Pov Narrador.

— Por que será eu estou sentindo que deveria ficar preocupado com a Despedida de Solteira da minha noiva? – Gale bufa pela quarta vez em duas horas.

— Não devia, a Joh te ama, seja lá o que ela for aprontar, isso não vai mudar. – Peeta fala entregando um copo de Whisky para o amigo.

— Apenas se lembre que a Katniss está no meio, Peeta. – Haymitch fala virando o copo com a bebida na boca.

— Confio na Katniss. – O loiro fala sentando-se no sofá.

— Eu não confio na Johanna, ela é louca, só espero que esteja tomando cuidado com o meu filho. – Gale fala

— Ela está, e não fale como se fosse menino, pode ser menina também. – Haymitch fala.

— Não! Tem que ser menino! – Gale toma um gole da bebida de seu copo. — Meninas dão muito trabalho quando crescem, temos que matar muitos garotos e eu não queria ser preso. – Gale ela fala com convicção.

— Eu que o diga! – Haymitch exclama emburrado.

— De qualquer forma, não vamos nos preocupar, tudo deve estar muito calmo na despedida de Johanna. – Peeta fala e Haymitch e Gale o encara. Será?

*-*

— Nem acredito que vou me casar! – Johanna exclama tomando um gole exagerado de Whisky.

— Johanna! Você não pode beber. – Diz Clara tomando o copo da mão da morena.

— Só hoje, para comemorar. – Johanna pediu fazendo cara de coitadinha.

— Nem pensar. – Katniss pega a bebida da mão de sua mãe, tomando-a toda de uma vez. — Você está gravida agora. Pode esquecer isso.

— Estraga prazeres. – Johanna revira os olhos para a amiga.

O bar recém-aberto no centro do Distrito 12 havia sido alugado apenas para a despedida de solteira de Johanna Mason, o lugar não era muuuito grande, mas era confortável, e os homens dançando sobre o palanque dava um charme em tudo.

Effie que tinha ido até o balcão, volta para a mesa com mais um litro de whisky.

— Gente, cadê meu suco? – Annie pergunta.

— Vamos Annie, toma isso. – Kat coloca uma dose no copo da amiga que faz uma careta.

— Eu nunca fiquei bebeda nesses 25 anos, não vou fazer isso agora. – A ruiva fala.

— Só essa dose... Você tem que se divertir! – Johanna levantou seu copo.

— Apenas um brinde! – Exclamou Effie meio alegre. Aquela loira era meio fraca pra bebida.

— Okay. – A ruiva vira o copo de uma vez, sentindo o liquido descer queimando sua garganta. — Effie, que coisa ruim... – Ela tosse.

— Será que eles estão bem? – Effie pergunta.

— Eu acho que sim, Peeta é sempre muito cuidadoso, eles devem estar sentados na sala conversando sobre alguma coisa qualquer. – Katniss fala lembrando do seu loiro.

— Em falar daquele loiro gostoso... – Johanna vira mais uma dose. — Não acredito que você tem aquele homem todo na sua casa e não está tirando nem uma casquinha nele.

— Mas do que você está falando Jojo? – Annie se pronuncia. — É claro que eles estão juntos, até saíram para levar Rye no parque esses dias... E de mãos dadas ainda.

— Serio? Por que não me contou antes? – Johanna se volta para a morena de olhos cinzas.

— Não tive tempo, tudo estava muito corrido. – Kat dá de ombros.

— Rye estava até andando sozinho nos brinquedinhos. — Effie soluça. — Uma gracinha aquele menino, enfim, a cara do pai... – Ela se enrola para falar o resto.

— Já está bêbada coisinha? – Johanna pergunta para Effie.

— Eu? Logico que não! Estou sóbria como um gamba... – E a loira cai na gargalhada acompanhada das outras amigas.

— Venham, vamos dançar! – Johanna grita ouvindo a música aumentar e os homens voltarem as suas posições sobre o palanque. Ela pega Katniss pela mão e as duas sobem para dançar com os homens, sendo acompanhadas por Effie. Enquanto Annie e Clara apenas desejavam que Peeta, Haymitch e Gale nem sonhassem com aquela cena.

*-*

— Sabe, já estou com sono. – Gale disse.

— Fala não. – Peeta se pronuncia com a voz manhosa pelo sono.

— Eu acho que devíamos ir... – A voz de Haymitch foi interrompida pelo som do celular de Peeta tocando.

— Alô, Clara? – Peeta atende o telefone, mas não escuta muita coisa do outro lado da linha, a não ser gritaria e um som alto.

— Peeta, vocês precisam vir aqui nos... Annie, me ajuda aqui... – A voz de Clara some na ligação.

— Clara? – Peeta chama, levantando-se do sofá, chamando a atenção dos amigos.

— O que é Peeta? – Gale pergunta sério.

— Venham para cá agora! – Clara exclama antes de desligar o celular na cara do loiro de olhos azuis.

— Peeta? – Haymitch chama, mas o loiro apenas balança a cabeça em negação.

*-*

Pov Peeta.

Saio da casa de Gale com ele e Haymitch, entrando no carro e acelerando até o novo bar que abriram no distrito. Katniss e Johanna com certeza estão aprontando. Não devia ter deixado ela vir nessa despedida. Assim que parei o carro na porta do bar, sai de dentro dele na velocidade da luz, abri a porta em um estrondo e tudo o que eu vi foram luzes de diferentes cores cegando meus olhos, e uma música tocando miseravelmente alto. Meus olhos olharam rápido ao redor e pararam em uma morena dançando sensualmente em cima do palco com um Cowboy. Ah Katniss.

— Peeta! – Escutei a voz de Clara, mas não liguei muito, apenas subi no palco e puxei o braço de Katniss, ela se desequilibrou e todo seu corpo chocou contra o meu.

— Você... – Ela tentou falar, mas eu não deixei, apenas a joguei em minhas costas ignorando homem de chapéu e cueca box na minha frente.

— Vou embora. – Avisei à Gale e Haymitch que também cuidavam de suas mulheres que estavam dançando com outros homens.

— Peeta? – Clara me chamou.

— Nos falamos amanhã, pode ser? – Falei e ela concordou com a cabeça. — Obrigada por me chamar.

— Não foi nada. – Ela disse.

— Mãe! Manda ele me soltar. – Katniss disse para a mãe. Mas eu nem dei tempo de Clara responder algo, se é que ela ia, e sai do bar, abrindo a porta do passageiro e colocando Katniss lá dentro.

— Vem, me dá um beijo. – Ela disse pegando em meus cabelos enquanto eu tentava colocar o cinto de segurança nela.

— Katniss, para! – Digo tirando suas mãos de mim.

— Só um beijo? – Ela pediu manhosa.

— Nenhum. – Disse, mas ela puxou meus cabelos e deu um selinho em meus lábios. Suspirei frustrado. — Vai sem cinto mesmo.

— Você está muito resmungão hoje. – Ela reclama enquanto eu entro no carro, ligando-o e dando partida.

— Deve ser por que eu peguei minha mulher se esfregando em outro. – Disse com raiva e ouvi ela sorrir.

— Você fica tão sexy quando está nervoso. – Ela sussurra em meu ouvido.

— Sente-se aí... – Digo empurrando-a delicadamente.

— As bochechas ficam rosadas, os olhos escuros e os lábios vermelhos. – Ela diz passando a mão em meus lábios e bochechas, descendo com suas unhas e arranhando eu pescoço.

— Para! – Digo me afastando um pouco dela.

Katniss se manteve em silencio alguns segundos, parecia estar pensando em algo, e de repente, ela sorriu. Sorriu de uma forma que eu só via ela sorrir algumas vezes. Um sorriso malicioso.

— Peeta, você consegue dirigir? – Ela perguntou.

— Eu estou dirigindo. – Respondi olhando a pista.

— Estou falando com minha boca no seu pênis. – Ela falou sorrindo e eu tive que frear o carro.

— Você só pode estar querendo fazer eu atropelar alguém. – Digo, voltando a dirigir, o transito estava muito movimentado.

— Não mesmo. – Ela disse e eu senti sua mão em cima da minha coxa direita.

— Katniss... – A repreendi. Mas isso só fez ela se apressar mais e enfiar a mão dentro da minha calça e cueca. — Para!

— Relaxa amor... – Ela beijou meu pescoço. Nesse momento eu já não sabia se queria que ela parasse ou continuasse. Mas de qualquer forma, antes que eu falasse nada, ela já havia tirado meu membro de dentro da calça e o masturbava em suas mãos.

— Katniss... – Sussurrei, e ela deu uma risada, abaixando a cabeça e passando a ponta de sua língua na cabeça do meu pênis, e eu ofeguei.

Seus movimentos começaram a ficar mais ritmados e eu sentia meu corpo se arrepiar cada vez que ela soprava meu membro excitado. Eu sentia que ia gozar logo, apensar de estar amando aquela sensação de ter sua boca em mim. E..., freei o carro, o corpo de Katniss foi todo para frente e eu segurei sua cabeça para que ela não batesse no volante.

— O que foi isso? – Ela perguntou confusa.

— Acontece... – Eu respirei fundo ouvindo a buzina dos carros atrás de nós. — Que eu descobri que não consigo dirigir com você me chupando.

— Interessante. – Ela murmurou sorrindo. — Chegue em casa logo então baby. Quero terminar o que eu comecei.

— Seu desejo é uma ordem. – Disse, voltando a dirigir.

O caminho até em casa nunca foi tão longo, quando eu finalmente estacionei na porta da nossa casa, Katniss e eu descemos do carro na velocidade da luz, ela veio até mim, agarrando a gola da minha blusa e beijando minha boca, coisa que eu correspondi com voracidade. Entramos na sala e eu bati o corpo de Katniss contra a parede da escada, descendo minhas mãos até suas coxas, em um convite mudo para que ela subisse em meu colo, coisa que ela atendeu de pronto. Subi as escadas com Katniss em meu colo, revezando entre beijar meus lábios e tentar tirar minha blusa, sorri entre seus lábios entrando em nosso quarto. Joguei ela sem nenhuma delicadeza na cama e ela sorriu maliciosa para mim, enlaçando suas pernas em minha cintura e se esfregando em mim. Retirei minha blusa e deitei meu corpo sobre o dela, ficando entre suas pernas, ela me afastou e tirou o short que usava até a altura do joelho, e eu a ajudei tirando pelos seus pés e o jogando no chão. Ela novamente se esfregou em mim, e eu retirei sua blusa, descendo beijos por sua bochecha, queixo, pescoço e clavícula, chupando o vão entre seus seios e ela arfou.

— Vamos logo para as preliminares. – Ela disse, empurrando-me para o lado e ficando sobre mim, ela sorriu maldosa e começou a chupar meu pescoço, descendo seus beijos pelo meu peitoral, até chegar no elástico da minha cueca. Mas não, ela já tinha brincado muito hoje, estava na hora de ser castigada.

Virei meu corpo sobre o dela, prendendo-a embaixo de mim, e ela gemeu quando eu fiquei entre suas pernas. Rasguei seu sutiã e levei minha boca até seus seios, lambendo-os, chupando-os e os mordiscando, Katniss gemia baixinho e fechava os olhos com força, levei dois de meus dedos em sua boca e a fiz os chupar, desci eles sobre sua pele morena até chegar em sua calcinha, onde eu acariciei de leve sua intimidade sobre o tecido fino que ela usava, apenas para sentir sua excitação e Deus! Ela estava tão pronta pra mim, tão entregue, como sempre. Retirei sua calcinha e a penetrei com dois dedos, sentindo seu interior úmido a pronto para me receber.

— Deus! – Ela exclamou quando eu girei meus dedos dentro dela.

Eu senti que ela ia gozar logo, por isso, penetrei meus dedos mais forte e mais rápido dentro dela, para logo tirá-los rapidamente.

— Peeta? – Ela chamou confusa.

— O que foi, meu amor? – Perguntei me levantando.

— Você é um cretino. – Ela se levantou, mas eu a empurrei novamente, fazendo cai sentada na cama, peguei suas pernas e as abri, retirando meu membro de dentro da calça e a penetrando sem delongas. Ela gemeu surpresa, mas logo fechou os olhos e sorriu aliviada. Aumentei o ritmo das estocadas, já sentia o suor brotando em minha testa, mas não ia parar, não podia.

Empurrei seu corpo mais para o meio da cama e me deitei sobre ele, voltando minha atenção para seus seios e ela gemeu contraindo sua intimidade em torno do meu membro, fazendo meu corpo vacilar um pouco sobre ela. Tentei olhar em seus olhos mais eles estavam fechados, sua boca entreaberta em um pedido mudo para que eu a beijasse, ou talvez, apenas para escapar alguns gemidos roucos por ela. Mas eu decidi que a primeira era um pouco mais favorável e logo a puxei para um beijo cheio de luxuria e desejo, eu amo tanto essa mulher, que as vezes me assusta. É incontrolável e desesperado. Ela gemeu dentro da minha boca e eu deixei minha língua brincar um pouco com a dela, meu corpo foi se esquentando e eu sentia que estava cada vez mais perto, mas não podia gozar antes dela, não podia mesmo. Então eu me segurei, e só deixei me levar pelo orgasmo quando senti ela se apertar em torno de mim e gemer meu nome roucamente no meu ouvido. Sim, ela ainda é minha. Eu sei que é.

Deitei minha cabeça sobre seu peito esperando minha respiração se normalizar, e quando eu vi que estava um pouco melhor, me levantei e a ajudei a se arrumar melhor na cama. Deitei ao lado dela e a puxei para meus braços, como todas as noites, ela deitou sua cabeça sobre meu peito, e esse simples ato fez meu coração se acalmar, como em todas as noites que eu passo o dia todo pensando que alguém quer nos matar, mas que quando eu chego em casa e vejo o sorriso de Rye, e sinto Katniss em meus braços, eu percebo que nada pode me tirar isso, eu daria minha vida, tudo o que eu tenho e tudo o que eu sou por eles, sem reservas, exceções ou medo. E eu darei a minha vida, se for preciso, para mantê-los seguros.

Custe o que custar.