.V. Doutora Carter.

Começamos a rastrear elas, mas elas sempre estão um passo á nossa frente. Quando chegamos tudo o que encontramos são os corpos dos médicos e enfermeiros e os pacientes soltos pela clínica.

—Quem elas pegaram dessa vez?

—Anita Lesnicky.

—Talvez a herança seja ligada ao gênero, quer dizer até agora só pegaram moças. Loren, Maggie e essa Anita.

—É uma teoria interessante. Mas, elas foram escoltadas por homens.

—Sim. Mas, até agora só pegaram mulheres.

Não deu nem uma semana e uma banda de rock chamada Low Sholder foi brutalmente assassinada, os corpos foram estraçalhados e haviam partes faltando. O que mais intrigou os peritos foi que deixaram uma carta dizendo que eles haviam sacrificado uma jovem pra satã e que ela havia voltado dos mortos com um demônio na alma porque ela não era virgem.

E escrito na parede com o sangue dos membros da banda estava a mesma frase que apareceu na parede da clínica aquele dia.

Sangue por sangue.

—E então?

—Não há digitais em nada, nada de DNA diferente do das vítimas, mas felizmente encontramos o pincel que o assassino usou para pintar a frase.

—E as câmeras de segurança?

—As fitas foram destruídas, mas testemunhas afirmaram ter visto uma garota loira de olhos azuis entrando no hotel e saindo. A camareira disse que ela foi a última pessoa a entrar nesse andar naquela noite.

—Chame a camareira.

A camareira veio, ela se chamava Rosa e assim que mostramos o álbum ela identificou Anita de primeira.

—Foi ela. Foi ela que eu vi.

Anita Lesnicky.

—Obrigado. Assumiremos daqui.

Fomos pesquisar a história dela. E era uma história muito... especial.

Lemos um dos diários que ela escreveu, segundo ela essa banda de Rock foi á sua cidade, sacrificou sua melhor amiga Jennifer Check que voltou com um demônio dentro do corpo que tinha fome de carne humana.

Fomos até a cidade de Devil's Kattle e todas as mortes citadas pelo diário de Anita foram confirmadas pelos policiais locais que encontraram os corpos, o incêndio na boate Melody Lane que teve causas desconhecidas, nunca encontraram o que iniciou o incêndio, assim como nunca encontraram a besta que matou aqueles adolescentes. Entre as vítimas estava Tip o ex-namorado de Anita.

Fomos conversar com a mãe de Jennifer e ela disse que viu Needy assassinar a filha com uma lâmina no coração, era um simples estilete que atravessou o coração de Jennifer.

Então fomos até a biblioteca da escola onde elas estudavam já que a mãe de Needy afirmou que a filha estava passando muito tempo lá antes de surtar e assassinar a melhor amiga. A bibliotecária nos conduziu até a pequena sessão de ocultismo e nos deu o último livro que Anita havia emprestado antes de assassinar Jennifer.

E no livro havia a descrição do tipo de demônio que supostamente havia possuído a menina. E tudo o que estava escrito lá batia com os ocorridos na cidade.

—Corpos estraçalhados, sacrifício impuro. 

Fomos até a cachoeira que dava nome á cidade e lá estava a pedra descrita no diário de Anita, pegamos uma amostra do sangue seco que ficou lá e ele batia com o da senhorita Check.

—Demônios. Quem diria.

Algumas pessoas do hotel onde a banda estava hospedada disseram que viram Anita indo para noroeste. Em direção á estrada.

E lá na estrada falaram que ela pegou carona com um senhor idoso numa picape azul e foi em direção á capital.

P.O.V. Elijah.

A mais nova aquisição do exército de Loren veio falar comigo.

—E ai, o que é que você faz?

—Sou um vampiro original.

—Maneiro. Você tem algum poder?

—Posso controlar sua mente e te forçar a me obedecer, apagar suas memórias, corro muito rápido e sou muito forte.

—Demais. Você já matou alguma pessoa?

—Já. Eu tenho mil anos.

—Tem medo de água?

—Não.

—Nem de água benta?

—Não.

—Se te estaquearem você morre?

—Não. Á menos que seja uma estaca feita com a madeira da árvore do carvalho branco.

—Legal. Como você sai no sol?

—O anel no meu dedo. Minha mãe o enfeitiçou, me impede de queimar ao sol.

—Se você me morder eu vou absorver os seus poderes?

—Não.

—Vou virar vampira?

—Não.

—Consegue fazer mais iguais a você?

—Consigo criar outros vampiros, mas eles não são como eu.

—Porque os Cullens são tão brancos e tão gostosos?

—Eu não sei. Eles são duma raça diferente.

—Sabe, eu era normal, eu tinha uma melhor amiga e um namorado. Mas, agora eu tenho raiva do mundo e como pessoas pra viver.

—Bem vinda ao clube.

—Você é viado?

—O que?

—Gosta de outros caras?

—Não.

—Você gosta da Loren. Você nasceu vampiro?

—Não.

—Foi mordido por um morcego e sobreviveu?

—Não.

—Fez um pacto com o diabo?

—Não.

—Como você virou vampiro?

—Minha mãe era uma bruxa e fez o feitiço que nos transformou.

—Doeu?

—Meu pai atravessou uma espada no meu peito.

—Então doeu?

—Doeu.

—Você sente dor? Frio? Calor? Você dorme?

—Sim, sim e sim.

—Needy? Porque não vem aqui comigo um pouco?

—Mas...

—Vem comigo. Depois você termina de interrogar o Elijah.

Loren levou Needy para se alimentar. Sussurrei um obrigado e ela assentiu.

Loren deixou Needy comendo as tripas de alguém e veio falar comigo.

—Ela não tava fazendo de propósito. Ela só passou muito tempo sozinha, incompreendida, pensando que era a única diferente e ai ela encontra você um cara bacana que também é diferente que sente as mesmas necessidades físicas que ela e que por acaso tem muitas histórias para contar, que viu muitas coisas ai ela se empolgou.

Needy voltou correndo e me estendeu o coração pulsante para mim.

—Toma, pra você. Bebe antes que pare de bater.

—Obrigado.

Ela sorriu pra mim e seus dentes estavam ensanguentados, mas ela estava alegre, era um sorriso de felicidade autêntico.

—Sei que é meio nojento, mas bebe.

Eu bebi e gostei.

—É bom. Esse foi o presente mais estranho que eu já ganhei.

—Você tem que considerar que ela é meio demônio então... Ela faz o melhor que consegue, mas ela com certeza gostou de você.


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