Nove Caudas escrita por Hitsatuke


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, FORA TEMER!
"Segundamente", FELIZ ANIVERSÁRIO, MIRYS!!!!!!!!!!!!
Sei que está meio tarde... Mas a intenção é o que conta! hahahahaha
Eu te disse que o outro presente ainda não estava pronto. Fiz um MinaKushi pra ti pq sei que tu adora eles. Espero que goste da estória!
Agradeça à Gaby-Uchiha por me ajudar com a capa. (Eu perturbei ela, acredite). Obrigada, Gaby-linda-UChiha!
Espero que todos gostem.
Boa leitura!



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A touca cobria toda a sua cabeça. Ela jogou o cigarro para o lado e ajeitou a gola do casaco ao redor do pescoço antes de expelir a fumaça. Estava realmente frio naquela noite. Uma droga para se trabalhar.

Os carros paravam, sem se demorar por muito tempo. As mulheres se debruçavam nas janelas abertas dos caronas e falavam algo que ela mal podia ouvir. E nem precisava. O discurso era o mesmo. Respirou fundo e mais fumaça saiu de sua boca, mas de frio. Seu hálito estava seco, suas mãos, enregeladas. A luva era inútil e ela as esfregou enquanto continuava a observar o movimento. Não sentia pena das mulheres, apesar de suas pernas de fora. Não sentia nada.

Quando o carro que lhe interessava parou, ela finalmente se moveu. Andou devagar até lá e desabotoou o casaco pesado e longo à medida que se aproximava. Andar na frente do carro, de frente para o motorista, fazia parte do show. O carro estava sob um poste e ela lançou seu último trunfo quando sentiu os olhos do motorista varrerem seu corpo. Tirou a touca e os cabelos da cor do fogo caíram pesados por suas costas. Ela ouviu a porta do motorista se abrir e um homem gordo, que aparentava estar entrando na velhice, deixou o veículo. Ele andou diretamente até ela e sorriu.

— A gracinha tem nome? - perguntou.

— A gracinha tem preço. - ela respondeu docemente. O homem voltou a sorrir e a encaminhou para a porta do carona. Abriu a porta educadamente e a incitou a entrar. Quando a porta se fechou e o frio ficou do lado de fora, ela sabia que tinha vencido.

 

**

 

O delegado bateu na mesa com força. Os potes com os lápis e canetas se derramou. O homem atrás da mesa não esboçou nenhuma reação. Escutou pacientemente enquanto o homem de cabelo branco gritava que aquela situação estava insustentável. Que eles não poderiam esconder mais aquela morte por muito tempo. Que logo os jornalistas fuçariam e descobririam a verdade.

— Já é o quarto, Minato! Não dá para simplesmente continuarmos com isso!

— O que sugere que eu faça? Já tentei de tudo, mas enquanto o Uchiha não liberar as informações certas, estou de mãos atadas. - o loiro falou calmamente. Mas não estava calmo. Por dentro sua raiva fervilhava. Ele jamais tinha demorado tanto para pegar um assassino como estava demorando daquela vez. E o que mais o frustrava, era saber que não era por mérito do assassino, mas sim por informações que eram escondidas.

Ele sabia que um grupo importante estava envolvido. E os quatro mortos faziam parte de algo grande. Todos eram figuras públicas que tinham algo a ver com uma industria farmacêutica comandada por uma das famílias mais ricas do país: a família Uchiha. Qualquer imbecil que entrasse na polícia sabia que aqueles peixes ninguém ousaria pescar. Era de ciência geral que os Uchiha não comerciavam apenas medicamentos legais, como também estavam envolvidos num dos maiores esquemas de contrabando de narcóticos do Japão. E nenhum Uchiha queria seus óbvios testas de ferro sendo estudados pela polícia. Todos conheciam a fama de Minato Namikaze. O bastardo mais honesto que a policia já tivera o desprazer de receber. Então eles tinham se limitado a não dar nenhuma informação. Com isso as mortes continuavam.

O que mais intrigava Minato era o fato de o assassino não se importar nem um pouco com ser pego. Em cada cena de crime, foi encontrado um fio longo e vermelho. Ele varrera o país atras do dono daquele DNA, mas a pessoa simplesmente não existia.

**

Com a quinta morte, Minato decidiu que não podia simplesmente seguir as regras. Os Uchiha estavam obviamente impedindo uma importante investigação policial e precisavam saber que Minato estava mais perto do que eles achavam, mesmo que não estivesse. Foi ter com o presidente da grande companhia Uchiha.

 

O homem calado e de porte ameaçador estava parado atrás de sua mesa. De pé, encarando a paisagem urbana que se delineava do outro lado da janela que tomava toda a parede. Minato não recebeu convite para se sentar, e não aceitaria se o tivesse recebido. Trazia sua caderneta de anotações, mas sabia que sacá-la significava intimidar o magnata à sua frente.

— Sabe o que estou fazendo aqui, senhor Uchiha. - foi direto ao assunto. - Cinco pessoas morreram. Cinco acionistas da sua empresa. Cinco pessoas que frequentavam seu círculo mais íntimo. Tracei algumas similaridades entre esses homens, considerando que o senhor se recusa a me dar mais informações. Sabe o que descobri?

— Não. Diga-me, policial. - o Uchiha retrucou com sarcasmo velado. Minato podia afirmar que Fugaku debochava dele. Estava pisando em ovos ali.

— Como eu já disse, os cinco faziam parte de seu círculo mais íntimo. Isso é algo que eu não poderia descartar, de qualquer forma. Então decidi que isso seria a coisa na qual me agarraria. A partir disso, descobri quem serão as próximas prováveis vítimas.

— Hmm. – agora o interesse de Fugaku estava mais atiçado.

— Descobri que todos os cinco homens se encontravam todos os domingos, às três da madrugada. Há outros quatro homens que faziam parte dessa espécie de sociedade secreta.

— E já sabe quem são os outros quatro?

— Não com certeza. Mas tenho um palpite sobre o próximo e, se estiver certo, posso descobrir os outros três. Por isso preciso que o senhor me dê mais informações sobre Chouza Akimichi.

— Chouza é um dos meus advogados. Está dizendo que ele faz parte de uma seita esquisita que só tem nove membros e que tem um assassino caçando um por um desses homens?

— Basicamente.

— E quanto ao cabelo?

— Não conseguimos nenhuma identidade. Não está em nenhum registro.

— Então deveria começar a questionar suas habilidades de investigação, senhor. E não a falta de informações. Se me dá licença. – indicou a porta. Minato respirou fundo. Agora tinha certeza de que Fugaku Uchiha sabia mais do que estava dizendo. Anuiu levemente com a cabeça e deixou a sala.

 

**

 

Ela estava esperando o sexto homem. Ele era gordo. Enorme. Ela jamais conseguiria dominá-lo facilmente como dominara o promíscuo quarto homem. Tinha sido quase ridículo vê-lo tremendo quando ela o girou na cama e o colocou com o rosto contra o colchão. Ele acreditava que teria uma noite de prazer, e ela virou um pesadelo. A mulher soltou o ar com força enquanto se lembrava. Não queria gravar a expressão no rosto daquele homem. Não queria se lembrar de sua voz ou dos gritos que imploravam por perdão. Mas sabia, desde que começara com aquilo, que nada no mundo faria os gritos sumirem. Nada faria o medo e a raiva desaparecerem.

O homem gordo saiu do restaurante acompanhado de uma mulher bonita e que aparentava ter metade de sua idade. Ela ria de algo que ele tinha dito enquanto ele abria a bolsa que trazia e tirava mais uma porção de comida dali. A ruiva andou decididamente até o homem gordo. Dessa vez as coisas seriam diferentes. Não aconteceria em um beco, ou em um quarto de motel. Aconteceria no meio da rua, as vistas de todos. E ela tinha que garantir que apenas uma pessoa se machucaria.

Seguiu o homem, que andava para seu carro, do outro lado da rua, mas ao seu lado. Fingia admirar as vitrines das lojas e utilizava o reflexo nos vidros para manter os olhos em seu alvo. Quando Chouza parou do outro lado de seu carro, a mulher puxou a arma, escondida atrás de um jipe preto, à sombra de um prédio residencial. Ainda não era totalmente noite, mas ela só teria aquela chance. Destravou a arma e, quase imediatamente, ouviu um segundo clique de arma destravada ao seu lado.

— Abaixa. - Minato falou com autoridade e a mulher o olhou de soslaio. Só pelo porte, ela podia dizer que se tratava da polícia.

— Não devia se meter nisso.

— Abaixa a arma. - Minato falou mais uma vez.

Minato vinha seguindo aquele homem havia três dias. E durante esses três dias, vira a mulher de incríveis cabelos vermelhos o observando de algum ponto em que não podia ser encontrada. Ele sabia que estava de frente para a assassina, mas precisava esperar.

— Finalmente peguei. - ele falou sem humor. Aquela mulher vinha perturbando seus pensamentos havia muito tempo. E tudo tinha ficado pior depois que ele a viu pela primeira vez. Minato sempre fora muito centrado, correto e desinteressado, apesar de sua constante empatia pelas pessoas. No entanto, seus pensamentos e batimentos cardíacos rodavam em torno da misteriosa mulher de cabelos da cor do fogo havia três dias. E agora ela estava ali, à sua frente.

— Não pegou, policial. Acha que não o vi? - ela falou calmamente enquanto abaixava a arma. Chouza entrou no carro e se foi, levando consigo a chance da ruiva fazer o que devia ser feito. Ela de fato havia visto o homem loiro e calmo que estava coincidentemente no mesmo lugar que ela. Sempre a observando pelos vidros. Ela sabia que era uma mulher bonita. Então um homem que não a olhava de cima a baixo, mas sim focava o olhar em seu rosto, não podia estar vendo o mesmo que todos viam. Minato não podia dizer se ela estava de fato falando a verdade. Mas não se importou. Ele estava no controle ali.

Até a ruiva levantar a arma para ele.

Estavam protegidos pela sombra, mas logo alguém perceberia que havia duas armas erguidas. Uma apontada para a outra.

— Não vai me prender, policial. Pelo menos ainda não.

— Matou quatro homens.

— Matei. - ela falou. - Matei porque não existem tribunais para esses homens.

— O que eles te fizeram? Não justifica matá-los. Justifica?

— Com certeza justifica. Mas eu não pretendo me explicar pra você.

— Vai ter que se explicar para o juiz.

— Já disse que não vai me levar hoje, policial. Espere mais três corpos, e então pode vir me buscar.

— Não posso deixar que mate mais alguém.

— Mas o único jeito de me impedir é me matando. E sei que não vai fazer isso, Minato Namikaze.

O choque foi grande por ela saber seu nome. Minato manteve o rosto inalterado, e não abaixou a guarda.

— Estou em desvantagem aqui, porque não sei quem você é. Encontrei fios dos seus cabelos em todas as cenas de crime, mas você não está em lugar nenhum.

— Isso porque não sou ninguém. – a ruiva falou baixo e guardou a arma. – Mas essa ninguém aqui não vai matá-lo.

Minato estava confuso. O que via naqueles olhos era desestruturante. E o deixava em um dilema. Ela tinha abaixado a arma, então por que ele não conseguia se mover para imobilizá-la? A ruiva o olhou com mais intensidade e o atacou repentinamente. Minato conseguiu desviar do primeiro golpe, mas sua arma foi chutada para baixo de um carro. E, antes que pensasse em recuperá-la, a ruiva já corria pela rua.

 

**

— Como assim você a viu e a perdeu?! – Jiraya gritou mais uma vez e Minato não o encarou. Sua noite tinha sido a mais longa em muito tempo. E tudo porque aquela mulher não saía de sua cabeça. Ele voltou a seguir Chouza, mas o homem não aparecera para comer no mesmo restaurante. No final da noite, Minato descobriu que o homem tinha sido morto em seu apartamento, na noite anterior.

Bateu a cabeça na parede inúmeras vezes. Devia ter atirado quando tivera a chance. Aquela mulher ainda mataria mais duas pessoas e ele estava com as mãos atadas.

 

Quase um mês se passou até ele ter notícias da ruiva novamente. Outro homem tinha morrido e Minato só conseguia mais e mais fios de cabelo na cena do crime. A investigação passou para as mãos de outro detetive após a sexta morte, mas Minato ainda se achava na obrigação de encontrar novamente essa mulher. Nem que fosse depois do fim. Ele precisava olhar em seus olhos e perguntar por que uma pessoa com um olhar tão doce estava fazendo aquilo.

Chegou em seu apartamento depois de saber da oitava morte. Fugaku Uchiha tinha inventado uma viagem para fora do país, o que deu a Minato a certeza de que o homem era a nona vítima. Tirou o paletó e a gravata, abriu a blusa e se deixou cair na poltrona. Apenas o abajur ao seu lado estava aceso e Minato fechou os olhos.

Foi quando sentiu a brisa fria da noite. E ela vinha acompanhada de um perfume feminino que ele tinha sentido apenas uma vez e que não saíra de sua cabeça. Minato sacou a arma e apontou para a janela, onde a ruiva estava. Ela não se moveu. Seus cabelos eram levados pela brisa e Minato se aproximou devagar.

— Como entrou aqui? – ela não respondeu. – Como você entrou aqui?

— Você é bem previsível. – a voz estava baixa e embargada. Ele a observava e percebeu que sua respiração estava pesada. Chegou perto o bastante para encostar a arma nas costas dela. – Deixa uma chave reserva em baixo do tapete, como um bom homem de família. – E, de perto, Minato sentiu o cheiro do sangue.

— Está sangrando. – Minato guardou a arma e a girou com um puxão. A ruiva gemeu e Minato a viu com a mão sobre um ferimento. Sua mão estava tingida de vermelho.

— O nono fugiu.

— Fugaku Uchiha. – ela assentiu. – Vem.

Ele sabia que deveria ligar para a delegacia. Podia prendê-la. Podia acabar com aquilo. Mas, ao invés disso, a guiou para a poltrona em que estivera sentado. Se ajoelhou à frente dela e tirou sua mão do ferimento. Não estava tão feio ou profundo. Mas o buraco da bala estava mexido, e Minato não via a bala.

— Eu tirei. – ela respondeu à expressão de dúvida. – Eu teria me cuidado, mas eles estavam atrás de mim.

— E por isso veio para o meu apartamento?

— Consegui despistar, mas eles acharam o lugar onde eu me escondia.

— De novo, por que meu apartamento?

— Eu não sei. Talvez porque eu tenha sentido algo em você... ou talvez porque você seja a única pessoa com quem já falei que não tenha me olhado com desprezo. Eu não vou te machucar, Minato Namikaze. E já estou indo. – ela tentou se levantar, mas Minato a manteve sentada.

— Fica. Vou cuidar desse ferimento e você vai me dizer como o conseguiu. – Minato se levantou para buscar a caixa de primeiros socorros e a ruiva o segurou.

— Meu nome é Kushina. Kushina Uzumaki. Você não encontrou nada sobre mim porque o clã Uzumaki não existe mais.

— Espera. Você está sangrando. Pode deixar pra me contar isso depois. – mas Kushina não o soltou.

— Não chama a polícia.

— Sou a polícia.

— A outra polícia. A que vai me jogar numa cela sem ouvir o que eu tenho a dizer.

— Tudo bem. Eu vou cuidar de você. – ambos se surpreenderam quando ele disse aquilo, mas Minato não se manteve ali por muito tempo.

 

Kushina trincou os dentes quando o antisséptico encostou em sua pele. Minato tentou ser o mais cuidadoso possível. Já tinha cuidado de ferimentos de bala, mas as dele mesmo. Por sorte, a ferida estava mais rasa do que ele imaginara inicialmente. Foi fácil limpar e suturar. Kushina não emitiu nenhum som durante todo o processo.

— Pronto. – Minato deixou o curativo bem preso e foi até a cozinha buscar água e uma cartela de analgésicos. – Agora você pode me contar tudo. Como conseguiu essa ferida?

— Fui atrás do Uchiha antes que ele viajasse, mas ele estava esperando o ataque. Tinha seguranças com ele e eles atiraram só quando viram meus cabelos. – Kushina riu um pouco. – Ele estava desesperado.

— Nem imagino por que. Você tem um rosto bom, olhos doces, apesar de sofridos. O que eles fizeram a você?

— É uma longa história. Você não vai querer ouvir a história da pobre menina que viveu a vida pensando em vingança.

— Eu pedi por isso, não pedi? – Minato pediu e sorriu calmamente. Kushina sentiu o rosto corar um pouco e agradeceu a pouca luz.

— Que seja. A grande fortuna dos Uchiha surgiu do nosso sofrimento. Foram os Uzumaki, Minato. Meus pais, eu, por muito tempo. Depois, morte a todos.

— Precisa me explicar direito.

— Nós éramos um clã pequeno. Vivíamos basicamente como indígenas, sabe? Tínhamos algum contato com o mundo humano. Mas não muito. Meu clã tinha a característica de ser muito bom com medicamentos naturais. Um dia, salvei um menino que tinha se ferido. Ele estava fazendo uma trilha com amigos e caiu de algum lugar. Eu o encontrei e levei para a vila. Meus pais cuidaram dele. Resultado: ele era filho de um homem relativamente rico do ramo farmacêutico e o papai dele ficou sabendo das nossas habilidades. Fomos brutalmente escravizados e obrigados a ensinarmos tudo que conhecíamos de farmácia. Eles eram nove. E faziam parte de uma sociedade. Apenas os nove conheceriam o segredo que fez deles não milionários, mas multibilionários. E esse segredo foi passado para os filhos. Nove. O último é o primeiro. Porque, apesar de ter sido o pai de Fugaku a nos matar, foi por causa do filho que isso aconteceu. Eu sobrevivi. Passei anos me preparando para o dia que mataria cada um deles. Sou uma raposa com nove caudas. Cada cauda, uma morte. No final da nona, não me importo com o que vai me acontecer.

Minato permaneceu calado. Kushina sentia o nó na garganta e também se calou. Jamais tinha contado aquela história para alguém.

— Não espero que isso comova você de alguma forma. – ela completou.

— Se é uma assassina tão boa, como acabou atingida?

— Eu não fui para matar ninguém além daquele homem. Eu nunca mataria um inocente, mesmo que esse inocente esteja trabalhando para meu alvo. Então resolvi fugir, mas acabei baleada.

— Por que não os denunciou?

— Está brincando? Olha para mim! Não tenho nem um documento de identificação. Não tenho dinheiro para o advogado. E, mesmo se tivesse, esses caras poderiam pagar muito mais do que eu. Eu te disse, Minato, não existem tribunais para homens como eles. Por isso ele vai morrer.

— Isso faz de você igual a eles.

— Não estou aqui para ser diferente. Só para acabar com eles. Depois disso eu posso morrer. Não farei falta para ninguém.

— Isso não é verdade. Não pode simplesmente desistir dessa forma. – Minato segurou as mãos da mulher repentinamente e Kushina se surpreendeu. Mas os olhos azuis e calmos estavam mais decididos do que nunca. - Eu entendo que haja muita injustiça nesse mundo, mas isso não significa que você precise odiá-lo. Ou mesmo abrir mão de um futuro por causa de uma vingança.

— Ah é? Então me diz que tipo de futuro acha que eu tenho.

— Eu não sei. Talvez você já tenha passado pelo caminho de alguém e feito essa pessoa perder a cabeça. Talvez você tenha feito alguém pensar apenas em você, sem explicação aparente, afinal, essa pessoa nem a conheceria. Talvez você tenha procurado por essa pessoa e mostrado seu lado dolorido, aquele que precisa desesperadamente de um curativo, e talvez essa pessoa tenha o curativo.

— Você... – Kushina se levantou bruscamente e encarou Minato com o rosto queimando. – Por que está fazendo isso? Você chamou a polícia, não é? E está zombando de mim. – Kushina levantou a arma para Minato, mas foi por apenas um instante. Rosnou, com raiva, e deixou a arma cair de sua mão.

— Você está segura aqui. Eu não devia estar fazendo isso. Devia entregar você. Mas tem alguma coisa em você... eu não quero entregá-la. Quero cuidar de você.

— Não preciso que cuide de mim.

— Não precisa. Mas eu quero. – Minato se aproximou devagar e Kushina não se moveu. Ele estendeu a mão para ela e pegou um maço de fios vermelhos, lisos e longos. O toque era sedoso em seus dedos, e Minato só tinha olhos para aqueles fios. Sorriu. – Penso nos seus cabelos desde o dia em que encontrei os primeiros fios, na primeira cena de crime. Fiquei imaginando que tipo de pessoa possuiria cabelos tão vivos.

— Você não vai me enganar. – Kushina puxou seu cabelo das mãos de Minato e correu para a porta. Sequer agradeceu. Minato não a seguiu ou se moveu. Apenas sorriu e levou a mão que tocara naqueles cabelos ao rosto. Ainda podia sentir o cheiro.

 

**

 

Kushina sabia que estava sendo seguida. Havia quatro dias que percebia aquelas pessoas atrás dela. Era óbvio que Fugaku não deixaria barato. De todos os homens que matara, ele era o único que conhecia seu rosto. Ela precisava fazer o homem voltar. E tinha descoberto a forma mais fácil, apesar de não gostar nem um pouco do que teria que fazer.

 

Mikoto Uchiha estava dormindo quando Kushina entrou no quarto. Tinha conseguido despistar seus perseguidores. A mansão era protegida, mas Kushina havia estudado os sistemas de segurança, apesar de não ter medo de ser pega. Entrou com cuidado. Não queria alertar a esposa do grande magnata.

No quarto, se surpreendeu ao ver o menino deitado ao lado da mãe. O pequeno estava com a cabeça na barriga de Mikoto, provavelmente ninando o irmãozinho que estava por vir. Pensar naquilo dava uma angústia enorme em Kushina. Jamais teria a própria família. O que não era justo. Engoliu a tristeza e a raiva e encostou a arma na cabeça de Mikoto. A mulher acordou e seus olhos se abriram de surpresa ao reconhecer o que estava apontado para seu rosto. Um sinal de Kushina e Mikoto sabia que não podia gritar. Itachi ainda dormia em seu colo e ela queria que continuasse assim.

Kushina entregou o telefone a Mikoto. Já tinha digitado o número de Fugaku.

— Só ligar. Mande ele voltar. – Kushina falou baixo para não acordar Itachi. A penumbra do quarto protegia seu rosto e seus cabelos, mas Mikoto sabia quem era a mulher que matara os sócios de seu marido e estava atrás dele.

— Você quer matar meu marido. O que ele te fez? – Mikoto perguntou, igualmente baixo. Tinha medo do que a assassina faria a seu filho se ele acordasse.

— Seu marido matou uma família inteira para conseguir a fortuna que tem. Não espero que acredite em mim. Só obedeça, se não quiser ser mãe de apenas um. Diga a Fugaku que estou com você e que se ele não voltar imediatamente, algo de muito ruim vai acontecer com sua amada família.

— Você não vai nos machucar. – Mikoto podia ver isso nos olhos pouco iluminados de Kushina.

— Eu não quero, mas eu vou. Chega de hesitar. Se é para me destruir, farei isso por completo. – e ela não estava brincando.

 

**

 

Minato caiu com força no chão. Sentiu duas costelas trincando, mas conseguiu se levantar a tempo de escapar do pedaço de pau que brandiam contra ele. Acertou o agressor no rosto, com a palma da mão aberta. Sentiu o nariz se quebrando e ouviu o grito de agonia do homem. Quando o meliante caiu, Minato o acertou com força na barriga.

Era o quinto ataque que sofria naquela semana. E estava se cansando daquilo. Não se lembrava de ter prendido ninguém especialmente problemático havia algum tempo, então só conseguia associar esses ataques à incrível mulher de cabelos vermelhos. Kushina. Voltou para a delegacia e ela estava lá. Usava uma touca que escondia seus cabelos e óculos escuros. O sobretudo vermelho, completado pela echarpe preta e as botas de cano longo lhe davam um ar infantil. Mas Minato tinha que admitir que ela estava linda.

— O que está fazendo aqui? Resolveu se entregar? – perguntou enquanto a guiava para sua sala, sendo seguidos pelos olhares curiosos dos demais membros daquela delegacia. Nenhum deles, jamais, vira Minato com uma mulher.

— Não. Aquele Fugaku é pior do que eu imaginava.

— O que fez?

— Fui até a esposa dele. – contou e Minato esbugalhou os olhos. Kushina lhe contou a história e ele sentiu os punhos se fecharem. Era raro sentir tanta raiva de alguém. – Ela ligou para ele. Disse que estava naquele momento sob a mira da minha pistola. E que o filho, Itachi, estava ali também. Ela disse a ele que estava grávida. Eu podia ter ceifado toda a família dele. Sabe qual foi a resposta dele a ela? – Minato negou. – Disse que estava tudo bem. Que ele a vingaria. – Kushina riu. – A vingaria, acredita? Ele sequer cogitou voltar para salvar sua família. Que tipo de homem é ele?

— O que você fez a eles?

— Nada. Droga, eu acabei segurando a mão dela! Eu sinto tanto ódio desse homem! Ela estava com medo pelos filhos. Garanti a ela que nada aconteceria a eles. E fui embora.

— Você não é um monstro.

— Ele é. Eu queria ter ido adiante. Se eu os matasse, teria provado a ele que estava falando sério. Mas não consegui. E acho que ele sabia disso. De alguma forma, ele sabe que não vou machucar pessoas inocentes.

— O que vai fazer agora? – Minato estava preocupado.

— Acho que vou me esconder por um tempo. Deixar a poeira baixar e pensar. Enquanto isso, posso me livrar das pessoas que estão atrás de mim.

— Há pessoas atrás de você? Há quanto tempo?

— Desde que ataquei Fugaku. Mas eu os despistei.

— Ah. Bom, muita coisa foi explicada agora.

— O quê?

— Tem uns dias que estou sofrendo uns ataques. Não é nada muito profissional. Parecem mais avisos. Acho que alguém viu você indo até minha casa naquela noite. – Kushina prendeu o ar. Depois mordeu a boca. – Tudo bem. Posso me cuidar.

— Não. Isso tem que acabar. Se Fugaku acha que estamos envolvidos de alguma forma, ele vai tentar me atingir ao atingir você.

— Ele conseguiria te atingir se me atingisse? – Minato sugeriu e Kushina voltou a corar. Se levantou.

— Eu só vim para avisar que Fugaku é um porco. E que não vou parar até encontrar ele. Passar bem. – deixou a sala de Minato pisando duro. Jiraya entrou segundos depois e Minato ainda sorria.

— Hmmm... Sorriso idiota no rosto? Tem alguém apaixonado? – o mais velho sugeriu e Minato suspirou.

— Ela é incrível. É logico que eu me apaixonaria.

— Cuidado. Paixões podem te fazer enlouquecer.

— Digamos que eu já esteja enlouquecendo. – Minato deu de ombros e riu.

 

**

 

Minato fez uma loucura. Tudo em que acreditava vinha caindo por terra naquele momento. E estava prestes a se tornar cúmplice de nove assassinatos por causa daquela mulher. Tal foi sua surpresa quando Mikoto aceitou sem pestanejar. Estavam num café afastado da cidade. A mulher atendera ao telefonema do policial e aceitara se encontrar com ele. O assunto foi Kushina.

— Ela estava sofrendo. – Mikoto falou. Minato assentiu. Contou a ela o que Kushina lhe contara. Mikoto assentiu. – Eu não duvido. Fugaku nunca foi exatamente honesto. E bem sei o quanto ele machucou.

— Kushina me contou do que ele disse ao telefone.

— Eu realmente não me importo que ele não ligue para o que venha a me acontecer, mas nossos filhos... Meu Deus... E em pensar que eu já fui apaixonada por esse homem. Ele tratou a vida dos meus filhos como se fossem nada!

— Por isso quer ajudar?

— Eu não queria ter isso nas minhas mãos. Mas não vejo saída. Eu tenho que proteger meus filhos. Kushina foi só a primeira. Mas já houve outros casos em que toda a minha família foi ameaçada por causa de Fugaku. E agora que sei que ele não vai proteger meus filhos... eu tenho que fazer isso.

— Então vai ajudar.

— O que precisa?

— Preciso que ele volte.

— Posso fazer isso. – Mikoto se levantou. – Consiga para mim uma foto sua com a Kushina. Preciso convencer ele de que ela foi presa.

— Posso contar realmente com você? Se estiver mentindo...

— Você quer protegê-la. Eu quero proteger meus filhos. Não vou mentir, senhor Minato. Só não demore muito, ou posso me arrepender.

 

A foto estava com Fugaku dali a dois dias. Kushina tinha aceitado principalmente por confiar em Minato, mas não estava segura do plano. Quando Fugaku viesse, e ele viria, não queria Minato envolvido naquilo.

— Você pode passar a noite aqui. – Minato falou enquanto dava a Kushina passagem para o quarto de hóspedes. – Amanhã Fugaku deve estar de volta e preciso de você por perto. Ele sabe que temos algo, ou acredita. Ele vai procurar na delegacia e não vai te encontrar. O mais óbvio é que procure aqui.

— Isso coloca você na linha de fogo.

— Sim, mas sou um homem precavido. – Minato sorriu para tranquilizá-la. – Vai encontrar um colete a prova de balas em cima da sua cama. E vou passar a noite acordado, para o caso de Fugaku aparecer antes do previsto. Então vá dormir.

— Não vou deixar você acordado enquanto eu durmo. Posso ficar acordada também.

— Tudo bem. Podemos ver um filme. Comer pipoca. – Kushina franziu o cenho para ele. Minato riu. – Você sabe o que é pipoca, não sabe?

— Acha que essa tentativa vai ser suficiente?

— Suficiente para quê? – Minato perguntou com inocência e Kushina voltou a corar. Não respondeu. – Vou fazer a pipoca.

 

Minutos depois e estavam sentados no sofá. O filme não era importante. A proximidade entre seus corpos, era. Kushina estava com os braços cruzados, olhando diretamente para a televisão. Minato estava olhando para ela. Os cabelos dela estavam caídos pelos ombros, próximos o bastante de Minato, e ele não hesitou em pegar nos fios. Kushina se manteve parada, mas sua respiração acelerou. O que aquele homem estava fazendo com ela? Por que ela ansiava por aquele toque? Olhou de esguelha para Minato e ele estava concentrado em acariciar os fios e levá-los ao nariz.

— O que fez comigo? – Minato perguntou baixo e seriamente. – Por que estou tão louco por você?

— Você não devia dizer essas coisas.

— Mas é como me sinto. Vou me transformar em seu cúmplice, sabia? Você vai matar mais uma pessoa e eu não vou mover um músculo para impedi-la.

— Você pode me impedir. É o seu trabalho.

— Mas eu não quero. Eu quero que você se vingue do homem que matou sua família. Quero que acabe com essa dor.

— Acha que isso vai acabar com a dor? Só vai fazer ela mudar.

— Eu posso ajudar. Não posso lidar com a dor da morte da sua família. Mas posso lidar com essa dor de agora. Posso acabar com os medos e a raiva. – Minato se aproximou mais e fez Kushina olhar em seus olhos.

— Como? – ela perguntou com o rosto a centímetros do dele. Minato manteve a mão em sua bochecha e aproximou sua boca.

— Amando você. – e a beijou.

As mãos de Minato logo estavam nos cabelos de Kushina, tocando o couro cabeludo e enrolando os fios em seus dedos. Ele podia sentir o cheiro limpo e ligeiramente adocicado. O cheiro que o mantivera acordado tantas noites, imaginando onde ela poderia estar. E agora que ela estava ali, ele não a deixaria mais fugir.

 

A cama estava fria quando Minato a deitou devagar. Kushina não pretendia mais lutar contra aquilo que crescia dentro dela. Não pretendia deixar aquilo acontecer. Mas Minato era diferente. Era um homem que a olhava com um afeto que jamais vira no rosto de qualquer outra pessoa. Quando se viu querendo que ele continuasse a olhá-la daquele jeito, soube que o amava. O que a levou a outra dúvida cruel. Ela era uma assassina. Ele deveria querê-la presa, não era? Então por que ele não a prendia? Por que a ajudava, a apoiava? Por que estava fazendo tudo aquilo?

— Porque eu amo você, Kushina Uzumaki. – ele lhe sussurrou enquanto suas mão percorriam o corpo da mulher e faziam fagulhas se espalharem pela pele. Kushina abriu os olhos para olhar para o rosto sorridente que pairava acima dela. Minato abria sua blusa devagar enquanto vasculhava o rosto de Kushina em busca de qualquer indício de que ela não queria aquilo. Se surpreendeu quando Kushina se ergueu e o girou na cama.

A blusa estava aberta e Minato segurou os seios pequenos por cima da langerie. Kushina abriu os botões da blusa social e se abaixou para beijar o peito rígido e bronzeado de Minato. Estava posicionada sobre o colo do homem e podia sentir seu desejo pressionado contra suas pernas abertas. Gemeu baixo e deixou que Minato puxasse seu rosto para o dele. Logo ambos estavam livres das roupas.

 

 

Ainda estavam deitados quando a porta foi aberta bruscamente. Nenhum dos dois estava dormindo. Olharam de um para outro e Minato sorriu. Beijou a cabeça de Kushina ternamente e se levantou. Estavam vestidos e com os coletes.

— Quando acabarmos aqui, vamos cuidar de você. Vamos conseguir documentos. Chega de ser uma ninguém. Agora você é minha. E logo será a senhora Namikaze.

— Não está indo um pouco longe demais, considerando que acabamos de nos conhecer?

— Não. Eu sei o que eu quero. E duvido que queira algo diferente. – falou enquanto sacava a arma e se posicionava ao lado da porta. Kushina fez o mesmo e parou do mesmo lado.

— Não quero. Eu quero você.

— Então acho que só temos um caminho a seguir. – Minato abriu o maior sorriso que Kushina já vira em sua vida. Foi como se um sol só dela nascesse. Sorriu de volta e se preparou.

 

Tudo aconteceu muito rápido. Os primeiros homens entraram e Minato os derrubou com tiros nas pernas. Chutava as armas para longe a medida que os homens caíam. Ouviu o grito de Fugaku no momento em que os primeiros homens foram ao chão. As ordens eram: encontrem a vadia e matem o policial.

Minato riu e apareceu na sala. Tiros vararam o ar em sua direção, mas ele se jogou atrás do sofá e só foi atingido uma vez. O colete fizera seu trabalho. Kushina continuou parada atrás da porta. Só mataria uma pessoa naquela noite.

Fugaku estava irado, mas não sairia dali até acabar com a vadia Uzumaki. Condenava seu pai por deixar um sobrar. Se fosse por ele, aquela garota não seria mais um problema. E ainda havia o policial curioso. Odiava pessoas que não tinham preço. Odiava qualquer um que não podia dominar. Avançou pela casa, imaginando que a Uzumaki estaria esperando que o policial a protegesse. Não estava. Quando Fugaku atravessou para o quarto, Kushina o estava esperando. O primeiro tiro foi apenas para tirar a arma de sua mão, mas tinha levado com ele dois ou três dedos de Fugaku.

O grito que saiu de sua garganta foi ensurdecedor. Ele segurou a mão com dedos decapitados e mirou Kushina com os olhos vermelhos de cólera. Kushina não sentia mais ódio daquele homem. Apenas um asco tão grande que não queria estar no mesmo ambiente que ele.

— Matou minha família. Tirou tudo de nós. – acusou.

— Sim. E não sabe o prazer que senti em ver todos aqueles selvagens nojentos trabalhando para meu pai. Sabe, não precisávamos matá-los. O máximo que podiam fazer era denunciarem meu pai. E nenhum tribunal nesse mundo acreditaria em uma palavra sequer de um bando de trogloditas. Você podia ter tido uma vidinha normal. Ficasse por aí, mas viva. Mas quis vingança. Quis fazer justiça com as próprias mãos. E vai morrer por causa disso. – Fugaku sacou uma segunda arma a uma velocidade espantadora e mirou a cabeça de Kushina.

Três tiros foram ouvidos. A arma de Kushina também estava levantada, mas a fumaça saía da pistola de Minato. Fugaku se virou e cuspiu sangue antes de sorrir.

— Parece que o senhor não é tão incorruptível assim, não é, policial? Só não imaginei que sua corrupção aconteceria por um par de pernas. – Fugaku caiu de joelhos.

— Esqueceu do cabelo incrível, senhor Uchiha. – Minato comentou antes de Fugaku cair de vez. Morto.

 

**

 

Jiraya entrou e foi direto até Minato. O homem estava sendo atendido pela equipe de primeiros socorros, mas não tirava os olhos de Kushina. Jiraya viu a mulher ruiva e ligou os pontos imediatamente.

— Ela é...

— Ela é minha namorada. – Minato falou. – A contratei para se passar pela assassina. Sabíamos que ela estava atrás de Fugaku e queríamos que ele aparecesse e confessasse os crimes.

— O quê? – Jiraya perguntou, confuso, e Minato lhe jogou um gravador.

— Aí está a confissão. Desculpa não ter te contado, mas achei que ele podia ter contatos na polícia e não queria mais ninguém envolvido.

— E a assassina?

— Não faço ideia. – Minato mentiu com tanta tranquilidade, que Jiraya sequer se esforçou para não acreditar.

— Então é isso?

— Acho que sim. Com os nove mortos, ela deve parar. Se não parar, podemos continuar.

— É, mas acho que se você acha que ela vai parar, deve ser a verdade. – Jiraya falou e Minato sorriu. O mais velho andou até Kushina e estendeu a mão para ela. – Prazer em conhecê-la, senhorita?

— Namikaze. Kushina Namikaze. – ela apertou e foi a vez de Minato corar. Mas logo ele gargalhou.


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Notas finais do capítulo

E aí, Thamirys? Gostou? Espero que sim?
E o pessoal, gostaram? hahahahaha
Sei que foi meio corrido, mas isso tinha que ser postado hj!
Bjs!



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