Let me know escrita por Miss Fuck You


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Realmente faz muito tempo que não escrevo algo, mas essa ideia surgiu na minha mente e eu tive de escrever.
Espero que apreciem.



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Por quê?

Era o que ficava rodando em minha mente. Por que eu vim para um país onde não conhecia ninguém, mal conseguia falar a língua e me perdia constantemente nas ruas? Por que eu vim para passar dificuldades? Por quê?

Em que ponto as coisas começaram a dar errado? Parecia que eu estava indo pelo caminho do sucesso, e então…

Então eu estou vivendo numa casa de um cômodo só, comendo ramyon e me preocupando se deveria vender ou não alguma coisa para poder pagar o aluguel.

—É claro que estou bem mãe! – afirmei para o celular, estava começando a sentir meus olhos arderem, mas não podia deixar isso transparecer para ela, só a faria ficar preocupada com coisas que ela não poderia resolver.

—Está comendo bem? — mais uma vez o seu tom preocupado. – Fiquei com medo que você não adaptasse com a comida daí. Ouvi dizer que é bem apimentada e você não gosta de coisas apimentadas. Tem certeza que está bem? Como vai indo o trabalho?

—Fica calma mãe! Estou comendo bem, de verdade. A comida não é tão apimentada assim e é bem gostosa. Mãe, eu preciso desligar agora, tudo bem? Estou um pouco ocupada.

—Claro! Claro! Desculpa atrapalhar o seu trabalho, eu sempre me confundo com o fuso horário. Se cuida minha filha.

—Eu vou. Te amo mãe.

Também te amo.

Desliguei o celular e não pude deixar de soltar um grande suspiro, voltei para a minha comida. Não consegui dar mais que uma mordida e caí no choro. Era algo tão patético, vim me segurando por meses, sendo forte e então falo com a minha mãe nem por cinco minutos e estava chorando como uma garotinha. Não me dignei a olhar para os lados, não queria saber se havia mais alguém na loja de conveniência presenciando o meu colapso mental.

Depois de chorar por alguns minutos, finalmente me acalmei o suficiente para conseguir comer, o macarrão estava empapado e frio, mas era melhor do que ter um estômago doendo de fome. Só consegui uma mordida antes de meu celular tocar novamente. Meu coração disparou quando vi o visor.

—Alô? – Atendi falando em inglês que era muito melhor do que meu precário coreano, acho que a pessoa do outro lado não era muito confiante no inglês e gaguejou bastante, então resolvi falar com o meu precário coreano mesmo.

Quando desliguei o telefone meus dedos tremiam, joguei no lixo o macarrão empapado, peguei minha bolsa e saí da loja de conveniências praticamente correndo. Não podia acreditar nisso, era tudo o que eu precisava, de uma oportunidade.

No táxi tentei esconder ao máximo a minha cara de choro, verifiquei minhas roupas, não eram as melhores, mas também não estavam horríveis para se trabalhar, eram roupas confortáveis que coloquei para procurar um emprego.

Em frente as portas de vidro da empresa, ajeitei meus cabelos, respirei fundo e entrei. A recepcionista me encaminhou até o estúdio. Ela me apresentou a outra pessoa, confesso que não entendi muita coisa do que disseram, eles falavam tão rápido que não conseguia acompanhar a conversa, mas de qualquer modo, eu entendi o principal, que era o meu trabalho.

Enquanto ajeitava minha câmera no pedestal para as fotos e verificava as luzes e refletores, uma assistente tagarelava ao meu lado, ao que parece o fotografo que deveria estar fazendo as fotos das crianças se irritou, pegou suas coisas e abandonou o estúdio, o pessoal estava entrando em pânico, pois precisam dessas fotos o mais rápido possível, foi quando alguém me indicou. Ainda não sabia quem era essa pessoa, eu precisava agradece-la e muito.

As “crianças”, eram meninas de um girlgroup, idols magérrimas e simplesmente lindas que fizeram a minha autoestima ir para o buraco. Mais uma vez o meu coreano precário dificultou as coisas e o fato de ninguém ali saber falar inglês muito bem, também não ajudou em nada. Simplesmente desisti da linguagem e parti para a demonstração prática, acho que nos entendemos melhor dessa forma. Eu apenas apontava para a menina que eu queria que mudasse de pose, falava "assim" e eu mesma fazia a pose e ela imitava. Acredito que no geral nos entendemos bem e acho que consegui tirar todas as fotos sem cometer uma grande gafe ou ofender alguém.

Ainda bem. Não sei se conseguiria lidar com mais um grande mal entendido, o último me custou muito caro. Estava conferindo as fotos com as meninas que estavam animadas e satisfeitas, eu lhes mostrava as fotos que achava que tinham ficado melhores e elas discutiam sobre as mesmas.

—Alysson, você já terminou todo o trabalho?

—Bang Oppa! Sim, eu acho que já terminei.

—Desculpe, queria estar aqui desde o começo para te ajudar, mas precisei ir buscar as crianças para as fotos.

—Você que me indicou Oppa?

—Sim. – ele respondeu timidamente.

—Obrigada! Muito obrigada Oppa! – disse enquanto me curvava, a minha alegria era tamanha que queria o abraçar, mas eu sabia que isso o deixaria muito envergonhado e que não traria uma boa imagem para mim. Ele parecia satisfeito com o meu cumprimento. – Prometo que vou comprar carne para você em forma de agradecimento. – o percebi ficar tímido mais uma vez, mas ele assentiu.

—Quero que as crianças te conheçam, eles serão os próximos a serem fotografados.

Deixei que Bang Oppa me guiasse até onde as crianças estavam. Eram todos maiores do que eu, achava difícil e engraçado, sempre quando eles falavam crianças, eu realmente pensava em crianças e não em pessoas maiores do que eu e muitas vezes da minha idade ou em alguns casos até mesmo mais velhos.

Os garotos me cumprimentaram timidamente, sete no total, eu sabia o nome do seu grupo, mas nunca tinha escutado suas músicas antes, conversando com Bang Oppa fiquei sabendo que a música que tocava era deles, ele me explicou de forma lenta qual era o conceito para as fotos, ele sabia da minha dificuldade com o coreano.

Mais uma vez desisti da linguagem e fui eu mesma mostrando as poses que queria, o que eles acharam muito divertido e riram muito as minhas custas, mas não liguei muito para isso, apenas me concentrei na minha câmera e em como eu podia capturar o momento perfeito, primeiro foram as fotos individuais, fui ajustando as luzes até conseguir achar o ponto perfeito, então instruindo nas poses quando achei necessário, mas diferente das meninas anteriores, essa não era a primeira vez que faziam uma sessão de foto, o que facilitou e muito meu trabalho.

Quando finalmente terminamos já estava de madrugada, guardei as minhas coisas e tentei ajudar com o resto, mas o pessoal falou que não precisava, que eu já havia trabalhado o suficiente, quando passei pela recepção fui parada pela recepcionista que me entregou um envelope branco e modestamente gordinho, lhe agradeci com um grande sorriso e guardei o envelope.

Estava na calçada tentando chamar um táxi quando uma grande van preta parou na minha frente, o vidro do carona desceu e Bang oppa se inclinou para falar comigo.

—Entra, está tarde, te deixo em casa depois de deixar as crianças.

—Não quero atrapalhar o seu caminho oppa.

—Não vai me atrapalhar. Entra, as crianças estão dormindo, nem vão perceber que você está aqui.

Concordei com ele e entrei tentando ser o mais silenciosa possível. Bang oppa me fez muitas perguntas sobre como estavam sendo as coisas para mim desde que nos encontramos na última vez. Fui o mais sincera possível. Lhe fiz as mesmas perguntas e ele desatou a falar sobre o seu dia a dia, seu trabalho e me disse que em cada oportunidade que tinha me indicava para trabalhos. Aquilo me tocou profundamente.

—Oppa… - falei depois de um tempo em silêncio.

—Hum?

—Está muito cansado? – ele negou com a cabeça. – Vamos comer carne e beber soju?

—Carne? – escutei alguém falando nos bancos atrás de mim. – Também quero carne. – me virei para ver quem havia falado, o garoto ficou assustado quando me viu, ele tinha seus olhos inchados pelo sono, mas logo tratou de me cumprimentar fiz o mesmo de forma desajeitada.

—Você quer ir junto? – Bang oppa estava rindo da minha falta de jeito. – Estamos quase chegando no dormitório, porque não acorda os outros e pergunta se querem ir também.

Por fora permaneci com um leve sorriso no rosto, por dentro estava entrando em pânico, como iria pagar carne para oito, nove pessoas contanto comigo? Adeus meus querido dinheirinho!

Para o meu total desespero todos decidiram irem juntos comer carne. Os meninos falaram de um restaurante perto que eles conheciam, oppa foi estacionar o carro na garagem do edifício onde os meninos moravam e me deixou sozinha com eles.

Pânico! Eu estava entrando em pânico! E se eles iniciassem uma conversa? E se eu fizesse alguma coisa errada. Eles eram famosos, poderiam acabar com a minha carreira em um piscar de olhos! Todos eles estava juntos, com máscaras e se mexendo de forma desconfortável, quando um deles, o líder, me lembrei das apresentações de mais cedo, se virou para falar comigo, duas garotas vinham descendo a rua e olhavam para o nosso grupo com muita curiosidade, até que elas pararam do outra lado da rua e começaram a sussurrar entre si e apontar.

Só que elas estavam apontando para mim. Me mexi de forma desconfortável e antes que eu pudesse me esconder uma delas se aproximou com passos rápidos diretamente para mim.

—Você é a Alysson, não é?

—Sim… - respondi de forma hesitante.

Oh meu Deus! Eu nem acredito que estou te conhecendo!— ela começou a falar em português! – Eu assisto seus vídeos praticamente todos os dias! Eu entendo totalmente você, é tão estranho ir de repente para outro país, eu já conhecia um pouco daqui porque meus pais são daqui, mas ainda assim foi estranho, eu imagino o quanto foi estranho para você que não conhecia nada! Ai meu Deus! Eu estou falando demais! Me desculpa é que eu estou nervosa por finalmente te conhecer!— eu apenas ri de seu nervosismo e segurei seus ombros a confortando, ela me abraçou me pegando de surpresa e eu apenas ri de novo.

Respira fundo menina! Me diga qual é o seu nome?— perguntei quando ela me soltou, ela corou.

Gisele. – respondeu tímida.

É um prazer te conhecer Gisele. Fico muito feliz que você assista os meus vídeos e estou feliz que alguém entenda o meu sofrimento.

Será que… será que eu posso tirar uma foto?

Mas é claro que sim.— ela foi bastante rápida em tirar o celular do bolso, passei um dos meus braços pelo seu ombro e sorri para o celular, o flash me cegou por uns instantes. Gisele parecia mil vezes mais tímida depois de tirar a foto.

Obrigada. – ela diz já se afastando.

De nada. Cuidado na caminho de volta para a casa.— digo acenando e a vendo ir embora. Ela virou várias vezes e acenou várias vezes e todas as vezes ela ria com a amiga dela.

—Um fã seu?

—Oppa! – me surpreendi com ele. – É uma brasileira também. – lhe respondi, não conseguia esconder o meu sorriso.

—Você parece bastante feliz.

—É muito bom falar meu idioma nativo! – lhe respondo com um grande sorriso ainda olhando o caminho que a menina fizera. – Mas vamos andando, está ficando frio aqui. – ele acenou de forma positiva e pediu para os meninos liderarem o caminho, eles iam na frente conversando entre si, pareciam estar rindo de alguma coisa e ficavam olhando para trás para gente. – Sinto que eles estão rindo da minha cara.

—Eles estão rindo da minha. – olhei para ele que tinha suas bochechas vermelhas.

—Oppa?

—Não é nada para se preocupar, eles estão apenas estranhando que ande com alguma mulher. – ele confessa de forma tímida, não posso evitar gargalhar de sua timidez, ele me olha de forma indignado, mas acabando sorrindo no final.

Dentro do restaurante a conversa estava bem mais animada, a carne chiava nas chapas e os meninos tinham sorrisos nos rostos e olhos enormes em cima da carne, eles falavam tão rápido que simplesmente desisti de acompanhar a conversa, eu apenas ria quando via todos rindo, suas risadas e caras eram hilárias, mesmo que eu não entendesse absolutamente nada do que falavam. Até perceber que todos estavam quietos e olhando para mim. Procurei o Bang oppa em socorro, mas ele tinha ido ao banheiro, eles continuavam me encarando e eu não sabia o que fazer.

—Noona? – Namjoon perguntou. Apontei para mim mesma surpresa.

—Noona? – repeti, ainda em choque. Eles me consideravam uma Noona? Comecei a rir descrente e repeti a palavra noona. – Eu? Noona? – ele assentiu confuso e eu podia o ver começar a corar. – Desculpa. – pedi com medo de ter cometido algum tipo de gafe, quando o Bang oppa voltou. – Oppa! – chamei quase em pânico já. – Eu sou uma noona? – ele começou a rir. – Oppa! – me irritei com a sua risada, aquilo era sério, eu realmente estava preocupada em ter cometido algum tipo de erro.

—Desculpa. – ele disse ainda rindo. – Eles pensam que você é uma noona porque nos tratamos como amigos. Alysson tem vinte e um anos. – ele disse para os rapazes. Vi Namjoon ficar ainda mais vermelho.

—Desculpa! – ele falou se curvando.

—Está tudo bem! Eu só fiquei chocada em ser chamada de noona. – os outros meninos começaram a rir muito do pobre garoto.

—Você é famosa noona? – o mais novo perguntou.

—Hum… não me considero famosa.

—Mas você tem fans! – Jimin, meio acusou, meio perguntou.

—A maioria das pessoas que me conhecem são do meu país. – justifiquei. – Não acho que tenho fãs. – disse com uma careta. – Elas apenas… me conhecem. – deixo escapar um risinho e eles riem comigo.

—O que você faz? – Namjoon perguntou.

—Sou fotografa. – disse num tom óbvio.

—Ela grava vídeos sobre a vida dela na Coréia. – Bang oppa responde a pergunta do Namjoon, não queria falar sobre aquilo. Estranhamente me sentia tímida falando sobre meu vlog para pessoas que conheço pessoalmente. - Antes de começar a filmar aqui, onde você estava mesmo?

—Na Inglaterra.

—Verdade! Tinha me esquecido, Namjoon fala inglês também, muito bem por sinal.

Really?— soltei surpresa.

Namjoon deu um grande sorriso em que suas covinhas apareceram, e então começamos a conversar em inglês, eu estava tão empolgada que desatei a conversar com ele. Geralmente sou muito tímida e não falo muito, e por não dominar muito bem o coreano, falava menos ainda, mas estava com tanta saudade de ter uma conversa que eu conseguia entender todas as frases, em que não precisava ficar pedindo para as pessoas repetirem ou falarem mais devagar que passei um longo tempo só conversando com o Namjoon enquanto tomava soju. Depois de um tempo percebi que havia deixado de lado os outros e comentei com Namjoon que achava ser uma boa hora para voltar a falar em coreano, ele riu e concordou.

—Desculpe. Acho que me empolguei um pouco demais.

—Acho que nunca te vi falar tanto. – Bang oppa riu da minha cara.

—Oppa! – minha voz saiu manhosa e senti um bico se formando nos meus lábios, tratei logo de me ajeitar, senti minhas bochechas esquentarem e percebi que as de Bang também estavam vermelhas. – Acho que já bebi o suficiente. – e sabiamente empurrei o copo para frente.

—Ela é tão fofa! – foi o comentário vindo de V, fiquei com mais vergonha ainda e escondi meu rosto em minhas mãos.

—Eu não faço essas coisas normalmente. – disse por entre meus dedos. - Desculpe.

Eles riram da minha vergonha e depois de algum tempo de conversa amena eles decidiram encerrar a noite. Na hora de pagar a conta tive uma pequena discussão com Bang oppa e Namjoon sobre quem pagava a conta, parte da discussão em inglês com Namjoon e várias exclamações minhas em português, o que os deixou muito confuso.

No fim perdi para os dois que não me deixaram pagar nada. Eu estava parcialmente agradecida por isso, mas também estava com vergonha por não pagar nada. Bang oppa insistiu em me levar em casa, mas alguém ligava insistentemente para o celular dele.

—Eu posso ir sozinha oppa, não se preocupe comigo, vou pegar um táxi, não tem perigo nenhum. – ele parecia querer discordar, mas seu celular tocou novamente e eu sorri para ele o deixando saber que estava tudo bem.

—Eu a acompanho e me certifico que chegue bem em casa hyung. – Namjoon se prontificou, eu já estava para ter outra discussão quando o táxi chegou e Bang oppa me empurrou para dentro com o Namjoon.

—Isso é meio que desnecessário. – digo em inglês para Namjoon após dizer meu endereço para o motorista.

—Você deve estranhar esse tipo de comportamento. – ele supôs. – Mas aqui é algo natural os mais velhos quererem cuidar dos mais novos.

—Ainda não consegui me acostumar com isso. Parece que estou sendo um fardo. – ele ri de mim.

—Não pense isso, faríamos isso por qualquer pessoa que fosse mais nova. Independentemente de ser de outro país ou mulher.

—Ah! Você adivinhou exatamente o que estava pensando. – admiti. – Pensei que eu fosse por ser mulher que o oppa tivesse esse… cuidado excessivo.

—Bem… talvez você ser mulher influencie um pouco mais nesses assuntos.

Conversamos muito sobre como eu me tornei uma fotografa e em como ele se tornou um cantor, deixei escapar algumas coisas sobre o Brasil que o deixou curioso e ele começou a fazer perguntas sobre o meu país querido.

—Qual a foi a coisa que mais te chocou quando chegou aqui? – ele perguntou.

—As flores. – respondo prontamente, ele me olha sem entender. – Aquelas flores que dão para parabenizar as pessoas, que ficam em frente as lojas… - ele assente dizendo que entendeu.

—Por quê?

—No Brasil as pessoas não fazem isso. E na verdade essas flores são muito semelhantes as flores que tem em velórios. Eu sei que vocês também tem para velórios, mas ainda não consigo me acostumar com isso, parece que em cada lugar que eu vejo essas flores está acontecendo um velório. Traz uma sensação não muito boa. – ele assente, vejo que ele está pensando profundamente nisso. – Na próxima oportunidade falo de mais coisas que foram um choque cultural para mim. Já chegamos na minha casa. – digo já tirando o dinheiro e pagando o motorista.

—YA! – Namjoon me repreende.

—Você vai pagar a volta. Tchau Namjoon. – digo rindo da sua cara e saio do carro, o escuto falar com o motorista e quando olho para trás ele está em pé no lado da porta do táxi, solto um sorriso e aceno, mas ele continua parado lá e faz um gesto para mim ir para casa.

Ele fica lá até o momento em que eu fecho a porta, espiando pela janela eu o vejo entrar no táxi e partir. Solto um suspiro, não estou acostumada com essas coisas. Tirando o envelope da minha bolsa, conto quanto dinheiro ainda tenho e solto um gritinho e uma dança tosca, tenho dinheiro de sobra para pagar o aluguel, não preciso mais comer ramyon!


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