The Roxas Love escrita por Thata-chan


Capítulo 18
Capítulo 16- Tudo ao seu ritmo.


Notas iniciais do capítulo

Bom, pra esse capítulo eu me inspirei numa musica do flow, que se chama garden, uma das minhas músicas favoritas
http://www.youtube.com/watch?v=OEM8FXB048o&feature=related



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  Bom, tudo havia ficado muito claro pra mim. Muitas coisas tinham de ser tratadas com calma, antes de serem resolvidas. E Axel sabia fazer isso muito bem.

Era a última semana de aula. Finalmente. Axel disse a mim, que não entraria na escola, porque justamente, estava acabando. Ele resolveu dar uns tratos na casa, tais como jogar coisas fora, desmontar o quarto dos pais, e coisas assim.

 Mas por fim, ele me pediu algo.

“ Roxas, por favor, assim como magooei você, eu sinto muito. Mas agora está tudo resolvido. Queria fazer o mesmo por Zexion. Se você pudesse me ajudar...”

 Ele nunca pedira nada pra mim na vida, e mesmo se pedisse, não iria recusar. Zexion apenas estava magoado assim como eu. Mas uma bela conversa, o faria mudar de idéia. Acho.

Era intervalo. Eu estava sozinho, óbvio. Kisume já havia saído do hospital, ela não tinha nada mais nada menos que estresse, que provocou tudo. E como naquele dia, Ventus também acompanhou-a no hospital, na volta pra casa e tudo mais. Os pais souberam do que aconteceu, mais eles estão viajando a negócios por alguns meses. Foi então que me toquei, que se Axel pode resolver as coisas, eu também posso. Zexion ficaria feliz e Kisume também. Eu teria que me apressar, se não Kisume poderia ficar eternamente assim. E eu não quero isso. Quando Ventus chegou e viu Kisume naquele estado, naquele dia, certamente pensou que eu fiz algo, algo do qual fosse machucar ela. Desde então ele tem me ignorado. A minha situação acaba sendo mais difícil que a do Axel. Claramente.

Mas agora era minha vez de fazer tudo certo.

  -Zexion. –O chamei de longe no pátio.

  -Hã? –Ele se virou.

  -Venha cá.

Então ele se levantou da cadeira para andar até mim. E os passos finalmente estavam à minha frente.

 -Precisamos conversar. –Eu lhe fitei intensamente.

 -Se me chamou até aqui, precisa ter um motivo convincente.

 -Axel- ele me interrompeu.

 -Ah, olha, eu não ligo mais pra ele. –E se virou de volta para a mesa onde estava sentado.

 -Você liga sim. –Eu ainda insisti.

 -Não, não ligo. –E então ele respondeu.

 -Se não liga, por que age feito ele?

Então ele se virou.

   -Esse não é o jeito dele, e se fosse você deveria saber, não é Roxas?

   -Eu não estou dizendo que você age feito Axel perfeitamente, Zexion.

 Seus olhos percorreram o lugar, como se estivesse em pânico ou coisa assim.

Então continuei:

 -Axel quer explicar tudo o que aconteceu, quer se desculpar. Por que não dá uma chance?

Ele não me respondeu, e voltou à sua mesa.

   As outras aulas que se passavam depois do intervalo foram muito rápidas. Acho que finalmente o tempo havia mostrado o dedinho em paz para mim. Isso era muito bom.

Os portões da escola abriram. Poucos minutos depois, percebi que Axel estava lá. E ele me fitava ainda dentro da sala. Eu não queria decepcioná-lo. Logo depois, o sinal tocou. Corri como se não houvesse tempo, até Zexion, e o puxei até o portão, mas durante o caminho ele reclamava tentando se soltar.

 -O que está fazendo comigo? Me solte, seu pivete!

 -Cale a boca. –Eu lhe retribuí a educação.

Enfim, quase chegando aos portões, já conseguia ver Axel, Zexion se soltou.

 -Quem você pensa que é? –Disse apontando pra mim.

 -Alguém que sabe fazer você se comportar.

Então peguei sua mão que apontava para mim, virei sua palma da mão para cima, de uma forma que ele estivesse “dominado”.

 -Ai, ai, ai, ai... –Ele pigarreou.- Dá licensa, PODE ME SOLTAR?

 -Não. –Sorri de lado.

Finalmente cheguei ao Axel. Cumprimentei-o e então disse:

 -Está aqui a mercadoria. –Consegui dizer rindo.

 -Obrigado Roxas. Agora é comigo.

Ele puxou Zexion da mesma maneira para um parque não muito longe daqui, diria até muito próximo.

  Eu sei que estava sendo desonesto, mas do jeito que Axel me disse, ele não queria que eu fosse. E eu fui. Era algo que ele teria que enfrentar sozinho.

 Me escondi próximo aos muros que eram vizinhos do parque, mais.... poucos segundos depois desisti.

“Porque eu não vou resolver o meu problema?” Pensei comigo mesmo.

 Porque eu preciso de Axel. Porque ele me dá a estrutura e coragem que preciso, mas não pode ser assim. Eu tenho que enfrentar as coisas sozinho.

 Depois de minutos mergulhado em pensamentos, dando passo a passo, cada vez pensando mais, e pensamentos mútuos, que me deixavam louco... finalmente cheguei a casa de Kisume. Era uma casa normal, com um jardim, e uma bela porta enfeitada.

 Toquei a campainha, com medo de qualquer pessoa que atendesse.

  -Posso ajudá-lo? –Disse uma senhora simpática de cabelos negros escorridos e olhos azuis.

 -A Kisume mora aqui?

 -Ah sim, você deve ser Ventus. –Ela disse dando sinal para eu entrar.

 -Não. Sou Roxas. Mas tudo bem, nós somos iguais mesmo! –E dei uma risada.

 Como se a mãe da Kisume -acreditara eu- havia acreditado que eu não era Ventus(sarcasmo). Mesmo assim, depois resolveria isso.

   Subi as escadas, indo para o seu quarto. Ela estava sentada na cama, assistindo televisão e estava com um caderno em mãos.

-Kisu? –Chamei antes de entrar.

-Entre. –Ainda com os olhos fixos na televisão.

-Sabe, Kisume.... me desculpe por aquele dia. –Eu estava de cabeça baixa, mais ainda olhava para ver se conseguia chamar atenção dela.

-Hum. –E ainda se entretia com a televisão.

-KISUME!

-O QUE É? –Ela se irritou. –Você me faz aquilo, vem na minha casa, e ainda quer que eu preste atenção em você?

-PELO MENOS EU ESTOU TENTANDO ME DESCULPAR!

-Não adianta fazer as coisas com a intenção de se desculpar depois.

-Kisume... Vamos.

-Vamos aonde? –Ela se levantou.

-Sorveteria. Vamos. Agora. –Não estava pedindo, estava obrigando. Com aquela televisão alí, ela nunca iria me escutar.

-Tá. Vou trocar de roupa, pode me dar licensa?

Não respondi e fechei a porta ficando pelo lado de fora. Não estava nem um pouco interessado nisso.

 Depois de alguns minutos, ela saiu, e juntos fomos à sorveteria. Era uma sorveteria pequena, mas bonita.

-O que é Roxas?-Ela disse de má vontade.

-Kisume, eu não quero gritar com você, mas sua teimosia me irrita... Que sorvete vai querer?

-Flocos. –Ela deu uma pausa.- Mas você é que faz as coisas, e não quer que eu fique irritada? Sabe Roxas, quando eu olho pra vocês dois, me da uma vontade de correr e nunca mais te ver.

-Só porque somos homens? O que isso tem a ver?- Não que nós tinhamos uma relação mais estreita do que amizade, mas estava insinuando. Achava eu.

-Porque... tudo o que o Axel fez com você... tudo que ele fez... agente estava tentando te ajudar...e no fim..

-Fale direito Kisume.

Não esperei a resposta dela, e fui pegar os sorvetes. Alguns segundos depois voltei com um sorvete branco com pedaços marrons,  e um todo marrom.

 -Chocolate? –Ela perguntou.

 -Sim, sempre fui fascinado por chocolate.

O silêncio nos interrompeu. E por alguns minutos, só estavamos nos deliciando com o sorvete.

 -Roxas... o que eu quero dizer... é que, você ficou por tanto tempo sem o Axel, ele te fez ficar triste, magoado, e você ainda assim insiste em perdoá-lo? E ainda nos abandona? –Ela perguntou agora com um pouco mais de calma.

  -“Todos merecem uma segunda chance” –E pausei. –Ele errou, mas até Deus perdoa. Porque não posso fazer o mesmo?

Ela ficou apenas em silêncio me fitando.

-Você está errada em pensar que eu abandonei vocês. E se abandonei, porque você é a única que estaria reclamando sendo que os outros não?

-Porque eu me preocupo com você.

 -Se realmente se preocupa comigo, deveria deixar eu fazer as escolhas que fossem melhores para mim. –E assim falei mergulhando no azul de seus olhos, novamente.

 -Axel não é a escolha certa.

 -E quem é?

 -Eu.

Dei  uma risada incessante, de certa forma, debochada.

 -Kisume, só porque você gosta de mim, não quer dizer que eu preciso gostar de você!

 -Tudo o que eu queria Roxas..era compreensão.

 -Eu estou tentando te dar isso, mas parece que você não quer.

 -Roxas... –Ela abaixou a cabeça.

Então levantei seu rosto com minha mão livre, e afaguei-a.

 -Kisume... ao invés de namorados.... podemos ser só amigos?

Ela levantou a cabeça, e sorriu brilhantemente.

 -Sim.

 

Voltamos para casa. Tudo o que Kisu deveria saber, é que temos mais um amigo pra “turma”. Somente isso. Depois pedi a ela que explicasse o que acontecera pro Ventus, se não ele iria ficar a eternidade me ignorando.

 Logo que fiquei sozinho, fui em direção à casa de Axel, queria saber o que aconteceu.

Bati a porta.

 Alguns segundos depois, Axel me recebe com um sorriso contagiador.

 -Parece que deu tudo certo, não é?

 -Bom.. no começo....

~||~||~||~||~|

“ Um grande cenário. O parque.

 -Zexion... porque fez tudo isso? –Eu lhe perguntava com o desespero estampado no meu rosto.

 -Você....porque VOCÊ faz isso?

Eu não entendi. Deixei em silêncio e ele logo respondeu:

 -Você encontra uma pessoa, ficam amigos –melhores amigos, assim por dizer- e depois, você a abandona, deixa pensando, magoada. –Silêncio.- VOCÊ FEZ ISSO COMIGO E COM ROXAS!! Nós não tinhamos nada a ver com você... e se sabia que isso iria acontecer... porque nos conheceu?

 -Não use ‘nós’. Eu conversei com Roxas, e ele entendeu- Ele me interrompeu.

 -Porque ele é um mongo! Não entende? Vai ser mais dificil de me convercer. –E cruzou os braços.

 -OLHE SÓ PRA VOCÊ!! Está claro que sempre quis imitar minha personalidade, Zexion! Eu gostava de voce como era... estudioso, simpático....

 -Sem graça...

 -Não era sem-graça! ERA MEU AMIGO! –Aumentei o tom de voz.

 -Se assim quer dizer...

 -Olha Zexion, quando eu te conheci, percebi que seria um belo amigo, mas não por sua aparência, mas sim por sua simpatia! Olha o que você se tornou agora! Um mini-eu! Eu só fui embora, porque meu pai precisava ir à negócios, você e Roxas são coincidências!

 -Axel... –Achara eu que ele estava compreendendo.

 -Vamos Zexion... deixe este Zexion valentão para trás. Me mostre o verdadeiro Zexion.

Então ele tirou o casaco rasgado, bagunçou o cabelo, tirou as munhequeiras, as correntes, e cortou a calça folgada na altura do joelho.

 -Esse é o verdadeiro Zexion. –Então desabafei.

 -Axel!

Ele me abraçou, como um ‘obrigado’ dos velhos tempos, nada que pudesse não ser retribuído.

 -Zexion.. –E o abraçei de volta.”

 ~||~||~||~||~||

-Parece que foi difícil. –Eu lhe perguntei.

-É... mas nada que não pudesse ser resolvido. E você e a Kisu?

 

Bom, tudo foi explicado, e logo fui para minha casa. Os dias estavam passando rápido demais! Já estavamos de férias! Minha mãe prôpos uma viagem, uma viagem para uma praia linda, onde só nossa família sabia onde ficava. Era mais uma ilha.

 Ela deixou que convidassemos nossos amigos. Iriamos ficar duas semanas. Era muito tempo, o que era bom para me distanciar da civilização.

No fim, iria eu, Sora, Axel, Riku, Kisume, Ventus e Kairi. Novamente minha prima, Naminé, não poderia ir. Estava em um curso de férias.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, esta aí, o/



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