Enlever le Masque escrita por Kperecin


Capítulo 4
Capítulo 4 - Akuma


Notas iniciais do capítulo

Eai, pessoinhas!
Como vocês estão?

1º - Gostaria de agradecer aos 18 acompanhamentos, 1 favorito e às quase 650 visualizações até agora. Isso me motiva muito.
2º - Fiquei muito triste por não ter recebido nenhum comentário no último capítulo.
3º - Sem mais delongas, segue o capítulo fresquinho



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“O jovem herói, magoado pela segunda vez no mesmo dia, pela mesma garota, deixou uma lágrima rolar, virou as costas e saiu pela janela, ganhando os telhados na escuridão. Entrou em seu quarto, desfazendo a transformação em seguida. Várias lágrimas já banhavam seu rosto e, sem dizer qualquer palavra, entrou no banheiro e trancou a porta. Sentiu-se sujo e precisava de um banho. Encheu a banheira e mergulhou na água morna, sentido a cabeça girar e o estômago dando um nó. Tinha vontade de gritar, mas sabia que não tinha liberdade para tal. Como ela podia ser tão fria, tão cruel?” 

—--- # ----

Como Adrien estava demorando muito para sair do banho, Plagg atravessou a porta para falar com seu mestre.

— Ei garoto, não fique assim! Não parecia ser ela na verdade. Parecia até mesmo outra pessoa falando através dela, ela nunca falaria assim com você. 

— Sei disso, Plagg, mas as palavras ferem! Principalmente as dela. Você sabe que eu amo desde o primeiro dia em que a vi.

— Adrien, me escute com atenção você viu os olhos dela? Notou sua expressão? Aquela parecia ser a Marinette? Parecia ao menos com a Ladybug?

— O que quer dizer com isso? Acha que aquela não era Marinette? Acredita mesmo que seria um clone maligno dela? Como seria possível?

— Não sei... talvez um akuma?

— Você acha que seria possível, Plagg? Afinal, ela tem um miraculous, isso não a deixa imune?

— Somente enquanto vocês o utilizarem. – Plagg estava sério, o que era muito raro no Kwami, pois ele sempre estava choramingando ou fazendo drama ao pedir queijo.

— Não sei, não... ela não parecia akumatizada... acho que ela só não gosta de mim. Talvez ela esteja mesmo certa, talvez eu só a tenha procurado por ela ser a Ladybug...

Adrien saiu da banheira e vestiu um pijama. Resolveu ir para a cama, pois estava sem energias para fazer qualquer outra coisa. Adormeceu assim que fechou os olhos.

—--- # ----

Marinette se lembra muito bem das palavras ditas ao seu gatinho, porém era preciso... não havia outra forma de protege-lo. Se ele ficasse ali, consigo, corria o risco de ser ferido por ela, e esta era a última coisa que ela desejava. Sua última memória foi vê-lo dar-lhe as costas com lágrimas nos olhos e desaparecendo na escuridão. Em seguida, somente a voz... somente aquela maldita voz.

— O que você fez?! Vá atrás dele! Eu quero aquele miraculous!

— Eu jamais o machucaria – murmurava a garota – você já devia saber disso, não é? – e então veio a dor. Ela sentia a cabeça doer, toda aquela vertigem, e já não tinha mais controle sobre si.

— Vamos Marinette, você não acha injusto que as pessoas se aproximem de você apenas por interesse em sua máscara? Não seria bom fazê-los pagar por isso? Você não se sente solitária e iludida por essas pessoas? – o tom de voz do vilão era afetuoso e amigável – Vá em frente minha querida... deixe de ser a Princesa e torne-se a Rainha! Parta os corações de todos como fizeram com você!

Marinette podia ouvir as palavras amáveis do vilão e, embora desejasse resistir à elas, era incapaz de o fazer... a cada sílaba dita, os sentimentos contra os quais lutara após acordar do coma, e até mesmo durante ele, cresciam rapidamente. Infelizmente, ela só pode assistir à isso sem reação. Baixou a cabeça, tentando acalmar-se, porém, perdeu completamente o controle sobre si, apenas observando em silêncio enquanto a marca lilás em forma de mariposa surgia diante de seus olhos.

Pôde sentir quando levantou a cabeça, e ainda mais, quando a transformação se iniciou: viu quando um brilho negro a envolveu, iniciando a transformação pelos pés, trocando suas sapatilhas por botas de cano longo e saltos de um roxo cristalino. Em seguida, seus cabelos se alongaram até a cintura, seu pijama transformou-se num collant roxo, com detalhes pretos e um par de asas de mariposa como saia. Ela gritou de dor quando sentiu suas costas se rasgarem, dando passagem para um par de asas negras, como as de um morcego, com um par de esporões na articulação superior.

Naquele momento, Marinette já não existia, pois não podia controlar a si mesma. Caminhou até a penteadeira, e observou-se no espelho: Possuía um delicado diadema élfico em sua testa, os olhos tinham uma coloração cinza e a expressão era fria. Suas mãos eram cobertas por luvas negras, até os cotovelos, e trazia um pequeno cetro de cristal em sua mão direita. Não tinha mais sentimentos em si, era como se fosse apenas um frasco vazio... um boneco nas mãos de Howk Moth.

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Já estava amanhecendo e a garota saiu voando pela janela do quarto. Ela já possuía um objetivo: devia destruir Chat Noir, adquirir seu miraculous e encontrar o seu próprio para entregar a seu novo mestre.

Embora o sol já estivesse saindo, por onde ela passava o frio e a escuridão se instalavam; as poucas pessoas que já estavam nas ruas, assim que passavam por ela, baixavam a cabeça e isolavam-se chorando, sendo obrigados a reviverem suas piores memórias, seus piores sentimentos e maiores medos.

—--- # ----

Adrien já se aproximava do colégio quando o carro parou bruscamente. Olhando pela janela pode ver o motivo: outro akuma.

Nathalie gritou para que saíssem do carro e se escondessem, e o garoto assim o fez parando atrás de um edifício. Parando em algum ponto da rua, certificou-se de não haver ninguém por perto e chamou Plagg.

— Garoto... acho melhor você se preparar antes de se transformar... vai precisar de muita coragem para enfrentar este caso...

— O que quer dizer com isso Plagg? – ao terminar a pergunta, a garota surgiu em sua visão – Marinette! – ele estava pálido, o desespero tomou conta de sua alma. Não podia ser real, não podia ser ela. – NÃO! Não, não, não, não, não!

— Me escute, Adrien – Plagg estava sério, e seu olhar carregado de tristeza – não há como purificar o akuma sem a Ladybug... não há como salvar a Marinette, Adrien... – as últimas frases foram sussurradas, como se causassem grande dor ao pequeno Kwami.

— Eu darei um jeito, Plagg. Eu a amo! – Ele parecia confiante, o que preocupou ainda mais o gatinho místico – Plagg, mostrar as garras!

E Chat Noir surgia, para salvar o dia novamente, porém, desta vez, não teria a Ladybug ao seu lado para auxiliá-lo. Desta vez, ela estaria contra si, mas ele jamais a abandonaria.

— Olá My Lady! Sentiu saudades?

— Olá, Chat Noir! Veio se juntar à Solidão? Sua Lady não existe mais... e nunca mais existirá outras Ladybugs depois de hoje! Entregue seu miraculous gato estúpido, ela não quer feri-lo. Embora eu ache que seria muito interessante...

A garota se jogou contra ele, usando as garras (que conseguirá graças a sua transformação) e o esporão das asas contra nosso herói. Chat recusava-se a revidar, jamais iria ferir sua Lady, sua defesa constituía-se dos próprios braços cruzados frente ao rosto , enquanto ela desferia diversos golpes. A parte superior de seu traje já possuía diversos cortes, assim como a pele que ele protegia. Seu rosto também possuía algumas lacerações por onde vertia sangue, mas ainda assim se recusava a levantar as patas contra sua dama, e quando ela finalmente parou de surra-lo, ele a observou com lágrimas nos olhos:

— Essa não é você Mari... acorde minha princesa!

— Ela não quer mais acordar! Ela já não existe mais... ao menos não existirá em breve.

— Ela??? – o gato estava bastante confuso com as palavras da garota a sua frente. Ela falava de si mesma como se fosse outra pessoa. – Como assim, ela não quer?

— A Marinette, oras! Acha que somos a mesma pessoa? Não... eu sou a parte de sua personalidade que ela sempre lutou para ocultar. Mas isso não faz de nós a mesma pessoa. Ela é tão frágil como as flores, ou uma joaninha, de fato. Mas eu finalmente consegui esmaga-la, naquela sala de hospital, depois de muitos sonhos e pesadelos, ela enfim se quebrou! E jamais voltará! Você não pode purificar o akuma, Chat Noir... nem ao menos pode removê-lo...

— O que quer dizer com isso?

— Vou explicar melhor: A Marinette não tinha nenhum objeto no qual o akuma pudesse se ocultar, por isso, ao contrario dos outros hospedeiros, ela não voltará... ou melhor, agora, serei o que sempre quis, sem me preocupar om o que os outros pensam de mim. Agora, serei livre! - ela soltou um riso maligno que arrepiou nosso herói.

— Mari... você não é assim! Volta pra mim, Princesa!

A garota sorriu de canto, curvando o tronco para a frente com o indicador da mão esquerda sobre os lábios, pedindo silêncio:

— Shhh! Acontece que eu não sou mais a Marinette, não é Adrien? Serei conhecida, daqui pra frente, como “Loneliness Queen”- falou em tom de segredo, gargalhando em seguida.

— Você é a Marinette e vou provar isso, irei livra-la desse akuma, nem que tenha que me sacrificar para isso...

— Tolinho, estou em posse desse corpo já há alguns meses acha mesmo que vai conseguir se livrar de mim?

Chat Noir estava vidrado naqueles olhos de chuva, aquela, definitivamente não era sua amada. Distraiu-se pensando em que faria, em como localizaria o akuma para purificá-lo; ao olhar para Marinette, ela estava apontando o cetro em sua direção, e deste saia uma luz negra que o atingiu em cheio no peito.


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Notas finais do capítulo

Bem galerinha, este foi o capítulo de hoje. Deixem seu comentário, se gostaram ou detestaram que eu ficarei muito feliz.

Só pra avisar que a história está chegando ao fim.

Abraços e até a próxima.



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