Gemini - INTERATIVA escrita por Lady


Capítulo 4
III - Objetivo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo deve ta meio xoxo, mas fiz o possível. -rs.
Haverá uma mudança nas postagens, serão sempre Terça ou quinta, um dos dois, ao invés de apenas quinta. Nas notas finais tem perguntas importantes. ^^



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Os corredores pareciam tornam-se estreitos a medida com que os dois fugitivos avançavam, quase como se toda a instalação fosse um labirinto sem saída que se modificava a cada passo. Os poderes de Kayo oscilavam entre escassez e lapsos de energia. Eles não podiam parar de correr, não importava que tipo de obstáculos aparecessem, e por pelo menos uma vez, agradeciam-se mentalmente aos Aurus pelo treinamento rigoroso. Pelo menos no caso de Kayo.

Um pequeno grupo de Metrons apareceu num corredor a frente, portando mais cabos de aços e pistolas com dardos de gás inibidor, uma versão diferente da injeção. Os dois Geminis prenderam a respiração a medida com que o gás se espalhava pelo corredor. Um pequeno campo de força de ondas elétricas tomou o corpo dos metros que criavam na passagem uma espécie de muralha.

Dankim desferiu um chute poderoso contra o do meio, e depois um golpe ofensivo com o braço arrancando a cabeça de dois robôs apenas com o punho. Kayo correu na direção deles, se jogou no chão escorregando de costas e Dankim deu um salto para cima possibilitando a passagem. Kayo usou a espada durante o trajeto e cortou as pernas dos metrons. Logo em seguida se levantou raciocinando qual seria o próximo passo e correu para se afastar da nuvem de gás seguido do outro gemini. Era extremamente importante que pudessem respirar de novo.

Dankim que conhecia melhor a instalação tomou a liderança do trajeto guiando entre os vários corredores. Depois de alguns poucos minutos correndo ele parou diante de uma abertura. – Aqui! - Gritou distribuindo socos em uma parede, e logo uma fina camada de metal retorcido fora amassada dando lugar a um buraco que dava em uma rede com dezenas de fios encapados.

 – Para quem tem tecnologia avançada eles ainda usam modos bem antigos de distribuição de energia. Não temos muito tempo o quanto você consegue armazenar?

— Eu nunca tentei uma quantidade grande de energia. - Kayo foi honesto quanto a própria condição. Embora tenha aos poucos juntado o suficiente para a fuga ao longo de anos de experimentos, tentando não chamar a atenção dos Aurus, ele sequer sabia o limite de suas reservas. – É possível que eu morra tentando também.

— Você é um Gemini perfeito tem grandes chances de dar certo. - Dankim disse pensativo. Ele sabia de algo que não tinha contado, na verdade o conhecimento dele sobre a base tinha excedido as expectativas de Kayo e provavelmente ele sabia muito mais do que aparentava. – Eu vou distrair os Metrons não temos muito tempo.

Kayo assentiu e tentou se mover entre a abertura estreita, a frente observou vários tipos deles e usou a espada com um pouco de eletricidade para corta-los, os segurou com as mãos e aproximou os dedos tocando a pele na parte desencapada. No início a descarga elétrica foi grande a ponto de ele pensar que seria capaz de destroça-lo por dentro e jogá-lo para longe, mas não demorou mais do que alguns minutos para que se acostumasse a corrente de energia.  Ele se sentia incrivelmente bem e revigorado, como se uma fome desconhecida estivesse sendo saciada. Cada célula do seu corpo pedia por isso e aos poucos ele percebeu que as luzes que iluminavam a instalação oscilavam, logo ocorrendo um blackout.

— Provavelmente você acabou com as reservas do complexo sete. - Dankim disse surpreso. – Isso facilita e muito o nosso trabalho. Não podemos demorar, logo eles vão usar as reservas das outras instalações.

— E pra onde vamos? - Kayo perguntou reduzindo o passo. Naquele momento era importante que eles fizessem o menor barulho possível e passassem despercebidos. – Achei que eu era o único aqui.

— Tem mais uma pessoa. No total existem 15 complexos ao redor da cidade dos Aurus. Eu pertenço ao complexo zero onde ficam os renegados e geminis sem par, fui trazido pra cá exclusivamente para os seus testes. Cada complexo é dividido conforme as especialidades. O sete abriga os tipos raros.

Os renegados eram Geminis que tinham perdido sua utilidade, devido a morte de seus irmãos durante as experiências, no entanto eles eram constantemente usados para treinar os outros. O complexo sete especialmente abrigava aqueles que tinham habilidades únicas, e acima do comum. Todos aqueles que pudessem representar algum perigo ou de algum modo comprometer a segurança da base. Era por isso que aquele em especial fora adaptado para conter o gemini perfeito, embora ele tenha consigo enganar os resultados dos Aurus durante muitos anos. A cada sessão Kayo armazenada uma pequena quantidade de energia e fingia estar esgotado, para que um dia pudesse fugir.  

Ele se perguntava se com “raro” Dankim queria dizer que eram outros como ele. Em todo caso, ao longo dos dez anos ele nunca havia conhecido outra pessoa além do homem oriental, então era provável que pudesse se surpreender ao longo da jornada. Ao longo do caminho às cegas e caminhando no escuro ele logo percebeu que entrara numa sala extensa e relativamente grande.  

— Aqui. - Ele seguiu o tom de voz de Dankim. – Isso é um elevador. Se você usar sua energia podemos fazê-lo funcionar. Vamos descer umas três fases.- Respondeu enquanto Kayo tateava o painel de controle. As fases correspondiam a um grupo de andares, cada um destinado a geminis diferentes e Kayo era o único que tinha uma fase voltada apenas para ele.

O rapaz se concentrou e logo luzes azuis se acenderam dentro da sala de formato circular. Era quase impossível enxergar o ao redor através da parede de vidro, mas com a energia de Kayo movimentando-se ao redor da cabine e conectando-se com o resto das lâmpadas ao redor logo eles encontraram o buscavam.  

[...]

— Como isso pode ter acontecido! - Se os Aurus entendessem o que eram sentimentos, provavelmente a raiva seria o mais próximo do que Enor sentia. – Apressem-se em restaurar a energia. Não podemos perdê-los.

— Estamos fazendo o possível senhor, mas estamos sem comunicação também. Nossos sinais não estão sendo recebidos e vai demorar um pequeno tempo até que percebam que a energia do sete parou. Kayo sugou todas as reservas estamos sem nada.

— Vai demorar muito tempo até que consigamos recuperar o sete. Precisamos de uma medida de emergência. Assim que conseguir comunicação peça uma medida de apoio. Precisamos de reforços para transferir todos os experimentos do sete para o nove.

— Mas os dois?

— Eles estão preocupados em fugir. Não há nada que possamos fazer sem energia e os Metrons tem se mostrado ineficazes, se não nos reorganizarmos é possível que outros deles fujam com essa pane. Todos precisam ser imediatamente sedados e realocados.

A preocupação de Enor era considerável. Apesar dos Aurus terem uma tecnologia avançada, manter uma base num planeta hostil com recursos escassos era uma tarefa difícil. Produzir energia sem uma fonte poderosa era trabalhoso, por isso quase todos os complexos armazenavam parte do que era obtido em reservas que faziam os experimentos fluírem enquanto eram coletadas mais. E com a intervenção de Kayo o complexo sete tinha perdido uma quantidade que deveria fazê-lo funcionar por aproximadamente três meses terrestres.

— Senhor. - O analista disse preocupado. – E se não conseguirmos domá-los. A guerra....

— Nós vamos conseguir! Usamos todos os recursos e conhecimentos que tínhamos para criá-los- Retrucou. – Essa é a nossa única chance.

De fato era. Cedo ou tarde eles seriam encontrados e entrariam em confronto novamente com os Damadur. Não era uma mera questão de poder, mas de sobrevivência e no caso eles estavam dispostos a ir até o ultimo extremo a fim de obter o que queriam.

[...]

Depois de alguns minutos de caminhada os dois Geminis perceberam um som alto e melódico, vindo do fim do corredor central. Caminharam na direção do som e se depararam de frente com uma cela. Kayo concentrou energia nas mãos e viu que diferente das celas comuns que tinham visores de vidro ou campos de força, aquela em especial tinha inúmeras grades ao redor.

Ele concentrou uma pequena quantidade de energia na espada fazendo-a reluzir como uma lanterna. Encostou a mão a parede e algumas poucas luzes iluminaram-se no interior revelando o que havia ali. Tinha um belo e grande palco, e acima dele uma garota de cabelos e olhos castanhos cantava ignorando todo o ambiente ao redor. Era uma música de Opera, embora nenhum dos dois tivesse conhecimento suficiente para saber o que ela cantava.

O palco tinha cortinas vermelhas, e a frente, muitos manequins de aparência humana, incrivelmente bizarros pela semelhança quase real com expressões diferenciadas. Ainda assim a garota permanecia cantando. Kayo conseguiu abrir a porta através do dispositivo que Dankim arrancará do Metron. Ter as reservas de todo o complexo sete na ponta dos dedos dava a ele um poder quase ilimitado de entrar e sair de onde quisesse. Ele fez uma expressão confusa e bufou esperando algum tipo de explicação.

— Svetlana. 19 anos. Russa. - Dankim disse sem rodeios e ambos foram na direção da garota.

— E como ela pode ser útil pra mim?- O outro indagou curioso e por um momento a garota voltou-se para eles finalmente parando de cantar.

O rosto de Dankim era familiar, uma vez que inúmeras vezes ambos foram colocados em confronto, nos quais ela sempre perdia devido ao nível de luta do rapaz japonês, no entanto o rapaz de cabelos platinados era uma novidade. Um Black out tinha acontecido e de repente dois humanos apareceram. Se os Aurus queriam testá-la, estavam sendo criativos.

— Como assim em que posso ser útil? - Disse indignada. – Quem você pensa que é?

— Sua passagem de saída se quiser sair desse lugar estúpido. - Kayo retrucou.

— Ele quer fugir daqui e resgatar a irmã. - Dankim disse visivelmente com tédio, estava relaxado demais para situação. – E precisamos de você. Se quiser vir talvez seja a sua oportunidade de encontrar sua irmã. Se não quiser, vamos com ou sem você.


Stlevana ponderou e pensou por um longo tempo, embora os dois necessitassem de urgência. Provavelmente o rapaz de cabelos albinos era alguém como ela, que deve ter tido pessoas que amou, e que desejava rever. Fazia tanto tempo que não via outras pessoas, que já tinha se esquecido por um breve momento da remota possibilidade de um dia sair dali, embora tivesse intacto o amor pela música e o desejo de rever a irmã vividos por muito tempo.

— E o que você pretende fazer depois de sair daqui?

Kayo mais uma vez teve um ataque de risos fora de hora. Aquela pergunta podia soar tola, porém era uma questão bem séria. E ele respondeu com um olhar determinado e divertido – Voltar para a terra. – Será que era possível?


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Notas finais do capítulo

Bom gente, o andamento da fic meio que depende da participação de vocês. Isso porque tem coisas que eu não lembrei de botar nas fichas e não vou saber se vocês não disserem. -rs. Nesse inicio eu vou introduzir três ou quatro personagens na fuga, depois tentar fazer um capitulo para cada personagem, Então aqui vai pergunta.

Que tipo de medo ou fraqueza seus personagem tem. Isso vai ser muito importante na fic. O kayo, por exemplo, não sabe nadar. Quero saber agora dos personagens de vocês. :)



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