Espadas & Corações escrita por Aquariana Doida


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Teremos mais um pouco de ação huhuhu



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O sol começava a brilhar naquela manhã fria, Emma já estava montada em seu cavalo, apreciando a vista a sua volta, fechou seus olhos e ergueu a cabeça, respirando profundo aquele ar gelado. Foi tirada de seus pensamentos ao escutar o pio do falcão, e imediatamente levantou seu braço esquerdo para ele pousar.

— Bom dia, minha vida! – saudou o falcão ao mesmo tempo em que o acariciava – Sinto que algo irá acontecer hoje! – comentou em um mistura de ansiedade e preocupação – Mas ficarei de olho em você. – e como se entendesse o falcão inclinou levemente sua cabeça para o lado e no momento seguinte saiu voando – Vamos garoto! Temos muito chão para percorrer hoje. – chamou ao se virar e se deparar com Henry a encarando sorridente. – O que foi? – perguntou curiosa, o ajudando a subir no cavalo.

— Lady Regina me contou a história da sua outra espada. – respondeu animado, e a loira apenas sorriu – E ela me disse que você me contaria a história de como a rainha Cora descobriu sobre vocês.

No mesmo instante Emma ficou vermelha ao lembrar-se de como as coisas haviam acontecido, então limpou a garganta – Tem certeza? 

— Sim! – respondeu na mesma hora o rapaz – Provavelmente teremos um bom percurso até a próxima parada, então pode começar.

A loira riu da empolgação do rapaz – Não sabia que agora era você que está no comendo. – brincou.

— Não estou! – disse timidamente – Mas quando se trata de uma história eu às vezes perco um pouco da educação. – e sorriu e Emma se juntou sorrindo também.

Haviam se passado alguns meses desde o aniversário de Emma, e o namoro das duas ainda continuava secreto, pois mesmo Regina tendo conversado com a loira e elas concordarem em contar a Cora, a morena ainda não se sentia confortável o suficiente para tal e juntar mais uma preocupação e motivo para discussões não estava nos planos de Regina. Que por falar em planos, Cora estava toda ocupada com os preparativos da festa de aniversário da filha dali dois dias, ela havia mandado convites e mais convites, principalmente para jovens herdeiros, tentando assim fazer com que sua filha aceitasse ser cortejada, mas uma coisa ela não estava de acordo, e isso era alguns convidados.

— Isso é inadmissível! – bradou a mulher ao marido – Convidar guardas para o aniversário de nossa filha? Você ficou maluco? Não deva estar em seu juízo perfeito!

— Cora... – respirou fundo o homem – Eles não são guardas, são guerreiros, e acima de tudo eles são amigos dela... E se conheço bem Regina, ela fará questão da presença deles em sua festa. Então não adianta reclamar, a única coisa é aceitar e tentar ser educada com eles, pois isso é importante para nossa filha.

— Eu não aceito! E não vou ficar bajulando-os. Onde já se viu uma coisa dessas. – exclamava com raiva a mulher.

— Não é bajular, e sim tratar com cordialidade. – interveio Henry – Você poderá bajular os jovens que convidou para cortejar a nossa filha. – e antes que Cora falasse algo a mais – E está decidido, os amigos de Regina serão convidados para a festa e não se fala mais nisso. – saiu da sala deixando sua mulher sozinha e bufando de raiva.

No local “secreto” Emma estava sentada encostada na macieira delas, com Regina entre suas pernas, com seus braços ao redor do corpo menor e uma das mãos fazendo carinho na cabeleira escura. Enquanto Regina tinha seu rosto escondido no pescoço da loira e uma mão pousada sobre o seu coração, o sentindo bater.

— Não sei se devemos ir, Regina... – disse a loira depois de alguns minutos em silêncio – Sua mãe não ficará feliz com nossa presença na festa... E isso será motivo para mais discussões entre vocês. Sem falar que sua mãe provavelmente convidou todos os belos rapazes de todos os reinos para poder corteja-la. – terminou em uma careta com misto de ciúmes e enfado – E eles vão ficar todos babando em você, assim como aquele cretino do Robin babão.

A morena levantou o rosto para olhar para sua namorada – Não me importa se minha mãe ficará feliz ou não, sei que EU ficarei muito feliz de terem vocês na festa, afinal a festa é para mim e não para minha mãe. – e fez uma pausa – E não me preocupo se minha mãe chamou todos os homens disponíveis de todos os reinos para minha festa, se eu apenas tenho e terei olhos para você. – sorriu por fim – Então não sei para que esse ciúme bobo, pois a única que quero babando por mim é você. – brincou.

— Quem disse que eu babo por você? – perguntou fingindo estar ofendida – Não sei de onde tirou essa ideia absurda.

Regina apenas ergueu uma sobrancelha em tom de desafio olhando para a loira e no momento seguinte trocou sua posição, saindo do meio das pernas da loira para sentar sobre as mesmas, deixando suas próprias pernas uma de cada lado de Emma, endireitou seu tronco para poder ficar mais alta, e então tomou completamente a pose de realeza, a olhou intimidadora, e se aproximou de seu rosto, passando a ponta de seu nariz, nas bochechas de Emma, e com um movimento atrevido, passou rapidamente a ponta de sua língua sobre os lábios fina da loira e voltou para sua posição inicial a encarando com um sorriso de canto – Então você quer dizer que não baba por mim? – perguntou por fim ao perceber que Emma apenas abriu a boca sem reação e sem o que dizer apenas a olhando perdidamente.

— Ok!  - por fim Emma disse ao balançar sua cabeça voltando à realidade – Você tem toda razão, eu babo um pouquinho por você. – disse sorrindo, e então Regina gargalhou. – E tudo bem, iremos a sua festa. – concordou por fim – Falarei com os meninos, e todos nós iremos a sua festa.

Regina nada disse, apenas abraçou bem forte a loira a sua frente – Obrigada! – por fim se beijaram.

Finalmente o dia da festa havia chegado, e todos tinham que aceitar que Cora, apesar de tudo, havia feito um trabalho muito bonito na decoração do castelo e nos preparativos da festa. O grupo de amigos haviam acabado de chegar, como eles não estavam acostumados a esse tipo de festa, no começo se sentiram um pouco deslocados, mas isso foi até ver Henry se aproximar para cumprimentá-los.

— Que bom que vieram, meus filhos! – disse o homem abraçando um por um – Vieram me salvar? – brincou e fez todos rirem e assim quebrar aquele clima tenso.

— Se não viéssemos seriamos pessoas mortas ao fim da festa... – brincou Emma – Pois com certeza Regina nos mataria... – e olhou ao redor e viu a cara de desaprovação de Cora – Se bem que acho que seremos mesmo pessoas mortas ao fim ao final da festa. – e Henry olhou também para onde Emma estava olhando – Mas com todo respeito, majestade, se viéssemos aqui para salvar alguém, esse alguém seria Regina.

— Eu também faria a mesma coisa que vocês! – por fim disse Henry descontraído, e ficaram ali conversando amenidades por um bom tempo, até que Cora se aproximou.

— Henry querido... – falou ao lado do marido – Não monopolize sua atenção a apenas um grupo de... – respirou fundo – Convidados. – e olhou para os jovens – Senhores! – cumprimentou cordialmente e saiu.

— Majestade! – todos cumprimentaram ao mesmo tempo. Henry apenas suspirou tristemente.

— Vá fazer seus deveres de realiza, majestade! – disse Emma sorrindo fracamente – Nós estaremos bem aqui.

Henry suspirou novamente – Me desculpem, mas assim que puder estarei de volta para conversarmos mais. – disse mais empolgado – Afinal também não gosto muito desses tipos de festas, mas preciso fazê-las, são boas para os negócios do reino.

— Nós entendemos majestade, e não se preocupe conosco. – disse Ruby incentivando-o – Vamos estar aqui esperando pela sua volta para conversarmos mais. – ele concordou com um aceno de cabeça e saiu em direção de alguns convidados que haviam acabado de chegar.

E como disseram, ficaram ali por um bom tempo conversando, até que final a dona da festa apareceu deixando todos sem reação diante de tanta beleza. Depois de cumprimentar todos e todo mundo, Regina finalmente conseguiu se aproximar de onde ela mais queria assim que colocou os pés na escada para descer e avistar o grupo de seus amigos conversando. Abraçou cada um, e por último abraçou Emma – Que bom que esta aqui. – disse ao ouvido da loira durante o abraço.

— Não quero mais te soltar... – suspirou ao ouvido da morena, que sorriu – Feliz aniversário, minha princesa! – cumprimentou ao soltá-la um pouco e depositar um demorado beijo no rosto. Cora apenas observava de longe a cena, e sua raiva queimava por dentro.

Por fim a festa transcorreu sem maiores problemas, Regina havia passado a maior parte do tempo ao lado de seus amigos, assim como seu pai e vez ou outra atendiam seus afazeres da realeza. E como o passar do tempo os convidados foram indo embora para as acomodações em torno do castelo, afinal aquela noite era apenas o início das festividades que Cora havia programado.

— Bom, meus filhos... – começou Henry – Adoraria ficar mais conversar a noite toda, mas esse velho corpo precisa de descanso... Tenham uma boa noite. – e partiu em direção aos seus aposentos. E como uma deixa, cada um também foi se retirando, primeiro foi David com Mary, para logo sair Killian que se aproximou de duas moças e acabou saindo acompanhado das mesmas. Mulan se retirou junto com Ruby e Belle, deixando apenas ali Regina e Emma.

— Bom, acho que chegou a minha hora também... – disse tristemente a loira, e pegou a mão de Regina e depositou um beijo no dorso – A vejo amanhã novamente, minha princesa. – e saiu, assim que chegou ao corredor escutou sendo chamada.

— Emma! Espere! – pediu a morena ao se aproximar – Você me acompanharia até meu quarto? – pediu timidamente, e a loira concordou com um aceno de cabeça e então começaram a ir em direção dos aposentos de Regina. O caminho todo fora feito em um agradável silêncio, e por não haver ninguém nos corredores, elas caminhavam de mãos dadas. Pararam em frente as portas do quarto.

— Está entregue, majestade! – brincou Emma ao fazer uma reverência a morena que sorriu. Ao se endireitar a olhou profundamente, e na fagulha de coragem tirou do bolso de sua calça, uma pequena caixinha. Era um presente para Regina, e a loira passou a noite toda tentando criar coragem para dar, e viu que estava somente as duas, o momento perfeito para entregá-lo. – Sei que não é muito, mas quando vi achei que combinaria perfeitamente com você.

Sem dizer uma palavra, Regina pegou a caixinha e sorria, lentamente a abriu e seus olhos se abriram surpresos – É lindo! – exclamou ao retirar um delicado colar com um pequeno pingente de cisne – Coloque em mim? – entregou o colar e se virou para facilitar o trabalho da loira.

— Você gostou? – perguntou Emma assim que a morena se virou para olhá-la nos olhos.

— Eu adorei! Não vou mais tirar! – em seguida abraçou fortemente a loira, que correspondeu sem hesitação. E se beijaram apaixonadamente.

— Fique comigo essa noite! – pediu Regina assim que se separaram para respirar – Quero ter você ao meu lado essa noite.

— Não sei se seria uma boa ideia... – tentou argumentar Emma, mas foi impedida por um par de lábios vermelhos que a silenciaram com um delicioso beijo, e sem maiores forças para interromper o beijo, deixou Regina as levarem para dentro do quarto.

Assim que ouviram a porta do quarto se fechar, tudo aconteceu tão rápido que quando se deram conta, havia roupas espalhadas pelo chão, as cobertas todas desarrumadas e estavam nuas deitadas na grande cama de Regina, como Emma sobre a mesma.

— Você tem certeza? – perguntou Emma preocupada, fazendo um carinho na bochecha da morena com as costas dos dedos – Se você não quiser, não tem problema.

Regina apenas sorriu lindamente e soltou a trança atrás da cabeleira loira, para então desfazer as tranças laterais que compunham o penteado de Emma e a beijou com imensa paixão – Eu quero, e isso é tudo que tenho certeza.

Ali se entregaram pela primeira vez ao amor que sentiam uma pela outra, naquele momento, o mundo lá fora não existia, só existia os dois corações batendo descompassadamente e a imensa alegria de compartilharem esse momento tão precioso e único. Os movimentos eram carregados de paixão, carinho e cuidado. Mesmo sem dizer uma palavra, mutuamente concordaram que elas se amariam por toda a vida, e que nada e nem ninguém as afastaria, que iriam lutar contra tudo e todos se fosse preciso. Ali elas fizeram a mais bela dança entre seus corpos, ali elas se consumiram no fogo da paixão e do amor, que sem mais forças seus corpos cansados e suados se abraçaram e caíram deitadas com suas respirações descontroladas.

— Eu te amo! – confessou Emma, e beijou em cima do coração da morena.

— Eu também te amo! – Regina sorriu e beijou em cima do coração da loira, para logo depois deitar sobre o peito da mesma.

Elas estavam em seu próprio mundo, em cima da cama era um emaranhado de braços e pernas, mas que a morena teve a sábia ideia de se cobrirem para descansarem, pois nesse exato momento as portas de seu quarto foram bruscamente abertas e relevando uma Cora que até então estava com raiva, e depois de presenciar a cena de sua filha e Emma abraçadas, nuas, e deitadas na cama, sua expressão de raiva passou para espanto, surpresa e voltou para raiva novamente. E Regina sabia que a partir dali haveria muitas discussões com sua mãe, mas isso não a preocupou mais, pois sabia que Emma estaria sempre ao seu lado.

— Então foi assim que a mãe de Lady Regina descobriu sobre vocês? – perguntou Henry surpreso rindo assim que desceu do cavalo para descansarem um pouco e comerem algo.

— Sim, garoto! – respondeu Emma ao descer e cuidar do cavalo – Foi exatamente dessa maneira. – e riu também – Agora é até engraçado, mas no começou foi complicado, Regina vivia em pé de guerra com a mãe por causa disso, mas com o tempo Cora passou a respeitar nosso relacionamento, e passou até me tratar um pouco melhor. – zombou no final e um pio do falcão se escutou, e Emma ergueu seu braço esquerdo para o falcão pousar, coisa que não demorou nem um minuto – Vá buscar água que vou fazer algo para comermos. – pediu Emma – Pois ainda temos mais um pequeno pedaço de chão para percorrer ainda hoje.

Sem demora Henry concordou e foi em busca de água para beberem, que ao chegar perto do rio, um pouco longe ele avistou um pequeno acampamento dos guardas de Robin, e em sua curiosidade, subiu um pequeno morro para ver melhor, e quando resolveu voltar, sentiu uma pessoa as suas costas, e quando olhou para ver quem era, deu de cara com um dos guardas, ele até tentou fugir, mas o guarda o segurou com força, impedindo-o. E rendido foi levado ao pequeno acampamento, e pedia mentalmente para que Emma o salvasse.

Emma estava com uma sensação ruim, e percebeu que Henry estava demorando a voltar, acabou juntando novamente suas coisas e as arrumou em cima de Guardião, para montá-lo em seguida. Olhou para cima, e viu o falcão o sobrevoando, ergue seu braço e com um piar o falcão desceu em um voo rasante e pousou sobre a luva.

— Vamos atrás do garoto! – disse passando o falcão para seu ombro esquerdo e tomando o rumo do riacho.

— Ora, mas que surpresa! – disse o comandante saindo de dentro da tenda, no pequeno acampamento – Você está um pouco longe das masmorras de Sherwood... – e caminhou em sua direção – Desta vez a bebida é por minha conta. – e agarrou o rapaz pela gola da camisa – Onde está Swan?

— Swan?... Swan? – fingiu como se estivesse tentando lembrar-se de algo – Ah sim, Swan! Uma mulher loira, alta, montada em um cavalo de pelagem clara... – fez uma pausa – Não sei!... Não, calma, a vi indo ao sul em direção de Sherwood.

Um guarda atrás do comandante riu – Então iremos para o norte senhor.

— Não é muito educado de a sua parte achar que é mentirosa uma pessoa que mal conhece. – falou Henry olhando para o guarda.

— Mesmo assim nós achamos! – comentou o comandante o olhando seriamente e então deu uma risada – Vamos para o sul. – virou-se para os guardas – Para Sherwood.

Henry abria e fechava a boca, mas nenhuma palavra saia, seu rosto era de incredulidade – Eu juro que tentei ajudar seres superiores, porque me tomam como incapaz muitas vezes. – reclamou olhando para o céu.

— Ande! – disse o guarda que o segurava, e indo em direção aos cavalos.

— Como posso ser uma pessoa melhor se vocês também não colaboram! – continuou reclamando e olhando para o céu enquanto era arrastado pelo guarda.

Bem ao alto, o falcão piava e sobrevoava os céus. No chão, Emma vinha cavalgando devagar olhando atentamente ao redor, então mais um pio do falcão e a loira ergueu seu braço esquerdo para o falcão pousar depois de um voo rasante. Aproximou-se uma pequeníssima aldeia, onde viu um homem sentado a olhando, isso já a deixou desconfiada, mas mesmo assim continuou sua lenta cavalgada. Atrás de algumas casas de palha estavam os guardas, um desembainhou a espada, outro armou sua besta, e outro a frente também preparou sua besta, e todos estavam prontos para atacar a loira. Henry estava atrás de um dos guardas, montados em um cavalo, eles o haviam amordaçado e amarrado suas mãos para trás, conseguiu passar seus braços a frente, mas o guarda percebeu e se virou quando ele prontamente iria tirar a mordaça, e no movimento seguinte tentou para as mãos do rapaz, mas acabou sendo mordido e gritou de dor.

O grito alertou Emma que em um movimento do braço fez com seu falcão saísse voando. Henry acabou sendo jogado no chão pelo guarda que havia mordido. Guardião estava inquieto e Emma só na espera, então saindo de trás de umas das casas veio o guarda, que havia jogado o rapaz no chão, gritando e apontou sua besta para a loira, que no momento seguinte também estava segurando sua própria besta. O guarda atirou acertando a bolsa lateral que estava amarrada a sua montaria, e no instante seguinte o guarda caiu morto com uma de suas flechas. E já apontou para o outro guarda que saia de trás de outra casa do lado contrário, para logo em seguida cair morto também com uma flechada.

De uma casa próxima saiu o guarda que havia desembainhado a espada e vinha na direção da loira, que apenas o golpeou com sua besta, fazendo o mesmo ir ao chão. Emma largou sua besta e tomou as rédeas de seu cavalo com as duas mãos e o empinou esperando o próximo ataque, e viu mais dois guardas ao longe com suas bestas pronta para atirar. Henry também havia percebido esses dois guardas e em seu desespero em querer ajudar, pegou uma pedra e jogou contra um dos guardas acertando-o na cabeça, desorientando-o e fazendo com que ele erguesse sua besta e atirasse, acertando em cheio o lado esquerdo falcão, perto de sua asa, que sobrevoava os céus, fazendo-o piar em agonia. Enquanto o falcão fazia um voo na descendência para o chão, o outro guarda conseguiu acertar uma flecha no ombro esquerdo de Emma, que apenas grunhiu de dor, e deitou sobre seu cavalo.

— Ah! – disse ela ao ver seu falcão caindo dos céus piando em dor – Não... – sussurrou triste e acompanhou com o olhar os últimos metros de queda do falcão, Henry livre as amarras, conseguiu tirar sua mordaça e também olhava o falcão caindo. Que juntou suas últimas forças e conseguiu parar sua queda para pousar certo. Henry sem pensar duas vezes foi em direção ao falcão, mas foi impedido por um guarda a cavalo. Emma segurou a flecha que estava no seu ombro, inclinou-se a frente e puxou com força a tirando. Então tomada de raiva, viu o guarda vindo em sua direção girando a espada acima da cabeça e esperou ele se aproximar. Ainda abaixada a frente esperando pelo momento certo, que não demorou a chegar, pois o guarda havia se aproximado e ainda mantinha seu braço acima da cabeça para desferir o golpe de espada, mas ele não teve tempo, pois com a mesma flecha que havia tirado de seu ombro, ela enfiou na barriga do guarda, que lentamente foi se curvando a frente e deixou cair a espada. O último guarda, o mesmo que mantinha Henry encurralado, viu e saiu correndo em direção a loira, com sua espada em punho, Emma ainda furiosa desembainhou sua grande espada e se preparou para o combate, o guarda diminuiu a velocidade do galope ao ver a loira com o cavalo empinado e uma enorme espada em mãos, deu meia volta e voltou pela mesma direção que vinha, tentando acelerar seu cavalo. Emma então saiu em disparada a sua caça, mas optou por deixa-lo fugir e ir em direção do falcão que estava caído no chão. Parou um pouco longe e devagar desceu do cavalo, dando alguns passos quietos então fincou sua espada no chão, e em momento nenhum tirou seus olhos do falcão que arfava com seu bico aberto, e aproximou calmamente. Henry saiu em disparada na direção deles, mas também parou e caminhou lentamente para trás do cavalo para apenas olhar a cena.

— Calma! – disse Emma ao se ajoelhar e devagar se aproximando do falcão – Você vai ficar boa! – então zerou a distância com a ave, colocando sua mão sobre seu peito e examinando melhor o ferimento – Ah não... – sentou-se seus calcanhares e olhou ao redor, então avistou Henry perto do cavalo – Pegue um pedaço de pano na minha bolsa! – pediu e olhou para o falcão novamente, e o garoto prontamente atendeu, e assim que achou o pano o levou para a loira – Calma! Não tenha medo... Está tudo bem!... Está tudo bem!... – dizia enquanto fazia uma leve carícia no falcão – Obrigada! – disse ao pegar o pano estendido pelo rapaz – Você vai ficar boa! Vai melhorar! – dizia enquanto arrumava o pano por cima do falcão, o enrolando – Vai sobreviver! – então se levantou segurando com cuidado a ave – Vamos! – ordenou assim que subiu novamente em seu cavalo, mas uma forte dor surgiu em seu ombro - Não falta muito para chegarmos ao local combinado... – com dificuldade ajudou Henry a montar, respirou pesadamente, e o entregou o falcão, o rapaz a olhou preocupado – Se eu não conseguir chegar, você irá sozinho... – respirou profundamente outra vez, apertando levemente o ombro ferido – Você tem que salvar o falcão! – respirou mais uma vez profundamente para conter um pouco da dor.

— Mas eu não sei cavalgar! E também não sei se consigo! – exasperou-se o rapaz.

Ela virou-se para ele e olhou seriamente nos olhos – Você consegue! Você tem que salvar o falcão, pois ela é minha vida, meu tudo! E nada pode acontecer a ela! – respirou profundamente tentando engolir a dor – E não se preocupe, Guardião só tem cara de mau, mas ele deixará o cavalgar. - e em seguida saiu em disparada – Provavelmente Gepeto estará junto com eles, ele saberá o que fazer... – antes que Henry abrisse a boca – Se não estiver, Mulan estará e também saberá o que fazer. – e sem mais uma palavra cavalgaram durante o resto do dia e finalmente avistaram a cabana em ruínas.

— Lá está! – disse Henry mentalmente agradecendo aos céus. Emma mantinha-se sem dizer nada, apenas agradecendo aos céus por conseguirem chegar, pois a dor em seu ombro era muita.

Assim que chegaram, Henry foi o primeiro a descer e correu para dentro da cabana, e assim que abriu a porta cinco espadas foram apontadas para seu pescoço – Abaixem essas espadas! – pediu Gepeto ao reconhecer o rapaz – Ele é o Henry, me ajudou muito nas masmorras. – então seus olhos caíram sobre o falcão – Oh não! Venha depressa! – e o puxou pela manga da camisa até uma mesa, tirando dali em um movimento de braço tudo que havia ali em cima – Ponha o falcão em cima da mesa.

— Falcão? – perguntou Killian confuso e no momento seguinte todos o olharam com cara de espanto, como se ele não soubesse, e antes que pudesse dizer algo, a porta se abriu novamente com Emma adentrando a cabana, sua cara era uma mistura de dor e preocupação.

— Como ela está? – disse indo em direção a mesa que estava o falcão, que por alguns minutos havia se esquecido do seu próprio ferimento. Então os olhos de Killian se arregalaram entendendo tudo e sorriu sem jeito para os colegas.

 - Vamos tem que esperar um pouco... – disse o senhor olhando para fora da janela – Mulan, vá procurar algumas ervas: salsa, osmarin, tomilho, folhas de louro, raiz forte, alguns brotos de plantas e algumas flores silvestres... - olhou para Killian e David – Vocês dois vão pegar lenha para a fogueira! – virou-se para Henry e mais dois guardas – Vocês vão pegar água.

— Mas... – se pronuncio Mulan pela primeira vez.

— Faça o que pedi! – ordenou o senhor, mas ninguém havia se mexido.

 - Não ouviram Gepeto? – falou a loira olhando a todos – Façam o que ele pediu! Agora! – ordenou e então no momento seguinte, eles já estavam cada um no seu rumo.

— E eu vovô? – perguntou Ruby, que ainda estava na cabana junto com o restante dos homens.

— Vocês vão ficar lá fora de guarda... – respondeu o senhor arrumando algumas cobertas na mesa, para ajeitar o falcão em cima delas – E não irá deixar ninguém entrar até que posso dizer... E Ruby? – a garota o olhou em questionamento – Não deixe ninguém chegar perto ou atirar em um grande lobo branco que andará perto da cabana.

Ruby acenou concordando com a cabeça e olhou para sua amiga e um leve sorriso surgiu em seus lábios, o qual a loira retribuiu – Homens! Vamos lá para fora e ficar de prontidão! E vocês escutaram Gepeto! – e sem mais nenhuma palavra saíram da cabana deixando apenas a loira, o senhor e o facão.

— Agora vá Emma! – disse o homem a olhando – O sol está se pondo... – e viu o olhar incerto da loira para o falcão – Vá! Tudo ficará bem! – colocou uma mão sobre o ombro da loira e apertando levemente, e com um aceno de cabeça concordando a loira saiu da cabana em direção a floresta sem dar chance de Ruby perguntar o que estava acontecendo. Minutos depois a morena com mechas vermelhas e os outros guardas ouviram um uivo de lobo bem próximo a cabana, então ela suspirou profundamente e sorriu de forma triste.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo tenha ficado um pouco menor que o anterior, mas provavelmente no próximo compensarei huhuhu Até a próxima!!



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