Ficamos mais algum tempo no boliche nos divertindo, bem, nem todos, eu, por exemplo, estava infeliz, me sentindo culpada.

Olhei em volta, e todos ali estavam sorrindo felizes, mas eu não conseguia mais suportar aquela culpa, sai dali, sem ninguém me notar.

Andava, pensando em quem iria acreditar: no meu coração ou no meu estúpido orgulho?

Eu não sabia o que fazer, o que decidir, só queria esquecer de tudo isso por um minuto.

Caminhei mais um pouco até chegar na praia mais próxima. Senti a brisa levantar alguns fios do meu cabelo, respirei fundo, sentindo a areia entre meus dedos, o mar estava calmo a lua já aparecia no horizonte.

Ouvi uma voz conhecida se aproximando, não confundiria aquela voz nem em um milhão de anos, me escondi atrás de uma pedra. Não queria que ele me visse não estava pronta para conversar com ele, a verdade era que eu não sabia o que dizer.

Justin caminhava cantando uma música que nunca tinha ouvido, mas era bonita, e ficava ainda mais, naquela voz perfeita, saindo daquela boca perfeita, macia e acolhedora, que me chamava atenção... CHEGA! Não consigo ficar mais nenhum minuto sem ele, não posso!

Antes que eu tomasse uma atitude precipitada, meu celular tocou...

- Alô?  - Falei com a voz baixa

- Sam? – Uma voz feminina perguntou

- Sou eu, quem é?

- Sou eu, Jasmine – Ela disse

- Oi Jasmine, porque ligou? – Perguntei curiosa

- Eu procurei Justin em todo lugar, mas não o acho! – Ela disse desesperada

- E como eu posso ajudar? – Perguntei fingindo desinteresse, afinal ele estava bem na minha frente!

- Queria saber se viu ele, estou preocupada! – Ela falou implorando

- Não, não o vi! – Disse mentindo, mas logo ouvi um suspiro vindo dela – Mas, talvez ele precise de um tempo Jasmine, ele vai voltar, fiquei tranqüila! – Disse tentando consolá-la

- É você ta certa, obrigada Sam, até logo! – Ela falou desligando.

Suspirei, e deslizei por aquela grande rocha, sentando na areia. Precisava descansar, talvez amanhã esteja pronta para falar com ele novamente! 

Me levantei, dando uma última olhada nele, que agora estava deitado olhando as estrelas, que surgiam aos poucos, sai dali correndo de volta para casa.

Entrei em casa tentando, inutilmente, não acordar ninguém. Minha avó desceu as escadas preocupada.

- Onde você esteve querida? – Ela perguntou, já na minha frente. (n.a. que vovozinha veloz .-.)

- No boliche com meus amigos, não se preocupe! – Disse sorrindo amarelo, não mentia bem e minha avó sabia disso.

- Conheço muito bem esse sorriso, está mentindo! Além do mais, liguei para a Liz á meia hora e ela me disse que você não estava lá! – Ela disse com as sobrancelhas levantadas e um sorriso travesso. Pois é, como eu disse minha avó me conhecia muuuito bem! Olhei para ela sorrindo de lado, sentei no sofá, com lágrimas nos olhos.

- Me conte o que aconteceu Sam, porque anda tão tristinha? Pensa que não percebo que chora no quarto todas as noites? – Ela disse, acariciando meus cabelos – Você nunca foi assim, sempre foi alegre, extrovertida!

- A vovó! Minha vida está horrível, tenho uma decisão a tomar, mas tenho medo de errar! O que faço? – Perguntei triste, abracei a almoçada e mordi o lábio tentando conter o choro.

- Querida, a vida nos prega muitas peças, nos faz tomar decisões difíceis! É verdade! Mas você tem que escolher o que te faz bem! Não pode ligar para os outros, a decisão certa vai sempre, SEMPRE, ser tomada pelo coração! – Ela disse me abraçado forte, precisava de um abraço mais do que tudo, mas não daquele. Meu coração pedia por outros braços, outra pessoa! – Entendo que o que anda passando seja difícil, então quando quiser desabafar eu vou estar aqui Sam! E não se esqueça! O coração é quem manda! – Ela tornou a dizer, depositou um beijo em minha testa e subiu, de volta para o quarto.

Subi logo depois, tomei um banho rápido, me troquei e corri para a cama, havia sido um dia cansativo. Fechei os olhos e dormi pelo resto da noite, profundamente.

No dia seguinte, acordei disposta, e pronta para falar com o Justin. Meu relógio marcava 8:00 horas, e ninguém tinha acordado ainda, tomei o café da manhã sozinha, escrevi um bilhete para a vovó, dizendo que havia pego seu carro, um Pontiac Solstice preto. Então saí correndo de casa, entrei no carro e acelerei para longe dali. Eu sei que não tenho idade para dirigir, mas ninguém precisa saber! Meu pai me ensinou a dirigir, sei tudo sobre, então não teria problema.

Só arei, quando cheguei na casa dele, um mansão branca, maravilhosa! Sai do carro, criando coragem para falar com ele.

Toquei a campainha, e uma homem de terno preto, muito bonito, abriu a porta.

- Oi, é.. o Justin está? – Perguntei sem jeito

- Não! – Respondeu ríspido

- Sabe onde posso encontrá-lo – Disse tentando ser educada

- Não! Agora posso voltar para o meu trabalho? – Ele perguntou seco. Não sei o que deu e mim, mais eu explodi!

- Olha aqui, CARA! Não vem usar esse tom comigo! O Justin pode até agüentar, mas eu não! Você é um idiota por não ver o filho precioso que tem! Ele é incrível, tem um coração de ouro, e tudo o que ele precisa é de um pai, que esteja do lado dele sempre! Que o ame, que o apóie, que vá aos shows dele, ver ele cantar com aquela voz perfeita! Justin precisa de carinho, amor e respeito! ELE PRECISA DE UM PAI! Um pai que ocupe o lugar vazio que ele tem no coração, desde que a mãe morreu, Justin não se sente inteiro! Porque é tão frio? ELE PRECISA DE VOCÊ! E SE VOCÊ NÃO SE DA CONTA DISSO VOCÊ É UM COMPLETO IDOTA! – Gritei, soltando aquelas palavras com facilidade, suspirei passando a mãos pelo cabelo.

- Quer entrar? – Ele perguntou paralisado pelo que eu tinha falado.

- Claro! – Disse mais calma. Quando entrei meu queixo caiu, que casa linda! Parecia aquelas dos filmes de princesa *-* Sentei no sofá ao lado dele.

- Como se chama? – Ele perguntou

- Samantha, mas me chame de Sam, e o senhor?

- Jeremy Bieber, mas me chame de Jeremy, como quiser! – Ele sorriu fraco

- Que tal Jey?  - Sugeri sorrindo

- Gostei! – Ele riu da minha animação

- Quer me falar algo? – Perguntei olhando sua feição séria

- Na verdade, quero sim! Uma coisa que ninguém sabe, nem mesmo Justin! – ele falou, arregalei os olhos, curiosa.

- Pode falar, prometo não contar para ninguém! – Disse segurando sua mão.

- Bom... Eu tenho uma doença grave Sam, muito grave! E a cada dia piora mais! Desde que Pattie morreu, não sou mais o mesmo... E quando descobri o tumor no cérebro, me afastei do Justin, querendo o bem dele, não o mal! Achei que se ele se acostumasse com a falta do pai seria bem mais fácil, para mim e para ele! – Jeremy disse com lágrimas nos olhos.

- Mas você está errado Jey, Justin precisa muito de você! E acho que mesmo você não estando presente, ele te ama muito! Você precisa contar para ele sobre isso! – Eu disse o olhando carinhosamente.

- Não sei se ele me perdoaria Sam! Tenho medo! Não quero que ele sofra! – Ele falou abaixando a cabeça.

- Não precisa ter medo! Não querendo ser indelicada, mas quando você for... vou estar com o Justin custe o que custar! E pode ter certeza de que ele vai sofrer mais, ao saber que você não confiou nele, assim como confiou em mim agora! – Falei sorrindo para ele.

- Talvez você esteja certa! Vou contar para ele quando ele voltar! – Jey falou sorrindo.

- É isso ai, mas seja cuidadoso, Justin está bem mal e tudo por minha culpa! – Falei triste.

- Porque? – Jey perguntou levantando uma sombrancelha.

- Acho melhor ele te contar Jey! Preciso ir atrás dele! – Levantei do sofá sorrindo.

- Obrigada por me ouvir! – Ele disse já de pé, também.

- Obrigada você, por confiar em mim! – Falei sorrindo, dei um abraço nele, que correspondeu. Fomos em direção a porta, me despedi dele correndo até o carro.

- A PROPÓSITO, ELE DEVE ESTAR NA PRAÇA PERTO DA PRAIA! – Jeremy gritou para mim, já dentro do carro buzinei e acenei agradecendo.

Demorei um pouco para chegar na tal praça, devido ao trânsito, estacionei em uma vaga perto de lá, desci e caminhei procurando algum sinal de vida Bieber. O tempo estava fechando, o que significa que eu ao iria durar muito tempo seca. Eu procurava o Justin, mas nada! Sentei em um banco cansada. Começou a garoar, então levantei rápido e corri, mas sem querer esbarrei em alguém, caindo.

- Me desculpe – Disse rindo e limpado minha blusa.

- Tudo bem Samantha – Aquela voz me fez arrepiar, era ele, olhei para cima com uma cara assustada.

- O que veio fazer aqui? – Ele perguntou seco.

- Justin, eu vim aqui me desculpar por ter sido uma idiota e ter desconfiado de você! – Falei levantando.

- Tudo bem, está desculpada, agora pode ir! – Ele falou se virando. O puxei de volta.

- Só isso? “está desculpada” – Falei imitando ele, ou pelo menos tentando! – Eu vim aqui me desculpar, e você é assim comigo? – Falei incomodada.

- É, você desconfiou de mim Samantha, o que queria que eu fizesse, te beijasse? – Ele perguntou irônico.

- Não, mas talvez um pouco de respeito! – Resmunguei.

- Sam... você sabe que eu te amo, e você ter desconfiado de mim, me deixou muito mal! – Ele falou sentando no mesmo banco eu estava antes, triste.

- Me desculpa, de verdade! E sinto muito, eu te amo e não estava agüentando ficar sem você! – Confessei ainda em pé.

- Eu também não agüento ficar sem você Sam! – Ele me abraçou forte, mas logo me soltou – Só não queria que tivesse desconfiado de mim!

- Assim como você fez comigo? Ou você não se lembra do carinha da água de coco? – Perguntei cínica.

- Foi diferente Sam! – Ele tentou se defender.

- Não! Não foi diferente! Você desconfiou de mim Justin! Eu também fiquei muito mal! E a única diferença, é que fui eu quem chorou durante uma semana inteira ao saber da sua traição! – Eu disse com lágrimas nos olhos. A chuva ficava mais forte a cada segundo.

- Sinto por ter sofrido por mim Sam! Não queria, eu juro! – Agora era ele quem estava se sentindo culpado.

- Eu sei disso, agora eu sei! E quero ficar ao seu lado a partir de agora! Sem desconfianças, sem traição, sem lágrimas! – Disse tentando abraçá-lo, mas ele desviou.

- Não podemos mais ficar juntos Sam! Sinto muito! – Ele disse olhando o chão. Acho que os raios e os trovões, que agora acompanhavam a chuva fazendo um barulho alto e desagradável, acabaram de destruir meu coração!

- Do que está falando? – Perguntei confusa e  chorando.

- Sam, eu nunca iria saber o que era voltar a viver se não tivesse te conhecido! Você me fez sorrir depois de muitos anos! Você é sem dúvida meu porto seguro, é minha base, MINHA VIDA! Foi com você que eu aprendi o verdadeiro significado da palavra amar! Você foi a primeira e sempre será! Mas, somos completamente diferentes, você é uma garota normal! Eu sou famoso, e sempre que eu for gravar clipes vou ter que beijar outras garotas! E não quero te fazer chorar nunca mais! Quero que você volte lá e vida sua vida, sem mim! A vida que você merece Sam, sem sofrimentos, apenas com sorrisos! Eu te amo muito pequena, nunca, NUNCA, se esqueça disso.. – Ele terminou de falar, selou minha boca uma última vez, e virou indo dali, em passos lentos.

- Você é o único motivo de eu sorrir todos os dias... – Sussurrei, a lágrimas tomaram meus olhos, e desciam em alta velocidade molhando mais meu rosto. Coloquei o capuz do casaco, andando de volta para o carro.

Com eu viveria agora sem ele? Uma pergunta sem resposta, uma pergunta que me fazia pensar na minha possível vida sem ele! Eu simplesmente não conseguia imaginar! O que me fazia sofrer mais! Não tê-lo em meus braços, não sentir aqueles lábios doces, tocarem os meus... O nome Justin Drew Bieber, não saia da minha cabeça, um filme dos nossos momentos passava em minha cabeça. Eu dirigia sem rumo, dirigia como se procurasse um lugar onde um pudesse finalmente ter paz.

   As lágrimas embaçavam minha visão, e o para brisas do carro estava todo embaçado, devido à chuva muito forte que caía. Os pingos que batiam no capô do carro promoviam um barulho alto. Eu estava muito longe de casa, com mil e uma coisas na cabeça, as lembranças dos meus momentos com o Justin passeavam pelo meu pensamento. Como ficar longe dele iria me ajudar a sorrir? Por quê ele não entendia isso?

-Desculpa. Eu juro que falei aquilo sem pensar. Você não é mais uma. Você não é APENAS mais uma. Você é UNICA. Diferente. Sei lá. Nenhuma garota faz eu me sentir do jeito que eu me sinto agora. Sei lá. Por você, eu mataria e morreria. Sinto muito por duvidar de você Samantha! E quando te vi beijando aquele menino, meu sangue ferveu, uma adrenalina inexplicável correu em minhas veias, então não consegui pensar em nada! ... Bom... Só queria que você soubesse disso. E que nada do que eu falei é mentira, eu te amo, e nunca vou deixar de te amar!

    A voz doce e suave dele tilintou em meu ouvido, ouriçando os meus pêlos e fazendo com que dezenas de lágrimas escorressem por minhas bochechas.

-Justin, droga! Por que você me deixa assim? -falei socando a buzina.

   No que voltei meu olhar para a estrada 'de volta a vida infeliz sem o Justin com sorrisos forçados' vi dois faróis altos vindos em minha direção, girei o volante em torno de cento e oitenta graus, ou seja, quase por completo, o suficiente para mudar totalmente a direção das rodas. O caminhão passou do lado do meu carro,e por frações de milímetros, as latarias não arranhavam uma a outra. 'Foi por pouco', pensei enquanto respirava fundo.

     De repente, senti meu corpo todo girar, junto com o eixo do carro. Um barulho horrível ecoava no interior do carro. Eu estava sofrendo um acidente? Cheguei a pensar que não, pois dizem que é um acontecimento raro. Mas não. Foram os cinco segundos mais eternos e duradouros da minha vida. Cada movimento demorava o quádruplo de tempo do que o normal. Vi os vidros do parabrisas se estilhaçarem e alguns pedaços virem de encontro ao meu rosto, fazendo furos pequenos em minha testa. Senti um pedaço grande de vidro, este proveniente da janela, vir de encontro ao meu pescoço, causando uma dor insuportavelmente grande.

-Justin... -murmurei o nome dele sentindo alguma lágrima escorrer pelo meu rosto e morrer no canto da minha boca. Senti aquele gosto salgado pelo que pensei, ser a ultima vez na vida.

     Abri levemente os olhos. As gotas de chuva ainda batiam violentamente contra o capo do carro, só que com o diferencial de que este estava totalmente amassado. Achei que tinha forças para sair do carro. Mas me enganei. Comecei a sentir que o ar entrava e saía de meus pulmões com dificuldade e eu sentia algo escorrer quente e pegajosamente por toda a minha pele. Levantei minhas mãos até a altura da linha do meu olhar. Doíam muito. Estavam trêmulas e lavadas de sangue. Entrei em desespero ao ver-me naquele estado. Tentei virar meu tronco para o lado direito afim de, me livrar daquele cinto que me asfixiava, mas que tinha salvo minha vida. Meu corpo doía.

-Socorro. -murmurei. Ninguém poderia me ouvir. Meus olhos se fecharam letamente, contra minha vontade. Então, tudo ficou escuro, o som da chuva, batendo no capo, foi diminuindo, até parar completamente...

- Sam, eu nunca iria saber o que era voltar a viver se não tivesse te conhecido! Você me fez sorrir depois de muitos anos! Você é sem dúvida meu porto seguro, é minha base, MINHA VIDA! Foi com você que eu aprendi o verdadeiro significado da palavra amar! Você foi a primeira e sempre será! Mas, somos completamente diferentes, você é uma garota normal! Eu sou famoso, e sempre que eu for gravar clipes vou ter que beijar outras garotas! E não quero te fazer chorar nunca mais! Quero que você volte lá e vida sua vida, sem mim! A vida que você merece Sam, sem sofrimentos, apenas com sorrisos! Eu te amo muito pequena, nunca, NUNCA, se esqueça disso... – Ele terminou de falar, selou minha boca uma última vez, e virou saindo dali, em passos lentos.

- JUSTIIN! – Gritei, acordando ofegante.

- Samantha? Meu amor! – Levantei minha cabeça devagar, a mesma latejava de tanta dor, olhei para os lados, confusa.

- O que aconteceu? Ai! – Perguntei, colocando a mão na cabeça, a dor era insuportável.

- Você sofreu um acidente! Não se lembra? Ficou em coma – O menino que agora estava em pé ao lado daquela cama, que imaginei ser de hospital, falou confuso.

- Não me lembro de muita coisa, só da minha vinda até Geórgia, para visitar minha avó! – Falei baixo, agora tudo no quarto girava, deitei minha cabeça devagar, mas não deixei de olhar para o menino, que agora chorava. Não sei porque, não sei de onde veio, mas uma força inexplicável me fez levantar da cama, ficando em pé. Olhei para seu rosto perfeito, coloquei minhas mãos em suas bochechas, e apenas com um dedo, limpei as lágrimas que molhavam seu rosto.

- Porque está chorando? – Perguntei calma e curiosa

- Não se lembra de nada mesmo? Nadinha? – O mesmo, perguntou de olhos fechados, imaginei, que com medo da resposta.

- Sinto muito, mas, não, não lembro! – Falei mordendo o lábio inferior, o olhando. Ele abriu os olhos e me fitou. Percebi que seus olhos estavam vermelhos, suas olheiras denunciavam o cansaço, e seus olhos semi cerrados, o sono. Mas percebi que aquilo não tirava sua beleza. Uma beleza exagera, seus traços faciais eram perfeitos! Ele era lindo, mas uma pergunta que não queria calar... quem é ele?

- Eu já volto, vou chamar o médico. – Falou ele, saindo do quarto. Senti um aperto no coração ao vê-lo partir, e não sei o porque! Foi uma sensação horrível. Sentei na cama, tentando lembrar de alguma coisa da noite anterior, ou até da minha vida, mas nada me vinha á cabeça...

- Samantha Mendler! – Disse um homem entrando pela porta, seguido pelo menino que eu ainda não sabia o nome – Sou seu médico Adam Burthe!

- Oi, será que pode me dizer o que aconteceu? – Falei, sendo direta, queria saber como cheguei aqui... Porque eu não lembrava de nada?... O que aconteceu comigo?