Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 6
Katniss Everdeen


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Meninas, tudo bem? Nem demorei tanto desta vez né? Mais um capítulo fresquinho para vocês, e uma surpresinha, ponto de vista da nossa queridíssima Katniss, espero que gostem.
Obrigado pelos últimos comentários (meninas vocês são incríveis) e quero dar boas vindas aos novos leitores, em especial a Caroline Lopes que deixou um recadinho fofo em MM.
Ps; Erros ortográficos me avise por favor.



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— Ei, a festa do ano esta rolando lá embaixo. Sabia disto, bela adormecida?  Vai, levanta logo dessa cama!  

— Prim, me desculpa. Não estou em clima de festa hoje.

Após um dia em que, eu poderia facilmente rotular como um dos piores dias da minha vida, tudo que eu menos queria era participar de um baile de apresentação, definitivamente estava fora de cogitação. Sentei-me na cama no instante que minha prima adentrou meu quarto, logo a loira repetiu meu gesto.

— O que foi, ainda esta pensando no abominável ogro da Lerner? Katniss, esse cara já estragou seu dia não deixe estragar a sua noite também. Vamos lá, vamos curtir a festa, é meu aniversário de dezoito anos.

— Primrose como eu poderia esquecer aquele anão de jardim mal educado que destruiu minha única chance de trabalhar com Cressida Cortez?

Meu maior sonho era conhecê-la, minha musa inspiradora, uma das mais importantes diretoras de cinema da atualidade, mas nem tudo é perfeito. Essa manhã vi a oportunidade da minha vida ser arruinada por Peeta Odair. Na teoria eu deveria estar revoltada amaldiçoando até a ultima geração do cara, porém, na prática era diferente. Não conseguia tira-lo da minha cabeça, nem entender porque o maldito beijo que trocamos no set de filmagem mexeu tanto comigo. 

— Quer saber? Foi melhor assim, o Mané te fez um favor. Pelo que me contou essa diretora é uma esnobe e não merece trabalhar com uma futura produtora de sucesso como você. Quando você montar o seu próprio espetáculo e o mesmo se tornar um sucesso de crítica e público, aquela diretorazinha de meia pataca vai implorar para dirigir uma peça sua.

— Loirinha eu adoro essa sua convicção.É contagiante.

— Kat põe na sua cabeça uma coisinha. Você nasceu para brilhar, pode acreditar. E sua chance chegou.  Não será uma diretora de quinta nem um carinha idiota que te impedirão de se tornar uma estrela. Sabe o que eu vim fazer aqui? Além é claro de tentar te convencer a descer e privilegiar minha festa.

— O que foi?

— Adivinha? Duas palavras. Boate... Sinsajo.

— Eu não acredito... como você conseguiu?

— Eu disse que conseguiria. Agora é achar só sua Marilyn, montar o espetáculo e se preparar para a fama, queridinha.

— Prim, muito obrigada, eu te amo.

Abracei minha loirinha com toda força, estava agradecida, ela mais que qualquer pessoa conhecia todos meus sonhos, e montar um espetáculo teatral sobre a vida de Marilyn Monroe era o maior deles.

— Nada de agradecimentos antecipados, temos muito trabalho pela frente,  convencer o sr. Plutarch Heavensbee de te deixar trabalhar na boate como coreógrafa é uma coisa, fazê-lo concordar em transformar a Sinsajo  numa casa de shows para abrigar um espetáculo dessa magnitude  vai ser mais difícil, agora deixa de bobagem e desce comigo, por favor, por favor, por favor, hoje eu quero me acabar de tanto dançar.

— Senhorita Heavensbee você não tem jeito mesmo, foi usando esta tática que você convenceu teu pai não foi?  Só que comigo esta tática não cola.

— Ah sua chata, pelo menos eu tentei.

— Ao menos se comporte, sabe muito bem que seu pai e o meu irmão estão de olho em você, e faz tempo.  

 – Nem ligo para isso Katzinha, ademais, esta cheio de gatinhos lá fora. Precisa ver os dois freelancers que o papai contratou para cantar junto com a banda. Tenho certeza que quando der uma olhadinha nos dois vai esquecer de vez este baixo astral, tem um de olhos azuis que com certeza faz o seu tipo.

— É lindinha, acabei de ficar noiva, esqueceu-se disso?

— Noiva do Ludwig? Eca, grande coisa.  Katniss você nem gosta dele, por que aceitou ficar noiva?

— Prim, eu gosto do Cato sim. E, mais a mais, ele é amigo do Gale e o tio aprova. Não é como...

— Eu e o Tresh, era isso que você ia falar, né? Eu sei que minha família jamais o aceitaria mesmo se existisse alguma coisa entre nós dois.  

— Me desculpe querida não queria te magoar.

Desde que se tornou adolescente Primrose era apaixonada por Tresh Williams, da parte dela foi amor à primeira vista, ela sempre fez de tudo para se tornar amiga dele, por fim conseguiu. Atualmente são melhores amigos, no entanto,  não passam disso e  essa realidade a faz sofrer em demasia.

— Katniss eu e o Tresh, nunca vai rolar... ele não percebe que me tornei uma mulher e continua me tratando como se eu fosse à garotinha de doze anos que ele conheceu. Eu não posso mais viver esse amor platônico entende?

— É por isso que você tem agido dessa maneira? provocante, sensual, excêntrica? Quer mostrar para ele que se tornou uma mulher? Prim, cuidado, você o ama. Não vai fazer nada para se arrepender depois.

— Prima, mesmo que hipoteticamente eu fosse correspondida e finalmente o Tresh me olhasse com outros olhos, nunca poderíamos viver uma história juntos. Meus pais jamais o aceitariam e eu o amo demais para colocar sua vida em risco.  “O Grande Plutarch” o mataria se descobrisse que eu sou apaixonada por ele, Já você e o "queridinho" de todos.

Minha Priminha tinha razão, mesmo que Williams correspondesse seus sentimentos o que o destino reservaria para os dois tendo uma família complicada como a nossa? Eu mesma em relação ao meu noivado. Não amava meu noivo, apenas sentia muito carinho por ele, mas aceitei o compromisso por  Cato Ludwig  fazer parte de uma família tradicional  e essa família ser do agrado dos meus parentes.

— Com licença. Atrapalho?

— Falando nele.

Prim disse de forma sarcástica olhando para meu noivo que acabará de bater na porta do quarto que se achava entreaberta.  

— Estavam falando de mim? Bem ou mal?

— Muito bem Catinho, pode ficar tranquilo. Se me derem licença, preciso ir,  afinal sou a anfitriã.

 Antes de sair à loira deu-me um beijo no rosto e se foi, o loiro apressadamente sentou-se em minha cama e começou a falar sem pausas.  

— Eu estava morrendo de saudades, depois que ficamos noivos nunca mais conseguimos uns minutinhos sozinhos, parece que minha noivinha tem fugido de mim.

 Assim que disse o que sentia Cato empurrou-me num tranco, colou minhas costas no colchão e deitando-se sobre mim tomou meus lábios nos seus beijando-me vorazmente.  

— Cato, espera.

— Katniss você é tão linda, tão gostosa.

 Ao sentir as mãos afoitas de Cato percorrendo meu corpo, surgiram em minha mente às lembranças do toque calmo das mãos de outro loiro, a delicadeza com que ele tocou minha  nuca e cintura, os beijos suaves em meu pescoço, o cheiro bom que emanava dele e por fim o beijo que me deixou atordoada a ponto de sair correndo do estúdio da Lerner trajando somente a camisola do figurino, nunca havia sido beijada daquela maneira, eu sabia que era uma encenação, entretanto foi tudo tão real - não aquilo não podia estar acontecendo.  Eu  não podia estar pensando no Odair.

— Para Cato. – atordoada o empurrei, prontamente ergui  meu corpo até ficar recostada na cabeceira da cama.

— Qual o problema? Estamos noivos, uma hora terá que acontecer.

— Uma hora sim, mas não tem que ser agora. Eu ainda não me sinto preparada... podíamos apenas conversar um pouco?

— Que saco morena, Conversar?

— É conversar, nós nunca fazemos isso quando estamos sozinhos.

 Era sempre assim, há um ano e quatro meses estávamos namorando, nosso namoro se resumia a beijos e carinhos, nunca havíamos parado para conversar sobre nós, nossos sonhos, não sabíamos nada um do outro, se tínhamos algo em comum, coisas desse tipo;  senti um pouco de pena da Prim e do Tresh, eles se conheciam tanto, tinham tantas afinidades, compartilhavam até os mesmos sonhos, o baixista fazia  o possível  para ver minha prima feliz mesmo não sendo namorado dela, será que um dia eu e Cato seríamos Assim?

— Katniss, tudo bem se você não quer transar, mas bater papo? Não ‘tô a fim, então vou curtir a festa, você não vem?

 – Não. – respondi curta e grossa vendo-o dar de ombros.

 – Valeu, então, amanhã a gente se vê.

 Meu noivo deixou o cômodo, sem ao menos perceber meu estado de espírito. Me deitei  novamente abraçando-me ao travesseiro e pensando mais uma vez em Peeta Odair. Onde será que ele estaria agora?  

                              (...)

Fui despertada no meio da madrugada por vozes alteradas vindas do quarto de Prim, meus tios, Gale todos estavam lá. Havia tomado um calmante logo que Cato deixou meu quarto e automaticamente entreguei-me ao sono, perdi todo o barraco que minha prima protagonizara minutos antes. Eu tinha certeza que a noite não terminaria bem, Primrose não se encontrava em seu estado normal, juntando a tristeza que continuava sentindo por seu amor não correspondido e algumas doses a mais de tequila, minha prima extrapolou, agarrou um dos freelancers contratados para cantar no baile e o levou para seu quarto, tudo ficou pior quando meu irmão flagrou os dois, Gale decidiu levar o rapaz para dar um “passeiozinho” de carro, porém foi interceptado pelo irmão do garoto que o nocauteou deixando-o desacordado por quase uma hora, não tive a oportunidade de ver nenhum dos rapazes, já que os mesmos, não sei como conseguiram burlar a segurança e fugir.

— Primrose, você esta de castigo por tempo indeterminado, onde já se viu?  Levar qualquer um para o seu quarto, se seu primo não tivesse chegado você e aquele cantorzinho de merda... Nem quero pensar o que poderia ter acontecido, olha para seu primo esta com o nariz quebrado por culpa sua.

O tempo todo que minha pequena estava sendo repreendida  permaneci abraçada a ela transmitindo-lhe força, principalmente porque seu amado ficou sabendo do ocorrido e saiu da festa decepcionado com ela, a loirinha derramava lágrimas  em meu ombro e eu sabia que não era só por causa da bronca que estava levando do pai.

                                (...)

— Hora de acordar dorminhoca.

 Passei o resto da madrugada no quarto dela, depois que todos saíram ela chorou até pegar no sono, enquanto dormia chamou diversas vezes por Tresh e se desculpou pelo que tinha feito.

— Oi. – A loira respondeu tristonha.

— Ei, não fique assim minha linda. 

— Ele deve estar me odiando agora Kat... eu fiz tudo errado.

— Vamos consertar tudo. Eu prometo.  Só precisa dar tempo ao tempo, ok?  Agora eu preciso sair, tenho que ir até a Sinsajo, conversar com a Joh sobre umas ideias que eu tive para dar o pontapé inicial no meu trabalho como “coreógrafa” acho que ela ira gostar. 

— Mas não é muito cedo para isso?

— Sabe como eu sou ansiosa, não vou conseguir esperar para falar com ela só a noite, e como ela já deve estar na boate quero encontra-la o quanto antes.

— E vai sozinha? Porque o nosso cão de guarda esta impossibilitado de sair no momento por causa do nariz quebrado – Primrose fez uma careta apontando para o nariz e começamos a rir. 

— Tomara que meu querido irmão fique impossibilitado de sair por bastante tempo. Foi muito bem feito o que aconteceu com aquele fofoqueiro.

— Katniss?

— O que foi?

— Eu estou com medo. O que será que o Gale e o papai vão fazer com esses dois rapazes quando conseguir encontra-los? Teu irmão prometeu dar uma lição neles. Não sei onde estava com a cabeça quando agarrei o Finnick — acho que era esse o nome dele—, e o levei para meu quarto. Eu queria apenas que o Tresh me notasse e tomasse uma atitude.

— Eu sei, mas não se preocupe, os dois devem estar muito longe a essa altura. Logo o nariz do Gale fica bom, a poeira assenta e ele esquece de se vingar. Meu irmãozinho anda muito nervosinho ultimamente, nós sabemos do que ele esta precisando.  

  – De uma namorada. – Aos risos respondemos Juntas.

Realmente meu irmão precisava urgentemente de uma namorada.

                                        (...)

Ao chegar à garagem da minha casa para pegar uns dos carros encontrei meu noivo, que por sua vez me  comunicou que  me levaria até a boate. Obra do Gale, visto que não poderia me levar. O infortúnio era que mais uma vez o assunto sexo se colocaria entre nós assim que nos encontrássemos sozinhos... 

  – Katniss eu não entendo porque ultimamente toda vez que estamos sozinhos você vem com esse papinho de conversar se tem tanta coisa melhor para fazermos juntos.

— Cato é assim que um casal se conhece, conversando, e eu não acho que a Sinsajo seja o local para termos algum tipo de intimidade.

— Eu acho que nós nos conheceríamos melhor se fizéssemos sexo independente do lugar e a boate esta vazia, qual o problema?

 Não esperava que a boate estivesse vazia. Johanna sempre dava uma passadinha na parte da manhã no estabelecimento para checar o estado do figurino das meninas, no entanto ela não se encontrava lá. A porta dos fundos estava aberta,  então prossegui  minha busca até o almoxarifado. 

— O problema é que você só pensa nisso. Eu já disse que não quero,  que não estou preparada e se continuar a agir de jeito que tem agido,  talvez eu nunca queira fazer isso contigo.

— Eu quis ficar noivo para facilitar as coisas, mas pelo visto de nada adiantou. Eu sou homem e homem gosta de sexo, e noivos fazem sexo.  Não tem porque continuarmos noivos se for para continuar assim.

— Não me pressione Cato.

— Não estou te pressionando Kat, só estou te dizendo que se...

— Que se eu não dormir com você estará tudo acabado entre nós? Pois então,  está tudo acabado.

As palavras saíram dos  meus lábios num tom de revolta. Dei as costas para ele e me encaminhei para o almoxarifado,  Cato ficou parado por uns segundos depois seguiu em meu encalço.

— Como assim? Não estamos juntos a mais de um ano para agora você me dizer que esta tudo acabado, eu não vou sair dessa relação nesse prejuízo.

 O loiro me puxou pelo braço me fazendo virar novamente, sua fisionomia havia mudado, seus olhos azuis me fitaram com um misto de ódio e decepção, um calafrio percorreu toda extensão do meu corpo quando senti seu aperto forte em meu braço.  

— O que esta fazendo?  Me larga!  Eu que não quero. Para, por favor, já disse que não quero, você esta me machucando. – Cato rasgou minha blusa e segurou meus braços com apenas uma das mãos, com a outra começou a desabotoar o próprio cinto.

— Cala a boca! Eu sou seu noivo e tenho direito.

— Cato para, por favor.

Comecei a gritar e tentar me soltar, até que  percebi meu corpo indo ao chão, aquele homem estava fora de si e eu não tinha forças para me desvencilhar dele, comecei a chorar descontroladamente.   

— Larga a moça agora seu canalha!

 Um estrondo na porta do almoxarifado e uma voz firme fez com que Cato largasse meus braços. Rapidamente me afastei dele e me encolhi em um canto da parede, tentando sem sucesso me recompor.  Olhei em direção da voz e vi que se tratava de uma garota loira, diferente da voz firme sua aparência era delicada, por alguns segundos ela ficou paralisada me olhando, parecia estar vendo um fantasma, logo outra menina se colocou atrás dela e sussurrou algo em seu ouvido que não dava para ouvir de onde nós estávamos.  

— Da onde você saiu garota? E com quem pensa que esta falando?– Cato se levantou enquanto questionava.

— Você esta bem?

A garota perguntou-me ignorando completamente a pergunta que havia lhe sido feita, em seguida tentou caminhar até mim, mas foi impedida de continuar pelo meu agressor que a segurou pelo pulso.  

— Larga!

 A segunda moça falou, sua voz tinha um timbre tão firme quanto da primeira. E Deus, como era ela exuberante! Acho que Cato teve medo porque logo largou o braço da menor, que depois disso rapidamente aproximou-se de mim e me abraçou.

— Por favor, me responda, você esta bem? – Por um instante aqueles olhos azuis  pareceram-me familiar e a voz, agora doce também.

— Eu estou bem agora... obrigada.

— Ei garota, responda, quem são vocês duas?  E o que estão fazendo aqui em baixo?

— Vá embora seu troglodita ou eu... – a loira abraçada a mim bradou.

— Ou o que? Vai me furar com seu salto? Ou me degolar com sua echarpe?

— O Que está acontecendo aqui?  Que barulheira é essa que se ouve lá do estacionamento? – Após todo sufoco que passei eis que Johanna resolveu chegar.

— O tio de vocês não pediu que vocês ficassem no almoxarifado? E Katniss por que esta toda desconjuntada desse jeito.

— Esse Animal tentou força-la. — Minha defensora respondeu

— E as duas moçoilas resolveram intervir dando de heroínas? Esqueceram-se do porquê estão aqui?  Ludwig, some daqui antes que eu chame a polícia.  Katniss,  você vem comigo, vou te levar para casa. E vocês duas. Nada mudou, nem pense em sair daqui. – Mason me puxou com força pelo braço afastando-me da loira.

— Johanna, espera. – voltei-me para minha salvadora e perguntei sorrindo.   

— Qual seu nome? – Ela ficou calada, depois de um tempo que mais pareceu uma eternidade respondeu.

— Amanda... Amanda Mellark.

— É um prazer conhecê-la Amanda. E espero que possamos nos encontrar novamente. 


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Notas finais do capítulo

Meninas o que acharam desse primeiro POV da Kat?
E esse primeiro encontro dela com a Amanda?
Genteeee COMENTEM, fantasminhas eu sou boazinha não mordo, e estou ansiosa demais para saber o que acharam do capitulo, ok?
Beijos Um feliz Natal, e se eu não voltar até lá boa passagem de ano a todos.