Como educar Apolo escrita por Luna Tolking


Capítulo 1
I - Zeus é cruel


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Bom, essa é a minha fic envolvendo os enigmáticos personagens do Tio Rick. Eu espero que gostem da fanfic, mesmo sendo de um tema diferenciado.

Boa Leitura! :3



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Meu nome é Apolo. Eu era um Deus. Exatamente, eu era. Em meus quatro mil seiscentos e doze anos nunca passei por uma situação tão constrangedora. Primeiro, eu fiquei inerte de tudo por seis meses, apenas esperando a sentença de Zeus sobre mim. Segundo, ele finalmente havia decidido o que fazer comigo, e meu castigo começou da pior forma e de maneira original, afinal, nunca tinha feito um pouso forçado em uma caçamba de lixo. 

Meus ossos doíam (o que me deixou surpreso, não era para NADA doer), meus olhos ardiam e minha cabeça estava pesada. Não lembro direito como aconteceu. Sei que acordei e estava despencando, caindo. A sensação era horrível. Sentia-me fraco a cada metro que caia, como se meu brilho natural ficasse para trás, separando-me dos meus preciosos poderes. E então, BAM! Ouve-se o som de um Deus caindo em um amontoado de sacos de lixo. Um som deprimente e triste.

Fechei os olhos, minhas narinas ardendo com o cheiro nojento do lixo que estava deitado. Uma lembrança veio à tona: SUA CULPA! SUA PUNIÇÃO! APRENDA ALGO! EDUQUE-SE!

A voz de Zeus na minha cabeça só me fez me sentir pior. Ora essa! O que ele queria dizer? Só então entendi o que aconteceu comigo. E chorei de desespero.

— Não! — gritei, desolado. — Não é verdade! Por favor! Me leve de volta! Eu juro que aprendi minha lição!

O silêncio foi minha única resposta. Me senti ignorado, inútil. Meu pai chegou a dizer quanto tempo essa punição duraria? O que eu deveria fazer para cair novamente nas graças dele? Preso a um saco de carne mortal, era a pior coisa que se poderia fazer. Eu sentei nos — argh! — sacos de lixo e procurei por algo nos bolsos. Precisava de respostas. Achei uma carteira, que continha cem dólares e...

— Lester Papadopoulos! — exclamei indignado. A crueldade de Zeus apenas continuava! Quem se chamava Lester Papadopoulos?!

Aparentemente, disse uma voz em meu interior, você se chama Lester Papadopoulos agora.

Me alto mandei calar a boca.

Eu era agora um jovem de seus vinte anos com uma roupa simples e os cabelos encaracolados loiros. Meu rosto era quadrado e com um olhar abobalhado, nada digno para mim, o maravilhoso Apolo. 

Olhei-me. Usava uma blusa de botões azul claro, uma calça jeans escura e comum e um tênis branco da marca... adidas! Eu odeio Zeus! Minha memória estava um caos completo. Eu parecia um caipira e não me lembrava muito bem o porque. Eu mal conseguia lembrar qual era a aparência de Zeus, isso deve ter sido uma das sentenças. Como os humanos conseguem pensar com essa caixinha de fósforo que eles chamam de cérebro? Forcei a mente e me lembrei de algo, alguns flash's na realidade. Houve uma guerra com os gigantes; os deuses foram pegos desprevenidos, foram humilhados e quase derrotados. Papai colocou a culpa em mim. Fui transformado em mortal.

Com uma tristeza traumática, sai da caçamba e olhei-a, torcendo para que meu arco, minha aljava e minha lira tivessem caído na Terra comigo. Eu já ficaria feliz só com a minha gaita. Não havia nada.

— Ei, dá uma olhada nesse otário! — uma voz rouca gritou atrás de mim.

Havia dois jovens bloqueando a saída do beco. Pelo aparência que traziam, só faltava a palavra DELINQUENTE gravada em letras garrafais na testa de cada um para mostrar que aquilo não era boa gente. 

— Pega leve. O cara aqui parece bem simpático. — um deles sorriu e puxou uma faca de caça do cinto. — Na verdade, aposto que ele quer dar todo o dinheiro dele pra gente, não é?

Culpo minha desorientação e confusão com meu novo estado pelo que aconteceu em seguida. 

Eu sabia que havia virado um mortal, mas não sabia que havia virado um mortal. Ok, provavelmente isto ficou confuso. Bom, eu já fui banido, duas vezes, porém, em todas elas Zeus manteve alguns de meus poderes. Como o poderoso Apolo, eu nunca me deixaria ser roubado por delinquentes de rua que nem ao menos tinham uma arma descente. Mesmo em meu estado enfraquecido, eu seria bem mais forte do que qualquer humano.

Só que foi um desastre total. 

— Eu sou Apolo — anunciei. — Vocês, mortais, têm três escolhas: podem fazer uma homenagem a mim, fugir ou podem ser destruídos.

— Ok, claro. — um deles disse e se aproximou. Eu cambaleei. Senti algo além da minha compreenssão: medo.

— Meus poderes estão muito além da compreensão de vocês.

— Aham.

Eu os encarei, impotente e poderoso. Eles riram de mim e eu senti um soco bem no meu rosto. Cambaleei para trás (Vamos combinar que quando Prometeu elaborou vocês, humanos, usando argila, fez um trabalho porco. As pernas mortais são desajeitadas) e torquei do que agora parecia ser uma bolota no lugar do meu nariz. 

— Sangue? — fiquei surpreso ao ver o líquido vermelho que na teoria era só para vocês terem escorrer de meu nariz recém-quebrado. Um dos ladrõezinhos riu e me chutou no estômago. Eu estava extremamente lento e em choque. Quer dizer... era sangue! 

 Cai no chão respirando com dificuldades.

— T-Tolos! Eu v-vou destruir v-vocês! — disse com dificuldades e os dois começaram a rir novamente. Estavam prontos para pegar minha carteira quando ela surgiu.

— Ei! Parem com isso ou eu vou chamar a polícia!


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de acompanhar e comentar para receberem o segundo capítulo o mais rápido possível! Espero que tenham gostado e até o próximo! :D



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