The days without you escrita por Yurippe


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá ~
É a primeira vez que eu estou postando uma fanfic no fandom de Gintama, e eu pensando que a primeira fanfic que iria sair minha seria uma okikagu KKKKKKK
Eu adoro muito katsura e ikumatsu, mesmo que o Sorachi deu uma sumida com a Ikumatsu.
Enfim, espero que gostem ♥



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Já quase marcava o horário no relógio que ficava na parede daquele pequeno restaurante, o horário que ela abria as portas de seu restaurante para receber clientes. Dando os toques finais, como limpar uma mesa ou outra, tirando uma pequena quantidade de pó que se encontrava e arrumando as cadeiras, ela percorreu o pequeno estabelecimento, quase correndo, e se dirigiu em frente à entrada, que ainda se encontrava com as portas fechadas.

A cozinheira posou suas duas mãos na porta de madeira e suspirou. Ela sabia que não precisava fazer isso, e era melhor nem fazer, abrir o restaurante em tempos de caos como Edo se encontrava. Antigamente já era difícil alguém vir, mas já agora, em tempos difíceis para a cidade, uma vez em nunca encontrava alguém em seu estabelecimento pedindo uma porção de lamen.

Mas ela não se importava pelas pessoas que não vinham, por ter que abrir aquelas portas sabendo que ninguém iria atravessar por elas, ou ter que limpar seu pequeno restaurante todos os dias, tirando o pó dos moveis que se acumulavam muito fácil. Ela não se importava com nada disso, ainda mais por ter que cozinhar um mesmo prato todo dia.

Sim, quando chegava àquela hora todos os dias ela se perguntava do porque ainda fazia tudo isso, do por que se dar trabalho para tudo isso. Mas depois se lembrava o motivo e não pensava duas vezes, ela abria aquelas duas portas tendo a esperança que ele aparecesse por lá e comeria a tigela de lamen que ela tinha preparado para ele.

Então mais um dia como naqueles tempos, onde se ouvia gritos nas ruas e pessoas correndo para lá e para cá, onde o caos em Edo se encontrava, Ikumatsu abriu seu restaurante mais uma vez.

Ela deu alguns passos para fora logo depois que tinha aberto as portas do seu restaurante e viu todas as lojas e pequenos estabelecimentos fechados, menos a loja de dangos que se encontrava na esquina daquela mesma rua, o senhor de lá recusava a fechar seu pequeno estabelecimento, o mesmo dizia que uma pequena guerra acontecendo em sua cidade não era motivo de não abrir seu estabelecimento todos os dias. Isso deixava Ikumatsu feliz pois ela sabia que ainda encontrava pessoas idiotas naquela cidade, como ela.

Mas a pessoa mais idiota daquela cidade não se encontrava por lá.

A cozinheira suspirou mais uma vez naquela manhã e entrou em seu restaurante. Ela sabia que aqueles pensamentos não podiam invadir sua mente, porém era impossível não pensar sobre a situação.

Ela contornou o grande balcão de madeira que tinha no local, pegou uma faca e foi em direção a alguns legumes e verduras que estavam ali em cima de uma tabua separados para ela corta-los. Enquanto Ikumatsu preparava o prato, sua mente vagava, pensando em tudo que estava acontecendo.

Já fazia algum tempo que o Shogun tinha sido assassinado, shinsengumi tinha sido dissolvida e o exército de liberação invadiu Edo. A cidade dos samurais estava uma verdadeira bagunça, lutas sem sentidos ocorrendo por todos os cantos da cidade e até algumas pessoas já tinham perdido suas vidas, Edo se encontrava em uma situação de desespero.

Porém uma gota de esperança logo veio quando Yorozuya apareceu nesses últimos dias na cidade e ainda falando que tinham um plano para conter o exército. Gintoki tinha aparecido alguns dias atrás no restaurante de Ikumatsu no propósito de explicar a situação, e ainda, mesmo que comentando indiretamente, ele queria dizer que Katsura estava bem pois o samurai sabia que a cozinheira se importava com Zura.

Ikumatsu não demonstrou interesse, mas por dentro ela estava aliviada. Quando soube que o terrorista tinha sido preso junto com o chefe da shinsengumi e iria perder sua vida em poucos dias, o mundo dela parecia que tinha desabado, mesmo ela não percebendo o quanto difícil foi para ela, ainda mais nesses últimos dias, quando soube que Gintoki e Katsura tinham saído do planeta.

Ela voltou sua concentração ao lamen que estava preparando. Não demorou muito para ela ter preparado o molho, então logo desligou o forno e reservou o molho. Ikumatsu depositou o macarrão, que ainda quente, em uma tigela funda. Depois colocou outros ingredientes para completar o prato, como cebolinha e ovos cozidos. O prato estava pronto.

Colocou a tigela sobre o balcão e não conteve um sorriso. Ela preparava aquele prato todo dia mesmo sabendo que não tinha quase chance nenhuma de Katsura aparecer em seu restaurante.

Talvez ele já estivesse em Edo mas estava escondido, ou ele ainda estava no espaço, propondo as negociações com os Amantos como Gintoki tinha a explicado, no pior ele poderia ter sido preso, ou até morto.

A mulher sacudiu a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos. Quanto mais dias se passavam, mais os pensamentos ruins invadiam sua mente. Mas ela sabia que Katsura iria voltar, mesmo tendo uma pequena chance, mas ela sabia. Eles não tinham feito uma promessa ou nem nada do tipo e nem precisava disso, pois Zura não precisava prometer que ele voltaria, ela já sabia que ele iria voltar para Edo.

Ikumatsu se virou, ficando de costas para o balcão de madeira, ela começou a lavar a louça suja que tinha usado para fazer aquele prato. Então, ela começou a preencher sua mente com pensamentos bons, ela pensava nos momentos engraçados e estranhos que ela tinha se passado com o terrorista, desde o dia que eles se conheceram até as situações mais esquisitas.

Quando ela conheceu ele, não demorou para perceber que ele estava fugindo da polícia, logo deduziu que ele era um terrorista, e ela odiava terroristas, ainda mais quem fingia ser um, tudo isso por conta da morte de seu ex-marido. E pior, ainda não iria imaginar que Katsura seria o líder de uma organização de terroristas. Mas por alguma razão desconhecida, ela deu uma chance para ele. Katsura ficou lá por alguns dias, a ajudou com o restaurante e ainda com os problemas com seu antigo cunhado.

Zura era diferente do que qualquer outro terrorista, além de ele ser um grande imbecil, ele provou a Ikumatsu que ele realmente queria salvar as pessoas e mudar aquele país. Seus atos como salvar o chefe da shinsengumi, de ir ao espaço para lutar e ainda tentar negociar algum acordo para evitar guerras em seu planeta, mostrou a Ikumatsu como ele era diferente de qualquer outro terrorista.

E quando ele voltasse, ela iria agradecer pelos seus atos idiotas, que a deixaram preocupada, porém heroicos, que graças a ele muitas vidas foram salvas.

— Oi, Ikumatsu-dono, eu já disse que prefiro soba do que lamen!

A mulher, sem pensar duas vezes, virou para ficar de frente da bancada e viu ele já sentado comendo a tigela de lamen que ela tinha preparado. Ikumatsu estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu que ele tinha entrado em seu restaurante.

E depois de sua cara de surpresa sumir, Ikumatsu só poderia sorrir naquela situação.

— Eu já disse para você, se você quiser comer Soba, vá para um restaurante que venda soba. — A cozinheira respondeu o que ela sempre respondia para ele quando o homem protestava que em seu restaurante não vendia soba.

— Mas bem que você poderia começar a vender. — Katsura falava enquanto mastigava e ainda colocava mais comida na boca. — Iria fazer sucesso, você não acha?

— Não em tempos de caos como Edo está. — A cozinheira pousou seus dois braços sobre o balcão e ficou de frente para o homem.

— Eu sei. — Disse Zura enquanto limpava sua boca com um guardanapo, ele já tinha acabado de comer, o que surpreendeu um pouco Ikumatsu. — Mas logo a situação vai mudar e Edo vai retornar o que era antes. — Katsura não dizia aquelas palavras com um tom de brincalhão, que estava se gabando da situação como costumava a fazer, ele falava sério.

— Com certeza a situação irá mudar, eu confio em você. — A mulher se aproximou dele e deu um beijo em sua bochecha e se afastou, mas ainda ficando de frente a ele, ainda bem próximos. — Depois de tudo que você fez para salvar as pessoas desse país, para proteger Edo... Só me deixe dizer isso... Obrigada.

Katsura não fez outra coisa a não ser sorrir. Como Ikumatsu o deixava feliz e ele nem imaginava o quanto, foram muitos momentos dos dois juntos, e por conta desses momentos, tudo que ele poderia dizer também era apenas obrigado.

— Me desculpe por ter te deixado preocupada. — Ele colocou um fio de cabelo loiro solto da cozinheira atrás de sua orelha e depois encostou sua testa com a testa dela, e sem tirar seus olhos dos olhos dela, ele continuou a falar. — Eu prometo que dessa vez eu irei salvar Edo, e se eu conseguir, você vai começar a vender soba em seu restaurante. — Ele falava dessa vez com um tom de voz de convencido.

— Você sabe que não precisa salvar o mundo por apenas um prato de soba, não é? — Ikumatsu não conseguia conter seu sorriso.

— Talvez não seja só pelo prato de soba. — Katsura levou sua mão direita até o rosto da cozinheira e a acariciou. — Eu quero ver a pessoa que eu mais gosto sorrir sem preocupações.

Ikumatsu já sabia, ele não precisava nem dizer. Katsura iria salvar Edo, ela tinha certeza, para o bem de todos, inclusive o dela.

Então os dois ficaram ali, sem dizer nada, apenas aproveitando aquele momento que parecia ser eterno. Logo o terrorista iria se encontrar com Gintoki para o ajudar com a batalha final, então ele queria aproveitar o máximo aquele momento.

Mas os dois tinham certeza que logo que acabasse toda aquela guerra, os dois poderiam aproveitar, eles iriam ficar juntos, e dessa vez, sem preocupações.


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