Tique-taque, tique-taque, tique-taque.

O tempo está correndo... Ele sempre esteve, mas eu não o sinto mais passar por mim. Todo dia é o mesmo dia. Eu fecho meus olhos e quando abro, anos parecem ter passado sem eu perceber, sem eu permitir, mas é sempre a mesma história se repetindo milhares e milhares de vezes.

Uma nova ruga, um novo fio de cabelo grisalho, um novo sinal na pele. Eu estou envelhecendo, eu estou correndo mais rápido que o vento, mas o tempo... Ah, o tempo; ele parece ter parado há muitos anos.

Então eu corro, corro e corro através do minutos no meu relógio de pulso. Eu tento escapar, eu tento correr para longe da velhice, eu juro que tento. Eu tento chegar na hora, eu juro que tento, mas eu sempre chego tarde demais para interferir em algo.

Estou atrasada, muita atrasada.

Minha mente não consegue mais diferenciar o presente do passado. Minhas memórias estão confusas. Não sei mais o que realmente aconteceu e o que minha mente invetou. Eu estou perdida nos ponteiros.

Tique-taque, tique-taque.

Meu tempo está acabando.

Eu ouço os sinos badalarem e merda! Mais uma oportunidade perdida. Mais um dia desperdiçado.
Tentar alcançar os minutos é como tentar pegar fumaça com as mãos.

Estou desperdiçando minha vida, desperdiçando minha juventude, desperdiçamento o tão precioso tempo.

Eu sento e vejo as horas passarem como um relâmpago, mas eu estou inerte demais, acomodada demais, enganada demais com os falsos prazeres momentâneos da vida para fazer qualquer coisa a respeito.

Tique-taque.

O tempo acabou. Você fez o que desejava fazer com sua vida? Você é agora quem desejara ser?

Espero que sim, pois esse é o fim. Então é melhor que você corra o mais rápido que puder para tentar recuperar o tempo perdido. Mas eis um conselho de amiga: ele jamais voltará, então concentre-se em, a partir de agora, aproveitá-lo do modo certo.