UNDERTALE - No Mercy escrita por RageFloyd


Capítulo 1
Ato 1 - Guerra


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pela atenção e espero que goste! ;D



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ATO 1

O Humano Piedoso

Sabe o que é pior que uma guerra? Uma guerra sem sentido. Uma guerra onde todos sabem quem vai ganhar, e quem vai perder. A única coisa boa em uma guerra é o mistério de quem vai sair vitorioso. E nem isso essa guerra inútil oferece.

...

Estava sentado no banco da sala de conferencia do quartel. Estávamos esperando pelo general, que ia nos comunicar algo muito importante. Eu olhava para meus próprios pés, me perguntando o que ele teria a nos dizer quando ouvi meu colega do lado chamar meu nome:

— Ei, Dylan — disse Simon

— Diga — eu respondi, fitando-o nos olhos.

— Como anda sua mãe?

— Bem... Eu acho. Faz tempo que não a vejo. Porque a pergunta?

— Ah... Faz tempo que não bato um papo com ela. Sabe, ela tem uma conversa muito boa, diferente da minha mãe, que só reclama.

— Não fale assim da sua mãe! Pelo menos ela cozinha bem!

— Hehehe, isso é verdade. Adoro o Strogonoff dela.

— Com certeza um desses cairia bem agora... Com bastante ketchup—eu brinquei, piscando o olho.

— Ketchup no Strogonoff? Não sei se ia dar certo, hein.

— Tudo dá certo com ketchup — eu disse, complementando o pensamento — Ei, será que dá tempo de eu ir ao banheiro?

— A conferencia é só as três e vinte... Pode ir tranquilo, ainda são três horas—disse Simon, olhando seu relógio de pulso prateado.

Eu me levantei da cadeira de madeira, e comecei a caminhar até a porta, onde se encontra o banheiro. Ao entrar no toalete de chão e paredes de azulejo branco, vou direta mente à torneira, abro-a, e jogo um pouco da agua em meu rosto, e então ergo minha cabeça para o espelho.

Observei cuidadosamente meu rosto, de pele branca e pálida, e barba raspada. Algumas espinhas brotavam nele aos poucos, resquícios de minha puberdade tortuosa. Meus cabelos eram loiros, bem claros e bastante bagunçados. Eles estavam quase chegando aos meus ombros, pois não cortava havia um tempo. Fitei meus próprios olhos castanho-escuro pelo espelho. Passei a mão por meu rosto, afastando um pouco a agua que havia usado para lava-lo, e então continuei me observando. Por que eu estava ali? Eu não queria aquilo! Não queria ser militar! Não queria matar a ninguém! Mas fazer o que, né. Eu fui convocado, agora não havia volta. Minha mão direita involuntariamente batia no bolso de minha calça do uniforme do exército. Ali estava meu maço de cigarro. Sim, sim, eu sou fumante, e ficar tantas horas sem fumar já estava me deixando nervoso. Eu olhei para cima um pouco, resistindo a tentação, e então me direcionei de volta para meu lugar, na sala de conferencia.

Chegando lá, sentei cuidadosamente na cadeira, e voltei a observar meus pés. Comecei a pensar sobre minha mãe. Eu realmente deveria ligar para ela... Eu não trocava uma palavra com ela a meses! Estou com saudades... Me vem então a cabeça quando que esta conferência ia começar. Eu ja estava ficando entediado.

— Ei, Simon, que horas são aí? — eu perguntei para meu colega.

— Hm...—ponderou ele — ...três e quinze. A qualquer instante agora.

Cruzei os braços e observei um pouco o lugar. Era uma sala bonita. Chão de madeira escura... Paredes brancas... Haviam quadros de antigos marechais e generais pendurados nas paredes, provavelmente heróis de guerra.  Haviam também diversas cadeiras de madeira, acomodando varios soldados, cabos, tenentes, etc. Todas estavam viradas para um pequeno palco, onde haviam estandes na parede com o simbolo da FAH, as Forças Armadas Humanas, e uma pequena bancada com um microfone, de onde o General falaria.

Um minuto ou dois se passaram, e o General finalmente chegou. Ele subiu uma pequena escada, que levava ao palco, e chegou próximo ao microfone:

— Senhores serventes das Forças Armadas Humanas. Hoje me encontro nessa sala de nosso querido quartel para lhes anunciar algo muito esperado por nós — o General disse, enquanto sorria, mostrando seus dentes amarelados. Ele tinha os músculos bastante fortes, apesar da idade. Seus cabelos grisalhos eram bastante curtos, quase inexistentes, e havia uma cicatriz, que começava em sua bochecha, passava por seu olho, terminava somente em sua testa — Ontem à tarde, nosso querido presidente e eu nos encontramos com o rei dos monstros, Asgore Dreemur — alguém deu uma curta risadinha debochada, em algum lugar — Ele queria... criar algo como uma aliança... Hehehe! Sabe o que nós fizemos? Vocês sabem?! Nós declaramos GUERRA!!! HAHAHA!!! — nesse momento, várias pessoas começaram a rir descontroladamente. Simon e eu nos entreolhamos, confusos — Já está na hora de esses monstros aprenderem quem é que manda nessa terra! Mês que vem, dia X2/0X/19X3, será um dia que marcará a história. Nós invadiremos a morada daqueles monstros imundos, e destruiremos UM POR UM. HAHAHA!!!

...Algumas horas depois, já fora da sala, encontro-me com Simon, ainda bastante atordoado. Não conseguia aceitar a ideia de uma guerra assim, sem motivos.

— Então é isso. Eles vão atacar os monstros.

— Eles não, nós.

— Você entendeu, Dylan. Eu realmente não compreendo esses militares. Sempre se acham superiores... Os monstros não fizeram nada para nós, e agora iremos ataca-los?! Como assim?!

— Só nos resta esperar o dia chegar, Simon. Não temos o que fazer. Eles mandam e nós obedecemos. Só espero não ter que matar ninguém... Eu nunca me perdoaria.


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Notas finais do capítulo

Se gostou não esqueça de favoritar e deixar um comentário com sua opinião!

Obrigado por ler e até a próxima ;3