Dangerous Woman - TERCEIRA TEMPORADA (ÚLTIMA). escrita por Letícia Matias


Capítulo 5
5


Notas iniciais do capítulo

Galera... O que vcs estão fazendo comigo hein? Eu simplesmente ando muito ansiosa pra vcs lerem os capítulos e saber o que vcs acham... Culpa de vcs kkkkk
Mas, o fato é que hoje ás uma da manhã eu fiz umas capas muito lindas pras três temporadas de Dangerous Woman e ai eu quero mt que vcs vejam kkkkkkkkk (e claro, leiam esse capítulo surpresa).
Boa leitura!



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Fecho a porta do banheiro e acendo a luz fluorescente. Estreito meus olhos por causa da claridade e me aproximo da pia do banheiro. Encaro meu reflexo no espelho. Parece que nunca vou me livrar da cara de exaustão e das olheiras debaixo dos meus olhos.
Prendo meu cabelo num rabo de cavalo e começo a escovar os dentes enquanto encaro meus próprios olhos amendoados. Não pareço estar completando vinte anos. Mas nunca vivi tantas coisas como nos últimos seis meses.
Termino de escovar meus dentes e lavo o rosto. Encaro meu reflexo e sinto meus olhos arderem subitamente. Eu deveria estar com ele. Kyle deveria estar aqui comigo, eu deveria ter dormido com ele e não com Matt. Ele deveria estar ali comigo. Ele.
Coloco a mão na boca para impedir que o soluço se torne alto demais e me encosto na parede. Sinto as lágrimas escorrerem por meu rosto.
Não sei quanto tempo passo dentro do banheiro, talvez uns vinte minutos até que eu tenha parado de chorar e meus olhos estejam menos inchados. Mas ainda sim, se Matt olhar-me nos olhos, ele perceberá e eu não quero magoá-lo porque ele fora ótimo comigo. Tem sido ótimo e a noite que passara não fora ruim. Contudo, eu não conseguia me livrar do sentimento de culpa, não conseguia parar de reviver o momento em que vira Kyle saindo do bar com o braço ao redor dos ombros de Lara.
Respiro fundo antes de abrir a porta do banheiro e sair. Quando apareço na cozinha, vejo que Matt está com a porta do apartamento aberta e está encostado na soleira da porta. Está fumando. Ele vestiu sua calça jeans que já está seca mas continua sem blusa. Também está descalço. Observo-o levar o cigarro até a boca e ele tragar profundamente. Ele olha para mim e nós ficamos nos olhando por um tempo sem dizer nada ou se mexer. Observo seus cabelos loiros desgrenhados e sua barba cerrada da mesma cor dos cabelos. Ele assopra a fumaça que sai por porta afora com os olhos vidrados em mim.
Eu começo a me movimentar na cozinha quebrando aquele momento de "observação". Abro a geladeira e pego o pó de café. Levo algumas colheres até o coador da cafeteira e a ligo. Torno a guardar o pó de café na geladeira e viro-me para olhar para Matt que está sentado na banqueta me observando.
–O que você gostaria de comer?
Seus olhos parecem faiscar e ele reprime um sorriso. Reviro os olhos e pego a colher de pau em cima da pia para bater em seu ombro. Matt ri e segura a colher antes que eu possa bater nele com ela. Agarra meu pulso com uma mão e com a outra, puxa-me para perto dele, a mão nas minhas costas.
Sinto meu coração disparar de repente. Nossos narizes estão quase se encostando e eu quero evitar qualquer outro tipo de contato.
–Panquecas? - sugiro.
–Pode ser. - ele não deixa eu me afastar dele. Suas pernas estão abertas e eu estou entre elas.
–Da última vez que lhe ofereci panquecas, você saiu sem mais nem menos e me deixou sozinha.
Ele suspira e tira a mão das minhas costas; passa a mão pelo cabelo e dá de ombros.
–Tive que fazer isso senão ia enlouquecer. Mas não vou fazer isso de novo. Vou comer suas panquecas.
Me afasto e vou para a pia. Pego uma bacia de inox no armário e começo a misturar os ingredientes para a massa.
–Quando você adquiriu a cicatriz  no quadril?
Franzo o cenho e olho para ele com o pacote de farinha de trigo na mão.
–Como você viu ela? Ela é... minúscula!
–Eu esperei pela noite passada por meses. Eu cheguei até aqui então tinha que memorizar e reparar em cada detalhe, não sei se voltarei a ver de novo.
Sua resposta me pega de surpresa. Ele está me intimando e me sinto desconfortável e constrangida sobre aquilo. Matt me observa com fervor enquanto eu guardo o pacote de farinha.
–Eu... caí de uma árvore quando era pequens e rasguei o quadril em um galho. - explico. - Tive que levar uns pontos.
–Você era uma garota arteira.
Olho para seu rosto e dou risada quando vejo que ele está se segurando para não ir.
–Um pouco. Mas e você?
Despejo um pouco de massa na frigideira antiaderente e torno a olhar para Matt.
–Eu não tenho nenhuma cicatriz. Não escalava árvores.
–Me conta mais sobre você. Não sei quase nada sobre o cara que está na minha cozinha. Acho que tenho o direito de saber, não?
Cruzo os braços em frente ao meu corpo e Matt sorri de lado. Ele coça a nuca e diz:
–Tudo bem, o que você quer saber.
–Como é sua família?
Ele arqueia as sobrancelhas.
–Minha família é... um pouco destruída. Meu pai foi embora quando eu tinha seis anos e me deixou com a minha mãe e minha irmã mais velha. Ela tinha dez anos na época.
Aquilo me causa um sentimento estranho. Será que nenhum de nós tínhamos a velha e desejada perfeita família feliz dos comerciais de margarina?
–Eu não sei muito o que falar. Minha mãe sempre trabalhou duro para sustentar a mim e a minha irmã. Ela trabalhava de garçonete de dia e de tarde e nas sextas e sábados, trabalhava como enfermeira num hospital pequeno em Sydney. Minha irmã cuidava de mim e eu brincava de destruir suas bonecas que ela não brincava mais, mas insistia em guardar.
Sorrio de lado e ele também.
–Bom, quando cheguei no ensino médio decidi que queria fazer Artes Plásticas porque sempre gostei muito e tentei entrar em algumas universidades como a Pen State e a NYU. Eu passei nas duas mas optei pela NYU por algum motivo que não sei qual. Talvez Deus. - ele dá de ombros. - Vim para Nova York com três mil dólares e arrumei um emprego numa companhia de cartões de felicitações duas semanas depois. Aqui estou eu.
Arqueio as sobrancelhas.
–Você faz cartões? Você os cria, escreve as mensagens?
Ele concorda com os braços cruzados.
–Você é bom?
Ele dá de ombros.
–Posso te mostrar alguns algum dia e você me fala.
Concordo com a cabeça.
–A panqueca está queimando.
–Hein? É algum tipo de felicitação para seus cartões? - pergunto com o cenho franzido.
Matt se levanta da banqueta com a sombra de um sorriso no rosto e vem até meu lado e apaga o fogo do fogão.
–Não, a panqueca está queimando.
Só agora vejo que a massa se carbonizou. O cheiro começa a subir. Eu gemo.
–Que tal irmos ao Starbucks? - ele sugere.


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Notas finais do capítulo

Vcs gostaram do capítulo? E da capa?
Bom, só quero alertá-los que a partir do próximo capítulo, vai ser uma coisa muito louca. Vão acontecer muitaa coisas num único só dia. Que aniversário dona Alice!!!
Espero vcs na segunda ;) amo vcs
p.s.: o que vcs acham que vai acontecer?



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