Madame Hogwarts escrita por Queen L


Capítulo 2
Começo do plano, ou algo do tipo ?


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito obrigada a todos, eu não acredito que tive 4 favoritos e 2 comentários no capítulo passado, fora as 80 visualizações é inacreditável !

Eu quero dedicar esse capítulo as minhas maravilhosas leitoras Marcy Melo e LoMB obrigada por comentar meninas, e as minhas amigas Ana e Cecilia, sem vocês e Madame Hogwarts não existiria.


Boa leitura



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29 de julho 

Eu estava assistindo o último episódio de Stranger Things, me perguntando se conseguiriam salvar o pobre Will, quando uma Dominique totalmente eufórica entrou no quarto que dividíamos desde a minha briga com Roxanne, interrompendo o que seria uma tarde perfeita de maratona de séries, Doritos, Coca-Cola e chocolate.

Eu sei que havia prometido a mim mesma que esse ano seria diferente e eu viveria mais, mas a minha cama é tão confortável e ainda tem o único e verdadeiro amor que não quer me deixar levantar, a Netflix.

Era impressionante como Domi sempre estava bonita, seu cabelo loiro, mesmo quando estava bagunçado, ficava bonito e parecendo o de uma modelo em uma revista. Se fosse eu, provavelmente achariam que fugi do hospício.

— Adivinha quem eu encontrei na rua?

— Taylor Swift!

— Não!

— Ian Somerhalder!

— Você acha mesmo que eu estaria aqui se tivesse encontrado o Ian na rua? Ou eu teria infartado na hora, ou agarrado o pescoço dele e nunca mais soltado.

— Não, provavelmente você teria berrado e passado por uma situação constrangedora.

— Você fala isso por experiência própria dona Rose? De quando você conheceu o Jensen?

— Foi há muito tempo!

— Fazem seis meses.

Eu puxo o edredom até a cabeça e a tampo com o travesseio, tentando tirar a lembrança vergonhosa da minha mente.

— Que isso, não foi tão ruim, você só gaguejou ...

— Para.

— Pareceu totalmente doida ...

— Domi.

— E jogou chocolate quente nele.

— Eu te odeio. Disse, me descobrindo e olhando para ela com a minha melhor cara de “vou te matar de forma lenta e dolorosa”.

— Olha pelo lado bom: ele nunca vai esquecer de você.

— Que engraçado Dominique.

Ninguém nunca ia esquecer desse dia? Parece que todo o universo está contra mim, não pode ser.

— Quem você encontrou? - Perguntei tentando desviar o assunto.

— Drew McLaggen.

Quando falou isso os olhos azuis dela chegaram a brilhar. Patético.

— Ele disse oi, mas não foi um oi comum, foi tipo um oi. Entedeu?

Eu concordei. Não julgo ela, se o Shawn Mendes ou o Aaron Johnson dissessem oi para mim, eu provavelmente passaria horas tentando decifrar o significado desse oi. Mas fazer isso por causa do Mclaggen é ridículo. Ele é só mais um jogador de basquete ridículo.

— E o que mais?

— Só isso, não deu pra falar mais. Mas aposto que na reunião de hoje à tarde ele vem falar comigo.

Droga, eu tinha esquecido que a escola tinha marcado essa estupida reunião no meio das férias e era obrigatória. É só comigo que isso acontece. E seu eu tivesse viajando ou coisa assim? 

Fora que as férias são o único período de descanso psicológico daquelas pessoas. Eu sei que eu tinha um plano de viver novas experiências, mas é que a minha cama e meu notebook são tão mais atrativos que isso e mais fáceis de serem alcançados, que eu estou quase desistindo. Quem precisa de uma vida?

O celular de Domi fez um barulho indicando o recebimento de uma mensagem no WhatsApp. Ela leu e fez uma cara estranha.

— Algum problema?

— Só a minha mãe pedindo que eu compre uma coisa para ela, nada demais.

— Ok.

— Cansei, de ficar em casa, vamos sair, tomar um café.

— Podemos fazer café aqui.

— A gente precisa respirar ar puro, ver pessoas.

— Eu não preciso disso, eu tenho a internet.

Eu até tentei resistir, mas quando dei por mim Dominique já tinha me arrastado pelas ruas. Odeio minha vida. 

Eu e minha prima conversamos um pouco sobre os filmes da Pixar. Ela diz que Toy Story é o melhor já inventado, eu já acho que Os Incríveis ganha de 10 a zero de qualquer um.  

— Batata. 

Disse ela um tempo depois.

— Oi?

— Eu estou pensando em batata.

— Por que exatamente?

— Nós estávamos falando de Toy Story, aí eu lembrei do Senhor Cabeça de Batata e me lembrei de batata.

— Ok. Que tipo de batata? Frita, assada, palha?

— Não tinha pensado nisso ainda, mas definitivamente batata frita. Eu amo batata frita.

— Todo mundo ama batata frita.

Meu Deus. Nós éramos muito estranhas.

Depois de mais alguns minutos de caminhada nós finalmente chegamos ao Starbucks e, de repente, eu percebi que eu parecia uma personagem clichê de alguma fanfic aleatória. Cabelos ruivos presos em um coque bagunçado, óculos e um vestido preto de bolinhas brancas.

Desfiz o coque para me sentir melhor.

Domi me arrasta a uma mesa que já estava ocupada por alguém, que alguns segundos depois identifico como Roxi. Eu havia sido enganada.

— Dominique, eu não acredito! Estou indo embora.

— Desculpa, mas se eu te contasse, você não vinha.

— Por favor, fica. 

Minha outra prima implorou com uma voz chorosa.

Eu estava praticamente indo embora, mas a voz de Roxanne parecia tão frágil, que eu tive que ficar. Não era só a voz da minha prima que estava esquisita, ela estava totalmente estranha. Seus cabelos negros estavam presos em um coque frouxo, cheio de fios saindo, sua pele estava oleosa e sem maquiagem e as roupas rasgadas. Nos últimos 18 anos eu nunca tinha visto ela sim.

— O que aconteceu?

Para resumir a história, ela havia pegado Nott a traindo com outra garota, e, ao que parece, não era só com ela que ele tinha ficado.

— Sinto muito.

Disse pegando em sua mão tentando ser solidaria, apesar de saber que isso aconteceria cedo ou tarde. Ele é um completo idiota.

— O pior não é isso?

— O que pode ser pior?

Domi diz com uma voz doce. Infelizmente eu tenho a impressão de que sei o que aconteceu. Tomara que eu esteja errada.

— Eu dormi com ele.

E eu estava certa, como sempre.

Nós duas abraçamos nossa prima, sem saber ao certo o que dizer.

— Mas você se protegeu né?

Eu tive que perguntar, meio que estragando o momento.

— Claro que sim, eu não sou burra.

Não é o que parece. Minha vontade era dizer isso em voz alta, mas não queria estragar tudo agora que fizemos as pazes, então eu fiquei quieta.

— Eu quero me vingar.

A cara que ela fez quando disse isso foi muito psicótica. Se eu fosse Ryan Nott fugia do país agora mesmo e me mudava para a Nova Zelândia, que é um lugar muito legal.

— Claro, pode contar comigo.

— E você Rose?

Elas olharam para mim em busca do meu apoio. Sinceramente eu tinha certeza de que isso ia dar merda, mas como eu estava cansada de ser taxada de Santa Rose e tinha como objetivo viver aventuras esse ano, minha resposta foi:

— Sim, claro.


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Notas finais do capítulo

O próximo já esta quase pronto, então eu prometo que sai rápido.

Obrigada por lerem, e comentem eu não mordo e adoro conhecer pessoas, me contem o que estão achando.




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