Five Nights at Freddy's: Sister Location escrita por Melehad


Capítulo 18
Capítulo Dezessete: Culpas levam à loucura


Notas iniciais do capítulo

Como estamos bem perto do final vou deixar aqui como vai ser a divisão dos capítulos... Próximo capítulo será o início da noite cinco. Mas como assim início? Eu planejei fazer os dois finais do jogo e mesclá-los em um único capítulo, não se preocupe, ficou bem feito. E por causa disso ficou muito extenso, então eu terei que dividir em duas partes a noite cinco.
Depois haverá mais um capítulo normal e assim o epílogo dessa fanfic.
Bom, só isso... Boa leitura!



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Dilan seguiu até o cômodo da entrada na busca de encontrar a origem do barulho que o assustou e ao chegar lá o segurança noturno, Miller, ainda estava desmaiado no chão e nada que poderia explicar o que acabara de acontecer. Após verificar mesmo que não havia ninguém por lá o espiando e aguardando para nocauteá-lo, ele voltou para a sala do segurança, desta vez, olhando para o interruptor na parede direita – que continha dois botões, um azul, luz, e o outro, vermelho, a porta – e pressionando o botão que fechava a única passagem da sala. A energia no contador que era mostrado pelo monitor demonstrava que a porta fechada gastava energia, mas ele não se importava muito com isso. Dilan pegou novamente a planta arquitetônica do edifício e deu mais uma boa olhada nos supostos caminhos que interligavam tudo em seu interior.

— Tudo é ligado, logo não é necessário pegar o elevador para baixo porque, com certeza, os funcionários mais próximos à Afton não querem chamar a atenção para os inferiores colocarem rumores e atrair mais pessoas — Dilan comenta pensando no que Afton queria fazer com essas salas misteriosas.

— Eu nunca parei para pensar, o que é a Afton Robotics? Não é uma fábrica de animatronics e nem um estabelecimento familiar, então para quê serve essa empresa? — Era um fato curioso este que ele propôs, o que era isso tudo? Para que serviria um local grande e rico como este para apenas fazer a manutenção dos robôs da pizzaria? Estava meio óbvio para o jovem, mas ele não conseguia juntar os pontos do mistério e assim, não conseguia achar a resposta.

— Espera... — Ele levanta da cadeira puxando dentro de seu bolso o papel dobrado com o desenho dos animatronics e olhando outra vez a legenda conseguiu entender tudo. — Choque controlado, os robôs sendo possivelmente torturados, todo esse espaço para preparar eles para mais um dia de show... Ele está fazendo experimentos com as máquinas! Mas com que propósito? — Estava tão perto a resposta meu jovem, pense mais um pouco e tudo estará desvendado — A voz que conversa comigo me contou na terceira noite que já esteve no palco uma vez e depois relatou o acidente com a menininha, a filha de Afton. E se quem me guiava esse tempo todo era a Baby, explica tudo. Ele quer dar consciência em suas criações! — Dilan estava eufórico por estar descobrindo todo o plano de William Afton desde o começo e parecia que a cada vez que ligava um ponto mais surgiam e a história se completava.

— As crianças seriam a consciência das máquinas e é por isso que Baby conversa comigo normalmente como uma humana porque ela foi a filha de Afton e sua mente é de uma humana! Por isso os animatronics tem o espaçamento em suas barrigas, para eles raptarem as crianças das festas e trazê-las para cá de noite onde o maldito do Afton possa realizar seus experimentos cruéis com elas — Dilan estava perplexo como tudo se encaixava agora. Ver que ele não só estava certo com o desaparecimento de Sammy como também descobriu o plano inteiro do sócio psicopata transforma tudo que vira de William em reles cinzas.

— E digo mais, acho que também sei o porquê dele fazer isso... — Ele aperta o botão e a porta de segurança abre. Seguindo pelo corredor entra novamente na sala de Afton e pega sobre a mesa o porta-retratos onde ele aparecia em uma foto de família com sua esposa, sua filha, seu filho mais velho e o garotinho no em um parque verdejante. — Você está fazendo isso porque quer trazê-la de volta, não é? Você sente a dor de sentir que a culpa foi sua ao saber que deveria estar tomando conta dela. Você sofreu muito ao longo de sua vida, seu miserável, sinto até pena e uma dor por tudo que sofreu, mas isto não justifica raptar crianças para seus experimentos doentios — Dilan repousa o porta-retratos novamente na mesa, recolhe todos os papéis do cofre de Afton dobrando-os e guardando-os no bolso, apaga a luz e tranca a porta seguindo de volta para a sala do vigia. Quando chegou ele pensou que teria que esconder isso em algum lugar porque poderia perder tudo isso na quinta noite que estava começando e ao vasculhar o redor com seus olhos ágeis encontrou um pequeno respiradouro debaixo da mesa do segurança. Ao agachar-se e passar a mão na grade de ferro adornada, ele sentiu que teria um bom espaçamento para colocar suas provas lá e assim realizou o feito. Primeiros os recibos fiscais, depois as plantas do prédio e dos animatronics e por último o mais precioso dentre eles, a fita cassete com as filmagens das câmeras e a prova de todo o crime.

— Seu fim está próximo meu caro, não posso dizer que suas ações são nobres, pois elas são muito piores, mas tenho que ser sincero em entender o quanto você sofreu, dois filhos mortos, não é todo mundo que aguenta. Muitos já teriam até se suicidado por culpa, medo, rancor... — Dilan fala levantando-se enquanto não tirava seus olhos castanhos do respiradouro e assim o fim de sua missão. Ele estava sentindo-se completo, afinal ele conseguiu terminar sua promessa que fez ao Henry, achando o culpado do desaparecimento e mais, o culpado de tantos mistérios envolvendo crianças perdidas na cidade.

Ele sentia que acabara de retirar um grande peso de suas costas exaustas de tanta culpa. O objetivo que colocara em sua vida foi completado e agora toda a preocupação de falhar estava desaparecendo de seu peito como cinzas jogadas ao vento.

Ao sair da sala de monitoramento ele reparou que no relógio em seu pulso marcava o horário de onze horas e quarenta minutos da noite e teria que ser rápido em pensar em um jeito de não ser incriminado pela invasão na Afton Robotics. Só que ele já tinha pensado nisso há muito tempo e assim ele voltou ao seu carro pegando uma latinha de tinta spray e voltando ao prédio pichou na parede símbolos de pichadores para tentar amenizar a situação, pois assim os policiais iriam achar que o vandalismo fora feito por eles.

— Vamos ver o Miller — Ele fala seguindo até o homem adormecido como um anjo no chão frio, a pancada foi bem forte mesmo, irá ficar dolorido uns três dias se ele não tomar um belo de um analgésico.

Ele agachou-se perto do segurança e começou a cutucá-lo e chamá-lo com uma face surpresa bem atuada. O homem despertou erguendo seu tronco e arregalando os olhos por se lembrar do momento da pancada e o desmaio repentino.

— O que houve cara? — Dilan pergunta e ele vira seu rosto encarando o jovem com um olhar assustado.

— Eu fui nocauteado... — Miller levanta bruscamente e começa a olhar em seu entorno procurando a pessoa que lhe desferiu esse golpe maldoso.

— Eu cheguei agora e encontrei a porta destrancada, você deitado no chão e uma pichação na parede — Meu Deus, o Sr. Afton vai me matar, não, espera, ele vai me torturar muito antes de acabar com meu sofrimento — Miller lastima-se.

— Ele é tão ruim assim? — Dilan questiona cinicamente.

— Ele é o tipo de pessoa que é só você fazer seu trabalho e ele não causa um inferno, mas se ocorrer algo como isso você já pode sair de baixo que vai chover ofensas, um olhar maligno com direito a sobrancelhas arcadas e no pior dos casos, uma demissão — Dilan estava rindo por dentro e o segurança chorando por fora.

— Acalme-se, quando eu terminar meu turno eu te ajudo a limpar isso antes que os funcionários cheguem — Dilan propõe. — Obrigado mesmo, eu não sei o que faria se o pessoal me pegasse com este problema. Pelo menos não foi algo muito ruim, por enquanto, não é? Eu vou ter que fazer a varredura do lugar para ver se esse canalha roubou alguma coisa. E olha a hora, já está na hora de sua noite começar, te vejo pela manhã então...


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Notas finais do capítulo

A noite cinco, a noite mortal, surge no horizonte....
Até...