Questão de tempo. escrita por Lia Clemente
Notas iniciais do capítulo
Oláá, eu sei que deve estar pequeno, mas estava louca para postar. Espero que vocês gostem. O Alex ai embaixo, ele é representado pelo Cj Adams. ♥
Allyson sequer notou quando deixou um grito assustado escapar de seus lábios, e como consequencia, o garotinho de suéter marrom lançou a pelúcia branca em sua direção, gritando em pânico e correndo para fora da casa.
— Au! — Ela grunhiu, pousando a mão sobre a testa, o fucinho do gato de pelúcia havia acertado em cheio ali. — Pestinha. — Murmurou abaixando-se e pegando a pelúcia.
Ainda assustada com a recente aparição da criança, Allyson começou a caminhar. A porta marrom estava entre aberta, a morena abriu e observou temerosa o imenso e belo jardim. Havia árvores, rosas, tulipas e lírios, uma casinha - nada modesta - na árvore, e um pequeno playground.
— Ei, menino. — Chamou. O garotinho do casaco marrom soltou um grito assustado e se escondeu atrás de uma arvore. — Eu não vou machucar você.
— O que você quer, Fantasma? — Murmurou.
— Eu não sou um fantasma, e só quero saber onde eu estou. — Disse. Ele entortou a cabeça para o lado e a observou.
— No jardim da minha casa.
— Pode ser um pouquinho mais especifico? — Perguntou, coçando a nuca.
— Ahn... nós estamos em Pittsburgh.
— Pittsburgh?! — Exclamou, fazendo o menininho dar alguns passos para trás. — Não pode ser. — Choramingou.
— Fantasma, você está bem? — Perguntou, aproximando-se de Ally.
— Em que anos estamos? — Virou-se para ele. O menino fechou um dos olhos, quando o sol atingiu o seu rosto e o vento bagunçou seus cabelos.
— É... — Ele comprimiu os lábios, e juntou os dedos. — Estamos em 2033. — Sorriu orgulhoso.
— Ah, céus! Eu viajei no tempo. — Murmurou, sentando-se no gramado.
— Fantasma, não tem problema. Você pode ficar aqui em casa, o meu papai não vai se importar. — Ally mordeu os lábios, tentando expulsar o desespero e a vontade de chorar.
— Obrigada. — Agradeceu, passando a mão - não machucada - no rosto. — Ah, aqui. — Entregou o gatinho de pelúcia para ele.
— Desculpe ter jogado ele em você, eu fiquei com medo.
— Tudo bem, eu também ficaria.
— Eu achei que você era um fantasma do mal.
— Eu não sou um fantasma. — Ignorando a ultima fala de Ally, ele virou-se para ela e sorriu.
— Eu sou o Alex, esse é o Sr. Bigode. Qual o seu nome? — Indagou.
— O meu nome é Ally. — O menino prendeu o lábio inferior entre o polegar e o indigador, antes de murmurar:
— É um nome bonito.
— Obrigada, o seu também é. — Alex sorriu, ergueu a cabeça e observou o céu.
— É bonito, não é? — Ally olhou para o céu e sorriu, observando o por do sol.
— É, muito bonito.
— Minha familia costumava observar o por do sol todos os dias. — Sorriu fraco.
— Não observam mais? — Perguntou curiosa.
— Não, não mais. — Balançou a cabeça, bagunçando os cabelos claros.
— Por que?
— Você gosta de livros? — Ele perguntou, oferecendo um sorriso triste para ela.
— Eu amo livros. — Ally sorriu, quando ele soltou uma risadinha animada.
— Que legal, eu tenho um montão deles. — Coçou a ponta do nariz, sorridente. — Você leu Harry Potter?
— Sim, só falta o último. — Alex cruzou as pernas, pousando o gatinho em suas pernas.
— Eu li todos, e assisti aos filmes. Meu pai sempre lia para mim, quando eu aprendi a ler o primeiro que ganhei foi 'Pequeno Principe'.
— O primeiro que eu ganhei foi 'O patinho feio', eu amei aquele livro. Eu o lia quase todas as noites, então, todo aniversário o meu pai me dava um novo. — Sorriu.
— Eu nunca li esse. — Entortou os lábios, pensativo. — Eu li 'Jogos Vorazes', papai disse que era um pouco maduro para a minha idade, mas eu li mesmo assim. — Deu de ombros. — Eu gosto de livros antigos, e filmes também. E música, você também gosta?
— Sim, meu pai tem uma loja de instrumentos. Eu aprendia a tocar vários, e também canto um pouquinho, e você?
— Eu também, todos da minha familia sabe tocar alguma coisa. Eu toco piano. — Allyson sorriu.
— Você tem irmãos?
— Tenho, eles também tocam instrumentos. O Archie sabe compor, as músicas dele são legais. Mas ele nem sempre me deixa ouvir. — Suspirou. — Ele diz que é muito pessoal. — Deu de ombros.
— Você está aqui sozinho? — Perguntou, olhando para a grande e bela casa.
— Não, não. Os meus irmãos estão lá em cima.
— Vocês não tem babá?
— O papai não confia em babás, a minha tia vem nos levar para escola e busca, e o meu tio nos deixa em nossas aulas extras. Depois nós ficamos aqui, a cozinheira faz o jantar e vai embora.
— Ah. — Murmurou. — Está ficando frio, não é?
— Está, sim. — Ele concordou, virou-se para Ally que usava apenas o macacão jeans e se levantou. — Eu não sabia que fantasmas sentiam frio. — Ally murmurou um " Eu já disse que não sou um fantasma". Alex grudou em seu braço e a puxou para cima, quase caindo na grama. — Lá dentro tem aquecedor, e você pode conhecer meus irmãos.
— Certo. — O garotinho sorriu, arrastando Allyson pela mão e o gatinho de pelúcia pela pata.
— Eles são bem legais, e vão ficar contentes de conhecer um fantasma. — Com um sorriso nos lábios, Alex empurrou a porta, deixando-a bater atrás deles e subiu com Ally, gritando pelos irmãos.
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Ficou simplezinho mas no próximo, Ally irá conhecer os adorados irmãos do Alex. Espero que vocês tenham gostado e até o próximo. Beijoos queridos.